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Antiarrítmicos: Tratamento e Tipos

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ANTIARRITMICOS 
 
Arritmia (sem ritmo) ou disritmia (ritmo anormal) são termos utilizados para descrever um 
grande conjunto de condições que podem variar de totalmente benignas e assintomáticas, até 
situações que ameaçam a vida do paciente, e referem-se a alterações patológicas na velocidade 
ou no ritmo cardíaco, que freqüentemente levam à insuficiência no bombeamento do sangue, e à 
hipóxia do próprio coração, do cérebro e de outros órgãos-alvo. 
O estímulo para o batimento cardíaco é produzido em uma estrutura do átrio direito do coração, 
chamada nó sinusal, que normalmente mantém a frequência cardíaca em repouso, numa faixa 
de 60 a 100 batimentos por minuto. 
Entretanto, certas condições, como hipertensão, insuficiência cardíaca, hipotireoidismo, 
hipertireoidismo, doença-de-chagas, nicotina, álcool, maconha, cocaína, ecstasy, anfetamina, 
cafeína, exercício físico intenso e doenças congênitas podem gerar estímulos com intensidade 
e/ou freqüência anormais ou em regiões diferentes do nó sinusal, causando arritmias. 
Arritmias também podem ser causadas quando um estímulo elétrico normal, gerado pelo nó 
sinusal, apresenta alguma dificuldade na condução pelas fibras do músculo cardíaco, por 
exemplo, após um infarto. 
Apesar das arritmias frequentemente não ocasionarem quaisquer sintomas evidentes, alguns 
pacientes relatam sinais e sintomas bem evidentes como bradicardia ou taquicardia, pulso 
irregular, e/ou sensação de pausa entre batimentos. 
Além disso, alguns pacientes podem ainda apresentar confusão mental, ansiedade, fraqueza, 
tontura, cefaléia, sudorese, falta de fôlego, dor no peito e desmaios. 
 
 
 
https://youtu.be/YzKs54g_Ga0 
 
 
Tipos mais comuns de arritmia: 
• Bradicardia: quando o coração de um “não atleta” bate menos de 60 vezes por minuto. 
• Taquicardia: quando o coração em repouso bate mais de 100 vezes por minuto. 
• Atrial: quando os estímulos cardíacos são gerados no próprio átrio, mas em área diferente do nó 
sinusal, ou com intensidade acima do normal, no próprio nó sinusal. 
• Juncional: quando os estímulos são gerados na junção dos átrios com os ventrículos. 
• Ventricular: quando os estímulos surgem nos ventrículos. 
https://www.youtube.com/watch?v=UVwk8jV0E2s 
 
 
 
 
https://youtu.be/YzKs54g_Ga0
https://www.youtube.com/watch?v=UVwk8jV0E2s
Site: Experiências de um técnico de enfermagem - Interpretando Arritmias Cardíacas: 
https://experienciasdeumtecnicodeenfermagem.com/interpretando-arritmias-cardiacas/ 
 
Tratamento farmacológico das arritmias (depende do tipo e da intensidade dos sintomas). 
São divididos em 4 classes (classificação de Vaughan Williams)* 
Classe I - Bloqueadores de canal de sódio (Lidocaína, quinidina, disopiramida, procaianamida, 
fentoína, mexiletina, tocainida, flecainida, propafenona, encainida e moricizina) 
Mecanismo de ação: Bloqueiam os canais de sódio, interferindo no potencial de ação e no 
período refratário, tornando o ritmo cardíaco mais lento e coordenado. 
Reações adversas mais comuns: glaucoma, diarreia ou constipação, náuseas, xerostomia (boca 
seca), retenção urinária, hipotensão, cefaleia, alucinações visuais e visão turva, além de poder 
piorar algumas arritmias. 
Classe II - Bloqueador beta adrenérgico ou betabloqueador: (Antagonistas β não seletivos: 
Metipranolol, Nadolol, Oxprenolol, Penbutolol, Pindolol, Propranolol, Timolol, Sotalol; 
antagonistas β1 selectivos: Atenolol, Acebutolol, Betaxolol, Bisoprolol, Esmolol, Metoprolol, 
Nebivolol e antagonistas α1/β mistos: Carvedilol, Labetalol) 
 Mecanismo de ação: bloqueiam os receptores beta 1 do coração, diminuindo a atividade 
cardíaca, portanto, o volume de sangue bombeado pelas artérias. Outro efeito dessa classe é a 
diminuição da demanda do coração por oxigênio e o restabelecimento do ritmo cardíaco 
descompensado (arritmia). 
Reações adversas mais comuns: elevação na glicemia e triglicérides, diminuição dos níveis de 
HDL-colesterol, fraqueza muscular, distúrbios do sono, bradicardia e/ou tonturas, depressão 
psíquica e diminuição dos níveis de T3, insuficiência cardíaca, extremidades frias, broncoespasmo 
(Contraindicado na asma), impotência e hipotensão. 
Obs. A propafenona, apesar de ser um antiarrítmico de classe I (bloqueador dos canais de 
sódio), também apresenta algum efeito betabloqueador, sendo considerada por alguns autores, 
como pertencente também à classe II. 
 
 
https://experienciasdeumtecnicodeenfermagem.com/interpretando-arritmias-cardiacas/
Classe III - Bloqueadores de canal de potássio (Amiodarona, Bretílio e Sotalol) 
Mecanismo de ação: Bloqueiam canais de K+, interferindo no período refratário e no potencial 
de repouso dos miócitos, tornando o ritmo cardíaco mais lento e coordenado. 
Reações adversas mais comuns: Hipotensão, hipertensão (bretílio), depressão da contratilidade 
e náuseas 
Classe IV - Antagonistas dos canais de cálcio (ação predominantemente cardíaca: verapamil e 
ação não-seletiva para vasos ou coração: amlodipina, bepridil, isradipina e nisoldipina). 
Mecanismo de ação: Bloqueiam canais de cálcio no músculo cardíaco, promovendo diminuição 
na freqüência e no esforço do coração. 
Reações adversas mais comuns: constipação intestinal, hipotensão, edema maleolar, periférico 
e pulmonar, cefaleia, astenia e bradicardia (as dihidropiridinas podem causar taquicardia por 
mecanismo compensatório simpático), rubor, náusea, sonolência, tosse, chiado e dores 
musculares 
 
* Classe V - Alguns medicamentos usados em arritmias originalmente não possuíam uma 
classificação, tais como adenosina e os glicosídeos cardíacos, mas alguns autores já os 
incluíram na classe V, que agrupa fármacos com mecanismos de ação diversos. 
OBS. Algumas arritmias, como a fibrilação atrial, predispõe a ocorrência de trombos. Por isso, é 
comum associar drogas antitrombóticas, como anticoagulantes aos antiarrítmicos.

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