Buscar

Anatomia da Parede Anterolateral do Abdome

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
Anatomia da Parede Anterolateral do Abdome 
 
• O abdome esconde uma grande quantidade de 
vísceras. Antes de entrarmos na parede, 
precisamos entender que temos na cavidade 
abdominopélvica uma cavidade virtual, porque 
está totalmente preenchida por vísceras. 
• A cavidade abdominopelvica é a parte do 
tronco situada abaixo do diafragma 
respiratório (limite superior) e acima do 
diafragma pélvico (limite inferior). Essa 
cavidade é dividida em duas: 
1. Cavidade abdominal – é superior e anterior 
2. Cavidade pélvica – é inferior e posterior 
 
OBS: É a linha arqueada ou a abertura superior da pelve 
que separa essas duas cavidades. A linha arqueada tem 
início no sacro percorrendo o sacro, parte do íleo, parte 
do ísquio e termina no púbis. Acima dessa linha, temos 
a cavidade abdominal; abaixo, temos a cavidade 
pélvica. 
• A forma da cavidade depende do gênero. Nos 
homens é larga superiormente e estreita 
inferiormente, ou seja, é ovoide. Já nas 
mulheres é o contrário, sendo estreita 
superiormente e larga inferiormente. 
• Lembrar que o lado direito da cavidade 
abdominal é mais elevado por causa do fígado. 
CONTEÚDO 
• Sobre o conteúdo da cavidade 
abdominopelvica, temos: glândulas anexas ao 
sistema digestivo (pâncreas e fígado), parte 
abdominal do tubo digestivo (esôfago 
abdominal, estômago, intestino delgado e 
intestino grosso), baço, rins, aorta abdominal e 
veia cava inferior. Na parte pélvica, temos: 
bexiga, além de [nas mulheres] trompas, útero, 
ovários e parte da vagina ou [nos homens] 
próstata, vesículas seminais e vários nervos. 
• O conteúdo da cavidade abdominal exerce 
uma pressão contra as paredes, que varia de 
acordo com a ocupação do tubo digestivo (se 
tem ar, líquido ou sólido). A pressão aumenta, 
mas ela normalmente é em torno de 10mmHg. 
É importante conhecer sobre essa pressão, 
pois se tiver uma falha na parede, parte do 
conteúdo pode passar por essa falha, fazendo 
aparecer uma hérnia. Então, é necessário 
lembrar que a parede deve conter uma 
variação de pressão: se a pessoa está em pé, a 
pressão abdominal é maior do que a de uma 
pessoa que está sentada. 
OBS: Para medir essa pressão injeta-se na bexiga 
cerca de 100ml de água ou de soro. Em seguida, 
coloca-se um aparelho para mensurar, ou seja, é 
medida através da pressão intravesical. 
ESQUELETO 
• Existem três esqueletos no abdome: 
 Superior: formado pelas 6 últimas 
costelas e cartilagens costais; 
 Posterior: formado pelas 5 vértebras 
lombares, sacro e cóccix; 
 Inferior: formado pelos ossos coxais. 
 
FORMAÇÕES MUSCULARES 
• Entre esses esqueletos encontram-se 
formações musculares, que se prendem em 
uma parte deles. São elas: 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Superior: diafragma (onde encontra-se a 
passagem de estruturas do tórax para o 
abdome, e vice-versa). A parte menor e 
anterior é esternal e a parte maior e posterior 
é costal. A terceira parte se prende nas 
vértebras lombares. Possui os pilares direito e 
esquerdo. A musculatura superior do 
diafragma possui aberturas: O trígono 
esternocostal fica entre a parte costal e a parte 
esternal e, por ele, passam os vasos 
epigástricos superiores. O forame da cava 
inferior é por onde passa a veia cava inferior. 
No meio do pilar direito há o hiato esofágico e 
entre o pilar direito e o pilar esquerdo, há o 
hiato aórtico, por onde passa a artéria aorta. 
 
 
OBS: Se uma dessas aberturas estiver alargada 
anormalmente, o conteúdo do abdome pode passar 
para o tórax, acarretando uma hérnia diafragmática. 
• Inferior: diafragma pélvico, formado por dois 
pares de músculos (elevadores do ânus e 
coccígeos). 
 
OBS: Essa musculatura não é uma estrutura 
sólida/compacta, pois é atravessada por estruturas (no 
homem: pela uretra e reto; na mulher: pela uretra, reto 
e vagina). 
• Posteriormente: teremos vários músculos 
como o psoas menor, psoas maior, quadrado 
lombar e o ilíaco. Entre esses músculos 
poderão passar estruturas que propiciam 
hérnias lombares. Na parte da pelve, há a 
musculatura profunda da região glútea 
(músculo piriforme) 
 
• Ântero-lateral: teremos músculos como o 
oblíquo externo (as fibras são de cima para 
baixo), oblíquo interno (as fibras são de baixo 
para cima) e o transverso (as fibras são 
transversais). Eles são músculos expiratórios. 
Outros músculos da parede ântero-lateral são 
o reto abdominal e por diante dele os 
piramidais (podem apresentar hérnias) 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
 
 
COMUNICAÇÕES 
a) Mediastino: Através dos hiatos e do forame da veia 
cava superior; 
b) Raiz da coxa: Através do anel femoral e pelo canal 
obturatório; 
c) Região glútea: Através dos recessos piriformes; 
d) Períneo: Através da uretra e vagina; 
e) Bolsa testicular (homem): Através do canal inguinal; 
f) Grandes lábios (mulher): Através do canal inguinal. 
Lembrar: Se essas comunicações se alargarem, o 
indivíduo terá uma HÉRNIA. 
ESTUDO DA PAREDE ANTERO-LATERAL 
• A parede ântero-lateral do abdome é o 
conjunto de partes moles sobrepostas que 
estão situadas entre os seguintes limites: 
 Superiormente: rebordos costais; 
 Inferiormente: Crista ilíaca, ligamentos 
inguinais e o púbis; 
 Lateralmente: A linha axilar posterior. 
• Nós temos vários pontos de referências ósseas, 
os quais podemos palpar: 
 Cristas ilíacas; 
 Espinha ilíaca ântero-superior; 
 Tubérculo púbico. 
• Existe também as referências cartilagíneas: 
 Rebordos costais. 
• Assim como, as referências cutâneas: 
 Cicatriz umbilical (principal); 
 Sulco mediano (aparece em pessoas 
fortes/atléticas); 
 Pregas inguinais. 
• E as referências musculares: 
 Borda lateral do músculo reto. 
DIVISÃO TOPOGRÁFICA DA PAREDE ÂNTERO-
LATERAL 
• Nós podemos dividir a parede ântero-lateral 
em: quadrantes, andares e regiões. Para isso, é 
preciso ter uma referência. 
• Em quadrantes: a referência é o umbigo. Traça 
uma linha transversal ao umbigo e uma linha 
vertical, dividindo assim em quatro quadrantes. 
Quadrante superior direito, quadrante superior 
esquerdo, quadrante inferior direito e 
quadrante inferior esquerdo. 
OBS: os órgãos do quadrante superior direito são 
fígado, vesícula, uma parte do intestino grosso, pedaço 
do estômago, colo ascendente e os rins. 
 
• Em andares: as referências são os rebordos 
costais. Traça uma linha na região mais baixa 
do rebordo costal, na linha subcostal. Traça 
outra linha que passa na parte mais alta das 
cristas ilíacas, nas linhas supracristais, e dessa 
forma a divisão fica em três andares: inferior, 
médio e superior. 
• Quantos andares temos? 
1. Andar superior ou epigástrico; 
2. Andar médio ou mesogástrico; 
3. Andar inferior ou hipogástrico. 
Piramidais 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Em regiões: a divisão é feita em 9 regiões do 
abdome (listadas no desenho abaixo). 
 
Legenda: 
• Linha horizontal superior: linha subcostal; 
• Linha horizontal inferior: linha supracristal; 
• Duas linhas verticais que são desde a metade 
das clavículas (linhas medioclaviculares) até a 
metade das pregas inguinais. 
• Na sequência do exame do abdome precisa 
que ser feito: a inspeção (ou seja, a observação 
visual), a ausculta, a percussão e a palpação. 
PONTOS IMPORTANTES NA REGIÃO DO ABDOME 
• Ponto de Mc Burney (que é onde fica o 
apêndice): para identificar o ponto de Mc 
Burney, traça uma linha da espinha ilíaca 
ântero-superior até o umbigo e divide essa 
linha em 3 partes. Na junção da primeira parte 
com a segunda é o ponto de Mc Burney. 
Possivelmente, o apêndice estará aí. Uma das 
incisões para a retirada do apêndice é feita sob 
essa área. 
 
• Ponto de Lanz: também existe o ponto de Lanz 
para fazer a localização do apêndice. Traça 
uma linha entre uma espinha ilíaca e outra, 
divide essa linha em 3 partes, o encontro da 
primeira parte com a segunda éo ponto de 
Lanz. 
 
 
• Ponto ovárico: para a localização do ponto 
ovárico, vamos localizar a metade da prega 
inguinal até o umbigo. Divide essa linha no 
meio e aí está o ovário. 
Agora vamos examinar vias biliares: 
• Ponto da vesícula: para localizar o ponto da 
vesícula, basta utilizar o umbigo. Traça uma 
linha transversal e outra vertical, passa a 
bissetriz do ângulo, quando chegar no rebordo 
costal é o ponto cístico. 
• Ponto duodeno-pancreático: basta passar 
duas linhas do lado direito do umbigo, uma 
transversal e outra vertical. Fazendo 
novamente a bissetriz, na parte que está acima 
do umbigo, é só marcar 2 a 3 cm e palpa. Esse 
é o ponto pancreatoduodenal. 
• Quando conceituamos parede ântero-lateral, 
para chegar na cavidade, é preciso atravessar 
diversos planos, o primeiro deles é a pele. É 
preciso saber que as linhas de força da pele são 
transversais ou levemente arqueadas. 
• Importante: Na cirurgia, sempre que possível, 
fazer incisão transversal porque é menos 
1. Hipocôndrio direito 
2. Epigástrio 
3. Hipocôndrio 
esquerdo 
4. Flanco direito / 
Lombar direita 
5. Umbilical 
6. Flanco esquerdo / 
Lombar esquerda 
7. Fossa ilíaca direita / 
Inguinal direita 
8. Hipogástrio 
9. Fossa ilíaca 
esquerda / Inguinal 
esquerda 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
dolorosa e tem cicatrização melhor. A incisão 
vertical é tracionada toda vez que se respira, 
ao passo que a transversal se move junto com 
a parede. 
PLANOS DA PAREDE ANTEROLATERAL 
1. Pele 
2. Camada areolar mais amarelada 
• Somente nas regiões inguinais a camada 
areolar é chamada de fáscia de Camper. 
• Fáscia superficial, 
• Camada lamelar: gordura mais 
membranácea, esbranquiçada; 
• Nas regiões inguinais é chamada de fáscia de 
Scarpa. 
Atenção: Uma parte dela formará o ligamento 
funiforme, que se prende ao dorso do pênis/clitóris. 
3. Fáscia inominada: revestimento muscular; chamada 
de fáscia de Gallaudet. Parte dela se expande para o 
dorso do pênis/clitóris e forma o ligamento suspensor; 
4. Músculo aponeurótico: varia de acordo com se é 
anterior ou lateral; 
Após as formações musculares, há um revestimento 
interno a essa musculatura, uma fáscia que envolve. 
Essa fáscia que envolve internamente toda a 
musculatura é chamada fáscia endoabdominal. Ela 
ganha nome de acordo com a estrutura que está 
envolvendo, por exemplo: 
• Fáscia pélvica ou endopélvica é aquela que 
reveste a pelve; 
• Fáscia diafragmática reveste o diafragma; 
• Fáscia lombar envolve a musculatura 
posterior; 
• Fáscia transversal envolve internamente os 
músculos anterolaterais. 
5. Camada gordurosa: gordura pré-peritoneal; 
6. Peritônio parietal. 
OBS: O procedimento cirúrgico de abertura por 
camadas é chamado de laparotomia, ao mesmo tempo 
em que abertura traumática da região abdominal é 
denominada de ferida penetrante. É valido ressaltar 
que na laparotomia é necessária uma sutura por plano, 
uma vez que não se pode realizar suturas da região 
cutânea junto com a camada muscular. 
Fechamento de uma incisão = síntese por planos 
• Importante: após uma cirurgia, há a 
possibilidade de cicatriz hipertrófica na pele 
pelo espessamento ou o surgimento de estrias 
– linhas albicans. 
• O ferimento penetrante de abdome deve ser 
explorado pela introdução do dedo no 
ferimento após limpar o local 
apropriadamente para verificar a 
profundidade, ou seja, se o dedo passar direto 
é um trauma penetrante de abdome que 
determina a lesão do peritônio parietal. 
FORMAS DO ABDOME 
• O abdome é um cilindro achatado no sentido 
anteroposterior, mas há a possibilidade de 
variações na forma. São elas: 
• Abdome flácido-globoso: flacidez da 
musculatura, principalmente reto abdominal, 
sendo comum em multíparas. 
 
 
• Abdome esférico: acúmulo de gordura na 
cavidade e nos omentos, sendo uma gordura 
intraperitoneal. 
 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Abdome pendular: gordura acumulada na 
parede abdominal. 
 
• Abdome escavado: geralmente quem tem 
anorexia, se acha gorda e não come fica assim. 
 
OBS: o acesso também pode ser feito por laparoscopia. 
MÚSCULOS ANTERIORES DA PAREDE DO ABDOME 
• Os músculos anteriores são pares e longos 
(reto abdominal e piramidal). 
➔ M. RETO ABDOMINAL: 
 
• Origem: púbis (se dirige superiormente); 
• Inserção: parte do esterno, algumas 
cartilagens costais e linha branca; 
• Entre um músculo reto e outro e entre o 
processo xifoide e o púbis existe uma faixa de 
tecido conjuntivo - linha branca ou alba. Nessa 
linha se prendem quase todos os músculos da 
parede anterolateral; 
• Lembrar: Fazer uma incisão no meio da linha 
alba não é uma boa ideia. Apesar de ser muito 
utilizado, se puder evitar é melhor, já que 
nessa região se prendem muitos músculos. 
Então se você cortar a região da linha alba 
pode enfraquecer e o indivíduo ter uma hérnia 
incisional. 
 
• Além de ser um músculo longo, também é 
poligástrico, pois tem várias inserções; 
• Ação: músculo inspiratório. Ele faz flexão do 
tronco sobre a pelve, além da flexão lateral. 
OBS: O músculo reto abdominal é um músculo par que 
fica na parte anterior. Entre ele existe uma brecha que 
é a linha alba. 
Corte transversal: 
 
Importante: Por diante desse músculo, vamos 
encontrar o músculo piramidal. 
➔ M. PIRAMIDAL: 
• É resquício humano da bolsa dos marsupiais 
(bolsa do casaco, do canguru), ou seja, são 
restos embrionários. Ele pode constantemente 
faltar; 
• Origem: púbis; 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Se prende à linha branca (linha alba); 
• Função: ser músculo tensor da linha branca. 
 
Pergunta: O músculo piramidal se prende onde? 
R – Na linha branca. Tem origem no púbis e se insere 
na linha branca. 
MÚSCULOS LATERAIS DA PAREDE DO ABDOME 
➔ M. OBLÍQUO EXTERNO: 
 
• As fibras dirigem-se de cima para baixo e de 
trás para diante; 
• Fibras: entrelaçadas com as fibras do m. 
peitoral maior, serrátil anterior e grande 
dorsal; 
• Origem: sete últimas costelas e cartilagens 
costais (5ª-12ª); 
• Inserção: crista ilíaca, linha alba e púbis. 
• Para entender sua inserção, precisamos dividi-
lo em três partes. O músculo começa entre a 5ª 
e a 12ª cartilagens costais, dirigindo-se de cima 
para baixo e de trás para diante. 
➔ 1ª parte: prende-se à crista ilíaca juntamente ao 
músculo grande dorsal. Entre o grande dorsal e o 
oblíquo externo existe uma falha, chamada de 
“Triângulo de J. Le Petit”, cujos limites são: 
• Crista ilíaca (limite inferior); 
• Músculo oblíquo externo (anterior); 
• Músculo grande dorsal (posterior). 
OBS: Essa área é débil, suscetível ao aparecimento de 
hérnias. 
➔ 2ª parte (mais alta): prende-se à linha alba, através 
de uma aponeurose que passa por diante do músculo 
reto abdominal. Ou seja: a aponeurose, antes de se 
prender na linha branca, passou por diante do músculo 
reto, então recobre o músculo reto. 
Atenção: Se for feita uma incisão na região, não será 
atingido o músculo oblíquo externo, mas o músculo 
reto. Atinge-se a aponeurose do oblíquo externo, mas 
não o músculo em si. 
➔ 3ª parte: prende-se ao púbis. A aponeurose que se 
dirige ao púbis divide-se em duas partes ao chegar 
perto dele (púbis), o que acarreta uma abertura. Esse 
orifício triangular é o anel inguinal externo. 
Ligamentos que derivam da aponeurose do músculo 
oblíquo externo: 
• Ligamento inguinal (ele vai da espinha ilíaca 
ântero-superior até o tubérculo púbico; 
• Ligamento lacunar; 
• Ligamento pectíneo; 
• Anel femoral. 
 
Recapitulando... 
➔ M. Oblíquo externo: 
• Origem: 7 últimas costelas e cartilagens costais 
• Inserções: 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
I) Crista ilíaca juntamente com o músculo 
grande dorsal; 
II) Linha branca, passando por diante do 
músculo reto; 
III) Púbis (quando chega ao púbis, é 
delimitado por duas aberturas (anel 
inguinal superficial) – pilar lateral e pilarmedial; 
• Ação: expiração e contensão das vísceras 
➔ M. OBLÍQUO INTERNO: 
 
• Posterior ao oblíquo externo; 
• Ao contrário do músculo oblíquo externo, no 
músculo oblíquo interno as fibras dirigem-se 
de baixo para cima (maior contensão); 
• Ação: contensão (principalmente), é um 
músculo expirador. 
• Origem: 
 Crista ilíaca, 
 Fáscia toracolombar, 
 Ligamento inguinal; 
• Inserção: 
 
I) 4 últimas costelas e cartilagens costais, 
II) Linha branca (por meio de uma aponeurose 
que se divide. Uma parte passa por diante do músculo 
reto e a outra por trás), 
III) Fibras que tiveram origem no ligamento 
inguinal (essas fibras se arqueiam para baixo e se 
prendem ao púbis). 
OBS: Muitas vezes, as fibras do músculo oblíquo 
interno se juntam às fibras do músculo transverso e 
juntas se prendem ao púbis. Nem sempre vai 
acontecer, mas quando isso acontece, chama-se de 
tendão conjunto. 
 
• Quando não há o tendão conjunto, as fibras do 
músculo oblíquo interno – ao invés de se 
dirigirem para o púbis – se prendem na borda 
lateral do músculo reto. Quando isso acontece, 
essa região fica desprotegida, chama-se 
Triângulo de Hessert. 
 
OBS: a área do Triângulo de Hessert, por ser um ponto 
débil, é propensa a ter uma hérnia inguinal. 
Delimitação do Triângulo de Hessert: 
 
• Inferiormente: ligamento inguinal; 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Borda lateral: reto abdominal; 
• Superior: músculo obliquo interno. 
➔ M. TRANSVERSO: 
 
• Fibras transversais; 
• Origem: possui várias origens; 
 1ª origem: fáscia tóraco lombar, 
 2ª origem: crista ilíaca, 
 3ª origem: ligamento inguinal, 
 4ª origem: 6 últimas costelas de cartilagens 
costais. 
• Trajeto latero-medial, de cima pra baixo, de 
baixo pra cima; 
• Inserção: 
 1ª inserção: no púbis, 
 2ª inserção: na linha branca (aponeurose). 
OBS: onde acabou a musculatura e começou a 
aponeurose chama-se de linha semilunar. 
 
• A aponeurose do músculo transverso do 
abdome vai para a linha branca, passando por 
trás do músculo reto. Ela é importante para a 
contenção das vísceras, aumentando a 
pressão intra-abdominal (importante no 
vômito, defecação, trabalho de parto, etc). A 
aponeurose do músculo oblíquo externo 
passa por diante do músculo reto do abdome. 
A aponeurose do músculo oblíquo interno se 
divide uma por diante e outra por trás do 
músculo reto do abdome. Esse envoltório é 
chamado de bainha do reto abdominal, são 
duas lâminas (anterior e posterior) que 
envolvem o músculo reto do abdome. 
• Anterior: músculo oblíquo interno e oblíquo 
externo; 
• Posterior: músculo oblíquo interno e músculo 
transverso. 
• Importante: Na metade da distância entre a 
cicatriz umbilical (umbigo) e o púbis, todas as 
aponeuroses vão passar por diante do 
músculo reto. Nesse local, ao levantar o 
músculo reto, veremos a lâmina posterior. A 
linha abaixo se chama Linha Arqueada de 
Douglas. A partir dela não existe mais a lâmina 
anterior, ou seja, é o local onde as três 
aponeuroses (aponeurose do músculo 
externo do abdome, aponeurose do músculo 
interno do abdome e aponeurose do músculo 
transverso do abdome) constituem a lâmina 
posterior. 
INERVAÇÃO 
• Os músculos e a pele da parede anterolateral 
são inervados pelos toracoabdominais. Há, 
então, uma particularidade. Esses músculos 
penetram o músculo reto pela sua borda 
lateral, no trajeto entre o músculo oblíquo 
interno e o músculo transverso. 
OBS: Em uma incisão nesse local, se o médico não tiver 
cuidado pode lesar um nervo. Essa incisão, 
anatomicamente, deve ser feita na borda medial do 
músculo reto. 
IRRIGAÇÃO 
Artérias 
• Temos a contribuição da artéria torácica 
interna (proveniente da artéria subclávia, 
passa pela fissura esternocostal e se divide em 
duas: epigástrica superior e musculofrênica). 
Da ilíaca externa saem, também, duas artérias: 
artéria epigástrica inferior e artéria circunflexa 
profunda do íleo. A parte anterior é irrigada 
pelas artérias epigástricas, a lateral pela artéria 
musculofrênica e artéria circunflexa profunda 
do íleo. 
Veias 
• As veias possuem os mesmos nomes das 
artérias. 
MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA 
 
• Importante: existe uma anastomose entre as 
veias do abdome com a veia axilar. A 
importância disso é que se obstruir uma das 
veias o sangue vai pela veia (inaudível 
1h48m45s – acho que é toracoepigástrica) – 
circulação colateral. A veia toracoepigástrica 
faz a comunicação das veias da parede 
anterolateral com a veia axilar. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
• A parte supra umbilical drena para linfonodos 
axilares e a infra umbilical para linfonodos 
inguinais. 
CANAL INGUINAL 
 
• Na parede anterolateral existe um trajeto 
oblíquo que se dirige de cima para baixo e de 
trás para diante, acima do ligamento inguinal, 
denominado de canal inguinal. Com as 
seguintes características: 
• Comprimento: 3 a 5 centímetros; 
• Função: 
• No homem: comunicar a cavidade 
abdominopelvica com a bolsa testicular, com o 
objetivo de elevar o funículo espermático que 
contêm vasos e nervos para o testículo e o 
ducto deferente, 
• Na mulher: permite a comunicação com os 
grandes lábios que contêm o ligamento 
redondo que os prende ao útero. Além dessas 
estruturas, passa, tanto no homem quanto na 
mulher, o nervo ílio-inguinal. 
• Paredes: 
 Anterior: aponeurose do músculo oblíquo 
externo. Possui uma fenda denominada 
canal inguinal superficial 
 Superior: músculos oblíquo interno e músculo 
transverso 
 Inferior: ligamento inguinal e lacunar 
 Posterior: tendão conjunto (quando presente) 
e a fáscia transversal. Possui o anel inguinal 
profundo. 
• Tipos de hérnia: direta ou indireta.

Outros materiais