RELATÓRIO TECNICAS PROJETIVAS (1)

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FACULDADE UNICESUMAR - PONTA GROSSA 
Relatório de Estágio 
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UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO 
UNICESUMAR – PONTA GROSSA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 
DE TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2021 
 
 FACULDADE UNICESUMAR - PONTA GROSSA 
Relatório de Estágio 
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ALUNOS: 
 
CAMILA RIBEIRO 
PÂMELLA M. L. MAINARDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 
DE TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2021 
 
Relatório apresentado à disciplina de 
Estágio Supervisionado em 
TÉCNICAS PROJETIVAS, do 
Curso de Psicologia, da 
UNICESUMAR – Ponta Grossa, 
Campus Ponta Grossa – 
Professora Orientadora: Psicóloga 
Ms. Jeane Patricia dos Santos Iliuk 
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Relatório de Estágio 
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1 INTRODUÇÃO 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
“Avaliação psicológica é definida como um processo estruturado de 
investigações de fenômenos psicológicos, compostos de métodos e técnicas e 
instrumentos, com o objetivo de prover informações à tomada de decisões, no âmbito 
individual, grupal ou institucional, com base em demandas e condições e finalidades 
específicas.” Resolução CFP 09/2018 
 Técnicas Projetivas são instrumentos de avaliação psicológica, que 
procuram características e informações do sujeito. O método projetivo não apenas 
mede os traços, mas busca a compreensão do sujeito, tanto no que ele faz ou não 
faz, o jeito que ele faz e o porquê da sua ação. Quando estímulos são apresentados 
de uma forma pouco ou nada estruturada, a resposta do sujeito vai ser projetiva, 
revelando a maneira de ver a situação, sentir ou interpretar. 
Os testes projetivos valorizam o simbólico do sujeito, Freud fez a busca por 
essa elaboração simbólica, com a utilização da associação livre, deixando que o 
sujeito trouxesse a sua subjetividade através da fala. 
Dentre os assuntos e técnicas estudados na matéria e estágio, está a 
entrevista, através dela é possível obter informações sobre o sujeito e seu sofrimento 
apenas ouvindo suas palavras. O conteúdo da entrevista refere-se à informação 
fornecida pelo paciente e também às informações que o entrevistador consegue 
através de seus questionamentos e intervenções (MACKINNON, MICHELS, 
BUCKLEY, 2008). 
É de extrema importância que o entrevistador mantenha o sigilo e sua ética 
profissional diante aos fatos e informações presenciadas. Assim é possível 
estabelecer uma relação de confiança entre paciente e profissional, onde o paciente 
encontra na sessão, um local de acolhimento, um lugar de fala e pode expressar suas 
aflições sem medo do julgamento. 
 Atualmente a prática do estágio sentiu a necessidade de se adaptar, pois 
durante uma pandemia não podemos nos encontrar, não temos contato físico e vemos 
nossos colegas apenas pelo computador, porém a importância da realização de tais 
atividades acadêmicas se mantêm. Este relatório irá apresentar a maneira como nós 
desenvolvemos nossas atividades e entrevistas de forma remota. 
 
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 1.2 NECESSIDADE DA PRÁTICA DO ESTÁGIO 
 Para que os profissionais possam sair de sua graduação em Psicologia, com 
um ensino eficaz, uma das ações que devem ser tomadas é proporcionar a prática 
supervisionada da avaliação psicológica, dentro da avaliação psicológica é necessário 
que tenhamos experiência e conhecimentos sobre as técnicas projetivas. 
As clínicas-escola de Psicologia são serviços obrigatórios, segundo a Lei nº 
4.119 (Decreto-lei nº 53.464, 1964), que dispõe sobre os cursos de formação e 
regulamenta a profissão de psicólogo no Brasil. Em linhas gerais, o objetivo das 
clínicas-escola é possibilitar um espaço adequado à formação profissionalizante, 
assim como consolidar e articular as competências centrais desenvolvidas nas 
graduações em Psicologia (Borsa, Oliveira, Yates, & Bandeira, 2013). 
 As clínicas-escola devem oferecer atendimento de baixo custo ou até mesmo 
gratuito para a comunidade, fazendo-se de um local onde o aluno recebe treinamento 
e orientação com o objetivo de capacitá-lo para a prática. 
Entende-se que a formação do psicólogo deve ser consoante com a realidade 
do contexto social em que o aluno está inserido e, neste sentido, os cursos de 
Psicologia devem oferecer oportunidades de atuação junto às comunidades, 
qualificando as estratégias profissionalizantes do currículo (Boeckel et al., 2010). 
A maioria das infrações éticas denunciadas ao CFP refere-se ao exercício 
equivocado da avaliação psicológica, o que nos faz refletir sobre a importância da 
prática do estágio. (Anache & Reppold, 2010). 
Ainda quanto à relevância da formação prática nos cursos de graduação em 
Psicologia, o Art. 19 dispõe que o planejamento acadêmico deve assegurar, em 
termos de carga horária e de planos de estudos, o envolvimento do aluno em 
atividades individuais e de equipe que incluam exercícios em laboratórios, práticas 
didáticas como parte de disciplinas ou integradas a outras atividades acadêmicas e 
aplicação e avaliação de estratégias, técnicas, recursos e instrumentos psicológicos. 
 Anos são necessários para que um estudante se torne um entrevistador 
qualificado, também é necessário que professores qualificados realizem entrevistas 
na presença dos seus alunos, e além disso que ele observe as entrevistas conduzidas 
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por seus alunos e discuta com eles sobre o processo (MACKINNON, MICHELS, 
BUCKLEY, 2008). 
 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
A realização do estágio em técnicas projetivas justifica-se pelo atendimento às 
exigências curriculares da formação do psicólogo. É uma oportunidade do acadêmico 
estar mais próximo da vivência do Profissional da Psicologia e adquirir conhecimentos 
e experiência. Dessa forma, quando o acadêmico se tornar um Profissional, estará 
habituado com as entrevistas, técnicas e formas de avaliação. Certamente não saberá 
tudo, mas terá um pé no chão ao realizar seus primeiros atendimentos. A prática é 
que trará a segurança e experiência necessária. 
Porém, sem esse primeiro contato durante a graduação a formação do 
Psicólogo possuiria um vácuo, algo que ao ser preenchido apenas durante a prática 
poderia trazer consequências ruins ao profissional e paciente. 
 Ainda nos atuais, o mercado de trabalho sofre com a falta de qualificação em 
diversas áreas, inclusive dentro da área da Psicologia, a qual abrange a avaliação 
psicológica. O estágio demonstra acadêmico parte da realidade que enfrentará no 
futuro, possibilita a relação entre teoria e prática, provavelmente acarretará na 
diminuição do despreparo técnico e teórico apresentado por muitos profissionais ao 
fim da graduação. 
 Entende-se que a prática é um aspecto primordial da formação em Psicologia 
como um todo e não deve ser diferente no que se refere à avaliação psicológica 
(CALLEGARO, 2016, p. 139). 
 
1.4 OBJETIVOS 
 
1.4.1 Objetivo Geral 
 
Promover e desenvolver habilidades e competências relacionadas à prática das 
técnicas projetivas. 
 
1.4.2 Objetivos Específicos 
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✓ Cumprir as determinações necessárias de estágio, segundo as normas. 
✓ Relacionar a teoria aprendida à prática desenvolvida. 
✓ Ser capaz de realizar a prática de psicólogo utilizando as técnicas projetivas 
no processo de avaliação psicológica. 
✓ Utilizar os momentos de supervisão para compartilhar experiências, o medo, 
inseguranças sobre a prática e desenvolver estratégias para superar todas as 
dificuldades. 
 
1.5 METODOLOGIA 
 
O estágio foi desenvolvido através de meios de comunicação pela internet e 
aulas remotas utilizando o aplicativo Google Meet, pois ainda estamos enfrentando 
uma pandemia, o que nos impossibilita de estar presencialmente. O aplicativo é o 
mesmo aplicativo utilizado por todos os professores da Unicesumar, para ministrar 
suas aulas e expor os conteúdos. 
Feito todas as quartas-feiras das 21:00hrs até 22:30hrs, juntamente com a 
Professora Jeane e mais 7 acadêmicos. Estabelecemos que a cada semana uma 
dupla se colocaria nos papéis de psicólogo e paciente, em busca de iniciar nossas 
entrevistas e aperfeiçoar nossos conhecimentos. 
Todos permaneceram com suas câmeras ligadas, a fim de garantir que 
estavam em um ambiente seguro e tranquilo para manutenção de sigilo das 
informações. 
 
 2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Uma boa entrevista começa com a formulação de perguntas básicas, que 
deverão atingir o objetivo que o entrevistador tem. A entrevista é indicada para buscar 
informações sobre opinião, concepções, expectativas, percepções sobre objetos ou 
fatos ou ainda para complementar informações sobre fatos ocorridos que não 
puderam ser observados pelo entrevistador. 
A entrevista é considerada uma modalidade de interação entre duas ou mais 
pessoas. Ela é uma conversação dirigida a um propósito definido que não é a 
satisfação da conversação em si, pois esta última é mantida pelo próprio prazer de 
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estabelecer contato sem ter o objetivo final de trocar informações, ou seja, diminuir as 
incertezas acerca do que o interlocutor diz (Haguete, 2001; Lodi, 1991). 
Freud, o pai da psicanálise, forneceu os fundamentos do nosso atual 
conhecimento da psicodinâmica, apesar de outros terem ampliado e estendido seus 
conceitos. Incluímos contribuições da psicologia do ego, da teoria das relações de 
objeto, da psicologia comportamental, da psicologia do self, da psicologia relacional e 
da psicologia intersubjetiva, embora nem sempre identificadas como tais. 
Uma entrevista profissional difere de outros tipos de entrevistas em que um 
indivíduo está consultando alguém que é considerado um especialista. Espera-se que 
o profissional psicólogo ofereça alguma forma de ajuda. MACKINNON et al., 2008). 
 
 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES 
 
O estágio foi realizado entre 16/03/2021 à 13/04/2021. 
 
DIA 16/03/2021 
 
 Durante essa noite, iniciamos o processo do estágio. Nesse primeiro 
momento iniciamos uma conversa sobre as expectativas, inseguranças relacionadas 
ao estágio e diretamente relacionados à prática do psicólogo. 
 De forma geral, os relatos se estabeleceram em torno do medo de não saber 
o que perguntar, não saber o momento certo para realizar os questionamentos ou até 
mesmo não ter uma resposta e um direcionamento para as questões do paciente. A 
professora buscou nos tranquilizar, com sua fala de que o estágio é o momento de 
errar e buscarmos os acertos. 
 
DIA 23/03/2021 
 
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Neste dia, a Professora se propôs a realizar uma simulação de como seria uma 
entrevista inicial de forma semi-estruturada, com a participação da aluna Joseleine. A 
aluna interpretou o papel de uma paciente chamada Laura, de 27 anos. 
Laura se demonstrava bastante triste, chorava e quase não conseguia falar 
sobre sua vida, a psicóloga (Jeane, nesse momento simulando), buscou 
questionamentos que trouxessem à tona as razões pela qual Laura procurou a terapia. 
A paciente contou que havia terminado um relacionamento recentemente e estava se 
sentindo culpada, pois morava atualmente em uma cidade apenas por causa de seu 
antigo namorado. 
 Ela trazia consigo a culpa da relação sexual antes do casamento, algo que 
segundo ela contrariava tudo aquilo que ouviu de seus pais durante a vida. Trouxe um 
sentimento de abandono por parte dos pais e também o luto pela morte do pai. 
Após a simulação, trouxemos alguns questionamentos e aspectos para discutir: 
como a voz que a aluna fez ao interpretar a paciente, onde trazia ainda mais a 
impressão de tristeza e choro. A forma da psicóloga manejar a situação e buscar 
informações de maneira acolhedora, deixando a paciente mais á vontade apesar do 
sofrimento apresentado. 
 
DIA 30/03/2021 
 
Durante essa noite, um dos casos simulados foi o da psicóloga interpretada 
pela Cirlei, e a paciente interpretada pela aluna Márcia. Uma moça órfã, deixada na 
porta de uma casa quando tinha apenas 3 dias de vida. Durante anos ficou sob 
acolhimento das instituições públicas e passou por várias famílias, onde não se 
adaptava. 
Quando finalmente foi adotada por uma família, ao completar seus 12 anos, 
sua mãe adotiva teve uma bebê, o que prejudicou sua relação com os pais adotivos, 
ao completar 18 anos saiu de casa para morar com um amigo, que veio a ser 
namorado com o tempo, o qual tem amantes, e mesmo sabendo disso, não consegue 
dar um fim no relacionamento. 
 
Segundo caso: 
 Na mesma noite, outro caso foi apresentado. Dessa vez pelas alunas 
Joseleine e Camila B. Joseleine como paciente trouxe uma história com partes reais, 
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falando sobre seus traumas e sua história. Ela disse que nesses dias de pandemia, 
trabalho em casa e isolamento, estava muito abalada, e triste com uma situação do 
passado. 
Quando ela tinha 11 anos, ela conheceu um menino pelo qual se apaixonou, 
quando estava quase completando 12 anos, o menino veio a falecer em um acidente 
de bicicleta. Como foi uma morte repentina, ela não soube elaborar o luto frente a 
situação, Camila trouxe o questionamento se aquele momento foi o primeiro contato 
da paciente com a morte, e ela responde que não, pois os avós já haviam morrido, 
mas era pequena e não tinha muitas lembranças. 
Camila questiona o que a paciente já fez em busca de amenizar o sofrimento 
relacionado a perda desse amigo, e ela diz que fazia visitas no túmulo dele e que já 
havia falado para sua família sobre o acontecido. Cliente e psicóloga combinam de se 
encontrar na próxima semana e finalizam a sessão. 
 
 
 
DIA 06/04/2021 
 
O caso apresentado nesse dia foi interpretado pelas alunas Pamella (paciente 
Malu) e Camila R (psicóloga Angela), Malu tem 20 anos e procurou ajuda após ter 
percebido que não consegue dar continuidade em suas tarefas e planos. Mora 
sozinha, abandonou emprego recentemente, faculdade e até mudou de cidade pars 
ficar longe da família. 
Angela questiona a origem desses comportamentos de abandono e Malu diz 
ter iniciado após a morte de seu pai, totalizando 3 anos. Quando questionada sobre 
os motivos de abandonar seus planos, Malu diz se sentir muito ansiosa, muitas vezes 
perto da TPM e acaba abandonando o emprego ou outras tarefas, porém, no outro 
dia se sente inútil e incapaz de conseguir tudo novamente. 
Outro caso foi o das alunas Líbia e Lisa, onde Líbia a paciente relata não gostar 
de velórios, ter medo e receio de chegar perto de pessoa morta. Que ela não chora 
em velório, e não chega perto do defunto. Diz que talvez a situação atual da pandemia, 
noticiários falando diariamentede morte e incertezas da vida pode ter agravado a 
situação. 
 
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DIA 13/04/2021 
 
A dupla dessa noite foi a Líbia (como psicóloga) e Lisa (paciente), dessa vez 
quem marcou a sessão foram os pais da paciente. A psicóloga então questionou se 
ela sabia porque seus pais sentiram essa necessidade, ela relata que pode ser por 
estar sempre triste pela casa. Diz sentir vontade de morrer, quando a psicóloga fez 
questionamentos para tentar compreender a sua tristeza, a paciente relata sofrer 
bullying na escola e que não gosta de ir pra aula. A paciente relata sentir muita raiva 
e vontade de morrer quando praticam bullying contra ela. A psicóloga se ofereceu 
para ouvir quando ela se sentisse a vontade de falar sobre essa questão da vontade 
de morrer. 
 
 
 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Durante as aulas foi possível que as acadêmicas pudessem relacionar a teoria 
estudada com a prática apresentada, apesar de não ter sido possível estabelecer uma 
total relação pois as aulas foram feitas de forma remota. 
Sabe-se que a prática da entrevista seguindo a teoria deve ser realizada em 
um local tranquilo e livre de interferências, o que parcialmente foi cumprido, um 
aspecto que interferiu na disposição das alunas foi o horário, pois muitas haviam 
trabalhado durante o dia e se sentiam cansadas. 
Entende-se que o estágio mesmo que em situação remota foi de grande 
importância, mas é necessário que mais conhecimento seja buscado, e principalmente 
que muito treino seja realizado, após a pandemia precisamos correr atrás do que se 
perdeu. 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS 
 FACULDADE UNICESUMAR - PONTA GROSSA 
Relatório de Estágio 
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