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Elaboração: Ana Laura Sanches Emily Salazar Isabela Ferreira Juliana Aparecida Andrade Jacinto Larissa Ikawa Luis Felipe Mariane Almeida Bispo Narielly Ortiz Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA DOENÇAS INFECCIOSAS Linfadenite caseosa ovina e caprina A Linfadenite Caseosa ou também conhecida como Mal do caroço é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete principalmente caprinos e ovinos. Sua principal característica é a formação de abscessos nos linfonodos superficiais e viscerais. INTRODUÇÃO Causada pelas bactérias cornyebacterium pseudotuberculosis Bactérias intracelulares da família mycobacteriaceae Formato: Pequenos bacilos pleomórficos, gram-positivos, de 0,5 a 0,6 µm por 1 a 3 µm Sem cápsula, anaeróbios facultativos. Identificação Provas químicas: identificações positivas e negativas para alguns agentes Positivas: urease, glicose, maltose e catalase Negativas: sacarose e oxidase Etiologia Fator de virulência: Exotoxinas e componentes de estrutura Permanência no interior do citoplasma Indução de reações inflamatórias piogranulomatosas Elevada concentração de lipídios mantem o organismo viável no interior dos fagócitos Ácido micólico e glicoproteínas dificultam a fagocitose Isoladas: ágar-sangue ovino e bovino Lise de eritrócitos: Fosfolipase D Destruição das fosfolipases da membrana dos eritrócitos Libera os íons ferro Multiplicação das bactérias Etiologia Epidemiologia Cosmopolita: Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, Europa, Ásia e américa. Brasil: maior concentração seja no nordeste e sul. Acomete entre 2 e 50% do rebanho Alta prevalência no nordeste x Epidemiologia Pasto, fezes e solo: viável por 4 a 8 meses. Água dos fossos de rebanho de imersão: 4 a 5 meses. Fômites: 2 meses Prevalente em ovinos ou caprinos mais velhos Raça Merino e mestiças - pele fina e dobras cutâneas, favorecem lesões e a infecção Predomínio na região de cabeça, pescoço e escápula. TRANSMISSÃO Através de ferimentos na pele (contato direto) Grande fator de risco em caprinos no nordeste: Tipo de vegetação predominante (caatinga) Pequenas árvores contendo espinhos que podem causar ferimentos superficiais na pele Disseminação do agente TRANSMISSÃO Bactéria é capaz de sobreviver e persistir no ambiente por longos períodos, constituindo se numa constante fonte de infecção Solo infectado com pus: até 8 meses Galpões de tosquia infectados: por 4 meses Palha, feno e outros fômites: até 2 meses Temperaturas baixas e condições úmidas prolongam o tempo de sobrevivência Disseminação no ambiente: Ruptura de abscessos em linfonodos Habilidade de sobrevivência do microrganismo por longo período no solo ou materiais diversos TRANSMISSÃO Outros métodos de disseminação: Tatuagem; Marcação; Castração; Vacinação; Brigas entre animais; Compra de animais infectados e em estado subclínico. OBS: Animais não diagnosticados clinicamente mas que apresentam lesões pulmonares: podem transmitir a doença através de aerossóis PATOGENIA Patogenicidade de C. Pseudotuberculosis: Lipídeos de sua parede celular e à enzima fosfolipase D (PLD) Nos estágios iniciais de infecção, a produção desses genes aumenta a sobrevivência e a multiplicação do patógeno. Outros genes de virulência: Genes faga (proteína integral de membrana) Genes fagb (transportador de enterobactina de ferro) Genes fagc (atp-proteína de ligação da membrana citoplasmática) Genes fagd (sideróforos-proteína de ligação de ferro) Constituem um operon envolvido em sistemas de absorção de ferro bacterianos. PATOGENIA PLD Ação de exotoxina glicoprotéica ou citotoxina: Hidrolisa a esfingomielina, enfraquecendo membranas celulares e favorecendo a infecção pelo microrganismo. Catalisa a hidrólise da ligação fosfodiéster dos glicerofosfolipídeos Produz ácido fosfatídico e outras moléculas hidrofílicas (ex: serina) Aumenta a permeabilidade vascular. Ruptura dos eritrócitos ovinos em meios de cultura suplementados com sangue Teste de hemólise sinérgica: Sinergismo com a fosfolipase C de rhodococcus equi, possibilita a confirmação do C. Pseudotuberculosis PATOGENIA Lipídeos da parede celular Ligados à camada de peptídeoglicano Estabilizando a membrana externa Contribuindo para a sobrevivência das bactérias dentro das células fagocíticas do hospedeiro Responsáveis pela disseminação da bactéria na infecção primária Inflamação local, atingindo os linfonodos regionais e formação de granulomas. Fases da infecção por LC A infecção pode ser dividida em: Fase inicial (1-4 dias pós-infecção): Recrutamento de neutrófilos para local da inoculação e linfonodos de drenagem; Fase de amplificação (5-10 dias pós-infecção): Desenvolvimento de piogranuloma Fase de estabilização: Caracterizada pela maturação e persistência do piogranuloma Fases da infecção por LC PATOGENIA A camada de lipídeo: Envolve a bactéria Protege dos efeitos degradativos, de enzimas, fagolisossomos e dos macrófagos Persistência intracelular Além de impor uma barreira física aos mecanismos de defesa do hospedeiro, várias propriedades biológicas tem sido atribuídas ao lipídio dessa bactéria in vivo, como aderência dos microrganismos, citotoxicidade local e indução da forma caseosa. SINAIS CLINICOS No local em que o corynebacterium pseudotuberculosis se instala há: Formação de pus caseoso denso, de coloração branca amarelada envolvido por capsulas fibrosa corynebacterium Torna-se seco e apresenta sais de cálcio cristais calcificados Clinicamente pode apresentar sobre duas formas superficial/cutanea e a profunda visceral SINAIS CLINICOS Superficial Aumento de volumes de linfonodos Parotídeos, mandibulares, retrofaríngeos, escapulares, inguinais, poplíteos e mamários Abcessos não drenados se rompem espontaneamente eliminando o conteúdo caseoso no ambiente Visceral Os linfonodos mais acometidos são de órgãos como, pulmões, fígados e rins . SINAIS CLINICOS DIAGNÓSTICO Observação da presença do abcesso superficial Exame bacteriológicos do material caseoso para isolamento e confirmação do agente Diagnóstico de animais acometidos assintomáticos: Teste sorológicos Aglutinação indireta Hemo-aglutinação Teste de inibição de anti-hemolisina Teste de imunodifusão Teste de inibição de hemólise sinérgica Mais utilizado pelo baixo custo e pela fácil aplicabilidade Elisa. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL TRATAMENTO Não é recomendado o tratamento com antibióticos Cura clínica, mas em poucos casos há a cura bacteriológica Sinais retornam semana após descontinuidade dos antimicrobianos. Tratamento convencional: Drenagem cirúrgica Associada ou não ao uso de antimicrobianos Cauterização química Iodo 2 a 5% ou clorexidina 2 a 3% Não efetivo para erradicar a enfermidade em rebanhos endêmicos Material incinerado evitando contaminação ambiental TRATAMENTO Antibióticoterapia Tratamento prolongado, entre 30 e 60 dias, por via parenteral ou oral In vitro Sensível a grande variedade: ampicilina, cefalosporina, sulfonamidas/trimetropim, enrofloxacino, florfenicol, gentamicina e tetraciclinas. In vivo Baixa efetividade Capacidade de manutenção nos fagócitos Formação de lesão piogranulomatosa, - dificulda os fármacos alcançar níveis terapêuticos no foco infeccioso. TRATAMENTO Outras alternativas: Rifampicina, eritromicina e azitromicina. M.O. também induzem reações piogranulomatosas como Rhodococcus equi Resultado satisfatório Contraindicado: Extirpação de linfonodos aumentados para fins estéticos IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Distribuição mundial Impacto econômico na caprinocultura e ovinocultura Redução na produção Lã, carne e leite Condenação carcaça e couro, desvalorização da pele. Disseminada no Brasil e relatada em vários estados. PATOLOGIA E VACINAÇÃO Principaisachados pós mortem são abscessos de paredes espessas Diversos lugares Recomendável vacinação - 3 meses Vacina 1002 Contra Linfadenite Caseosa SAÚDE PÚBLICA Atinge os humanos com menor intensidade Considerada zoonose ocupacional Acomete saúde do empregado devido ao ambiente de trabalho no qual está inserido Transmitida entre o animal e o empregado Prognóstico, controle e profilaxia Prognóstico: Ruim Controle: Diagnóstico sorológico Isolamento dos animais suspeitos e com abcessos Drenagem e cauterização de abcessos Descarte adequado do material contaminado Vacinação Prognóstico, controle e profilaxia Profilaxia: Boa higiene; Evitar traumas; Separar os animais com linfonodos aumentados; Manobras cirúrgicas em locais limpos; Desinfecção do instrumental e ambientes; Vassoura de fogo MUITO OBRIGADO !
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