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Hérnias de parede abdominal 1 Hérnias de parede abdominal Untitled Database Protrusão anormal de um órgão ou tecido através de um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém É o procedimento de cirurgia mais frequente Pode ocorrer em vários locais do corpo mais frequente na parede abdominal (inguinal) Hérnias: ventrais, inguinais, pélvicas, incisional, hérnia e Spigel, femoral Incisionais: 15 a 20% dos pacientes com incisões Umbilicais e epigástricas 10% A prevalência das hérnias aumenta com a idade, assim como o estrangulamento e a necessidade de hospitalização Predomínio em homens https://www.notion.so/f74e6ec96fd24c929a694c560a5245f9 Hérnias de parede abdominal 2 Hérnias inguinais são as mais frequentes de todas em homens em mulheres As hérnias femorais são mais incidentes em mulheres As hérnias inguinais são mais estranguladas, pois tem mais São mais frequentes do lado direito Congênita: persistência do processo vaginal. Fatores de risco como prematuridade e baixo peso Adquiridas: aumento repetitivo de pressão intra abdominal Componentes da hérnia Anel herniário: a borda por onde a falha foi feita Saco herniário: peritônio que invaginou Conteúdo: o que tem dentro da hérnia, se for intestino pode estrangular, diferente de um epíploco Hérnia de deslizamento: a viscera herniada forma parte da parede do saco Diagnóstico História clínica: assintomático, dor, desconforto ou peso na virilha, relação com esforço físico, parestesia e dor irradiada são sintomas incomuns Exame físico: abaulamento ou tumefação redutível (se fixa > encarcerada). Examinar o paciente em pé e deitado. Inspeção estática e dinâmica (valsalva, tosse e esforço). Palpação da hérnia: redutível ou não redutível, conteúdo, anel herniário. Indicador no canal inguinal Não precisa de exame complementar Exames de imagens em situações específicas de incerteza do exame físico Sinais de complicação: obstrução, isquemia, perfuração Hérnias de parede abdominal 3 Classificação Redutível: retornar a hérnia para a cavidade Encarcerada: presa, sinais de obstrução, não consegue reduzir, cirurgia de urgência Estrangulada: sofrimento vascular, pelo sensível, eritema, febre, quente, hipotensão, leucocitose > cirurgia IMEDIATA Exames complementares USG TC hérnias mais difíceis de serem diagnosticadas Herniografia Laparoscopia: caso acidental Fatores de risco para recorrência de hérnia Infecção ou contaminação Hematoma Tensão Esforço no PO Comorbidades: obesidade, diabetes, DPOC Ascite Medicamentos: corticoides, imunossupressores Tabagismo Diagnósticos diferenciais Neoplasias benignas e malignas (lipoma) Linfonodos Hidrocele Hérnias de parede abdominal 4 Orquite Varicocele Princípios do tratamento Reduzir ou ressecar os elementos herniários Tratamento do saco herniário Correção do defeito anatômico Identificar e eliminar o fator de risco Aproximação primária, uso de telas (reforço maior) Hérnia de Spiegel Entre a borda lateral do músculo reto e a linha semilunar Hérnias ventrais incisionais Mais frequentes na linha média Tratamento com tela Em qualquer incisão abdominal Hérnias pélvicas Hérnia obturatória: difícil diagnóstico Hérnias perineais: mulheres idosas e multíparas Outras hérnias Hérnias lombares: hérnia de Grynfeltt e hérnia de Petit Hérnia de Richter: pode ocorrer em qualquer região, pode estrangular sem obstruir Hérnia de litré Hérnias de parede abdominal 5 Hérnias inguinais e femorais Anatomia Canal inguinal é paralelo ao ligamento inguinal, início no anel inguinal profundo interno (fáscia transversalis, é mais em cima, forma o assoalho), termina no anel inguinal superficial ou externo Teto: aponeurose do oblíquo externo Assoalho: fascia trasnversalis Superior: tendão conjunto Inferior: ligamento inguinal Homem: dentro do canal inguinal há o funículo espermático (ramo genital no nervo genitofemoral, artéria testicular, veias do plexo panpiniforme, ducto deferente, músculo cremáster) Mulher: ligamento redondo Vasos epigástricos: marcos anatômicos: hérnia lateral (indireta), hérnia medial (direta) > Trígono de Hasselbach > vasos epigástricos inferiores, borda lateral do músculo reto abdominal, ligamento inguinal Fatores de risco Congênitas: prematuridade e baixo peso Adquirida: alterações do colágeno, aumento da pressão abdominal Exame físico: manobra de valsalva, colocar o dedo dentro do canal inguinal (abaulamento no ponta do dedo indireta, na lateral do dedo, hérnia inguinal direta) Exames de imagem USG Raramente necessário Hérnias de parede abdominal 6 Classificação de Nyhus Tratamento Não operatório: hérnias inguinais pequenas assintomáticas, condições clínicas proibitivas Cirúrgico: tratamento definitivo, com tela ou sem tela, anterior ou posterior, convencional (aberta), laparoscópica Melhor técnica: baixo risco de complicações, aprendizado rápido, reprotubilidade de bons resultados, recuperação rápida, custo Técnicas com tela: menor recidiva, semelhante ocorrência de dor, retorno mais rápido às atividades Sem tela: Sholdice, McVay, Bassini, Outras Com tela: Lichtenstein, Rives-Stoppa, Outras Complicações localizadas > inguinotomia Peritonite generalizada > laparotomia mediana Sholdice: múltiplas camadas, 4 linhas de sutura Hérnias de parede abdominal 7 McVay: fecha o canal femoral também, repara hérnias inguinais e femorais ao mesmo tempo Lichtenstein: menor recidiva, menos dor e desconforto, livre de tensão, tela de polipropileno, colocada na parede posterior do canal inguinal Tratamento laparoscópico: ideal em recidivas, Transperitoneal ou extraperitoneal Outras hérnias Hérnias incisionais 10 a 15% das laparotomias levam a hérnias incisionais medianas risco maior Prevenção: técnica de fechamento, prevenção de complicações de feridas, reconhecer pacientes de risco (infecção de sítio cirúrgico, hematoma, desnutrição, obesidade, corticoides) Fazer preparo melhor dos pacientes com risco: redução de peso, cessação do tabagismo, controle cardiopatias, controle DM; Hérnias umbilicias Expectantes: hérnias assintomáticas e subcentrimétricas Em crianças: aguardar até os 6 anos (a maioria fecha) Em adultos o tratamento pode ser expetante, sutura primária (< 2 cm) ou uso de tela Hérnia epigástrica São pequenas Assintomáticas Maioria só faz sutura primária Hérnias de parede abdominal 8 Pós operatório Não há consenso sobre o tempo necessário ou intensidade, retorno mais precoce com uso de telas Cuidados importantes com a ferida operatória Uso de cintas não reduz recidiva Complicações Hematomas Seromas Infecção Síndrome compartimental abdominal Recidiva Classificação de NYHUS I hérnia indireta, anel interno normal (hérnia congênita) II hérnia indireta, anel interno dilatado III defeito na parede posterior (posTRÊSrior) IIIA hérnia inguinal direta IIIB hérnia inguinal indireta IIIC hérnia femoral IV qualquer um dos 3 tipos com recidivação A direta, B indireta, C femoral, D outra) Femoral ou Crural: III ou IVC Tipo III posTRÊSrior
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