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DERMATITES INFECCIOSAS

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Dermatites infecciosas 
DERMATITE POR MALASSEZIOSE 
A Malassezia sp. é um fungo leveduriforme 
pertencente a microbiota normal, podendo ser 
encontrado no reto, pele interdigital, sacos anais 
e vagina, que pode causar dermatite e otite 
externa. Sendo rara em gatos. 
Aumento de até 5 microrganismos é considerado 
normal. Uma quantidade enorme é um 
supercrescimento é considerado patológica. 
Causas 
 Aumento de sebo, umidade ou cerume; 
 Deficiência da barreia epidérmica; 
 Imunodeficiência: uso de medicamentos, 
doenças imunomediadas. 
Sinais clínicos 
 Prurido constante é o principal sinal, alopecia, 
hiperpigmentação e paraqueratose; 
 Odor desagradável, rançoso e seborreia; 
 Localizando-se predominantemente no 
conduto auditivo externo, face, região ventral 
do pescoço, focinho, axilas, ventre, pele 
interdigital e áreas intertriginosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
 Citologia por impressão ou de fita adesiva 
(imprint cutâneo) onde o crescimento 
excessivo do fungo é confirmado ao serem 
encontrados mais de dois fungos redondos e 
ovais por campo; 
 Amostragem de caspas e gordura superficial 
por raspado cutâneo ou swab; 
 No exame histopatológico da pele há 
dermatite perivascular superficial a intersticial 
linfohistocítica com fungos e ocasionalmente 
pseudohifas. Pode-se ainda realizar cultura 
fúngica. 
Tratamento 
 Tópico: Shampoo contendo etoconazol 2%, 
miconazol 2%, gluconato de clorexidine 2% a 
4% ou sulfeto de selênio 2,5% 
 Drogas antifúngicas: 
-Cetoconazol 5-10mg/kg BID por via oral; 
-Itraconazol 5mg/kg BID por via oral; 
-Fluconazol 5mg/kg SID por ia oral. 
 Se houver otite junto a malassezia: limpeza 
com ceruminolítico + Clotrimazol (Otogen, 
Otomax). Por 28 dias de tratamento tópico; 
 Sempre realizar a limpeza do ambiente. 
 
Para seborreias: 
 Remover a causa primaria; 
 Reavaliar a nutrição do animal; 
 Banhos com Ceratoliticos e ceratoplasticos: 
- Peróxido de benzoíla; 
- Enxofre; 
- Alcatrão; 
- Ácido salicílico. 
 
 DERMATITE BACTERIANAS 
IMPETIGO 
É uma piodermite superficial são bolinhas com 
“pus”. Comum em filhotes em adaptação ou com 
reações alérgicas. 
Áreas mais comuns: face, axila, área externa dos 
membros pélvicos. 
 
Tratamento 
Tópica: 
 Drenagem das pústulas; Iodo, cloredixina 
0,7% ou rifocina spray; 
 Banhos com shampoos anti-sépticos; 
 Furanil ou merthiolate humano. 
 
 
INTERTRIGO 
Infecção bacteriana por causa das “dobrinhas” do 
corpo de algumas raças, como: sharpei, pug, 
bulldog. Pode ter a possibilidade cirúrgica de 
remoção do excesso da pele. 
 
PIODERMITE MUCOCUTÂNEA 
Eritrema, plurido, perda de tegumento com 
aumento da profundidade. 
 
PIODERMITES PROFUNDAS 
Formas 
 Foliculite: papular/furunculose; 
 Celulite: paniculite/abscesso/fístula; 
 Comprometimento sistêmico: pode ocorrer 
sepse. 
 
Sinais 
 Pústulas, fístulas; 
 Lesões erosivas ou ulceradas; 
 Necrose tecidual; 
 Crostas; 
 Eritrema, dor e seborreia. 
 Pode ser associado a febre e perda de apetite. 
 
Diagnóstico 
Cultura e antibiograma para detectar. 
Tratamento 
Antibioticoterapia tópica 21 a 42 dias. 
Nas piodermites superficiais = tratamento tópico 
 Mupirocina 2%; 
 Banho 10min com produto agindo, 2x por 
semana; 
 Clorexidine 2 a 3% ou peroxido benzoila 3% se 
houver exsudato ou seborreia. 
 
Terapia sistêmica: 
 Cefalexina ou amox + clavulanato; 
 Cefalosporinas: cefadroxila, lincosamina; 
 Marbofloxacina, doxiciclina; 
 São medicamentos de uso BID. Em animais 
difíceis de fornecer medicamento duas vezes 
ao dia, tema Cefovencina que vende por 
aplicação e vale por 15 dias. 
 
 DERMATITE PARASITÁRIAS 
Democodiose - Sarna Demodécica 
Os mais comuns e patogênicos são a Demodex 
canis e Demodex cati. 
Pode ser genético ou imunomediado: baixo 
linfócitos T, falha na barreira cutânea. O gatilho 
para ocorrência da sarna é a imunossupressão 
(estresse, subnutrição, FIV e FelV), 
endocrinopatias (Diabetes mellito, HAC, 
Hipotiroidismo, gestação-amamentação. 
Sinais clínicos 
A demodicose é dividida em demodicose 
localizada e generalizada. 
Localizada é a menos grave: 
 Reação seca, com pouco eritema; 
 Alopecia difusa, escamação e espessamento 
da pele; 
 As lesões mais comuns são na face, mas 
podem ser encontradasperiocular, peribucal e 
interdigito (pododemodicose). 
 
Na generalizada, na fase inicial ocorre a sarna 
vermelha inflamatória e na fase crônica ocorre a 
sarna negra. 
 Pele enrugada e espessa; 
 Pequenas pústulas, das quais fluem soro, pus 
e sangue; 
 Não há coceira. 
 
Diagnóstico 
 Raspagem profunda da pele e a observação 
no microscópio. A pelo da região deve ser 
cortado e a raspagem com a lâmina de bisturi 
deve ser suficientemente profunda até que o 
local sangre. Para confirmação do diagnóstico 
é necessário encontrar um número elevado 
de ácaros adultos ou formas imaturas assim 
como ovos. 
 O diagnóstico diferencial deve-se levar em 
consideração, foliculite ou furunculose 
bacteriana, dermatofitose, dermatite de 
contato, complexo pênfigo, dermatomiosite e 
lúpus eritematoso sistêmico, etc. 
Tratamento 
Sistêmico: 
 Ivermectina 0,6mg/kg SID por via oral, entre 
60 a 90 dias. Nunca realizar ivermectina em 
raças inglesas. Pois atravessam a barreira 
hematocefálica; 
 Doramectina: 0,3mg/kg, via subcutânea de 7 
em 7 dias por 4 a 6 semanas; 
 Mectimax como endectocida e Advocate 
dando uma proteção completa contra 
parasitas externos e internos, antibiótico 
Bactrim (sulfa + trimetropim); 
 Fluralaner 25mg/kg durante 12 semanas, 2 
aplicações; 
 Afoxolaner (Nexgard, Simparic, Bravecto). 
Tópico: 
 Shampoo ceratolitico, antisseborreico e/ou 
antisséptico; 
 Limpeza do ambiente com amitraz. 
 
Importante manter uma boa alimentação e 
realizar a castração do animal. 
 
ESCABIOSE 
Agentes Sarcoptes scabiei e Notoedres cati que 
não são normais na pele, no entanto, um ácaro já 
é patológico. É transmitido por contato direto. 
 
Em felinos é mais comum na face, porém é algo 
raro de acontecer. 
 
Sinais clínicos 
 Prurido; 
 Coceira profunda; 
 Alopecia; 
 Pápulas assimétricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Raspado cutânea com óleo ou fita para auxiliar da 
sarna não sair da lâmina. 
Tratamento 
Tópico: 
 Tricotomia como um todo; 
 Banhos com shampoos especiais para evitar a 
ocorrência de sarnas caminhando pelo 
animal; 
 Proteger de automutilação (colar, roupas); 
 Limpar o ambiente com amitraz. 
 
Sistêmico: 
 Ivermectina 0,6mg/kg SID via oral, até obter 
3 raspados negativos. 
 Doramectina 0,3mg/kg subcutânea, dose 
única; 
 Fluralaner, afoxolaner ou sarolaner com dose 
única.

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