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Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento

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SENSORIAMENTO REMOTO E 
GEOPROCESSAMENTO
O SENSORIAMENTO REMOTO E SUA 
APLICABILIDADE
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Olá!
Ao fim desta aula, você será capaz de:
1- Conceituar e diferenciar geoprocessamento de sensoriamento remoto;
2- Relacionar as aplicabilidades do sensoriamento remoto.
O termo sensoriamento remoto significa a obtenção de informações sem o contato direto com o objeto de estudo.
Trata-se de uma técnica que se iniciou com a utilização de fotografias da superfície da Terra, tomadas a partir de
balões, para a elaboração de mapas ainda no século XIX, pouco tempo depois da invenção da fotografia.
Posteriormente evoluiu com o uso de aviões e satélites (Raffo e Morato, 2011).
Por não haver contato físico, a forma de transmissão dos dados (do objeto para o
sensor) só pode ser realizada pela radiação eletromagnética, por ser esta a única forma de energia capaz de se
propagar pelo vácuo.
Considerando a radiação eletromagnética como uma forma de energia, o sensoriamento remoto pode ser
definido com maior rigor como uma medida de trocas de energia que resulta da interação entre a energia
contida na radiação eletromagnética de determinado comprimento de onda e a contida nos átomos e moléculas
do objeto de estudo. Outros autores preferem restringir o conceito à área de aplicação de monitoramento da
superfície terrestre.
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Há grande diferença entre geoprocessamento e sensoriamento remoto. Você aprendeu na última aula que o
geoprocessamento é um ramo da área do conhecimento denominada oficialmente de geomática. Ele engloba o
total conjunto de técnicas ligadas à informação espacial, quer seja no tocante à coleta, tratamento e análise
desses dados, dentre elas, o sensoriamento remoto.
O sensoriamento remoto (SR) teve início com a invenção da câmara fotográfica que foi o primeiro instrumento
utilizado e que, até os dias atuais, é ainda utilizada para tomada de fotos aéreas. Nós já sabemos que as
aplicações militares quase sempre estiveram à frente no uso de novas tecnologias, e no SR não foi diferente.
Relata-se que uma das primeiras aplicações do SR foi para uso militar. Para isto foi desenvolvida, no século
passado, uma leve câmara fotográfica com disparador automático e ajustável. Essas câmaras, carregadas com
pequenos rolos de filmes, eram fixadas ao peito de pombos-correio, que eram levados para locais
estrategicamente escolhidos, de modo que, ao se dirigirem para o local de suas origens, sobrevoavam posições
inimigas.
No processo evolutivo das aplicações militares, os pombos foram substituídos por balões não tripulados e,
posteriormente, por aviões. O grande “pulo do gato” aconteceu nos anos 1970, com o lançamento dos satélites de
recursos naturais terrestres.
De acordo com Figueiredo (2011), a evolução do SR é fruto de um esforço multidisciplinar que envolveu e
envolve avanços na física, na físico-química, na química, nas biociências e geociências, na computação, na
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mecânica etc. E, atualmente, a técnica é quase que totalmente alimentada por imagens obtidas por meio da
tecnologia dos satélites orbitais.
A Nasa é uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites. No Brasil, o principal órgão que
atua nesta área é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe. Na verdade, o país está entre as nações que
possuem tecnologia para construção de satélites de sensoriamento remoto. O satélite sino-brasileiro de recursos
terrestres foi construído em parceria com a China e suas imagens são disponibilizadas gratuitamente pela
Internet, através do portal do Inpe.
Hoje, imagens de satélite são utilizadas nas aplicações mais variadas, como meio ambiente, vegetação,
agricultura, mineração e geologia, clima, planejamento urbano e regional etc. Mas, definitivamente, foi o Google
Earth que popularizou as imagens de satélite e os usuários podem explorar gratuitamente imagens de todo o
planeta.
De acordo com Steffen (2011), o uso de imagens de satélite para observação da Terra é uma forma competente e
econômica de coletar os dados necessários para monitorar e modelar estes fenômenos, especialmente em países
de grande extensão territorial, como o Brasil.
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Através de softwares dedicados exclusivamente para tratamento de imagens, pode-se gerar imagens com
diferentes composições de cores, ampliações de partes das imagens e classificações temáticas dos objetos nelas
identificados, obtendo-se, assim, produtos como mapas temáticos, que são usados para estudos de geologia,
vegetação, uso do solo, relevo, agricultura, rede de drenagem, inundações, entre outros.
Imagine que você precise saber como evoluiu o desmatamento em seu município ou área de trabalho?
Pode utilizar duas Imagens de satélites de anos diferentes e fazer a comparação, através da interpretação das
imagens, em escalas de detalhe. Veja os mapas de usos do solo de Lagoa Pequena, no Distrito de Campeche, em
Santa Catarina, nos anos de 1979 e 2002. Você já sabe a importância da legenda e da escala, compare as
diferenças.
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Os produtos do sensoriamento remoto, quando apresentados sobre áreas específicas ou sobre um contexto mais
regional, permitem diagnósticos eficientes, propõem soluções de baixo custo e criam alternativas inteligentes
para os desafios enfrentados diante das mudanças aceleradas que observamos em nosso território.
Ainda para Steffen (2011), os dados de sensoriamento remoto têm se mostrado extremamente úteis para
estudos e levantamentos de recursos naturais, principalmente por:
• sua visão sinótica, que permite ver grandes extensões de área em uma mesma imagem;
• sua resolução temporal que permite a coleta de informações em diferentes épocas do ano e em anos 
distintos, o que facilita os estudos dinâmicos de uma região;
• sua resolução espectral que permite a obtenção de informações sobre um alvo na natureza em distintas 
regiões do espectro, acrescentando assim uma infinidade de informações sobre o estado dele;
• sua resolução espacial, que possibilita a obtenção de informações em diferentes escalas, desde as 
regionais até locais, sendo este um grande recurso para estudos abrangendo desde escalas continentais, 
regiões até um quarteirão.
Desde o lançamento do primeiro satélite de recursos terrestres, o em junho de 1972, grandesLANDSAT 
progressos e várias pesquisas foram feitos na área de meio ambiente e levantamento de recursos naturais
fazendo uso de imagens de satélite. Após o advento destes satélites, os estudos ambientais deram um salto
enorme em termos de qualidade, agilidade e número de informações. Principalmente os países em
desenvolvimento foram os grandes beneficiados por esta tecnologia, pois através de seu uso é possível:
• atualizar a cartografia existente;
• desenvolver mapas e obter informações sobre áreas minerais, bacias de drenagem, agricultura, florestas;
• melhorar e fazer previsões com relação ao planejamento urbano e regional;
• monitorar desastres ambientais, tais como enchentes, poluição de rios e reservatórios, erosão, 
deslizamentos de terras, secas;
• monitorar desmatamentos;
• estudos sobre correntes oceânicas e movimentação de cardumes, aumentando assim a produtividade na 
pesca;
• estimativa da taxa de desflorestamento da Amazônia Legal;
• suporte de planos diretores municipais;
• estudos de impactos ambientais (EIA) e Relatórios de Impacto sobre Meio Ambiente (RIMA);
• levantamento de áreas favoráveis para exploração de mananciais hídricos subterrâneos;
• monitoramento de mananciais e corpos hídricos superficiais;
• levantamento Integrado de diretriz para rodovias e linhas de fibra ótica;
• monitoramento de lançamento e de dispersão de efluentes em domínios costeiros ou em barragens;
• estimativa de área plantada em propriedades rurais para fins de fiscalização do crédito agrícola;
• identificação de áreas de preservação permanente e avaliação do uso do solo;
• implantação de polos turísticos ou industriais;
• avaliação do impacto de instalação de rodovias, ferrovias ou de reservatórios.
Um exemplode um produto regional é o planejamento regional que envolve pesquisadores de diversas áreas dos
recursos terrestres, para realizar um trabalho de levantamento integrado com base na técnica de sensoriamento
remoto aliado a dados socioeconômicos dos municípios de toda a região. O resultado deste estudo permite que
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programas de desenvolvimento sejam estabelecidos para toda a região, de maneira harmônica, considerando as
necessidades reais dos municípios e sua vulnerabilidade quanto ao meio ambiente físico (Steffen, 2011).
Outro exemplo muito oportuno trata do uso de imagens de satélite como âncora para o zoneamento ecológico e
econômico de regiões onde a ação antrópica ainda não aconteceu de forma intensa, como no caso da Amazônia.
Neste exemplo, pesquisadores analisam uma área procurando identificar seus principais atributos físicos a fim
de conhecer a vocação natural das paisagens e seu nível de suporte para desenvolvimento ou preservação. Um
exemplo menos regional se refere à utilização de imagens de satélite adquiridas durante o período de preparo do
solo, para estimar a área plantada com a cultura da soja, trigo, milho, cana-de-açúcar etc. (Steffen, op. cit.)
A vantagem do sensoriamento remoto por satélite é que as informações são adquiridas na forma digital ou
fotográfica e podem ser atualizadas devido à característica de repetitividade de aquisição das imagens.
O que vem na próxima aula
• Radiação solar;
• Luz e radiação;
• Luz e cor;
• Assinaturas espectrais;
• Câmaras digitais;
• Câmaras não convencionais.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conseguiu constatar as diferentes aplicações do sensoriamento remoto e como ele pode ser útil para a 
gestão pública e os estudos ambientais, como o monitoramento.
Referências
RAFFO, Jorge; MORATO, Rúbia Gomes. : O nascimento do sensoriamento remoto. DisponívelGeoprocessamento
em: <http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/26/o-nascimento-do-
sensoriamento-remoto-trata-se-de-uma-tecnica-145856-1.asp>. Acesso em: 15 maio 2011.
FIGUEIREDO, Divino. . Disponível em:<http:ww.conab.gov.brConceitos Básicos de Sensoriamento Remoto
/conabweb/download/SIGABRASIL/manuais/conceitos_sm.pdf+divino+figueiredo,
+conceitod+basicos+sensoriamento+remoto&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br>. Acesso em: 15 maio 2011.
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STEFFEN, Carlos Alberto. . Disponível em: <http://www.inpe.brIntrodução ao sensoriamento remoto
/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm>. Acesso em: 15 maio 2011.
	Olá!
	
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

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