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Lídia M Negrão – Med 4 OBJETIVOS: 1. Mecanismo de neurotransmissão • Caracterizar e classificar as sinapses (elétrica e química) • Potencial de ação • Estrutura Neuronal • Produção de neurônio 2. Caracterizar os neurotransmissores (acetilcolina, GABA, noroepinefrina, endorfina, serotonina, glutamato, histamina, dopamina) • Tipo • Funções • Síntese • Diferenciação com os hormônios • Caracterizar sinapses 3. Descrever o sistema de recompensa • Mecanismo da dopamina (entre outros...) • Áreas de ação COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO SNC à Centro integrado; recebe todos os reflexos neurais; verifica a necessidade de resposta • É envolvida pelos ossos • Composta pelo encéfalo e medula espinhal (comunicação realizada por nervos espinhais) SNP à Formada por gânglios (agrupamento neuronal) e nervos (feixe de axônios com exceção do nervo óptico que faz parte do SNC) NERVOS SÃO EPINEURO, PERINEURO E ENDONEURO. Os nervos podem ser sensoriais ou aferentes, motores ou eferentes e mistos. Obs: Axônios aferentes trazem informação e axônios eferentes levam a informação. O SNP pode ser: • Somático/ Voluntário • Visceral/ Involuntário Obs: Tracto são os grupos de axônios no SNC com origem e destino comum - Os SOMAS dos neurônios se encontram dentro do SNC, mas seus axônios estão predominantemente no SNP CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO NEURÔNIO: n Unidade funcional do sistema nervoso • São recobertos pela membrana neuronal→ barreira, cravejada de proteínas (canais, poros ou bombas), diz muito sobre a função das células. • Recebe, processa e transmite estímulos • Altamente excitáveis • Não se dividem • Formado pelo dendrito (recebe), corpo celular (recebe e envia) e axônio(envia) • Presença da bainha de mielina Neurotransmissores Neurotransmissores Lídia M Negrão – Med 4 n Classificação Morfologia: • Multipolar • Bipolar • Pseudo-unipolar • Anaxônico n Classificação Função: • Motores (eferentes) • Sensoriais (aferentes) • Interneurônios à Fazem conexão entre os neurônios e viabilizam respostas SOMA/ CORPO CELULAR/ PERICÁRDIO: • Citosol rico em K • Recebe e integra estímulos= centro trófico • Possui núcleo com até 3 evidentes • RER+ribossomos = corpúsculos de nissel • Complexo de golgi • Mitocôndrias • Possui citoesqueleto com neurofilamentos (exclusivo do SN) • Forma: Piramidal, estrelada, fusiforme ou esférica Obs: possuem lisossomos com lipofusina que se acumulam em seu interior com o tempo. DENDRITOS: • Recebem estímulos • Podem formar árvores dendríticas • Podem formas espinhos dendríticos que recebem aferências sinápticas e estão relacionados a plasticidade neuronal (adaptação, memória e aprendizagem) • Aumentam a área de superfície dos neurônios “antenas” AXÔNIO: • Prolongamento único e especializado em gerar e conduzir o impulso nervosos • Não possuem mecanismos e organelas para a síntese proteica • Suas ramificações são colaterais axonais • Todo axônio inicia no cone de implantação, passa pela porção intermediaria e chega ao terminal axonal • No terminal axonal acontecem as sinapses • Proteínas e materiais são encapsulados em vesículas sinápticas e são transportadas ao longo do axônio por transporte axoplasmático • O transporte axoplasmático pode ser lento → enzimas; 0,2 a 2,5 mm por dia ou rápido →organelas; 400mm por dia; uso de microtúbulos e ATP; anterógrado (corpo celular para terminal axonal; cinesina) ou retrógrado (terminal axonal para corpo celular; dineina) • A porção final do axônio chama- se telodendro Lídia M Negrão – Med 4 • Quanto maior é o calibre do axônio, mais rápido o impulso chega Obs.: substancia cinzenta→ corpo celular Substancia branca→axônio Obs.: A membrana celular separa dois ambientes que apresentam composições iônicas próprias: o meio intracelular (citoplasma), onde predominam íons orgânicos com cargas negativas e potássio FIBRAS NERVOSAS: A à mielinizadas C à não mielinizadas FIBRAS MIELÍNICAS: presença de bainha de mielina. A condução do impulso nervoso é saltatória e, portanto mais rápida. FIBRAS AMIELÍNICAS: A condução do impulso nervoso é mais lenta, já que os canais de sódio e potássio são sensíveis à voltagem e não tem como se distanciar, ou seja, é impedida a condução saltatória. CÉLULAS DA GLIA: • Isolam, sustentam e nutrem os neurônios vizinhos • No SNC são as micróglias, os oligodendrócitos, os astrócitos e as células ependimárias • No SNP são as células de Schawann e as células satélite. • A micróglia tem a função a defesa (realizam fagocitose), participam da reparação do tecido nervoso através da fagocitose de resíduos e estruturas danificadas (restos celulares) no SNC; Além de regularem o processo imunitário. • Os oligodendrócitos têm função de produzir as bainhas de mielina nos neurônios do SNC. São satélite quando estão com SOMA + dendritos. • Os astrócitos, ligam os neurônios capilares sanguíneos e ao tecido conjuntivo que recobre o SNC. (nutrição e sustentação). São altamente ramificados e numerosos. Produzem ATP. Apresentam receptores para os neurotransmissores; Contribuem para a homeostase; Armazenam glicogênio (Eles podem ser protoplasmáticos à Subst. Cinzenta, espessos e curtos OU Lídia M Negrão – Med 4 Fibrosos à Subst. Branca, finos e largos. • As células de Schawann, produzem bainha de mielina para os neurônios do SNP e participam da regeneração de fibras nervosas danificadas • As células de satélite são Schawann não mielinizadoras. Seu agrupamento forma capsulas de suporte ao redor dos corpos dos neurônios localizados nos gânglios (corpos celulares fora do SNC) • As células ependimárias criam uma camada epitelial com permeabilidade seletiva, o epêndima (célula tronco neural); Produção do liquido cérebro- espinhal; Algumas são ciliadas para facilitar a movimentação do liquido. BAINHA DE MIELINA: • 70% lipídio e 30% proteína (PROTEINA MIELÍNICA BÁSICA) • Formada por lamelas de células gliais→ OLIGODENDRÓCITOS NO SNC E SCHAWANN NO SNP • São isolantes elétricos, mas aumentam a velocidade do impulso nervoso com os nódulos de ranvier (locais SEM mielina) por possuírem a condução saltatória O potencia de ação ocorre no espaço sem mielina, por isso que a velocidade do impulso depende diretamente do diâmetro, da quantidade de mielina e do comprimento do espaço internodal, sendo que temperaturas quentes aumentam a velocidade. • Os neurônios começam a ser mielinizados a partir do segundo trimestre da gestação, continuam após o nascimento e perduram até os 25 ou 30 anos • A mielina é formada quando a célula da glia se enrola ao redor do axônio, espremendo o citoplasma glial para fora da célula, de modo que cada local enrolado se transforme em duas camadas de membrana, lembrando que os oligodendrócitos recobrem vários axônios e as células de schawann apenas um axônio. IMPORTANTE! CÉLULAS DE SCHAWANN: • Forma-se neurilema e mielina • Forma-se um sulco/goteira que contém o axônio • A goteira se fecha formando o mesaxônio, o qual se alonga e se enrola ao redor do axônio. Lídia M Negrão – Med 4 Citoplasma + núcleo da célula vai formar o neurilema. Oligodendrócitos: • Membrana de oligodendrócito toca as fibras nervosas, se enrola em torno delas e forma uma espessa espiral que cobre a fibra toda, a não ser alguns pontos. • Não ocorre a formação do neurilema. AGONISMO E ANTAGONISMO FARMACÓLOGÍCO: AGONISTA: Molécula que se liga a um receptor e o estabiliza em uma determinada conformação. Podem ser: • Parciaisà produzem respostas parciais mesmo com todos os receptores ocupados pelo agonista • Integral • Inversoà atuam pra abolir a atividade do receptor livre ANTAGONISTA: Molécula que inibe a ação de umagonista, mas que não ocorre efeito nenhum na ausência do agonista. DE RECEPTOR: • Sitio ativo: REVERSÍVEL→ antagonista competitivo liga-se reversivelmente ao receptor, mantendo sua conformação inativa com competição IRREVERSÍVEL→ antagonista não competitivo liga-se irreversivelmente abolindo a ativação do receptor (EX.: ASPIRINA) • Alostérica: REVERSÍVEL/IRREVERSIVEL→ antagonista não competitivo altera-se para a ligação do agonista ou impede a mudança de conformação necessária para a ativação do receptor pelo agonista SEM RECEPTOR: QUIMICO→ inativa o agonista ao modifica-lo, de modo que o agonista não consegue se ligar ao receptor e ativá-lo FISIOLÓGICO→ ativa ou bloqueia um receptor que medeia uma resposta fisiologicamente oposta a aquela do receptor do agonista Lídia M Negrão – Med 4 IMPORTANTE! O ÚNICO ANTAGONISTA QUE ATUA NA POTENCIA DO AGONISTA É O COMPETITIVO, OS OUTROS ATUAM DIRETAMENTE NA SUA EFICÁCIA DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: • Doença de Huntington→ perda dos neurônios secretores de GABA; demências subcorticais • Degeneração corticobasal • Síndrome de Leigh • Síndrome de Shy Drager→ falha do SNC SINAPSES: A sinapse é uma junção especializada onde uma parte do neurônio faz contato e se comunica com outro neurônio ou tipo celular (p. ex: uma célula muscular ou glandular). • A informação geralmente flui em uma única direção, de um neurônio para sua célula-alvo. O primeiro neurônio é denominado pré-sináptico, e a célula-alvo é denominada pós- sináptica • A grande maioria das sinapses no corpo são sinapses químicas; Cada sinapse tem duas partes: o terminal axonal da célula pré-sináptica e a membrana da célula pós-sináptica. As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma fenda – a fenda sináptica • O terminal axônico também é chamado de botão sináptico A transmissão do impulso nas sinapses pode se dar de 2 formas: • as sinapses que envolvem a passagem de íons são ditas ELÉTRICAS • Aquelas com a liberação de mediadores químicos são as QUÍMICAS. CLASSIFICAÇÃO • AXODENDRÍTICA: axônio-dendrito de outro neurônio. • AXOSSOMÁTICA: axônio - corpo celular. • AXOAXÔNICA: axônio – axônio SINAPSES ELÉTRICAS: Simples em estrutura e função e permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra • Ocorrem nas junções comunicantes (GAP) • A maioria das junções comunicantes entre neurônios permite que a corrente iônica passe adequadamente em ambos os sentidos; portanto, diferentemente da maioria das sinapses químicas, as sinapses elétricas são bidirecionais e não polarizadas. • A transmissão nas sinapses elétricas é muito rápida • As sinapses elétricas existem principalmente em neurônios do SNC. Lídia M Negrão – Med 4 SINAPSES QUÍMICAS: Utilizam moléculas neurócrinas para transportar a informação de uma célula à outra. • As sinapses químicas são polarizadas e unidirecionais O sinal elétrico da célula pré-sináptica é convertido em um sinal neurócrino que atravessa a fenda sináptica e se liga a um receptor na sua célula-alvo Obs: A manutenção das sinapses é uma das razões pela qual pessoas idosas são incentivadas a desenvolver novas habilidades e aprender novas informações. RECEPTORES PÓS-SINAPTICOS (QUÍMICAS) n Ionotrópicos • De canais iônicos, resposta rápida, íons • Os excitatórios abrem o canal de Ca, Na, k, assim, o fluxo de Na supera os outros, despolarizando o interior da célula (TORNAR MENOS NEGATIVO) • Os inibitórios abrem o canal de cloreto, assim, o fluxo para dentro da célula de cloreto é menor, hiperpolarizando o interior da célula (TORNAR MAIS NEGATIVO) n Metabototrópicos Associados a proteína G, resposta lenta, necessitam da transdução de sinais PEPS: O NT é excitatório; Causa despolarização na membrana pós-sinaptica. Ex: entrada de Na PIPS: O NT é inibitório; Causa hiperpolarização na membrana pós- sinaptica. Ex: entrada de Cl ou saída de K Lídia M Negrão – Med 4 NEUROTRANSMISSORES: Substâncias responsáveis pela comunicação das células do sistema nervoso. CARACTERÍSTICAS: • Sintetizado por neurônios pré- sinápticos • Possui receptores pós-sinápticos, cuja ativação causa efeito inibitório ou excitatório. EXCITATÓRIO→ DESPOLARIZA: MEMBRANA MAIS PRÓXIMA DO LIMIAR INIBITÓRIO→ HIPERPOLARIZA: MEMBRANA COM O INTERIOR MAIS NEGATIVO E MAIS AFASTADA DO LIMIAR DO QUE DO REPOUSO TIPOS: • Monoaminas→noroepinefrina (depressao) • Aminas→dopamina, serotonina (depressao) • Aminoácidos→GABA (inibitório), glutamato (excitatório), histamina • Peptídeos→ endorfina • Purinas→ ATP • Gases→N; O e CO • Acetilcolina (alerta, sono, vigilia) SÍNTESE DE NT: • Ocorre no soma e no terminal axonal • Proteínas em vesículas por transporte axônico rápido LIBERAÇÃO DE NT • Via exocitose • Necessária a despolarização • Canais de Ca abertos, movendo-se para dentro da célula e ligando-se a proteínas • Fusão membranosa e NT vão da vesícula para a fenda sináptica. Os NT se difundem através da fenda para se ligarem aos receptores na membrana da célula pós-sinaptica, ocorrendo ou não uma resposta. Lídia M Negrão – Med 4 TÉRMINO DAS ATIVIDADES: Sinalização neural tem curta duração devido a rápida remoção ou inativação dos NT Alguns são removidos: • Por enzimas • Difundem-se para longe dos seus receptores • Transporte de volta para a célula pré-sináptica, célula da glia ou neurônio adjacente IMPORTANTE! Os NT podem ser reciclados para reabastecer vesículas sinápticas vagas Obs.: receptores podem ser colinérgicos (ACh); adrenérgicos... Obs: O mesmo neurotransmissor pode ter efeitos diferentes, por exemplo, a Acetilcolina se liga aos receptores ionotrópicos que abrem canais de cálcio e geram efeito excitatório/despolarizante; já a Aceticolina se ligando aos receptores metabotrópicos que abrem canais de potássio vai gerar efeito inibitório/hiperpolarizante OBS.: KISS AND RUM PATHWAY→ fusão das membranas das vesículas e membrana pré- sináptica, formando um poro de fusão, o qual é grande o suficiente para a passagem de NT VALE RESSALTAR A DIFERENÇA ENTRE NEUROTRANSMISSOR→ substâncias químicas produzidas pelos neurônios, por meio das quais elas podem enviar informações a outras células NEUROMODULADOR→ efeito é o controlar (modular, regular) a transmissão sináptica. HORMÔNIO→ é uma substância química específica produzida num órgão ou em determinadas células do mesmo e é libertada e transportada diretamente pelo sangue ou por outros fluidos corporais Lídia M Negrão – Med 4 IMPULSO NERVOSO: Correspondem a sinais elétricos gerados na zona de disparo de um neurônio, em consequência da despolarização da membrana POTENCIAIS GRADUADOS – Comunicação a curta distância POTENCIAIS DE AÇÃO – Comunicação a grandes distâncias. CANAIS IÔNICOS: Canais com portão controlam a permeabilidade iônica do neurônio, se alternam entre aberturas e fechamentos. • Íons se movem de áreas de maior concentração para áreas de menor concentração – Aspecto químico do gradiente. Cátions movem-se em direção a áreas carregadas negativamente. Ânions movem- se em direção a áreas carregadas positivamente – Aspecto elétrico do gradiente. Os canais iônicos, em geral, são denominados de acordo com os principais íons que passam através deles. Existem quatro tipos principais de canais iônicos seletivos no neurônio: (1) canais de Na+ , (2) canais de K+ , (3) canais de Ca2+ e (4) canais de Cl– . • A facilidade com que os íons fluem através um canal é denominada condutância do canal (G). A condutância de um canal varia com o estado de abertura deste e com a isoforma da proteína do canal. • Os canais iônicos controlados mecanicamente são encontrados em neurônios sensoriais e seabrem em resposta a forças físicas, como pressão • Os canais iônicos dependentes de ligante da maioria dos neurônios respondem a uma grande variedade de ligantes, como neurotransmissores e neuromoduladores extracelulares ou moléculas sinalizadoras intracelulares. • Os canais iônicos dependentes de voltagem respondem a mudanças no potencial de membrana da célula. Os canais de Na+ e K+ dependentes de voltagem possuem um importante papel na inicialização e na condução dos sinais elétricos ao longo do axônio • Canais de vazamento são canais com portão dependentes de voltagem que permanecem abertos na faixa de voltagem do potencial de membrana em repouso, ou seja, na maioria do tempo estão abertos Muitos canais que abrem em resposta à despolarização se fecham somente quando a célula repolariza. POTENCIAL DA MEMBRANA EM REPOUSO: -70Mv Lídia M Negrão – Med 4 A CÉLULA QUE APRESENTA POTENCIAL DE MEMBRANA é considerada POLARIZADA. • Existe em razão de um pequeno acúmulo de íons negativos no citosol e um acúmulo igual de íons positivos no liquido extracelular. • Esse acúmulo de carga acontece apenas muito próximo da membrana, em outras partes do citosol e do líquido e extracelular, o acúmulo de cargas é igual É mantido pela bomba de sódio e potássio, bombeiam o Na+ para fora com a mesma rapidez com que entra. Ao mesmo tempo, trazem K+ para dentro. Expulsam três íons Na+ para cada dois íons K+ importados Permeabilidade da membrana é menor ao Na+ que ao K+ quando a célula está em repouso; isso produz uma carga negativa no interior da membrana celular POTENCIAL GRADUADO: Os potenciais graduados nos neurônios são despolarizações (MAIS POSITIVO) ou hiperpolarizações (MAIS NEGATIVO) que ocorrem nos dendritos e no corpo celular. Essas mudanças no potencial de membrana são denominadas “graduadas” devido ao fato de que seu tamanho, ou amplitude, é diretamente proporcional à força do estímulo. Um grande estímulo causa um grande potencial graduado, e um estímulo pequeno vai resultar em um potencial graduado fraco Podem ser inibitórios ou estimulatórios Potenciais graduados perdem força à medida que se movem através do citoplasma devido ao vazamento de corrente e da resistência citoplasmática→“condução decrescente” Podem ser sublimiar→ Um potencial graduado começa acima do limiar (T) no seu ponto de iniciação, mas diminui sua força enquanto percorre o corpo celular. Na zona de gatilho (cone de implantação), ele está abaixo do limiar e, portanto, não inicia um potencial de ação. OU supralimiar→ Um estímulo mais forte no mesmo ponto do corpo celular gera um potencial graduado que ainda está acima do limiar no momento em que ele chega à zona de gatilho, resultando em um potencial de ação Somação pode ser temporal ou espacial, e ela diz respeito sobre a geração de um potencial de ação ou não, devido a agregação de potenciais graduados A somação espacial nem sempre é excitatória. Se a somação evitar um potencial de ação na célula pós-sináptica, essa somação é denominada inibição pós- sináptica A somação de potenciais graduados demonstra uma característica-chave dos neurônios: a integração pós-sináptica. • Quando múltiplos sinais atingem um neurônio, a integração pós-sináptica gera um sinal com base na força e na duração relativa dos sinais. Se o sinal integrado está acima do limiar, o neurônio dispara um potencial de ação. Se o sinal integrado esta Lídia M Negrão – Med 4 abaixo do limiar, o neurônio não dispara. POTENCIAL DE AÇÃO: • Exclusivo do axônio • Efeito estimulatório • Depende do potencial graduado para acontecer • São causados pela despolarização da membrana além do limiar • São unidirecionais • Faz autoregeneração→ retroalimentação positiva Ocorre o principio do “tudo ou nada” O POTENCIAL DE AÇÃO É UMA ALTERAÇÃO NO POTENCIAL DE MEMBRANA QUE OCORRE QUANDO CANAIS IÔNICOS DEPENDENTES DE VOLTAGEM SE ABREM, INICIALMENTE AUMENTANDO A PERMEABILIDADE DA CÉLULA AO NA+ (QUE ENTRA) E POSTERIORMENTE AO K+ (QUE SAI). O INFLUXO (MOVIMENTO PARA DENTRO DA CÉLULA) DE NA+ DESPOLARIZA A CÉLULA. ESSA DESPOLARIZAÇÃO É SEGUIDA PELO EFLUXO (MOVIMENTO PARA FORA DA CÉLULA) DE K+, QUE RESTABELECE O POTENCIAL DE MEMBRANA DE REPOUSO DA CÉLULA. A primeira parte, chamada de FASE ASCENDENTE, é caracterizada por uma RÁPIDA DESPOLARIZAÇÃO DA MEMBRANA. Essa alteração no potencial de membrana continua até o Vm atingir o valor máximo de pico, de aproximadamente 40 mV. • A parte do potencial de ação em que o lado de dentro do neurônio está carregado positivamente em relação ao lado externo é chamada de pico de ultrapassagem. • A fase descendente do potencial de ação é uma rápida repolarização do meio interno da membrana até ele ficar, de fato, mais negativo que o potencial de repouso. A última parte da fase descendente é chamada de undershoot, ou hiperpolarização pós- potencial. Por fim, há uma restauração gradual do potencial de repouso. O potencial de ação não perde força ao se distanciar do seu ponto de origem pois são “reabastecidos” constantemente Lídia M Negrão – Med 4 Um potencial de ação inicia quando um potencial graduado que atinge a zona de gatilho despolariza a membrana até o limiar ("55 mV) A condução do impulso elétrico ao longo do axônio requer apenas alguns tipos de canais iônicos: canais Na+ dependentes de voltagem e canais de K+ dependentes de voltagem mais alguns canais de vazamento que auxiliam na manutenção do potencial de repouso da membrana. • Os potenciais de ação iniciam quando os canais iônicos dependentes de voltagem se abrem, alterando a permeabilidade da membrana para Na+ e K+ Obs: Canais de Na+ dependentes de voltagem possuem não apenas um, mas dois portões envolvidos na regulação do transporte de íons. Esses dois portões, conhecidos como portões de ativação e inativação, movem-se para a frente e para trás para abrir e fechar o canal de Na+ FASES DO PROCESSO: àAscendente: 1. A fase ascendente ocorre devido a um aumento súbito e temporário da permeabilidade da célula para Na+ 2. Conforme a célula despolariza, canais de Na+ dependentes de voltagem abrem-se, tornando a membrana muito mais permeável ao sódio. Então, Na+ flui para dentro da célula, a favor do seu gradiente de concentração e atraído pelo potencial de membrana negativo dentro da célula 3. O aumento de cargas positivas no líquido intracelular despolariza ainda mais a célula 4. Assim que o potencial de membrana da célula fica positivo, a força elétrica direcionando o Na+ para dentro da célula desaparece 5. O potencial de ação atinge seu pico em 30 mV quando os canais de Na+ presentes no axônio se fecham e os canais de potássio se abrem. à Descendente 1. A fase descendente corresponde ao aumento da permeabilidade ao K+ 2. Contudo, os canais de K+ abrem- se muito mais lentamente, e o pico da permeabilidade ocorre mais tarde do que o do sódio 3. Quando os canais de Na+ se fecham durante o pico do potencial de ação, os canais de K+ recém se abriram, tornando a membrana altamente permeável ao potássio. Em um potencial de membrana positivo, os gradientes de concentração e elétrico do K+ favorecem a saída do potássio da célula. À medida que o K+ se move para fora da célula, o potencial de membrana rapidamente se torna mais negativo, gerando a fase descendente do potencial de ação e levando a célula em direção ao seu potencial de repouso de -70mV 4. O potássio continua saindo da célula tanto pelos canais de K+ dependentes de voltagem quanto pelos canais de vazamento de potássio, e a membrana fica hiperpolarizada, aproximando-se do EK de " 90 mV Lídia M Negrão – Med 4 DESPOLARIZAÇÃO:caráter excitatório que significa a redução de cargas negativas no interior da célula. Ocorre quando os canais iônicos de Na+ são abertos;HIPERPOLARIZAÇÃO:caráter inibitório que significa o aumento de cargas negativas dentro da célula. Ocorre quando os canais iônicos de Na+ são fechados; REPOLARIZAÇÃO: quando as concentrações iônicas, após a difusão dos íons K+ para o exterior celular, voltam aos seus estados iniciais; PERÍODO REFRATÁRIO: àÉ o período de tempo depois do início de um potencial de ação, durante o qual a célula excitável não é capaz de gerar outro potencial em resposta a um estímulo limiar normal. • Absoluto representa o tempo necessário para os portões do canal de Na+retornarem à sua posição de repouso. Devido ao período refratário absoluto, um segundo potencial de ação não ocorrerá antes de o primeiro ter terminado. Como consequência, os potenciais de ação não podem se sobrepor e não podem se propagar para trás • Relativo segue o período refratário absoluto. Durante o período refratário relativo, alguns dos portões dos canais de Na! já retornaram à sua posição original. • Além disso, durante o período refratário absoluto, os canais de K! ainda estão abertos. Também é o intervalo de tempo durante o qual um segundo potencial de ação é gerado • O período refratário é uma característica-chave que distingue os potenciais de ação dos potenciais graduados. Se dois estímulos alcançam os dendritos de um Lídia M Negrão – Med 4 neurônio em um curto espaço de tempo, os potenciais graduados sucessivos criados por esses estímulos podem ser somados Os períodos refratários limitam a velocidade com que os sinais podem ser transmitidos em um neurônio. O período refratário absoluto também garante o trajeto unidirecional de um potencial de ação do corpo celular para o terminal axonal, impedindo o potencial de ação de retornar. SISTEMA DE RECOMPENSA: • Sistema formado por circuitos neuronais responsáveis pelas ações de reforço (positivo e negativo) O aumento de dopamina, importante neurotransmissor do SNC, no núcleo accumbens, região central do sistema de recompensa e importante para os efeitos das drogas de abuso. (Ocorre um aumento de dopamina, estimulando a sensação de prazer ex: alimentos, sexo, música...) • As drogas de abuso agem nos neurônios dopaminérgicos, induzindo um aumento brusco desse neurotransmissor. Esse sinal é reforçado, pois é associado ao prazer, fazendo a pessoa buscar mais de tal coisa para proporcionar tal sensação. • Agem também sobre o sistema mesolímbico (fissura, memória, emoções ligada ao uso) e o sistema mesocotical, que constituem o sistema de recompensa. (projeção de campos dopaminérgicos • A dopamina é o principal neurotransmissor, mas não é o único nesse sistema. (serotonina, gaba, glutamato, noroepinefrina). Lídia M Negrão – Med 4
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