Buscar

Neurotransmissores - P1

Prévia do material em texto

Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
OBJETIVOS: 
1. Mecanismo de neurotransmissão 
• Caracterizar e classificar as 
sinapses (elétrica e química) 
• Potencial de ação 
• Estrutura Neuronal 
• Produção de neurônio 
2. Caracterizar os neurotransmissores 
(acetilcolina, GABA, 
noroepinefrina, endorfina, 
serotonina, glutamato, histamina, 
dopamina) 
• Tipo 
• Funções 
• Síntese 
• Diferenciação com os hormônios 
• Caracterizar sinapses 
3. Descrever o sistema de recompensa 
• Mecanismo da dopamina (entre 
outros...) 
• Áreas de ação 
COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO 
SNC à Centro integrado; recebe todos os 
reflexos neurais; verifica a necessidade de 
resposta 
• É envolvida pelos ossos 
• Composta pelo encéfalo e medula 
espinhal (comunicação realizada 
por nervos espinhais) 
SNP à Formada por gânglios 
(agrupamento neuronal) e nervos (feixe de 
axônios com exceção do nervo óptico que 
faz parte do SNC) NERVOS SÃO 
EPINEURO, PERINEURO E 
ENDONEURO. 
Os nervos podem ser sensoriais ou 
aferentes, motores ou eferentes e mistos. 
Obs: Axônios aferentes trazem informação 
e axônios eferentes levam a informação. 
O SNP pode ser: 
• Somático/ Voluntário 
• Visceral/ Involuntário 
Obs: Tracto são os grupos de axônios no 
SNC com origem e destino comum 
- Os SOMAS dos neurônios se encontram 
dentro do SNC, mas seus axônios estão 
predominantemente no SNP 
CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO 
NEURÔNIO: 
n Unidade funcional do sistema 
nervoso 
• São recobertos pela membrana 
neuronal→ barreira, cravejada de 
proteínas (canais, poros ou 
bombas), diz muito sobre a 
função das células. 
• Recebe, processa e transmite 
estímulos 
• Altamente excitáveis 
• Não se dividem 
• Formado pelo dendrito (recebe), 
corpo celular (recebe e envia) e 
axônio(envia) 
• Presença da bainha de mielina 
Neurotransmissores Neurotransmissores 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
n Classificação Morfologia: 
• Multipolar 
• Bipolar 
• Pseudo-unipolar 
• Anaxônico 
n Classificação Função: 
• Motores (eferentes) 
• Sensoriais (aferentes) 
• Interneurônios à Fazem conexão 
entre os neurônios e viabilizam 
respostas 
SOMA/ CORPO CELULAR/ PERICÁRDIO: 
• Citosol rico em K 
• Recebe e integra estímulos= 
centro trófico 
• Possui núcleo com até 3 
evidentes 
• RER+ribossomos = corpúsculos 
de nissel 
• Complexo de golgi 
• Mitocôndrias 
• Possui citoesqueleto com 
neurofilamentos (exclusivo do 
SN) 
• Forma: Piramidal, estrelada, 
fusiforme ou esférica 
Obs: possuem lisossomos com lipofusina 
que se acumulam em seu interior com o 
tempo. 
DENDRITOS: 
• Recebem estímulos 
• Podem formar árvores 
dendríticas 
• Podem formas espinhos 
dendríticos que recebem 
aferências sinápticas e estão 
relacionados a plasticidade 
neuronal (adaptação, memória e 
aprendizagem) 
• Aumentam a área de superfície 
dos neurônios “antenas” 
AXÔNIO: 
• Prolongamento único e 
especializado em gerar e 
conduzir o impulso nervosos 
• Não possuem mecanismos e 
organelas para a síntese proteica 
• Suas ramificações são colaterais 
axonais 
• Todo axônio inicia no cone de 
implantação, passa pela porção 
intermediaria e chega ao terminal 
axonal 
• No terminal axonal acontecem as 
sinapses 
• Proteínas e materiais são 
encapsulados em vesículas 
sinápticas e são transportadas ao 
longo do axônio por transporte 
axoplasmático 
• O transporte axoplasmático pode 
ser lento → enzimas; 0,2 a 2,5 
mm por dia ou rápido 
→organelas; 400mm por dia; uso 
de microtúbulos e ATP; 
anterógrado (corpo celular para 
terminal axonal; cinesina) ou 
retrógrado (terminal axonal para 
corpo celular; dineina) 
• A porção final do axônio chama-
se telodendro 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
• Quanto maior é o calibre do 
axônio, mais rápido o impulso 
chega 
Obs.: substancia cinzenta→ corpo celular 
Substancia branca→axônio 
Obs.: A membrana celular separa dois 
ambientes que apresentam composições 
iônicas próprias: o meio intracelular 
(citoplasma), onde predominam íons 
orgânicos com cargas negativas e potássio 
FIBRAS NERVOSAS: 
A à mielinizadas 
C à não mielinizadas 
 
FIBRAS MIELÍNICAS: presença de 
bainha de mielina. A condução do impulso 
nervoso é saltatória e, portanto mais 
rápida. 
 
FIBRAS AMIELÍNICAS: A condução 
do impulso nervoso é mais lenta, já que os 
canais de sódio e potássio são sensíveis à 
voltagem e não tem como se distanciar, ou 
seja, é impedida a condução saltatória. 
CÉLULAS DA GLIA: 
• Isolam, sustentam e nutrem os 
neurônios vizinhos 
• No SNC são as micróglias, os 
oligodendrócitos, os astrócitos e 
as células ependimárias 
• No SNP são as células de 
Schawann e as células satélite. 
 
• A micróglia tem a função a 
defesa (realizam fagocitose), 
participam da reparação do tecido 
nervoso através da fagocitose de 
resíduos e estruturas danificadas 
(restos celulares) no SNC; Além 
de regularem o processo 
imunitário. 
 
• Os oligodendrócitos têm função 
de produzir as bainhas de mielina 
nos neurônios do SNC. São 
satélite quando estão com SOMA 
+ dendritos. 
 
• Os astrócitos, ligam os neurônios 
capilares sanguíneos e ao tecido 
conjuntivo que recobre o SNC. 
(nutrição e sustentação). São 
altamente ramificados e 
numerosos. Produzem ATP. 
Apresentam receptores para os 
neurotransmissores; Contribuem 
para a homeostase; Armazenam 
glicogênio (Eles podem ser 
protoplasmáticos à Subst. 
Cinzenta, espessos e curtos OU 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
Fibrosos à Subst. Branca, finos 
e largos. 
 
• As células de Schawann, 
produzem bainha de mielina para 
os neurônios do SNP e 
participam da regeneração de 
fibras nervosas danificadas 
 
• As células de satélite são 
Schawann não mielinizadoras. 
Seu agrupamento forma capsulas 
de suporte ao redor dos corpos 
dos neurônios localizados nos 
gânglios (corpos celulares fora do 
SNC) 
 
• As células ependimárias criam 
uma camada epitelial com 
permeabilidade seletiva, o 
epêndima (célula tronco neural); 
Produção do liquido cérebro-
espinhal; Algumas são ciliadas 
para facilitar a movimentação do 
liquido. 
 
BAINHA DE MIELINA: 
• 70% lipídio e 30% proteína 
(PROTEINA MIELÍNICA 
BÁSICA) 
• Formada por lamelas de células 
gliais→ 
OLIGODENDRÓCITOS NO 
SNC E SCHAWANN NO SNP 
• São isolantes elétricos, mas 
aumentam a velocidade do 
impulso nervoso com os nódulos 
de ranvier (locais SEM mielina) 
por possuírem a condução 
saltatória 
O potencia de ação ocorre no espaço sem 
mielina, por isso que a velocidade do 
impulso depende diretamente do diâmetro, 
da quantidade de mielina e do 
comprimento do espaço internodal, sendo 
que temperaturas quentes aumentam a 
velocidade. 
• Os neurônios começam a ser 
mielinizados a partir do segundo 
trimestre da gestação, continuam 
após o nascimento e perduram 
até os 25 ou 30 anos 
• A mielina é formada quando a 
célula da glia se enrola ao redor 
do axônio, espremendo o 
citoplasma glial para fora da 
célula, de modo que cada local 
enrolado se transforme em duas 
camadas de membrana, 
lembrando que os 
oligodendrócitos recobrem vários 
axônios e as células de schawann 
apenas um axônio. 
IMPORTANTE! 
CÉLULAS DE SCHAWANN: 
• Forma-se neurilema e mielina 
• Forma-se um sulco/goteira que 
contém o axônio 
• A goteira se fecha formando o 
mesaxônio, o qual se alonga e se 
enrola ao redor do axônio. 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
Citoplasma + núcleo da célula 
vai formar o neurilema. 
Oligodendrócitos: 
• Membrana de oligodendrócito 
toca as fibras nervosas, se enrola 
em torno delas e forma uma 
espessa espiral que cobre a fibra 
toda, a não ser alguns pontos. 
• Não ocorre a formação do 
neurilema. 
 
AGONISMO E ANTAGONISMO 
FARMACÓLOGÍCO: 
AGONISTA: 
Molécula que se liga a um receptor e o 
estabiliza em uma determinada 
conformação. 
Podem ser: 
• Parciaisà produzem respostas 
parciais mesmo com todos os 
receptores ocupados pelo 
agonista 
• Integral 
• Inversoà atuam pra abolir a 
atividade do receptor livre 
ANTAGONISTA: 
Molécula que inibe a ação de umagonista, 
mas que não ocorre efeito nenhum na 
ausência do agonista. 
DE RECEPTOR: 
• Sitio ativo: 
REVERSÍVEL→ antagonista competitivo 
liga-se reversivelmente ao receptor, 
mantendo sua conformação inativa com 
competição 
IRREVERSÍVEL→ antagonista não 
competitivo liga-se irreversivelmente 
abolindo a ativação do receptor (EX.: 
ASPIRINA) 
• Alostérica: 
REVERSÍVEL/IRREVERSIVEL→ 
antagonista não competitivo altera-se para 
a ligação do agonista ou impede a mudança 
de conformação necessária para a ativação 
do receptor pelo agonista 
SEM RECEPTOR: 
QUIMICO→ inativa o agonista ao 
modifica-lo, de modo que o agonista não 
consegue se ligar ao receptor e ativá-lo 
FISIOLÓGICO→ ativa ou bloqueia um 
receptor que medeia uma resposta 
fisiologicamente oposta a aquela do 
receptor do agonista 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
IMPORTANTE! O ÚNICO 
ANTAGONISTA QUE ATUA NA 
POTENCIA DO AGONISTA É O 
COMPETITIVO, OS OUTROS ATUAM 
DIRETAMENTE NA SUA EFICÁCIA 
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS: 
• Doença de Huntington→ perda 
dos neurônios secretores de 
GABA; demências subcorticais 
• Degeneração corticobasal 
• Síndrome de Leigh 
• Síndrome de Shy Drager→ falha 
do SNC 
SINAPSES: 
A sinapse é uma junção especializada onde 
uma parte do neurônio faz contato e se 
comunica com outro neurônio ou tipo 
celular (p. ex: uma célula muscular ou 
glandular). 
• A informação geralmente flui em 
uma única direção, de um 
neurônio para sua célula-alvo. O 
primeiro neurônio é 
denominado pré-sináptico, e a 
célula-alvo é denominada pós- 
sináptica 
• A grande maioria das sinapses no 
corpo são sinapses químicas; 
Cada sinapse tem duas partes: o terminal 
axonal da célula pré-sináptica e a 
membrana da célula pós-sináptica. As 
membranas pré e pós-sinápticas nas 
sinapses químicas são separadas por uma 
fenda – a fenda sináptica 
• O terminal axônico também é 
chamado de botão sináptico 
A transmissão do impulso nas sinapses 
pode se dar de 2 formas: 
• as sinapses que envolvem a 
passagem de íons são ditas 
ELÉTRICAS 
• Aquelas com a liberação de 
mediadores químicos são as 
QUÍMICAS. 
CLASSIFICAÇÃO 
• AXODENDRÍTICA: axônio-dendrito 
de outro neurônio. 
• AXOSSOMÁTICA: axônio - corpo 
celular. 
• AXOAXÔNICA: axônio – axônio 
SINAPSES ELÉTRICAS: 
Simples em estrutura e função e permitem 
a transferência direta da corrente iônica de 
uma célula para outra 
• Ocorrem nas junções comunicantes 
(GAP) 
 
• A maioria das junções comunicantes 
entre neurônios permite que a 
corrente iônica passe 
adequadamente em ambos os 
sentidos; portanto, diferentemente da 
maioria das sinapses químicas, as 
sinapses elétricas são bidirecionais e 
não polarizadas. 
 
• A transmissão nas sinapses elétricas 
é muito rápida 
 
• As sinapses elétricas existem 
principalmente em neurônios do 
SNC. 
 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
SINAPSES QUÍMICAS: 
Utilizam moléculas neurócrinas para 
transportar a informação de uma célula à 
outra. 
• As sinapses químicas são 
polarizadas e unidirecionais 
O sinal elétrico da célula pré-sináptica é 
convertido em um sinal neurócrino que 
atravessa a fenda sináptica e se liga a um 
receptor na sua célula-alvo 
Obs: A manutenção das sinapses é uma das 
razões pela qual pessoas idosas são 
incentivadas a desenvolver novas 
habilidades e aprender novas informações. 
RECEPTORES PÓS-SINAPTICOS 
(QUÍMICAS) 
n Ionotrópicos 
• De canais iônicos, resposta rápida, 
íons 
• Os excitatórios abrem o canal de Ca, 
Na, k, assim, o fluxo de Na supera 
os outros, despolarizando o interior 
da célula (TORNAR MENOS 
NEGATIVO) 
• Os inibitórios abrem o canal de 
cloreto, assim, o fluxo para dentro 
da célula de cloreto é menor, 
hiperpolarizando o interior da célula 
(TORNAR MAIS NEGATIVO) 
n Metabototrópicos 
Associados a proteína G, resposta lenta, 
necessitam da transdução de sinais 
 
PEPS: O NT é excitatório; Causa 
despolarização na membrana pós-sinaptica. 
Ex: entrada de Na 
 
PIPS: O NT é inibitório; Causa 
hiperpolarização na membrana pós-
sinaptica. 
Ex: entrada de Cl ou saída de K 
 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
NEUROTRANSMISSORES: 
Substâncias responsáveis pela 
comunicação das células do sistema 
nervoso. 
CARACTERÍSTICAS: 
• Sintetizado por neurônios pré-
sinápticos 
• Possui receptores pós-sinápticos, 
cuja ativação causa efeito inibitório 
ou excitatório. 
EXCITATÓRIO→ DESPOLARIZA: 
MEMBRANA MAIS PRÓXIMA DO 
LIMIAR 
INIBITÓRIO→ HIPERPOLARIZA: 
MEMBRANA COM O INTERIOR MAIS 
NEGATIVO E MAIS AFASTADA DO 
LIMIAR DO QUE DO REPOUSO 
TIPOS: 
• Monoaminas→noroepinefrina 
(depressao) 
• Aminas→dopamina, serotonina 
(depressao) 
• Aminoácidos→GABA (inibitório), 
glutamato (excitatório), histamina 
• Peptídeos→ endorfina 
• Purinas→ ATP 
• Gases→N; O e CO 
• Acetilcolina (alerta, sono, vigilia) 
SÍNTESE DE NT: 
• Ocorre no soma e no terminal axonal 
• Proteínas em vesículas por 
transporte axônico rápido 
LIBERAÇÃO DE NT 
• Via exocitose 
• Necessária a despolarização 
• Canais de Ca abertos, movendo-se 
para dentro da célula e ligando-se a 
proteínas 
• Fusão membranosa e NT vão da 
vesícula para a fenda sináptica. 
Os NT se difundem através da fenda para 
se ligarem aos receptores na membrana da 
célula pós-sinaptica, ocorrendo ou não uma 
resposta. 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
TÉRMINO DAS ATIVIDADES: 
Sinalização neural tem curta duração 
devido a rápida remoção ou inativação dos 
NT 
 Alguns são removidos: 
• Por enzimas 
• Difundem-se para longe dos seus 
receptores 
• Transporte de volta para a célula 
pré-sináptica, célula da glia ou 
neurônio adjacente 
IMPORTANTE! Os NT podem ser 
reciclados para reabastecer vesículas 
sinápticas vagas Obs.: receptores 
podem ser colinérgicos (ACh); 
adrenérgicos... 
Obs: O mesmo neurotransmissor 
pode ter efeitos diferentes, por 
exemplo, a Acetilcolina se liga aos 
receptores ionotrópicos que abrem 
canais de cálcio e geram efeito 
excitatório/despolarizante; já a 
Aceticolina se ligando aos 
receptores metabotrópicos que 
abrem canais de potássio vai gerar 
efeito inibitório/hiperpolarizante 
OBS.: KISS AND RUM 
PATHWAY→ fusão das membranas 
das vesículas e membrana pré-
sináptica, formando um poro de 
fusão, o qual é grande o suficiente 
para a passagem de NT 
VALE RESSALTAR A DIFERENÇA ENTRE 
 
NEUROTRANSMISSOR→ substâncias 
químicas produzidas pelos neurônios, por 
meio das quais elas podem enviar 
informações a outras células 
 
NEUROMODULADOR→ efeito é o 
controlar (modular, regular) a transmissão 
sináptica. 
HORMÔNIO→ é uma substância química 
específica produzida num órgão ou em 
determinadas células do mesmo e é 
libertada e transportada diretamente pelo 
sangue ou por outros fluidos corporais 
 
 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
IMPULSO NERVOSO: 
Correspondem a sinais elétricos gerados na 
zona de disparo de um neurônio, em 
consequência da despolarização da 
membrana 
POTENCIAIS GRADUADOS – 
Comunicação a curta distância 
POTENCIAIS DE AÇÃO – Comunicação 
a grandes distâncias. 
CANAIS IÔNICOS: 
Canais com portão controlam a 
permeabilidade iônica do neurônio, se 
alternam entre aberturas e fechamentos. 
• Íons se movem de áreas de maior 
concentração para áreas de menor 
concentração – Aspecto químico do 
gradiente. 
Cátions movem-se em direção a áreas 
carregadas negativamente. Ânions movem-
se em direção a áreas carregadas 
positivamente – Aspecto elétrico do 
gradiente. 
Os canais iônicos, em geral, são 
denominados de acordo com os principais 
íons que passam através deles. Existem 
quatro tipos principais de canais iônicos 
seletivos no neurônio: (1) canais de Na+ , 
(2) canais de K+ , (3) canais de Ca2+ e (4) 
canais de Cl– . 
• A facilidade com que os íons fluem 
através um canal é denominada 
condutância do canal (G). A 
condutância de um canal varia com 
o estado de abertura deste e com a 
isoforma da proteína do canal. 
• Os canais iônicos controlados 
mecanicamente são encontrados em 
neurônios sensoriais e seabrem em 
resposta a forças físicas, como pressão 
• Os canais iônicos dependentes de ligante 
da maioria dos neurônios respondem a uma 
grande variedade de ligantes, como 
neurotransmissores e neuromoduladores 
extracelulares ou moléculas sinalizadoras 
intracelulares. 
• Os canais iônicos dependentes de 
voltagem respondem a mudanças no 
potencial de membrana da célula. Os 
canais de Na+ e K+ dependentes de 
voltagem possuem um importante papel na 
inicialização e na condução dos sinais 
elétricos ao longo do axônio 
• Canais de vazamento são canais com 
portão dependentes de voltagem que 
permanecem abertos na faixa de voltagem 
do potencial de membrana em repouso, ou 
seja, na maioria do tempo estão abertos 
Muitos canais que abrem em resposta à 
despolarização se fecham somente quando 
a célula repolariza. 
POTENCIAL DA MEMBRANA EM 
REPOUSO: 
-70Mv 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
A CÉLULA QUE APRESENTA 
POTENCIAL DE MEMBRANA é 
considerada POLARIZADA. 
• Existe em razão de um pequeno 
acúmulo de íons negativos no citosol 
e um acúmulo igual de íons 
positivos no liquido extracelular. 
• Esse acúmulo de carga acontece 
apenas muito próximo da 
membrana, em outras partes do 
citosol e do líquido e extracelular, o 
acúmulo de cargas é igual 
É mantido pela bomba de sódio e potássio, 
bombeiam o Na+ para fora com a 
mesma rapidez com que entra. Ao 
mesmo tempo, trazem K+ para dentro. 
Expulsam três íons Na+ para cada dois 
íons K+ importados 
Permeabilidade da membrana é menor ao 
Na+ que ao K+ quando a célula está em 
repouso; isso produz uma carga negativa 
no interior da membrana celular 
POTENCIAL GRADUADO: 
Os potenciais graduados nos neurônios são 
despolarizações (MAIS POSITIVO) ou 
hiperpolarizações (MAIS NEGATIVO) 
que ocorrem nos dendritos e no corpo 
celular. 
Essas mudanças no potencial de membrana 
são denominadas “graduadas” devido ao 
fato de que seu tamanho, ou amplitude, é 
diretamente proporcional à força do 
estímulo. Um grande estímulo causa um 
grande potencial graduado, e um 
estímulo pequeno vai resultar em um 
potencial graduado fraco 
Podem ser inibitórios ou estimulatórios 
Potenciais graduados perdem força à 
medida que se movem através do 
citoplasma devido ao vazamento de 
corrente e da resistência 
citoplasmática→“condução decrescente” 
Podem ser sublimiar→ Um potencial 
graduado começa acima do limiar (T) no 
seu ponto de iniciação, mas diminui sua 
força enquanto percorre o corpo celular. 
Na zona de gatilho (cone de implantação), 
ele está abaixo do limiar e, portanto, não 
inicia um potencial de ação. OU 
supralimiar→ Um estímulo mais forte no 
mesmo ponto do corpo celular gera um 
potencial graduado que ainda está acima 
do limiar no momento em que ele chega à 
zona de gatilho, resultando em um 
potencial de ação 
Somação pode ser temporal ou espacial, e 
ela diz respeito sobre a geração de um 
potencial de ação ou não, devido a 
agregação de potenciais graduados 
A somação espacial nem sempre é 
excitatória. Se a somação evitar um 
potencial de ação na célula pós-sináptica, 
essa somação é denominada inibição pós-
sináptica 
A somação de potenciais graduados 
demonstra uma característica-chave dos 
neurônios: a integração pós-sináptica. 
• Quando múltiplos sinais atingem um 
neurônio, a integração pós-sináptica 
gera um sinal com base na força e na 
duração relativa dos sinais. Se o 
sinal integrado está acima do limiar, 
o neurônio dispara um potencial de 
ação. Se o sinal integrado esta 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
abaixo do limiar, o neurônio não 
dispara. 
POTENCIAL DE AÇÃO: 
• Exclusivo do axônio 
• Efeito estimulatório 
• Depende do potencial graduado para 
acontecer 
• São causados pela despolarização da 
membrana além do limiar 
• São unidirecionais 
• Faz autoregeneração→ 
retroalimentação positiva 
Ocorre o principio do “tudo ou 
nada” 
O POTENCIAL DE AÇÃO É UMA 
ALTERAÇÃO NO POTENCIAL DE 
MEMBRANA QUE OCORRE QUANDO 
CANAIS IÔNICOS DEPENDENTES DE 
VOLTAGEM SE ABREM, 
INICIALMENTE AUMENTANDO A 
PERMEABILIDADE DA CÉLULA AO 
NA+ (QUE ENTRA) E 
POSTERIORMENTE AO K+ (QUE 
SAI). O INFLUXO (MOVIMENTO 
PARA DENTRO DA CÉLULA) DE NA+ 
DESPOLARIZA A CÉLULA. ESSA 
DESPOLARIZAÇÃO É SEGUIDA PELO 
EFLUXO (MOVIMENTO PARA FORA 
DA CÉLULA) DE K+, QUE 
RESTABELECE O POTENCIAL DE 
MEMBRANA DE REPOUSO DA 
CÉLULA. 
A primeira parte, chamada de FASE 
ASCENDENTE, é caracterizada por uma 
RÁPIDA DESPOLARIZAÇÃO DA 
MEMBRANA. 
Essa alteração no potencial de membrana 
continua até o Vm atingir o valor máximo 
de pico, de aproximadamente 40 mV. 
• A parte do potencial de ação em que 
o lado de dentro do neurônio está 
carregado positivamente em relação 
ao lado externo é chamada de pico 
de ultrapassagem. 
 
• A fase descendente do potencial de 
ação é uma rápida repolarização do 
meio interno da membrana até ele 
ficar, de fato, mais negativo que o 
potencial de repouso. A última parte 
da fase descendente é chamada de 
undershoot, ou hiperpolarização pós-
potencial. Por fim, há uma 
restauração gradual do potencial de 
repouso. 
O potencial de ação não perde força ao se 
distanciar do seu ponto de origem pois são 
“reabastecidos” constantemente 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
Um potencial de ação inicia quando um 
potencial graduado que atinge a zona de 
gatilho despolariza a membrana até o 
limiar ("55 mV) 
A condução do impulso elétrico ao longo 
do axônio requer apenas alguns tipos de 
canais iônicos: canais Na+ dependentes de 
voltagem e canais de K+ dependentes de 
voltagem mais alguns canais de vazamento 
que auxiliam na manutenção do potencial 
de repouso da membrana. 
• Os potenciais de ação iniciam 
quando os canais iônicos 
dependentes de voltagem se abrem, 
alterando a permeabilidade da 
membrana para Na+ e K+ 
Obs: Canais de Na+ dependentes de 
voltagem possuem não apenas um, mas 
dois portões envolvidos na regulação do 
transporte de íons. Esses dois portões, 
conhecidos como portões de ativação e 
inativação, movem-se para a frente e para 
trás para abrir e fechar o canal de Na+ 
FASES DO PROCESSO: 
àAscendente: 
1. A fase ascendente ocorre devido a 
um aumento súbito e temporário da 
permeabilidade da célula para Na+ 
2. Conforme a célula despolariza, 
canais de Na+ dependentes de 
voltagem abrem-se, tornando a 
membrana muito mais permeável ao 
sódio. Então, Na+ flui para dentro da 
célula, a favor do seu gradiente de 
concentração e atraído pelo 
potencial de membrana negativo 
dentro da célula 
3. O aumento de cargas positivas no 
líquido intracelular despolariza 
ainda mais a célula 
4. Assim que o potencial de membrana 
da célula fica positivo, a força 
elétrica direcionando o Na+ para 
dentro da célula desaparece 
5. O potencial de ação atinge seu pico 
em 30 mV quando os canais de Na+ 
presentes no axônio se fecham e os 
canais de potássio se abrem. 
à Descendente 
1. A fase descendente corresponde ao 
aumento da permeabilidade ao K+ 
2. Contudo, os canais de K+ abrem-
se muito mais lentamente, e o pico 
da permeabilidade ocorre mais tarde 
do que o do sódio 
3. Quando os canais de Na+ se 
fecham durante o pico do potencial 
de ação, os canais de K+ recém se 
abriram, tornando a membrana 
altamente permeável ao potássio. 
Em um potencial de membrana 
positivo, os gradientes de 
concentração e elétrico do K+ 
favorecem a saída do potássio da 
célula. À medida que o K+ se move 
para fora da célula, o potencial de 
membrana rapidamente se torna 
mais negativo, gerando a fase 
descendente do potencial de ação e 
levando a célula em direção ao seu 
potencial de repouso de -70mV 
4. O potássio continua saindo da 
célula tanto pelos canais de K+ 
dependentes de voltagem quanto 
pelos canais de vazamento de 
potássio, e a membrana fica 
hiperpolarizada, aproximando-se do 
EK de " 90 mV 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
 
DESPOLARIZAÇÃO:caráter excitatório 
que significa a redução de cargas negativas 
no interior da célula. Ocorre quando os 
canais iônicos de Na+ são abertos;HIPERPOLARIZAÇÃO:caráter 
inibitório que significa o aumento de 
cargas negativas dentro da célula. Ocorre 
quando os canais iônicos de Na+ são 
fechados; 
REPOLARIZAÇÃO: quando as 
concentrações iônicas, após a difusão dos 
íons K+ para o exterior celular, voltam aos 
seus estados iniciais; 
PERÍODO REFRATÁRIO: 
àÉ o período de tempo depois do início de 
um potencial de ação, durante o qual a 
célula excitável não é capaz de gerar outro 
potencial em resposta a um estímulo limiar 
normal. 
• Absoluto representa o tempo 
necessário para os portões do canal 
de Na+retornarem à sua posição de 
repouso. Devido ao período 
refratário absoluto, um segundo 
potencial de ação não ocorrerá antes 
de o primeiro ter terminado. Como 
consequência, os potenciais de ação 
não podem se sobrepor e não podem 
se propagar para trás 
 
• Relativo segue o período refratário 
absoluto. Durante o período 
refratário relativo, alguns dos 
portões dos canais de Na! já 
retornaram à sua posição original. 
 
• Além disso, durante o período 
refratário absoluto, os canais de K! 
ainda estão abertos. Também é o 
intervalo de tempo durante o qual 
um segundo potencial de ação é 
gerado 
 
• O período refratário é uma 
característica-chave que distingue os 
potenciais de ação dos potenciais 
graduados. Se dois estímulos 
alcançam os dendritos de um 
Lídia M Negrão – Med 4 
 
 
neurônio em um curto espaço de 
tempo, os potenciais graduados 
sucessivos criados por esses 
estímulos podem ser somados 
Os períodos refratários limitam a 
velocidade com que os sinais podem ser 
transmitidos em um neurônio. O período 
refratário absoluto também garante o 
trajeto unidirecional de um potencial de 
ação do corpo celular para o terminal 
axonal, impedindo o potencial de ação de 
retornar. 
 
SISTEMA DE RECOMPENSA: 
• Sistema formado por circuitos 
neuronais responsáveis pelas ações 
de reforço (positivo e negativo) 
O aumento de dopamina, importante 
neurotransmissor do SNC, no núcleo 
accumbens, região central do sistema de 
recompensa e importante para os efeitos 
das drogas de abuso. (Ocorre um aumento 
de dopamina, estimulando a sensação de 
prazer ex: alimentos, sexo, música...) 
• As drogas de abuso agem nos 
neurônios dopaminérgicos, 
induzindo um aumento brusco desse 
neurotransmissor. Esse sinal é 
reforçado, pois é associado ao 
prazer, fazendo a pessoa buscar mais 
de tal coisa para proporcionar tal 
sensação. 
• Agem também sobre o sistema 
mesolímbico (fissura, memória, 
emoções ligada ao uso) e o sistema 
mesocotical, que constituem o 
sistema de recompensa. (projeção de 
campos dopaminérgicos 
• A dopamina é o principal 
neurotransmissor, mas não é o único 
nesse sistema. (serotonina, gaba, 
glutamato, noroepinefrina). 
 
 
 
 
 
 
 
Lídia M Negrão – Med 4

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes