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DOCUMENTOS MÉDICOS É T I C A M É D I C A E M E D I C I N A L E G A L AT ES TA DO D E ÓB IT O AT ES TA DO S São comunicações compulsór ias fe i tas pelos médicos às autor idades competentes de um fato prof iss ional , por necess idade socia l ou sanitár ia , como acidentes de trabalho, doenças infectocontagiosas e a morte encefál ica à autor idade públ ica , quando em inst i tuição de saúde públ ica ou pr ivada. É a única quebra obr igatór ia do s ig i lo medico que está prevista em le i : A r t . 2 6 9 (permissão de quebra de s ig i lo) → “deixar o medico de denunciar à autor idade públ ica doença cuja not i f icação é compulsór ia” . Pena: detenção de 6m a dois anos ou multa .NO TI FI CA ÇÃ O PE RÍ CI A M ÉD IC O LE GA L Todos os exames levados a efe i to por prof iss ionais da medicina e que são dest inados a uso judic ia l denominam-se p e r í c i a s m é d i c o - l e g a i s . Todos os exames e laborados por prof iss ionais de outras áreas do conhecimento humano, desde que dest inados a uso como meio de prova em juízo , são denominados p e r í c i a s . DO CU M EN TO S Atestado Noti f icação compulsór ia Prontuár io Depoimento oral Parecer Relatór io (Laudo/Auto) 1 . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . PR ON TU ÁR IO M ÉD IC O PA RE CE R Tem por objet ivo f i rmar a veracidade de um fato ou existência de determinado estado, ocorrência ou obr igação. É uma declaração s imples , por escr i to , de um fato médico e suas poss íveis consequências . Tem unicamente o propósito de suger i r um estado de sanidade ou de doença, anter ior ou atual , para f ins de l icença , d ispensa ou just i f icat iva de fa l tas ao serv iço , etc . Deve conter nome do paciente e médico , data , per íodo exato de afastamento , se o motivo é por doença ou acompanhamento de famil iar . A declaração do diagnóst ico é fe i ta apenas se sol ic i tada pelo paciente (se e le sol ic i tar o CID, deixar autor ização da quebra do s ig i lo , por escr i to , pelo paciente) Os atestados de óbito são documentos necessár ios para que possa ocorrer o sepultamento. A r t . 8 3 → "é vedado ao médico atestar óbito quando não o tenha ver i f icado pessoalmente , ou quando não tenha prestado ass istência ao paciente , sa lvo , no últ imo caso , se o f izer como plantonista , médico subst i tuto ou em caso de necropsia e ver i f icação médico- legal " . A r t . 8 4 → "é vedado ao médico deixar de atestar óbito de paciente ao qual v inha prestando ass istência , exceto quando houver indíc ios de morte v io lenta" . Documento obr igatór io , de propr iedade intelectual de medico que elabora , permanecendo sob sua guarda ou sob guarda da inst i tuição com acesso dado ao pct , ao CRM e ao per i to . Consta de exame cl ín ico do pct , f ichas de prescr ições , re latór ios da enfermagem, anestes ia e c i rurgia , registro dos resultados de exames e cópias de sol ic i tação e resultado de exames complementares . Deve ser mantido na forma em que fo i gerado por 10 anos , e as informações para sempre . Opinião pessoal sobre determinado assunto , vale pelo prest ig io de quem o escreve . Normalmente é emit ido sem exame per ic ia l d i reto , mas com base em informações que se recebem, se t rabalha com hipóteses . A val idade/peso desse parecer depende do prest ig io que ele emite . "Quando dúvidas são levantadas em um processo , ou quando há contradição , chega a hora de ouvir a voz mais exper iente , a autor idade mais respeitada, capaz de i luminar o ju lgador no seu instante mais denso" . DOCUMENTOS MÉDICOS É T I C A M É D I C A E M E D I C I N A L E G A L QU ES IT OS QU ES IT OS -P AD RÃ OQuesitos são perguntas especí f icas ,di r ig idas pelo ju iz ou pelas partes aos per i tos , com o objet ivo de esclarecer determinado ponto referente ao exame real izado, Ajudam, portanto , a esclarecer pontos obscuros . Além disso , servem de or ientação ao per i to para a e laboração de seu re latór io , uma vez que terá de dir ig i r seus t rabalhos no sent ido de responder às questões formuladas . Houve morte? Qual a causa da morte? Qual o instrumento ou meio que produziu a morte? Foi produzida por meio de veneno, fogo, explos ivo , asf ix ia , tortura ou outro meio ins idioso ou cruel? No exame cadavér ico : 1 . 2 . 3 . 4 . O re latór io médico- legal é a descr ição + minuciosa de uma per íc ia médica a f im de responder à sol ic i tação da autor idade pol ic ia l ou judic iár ia f rente ao inquér i to . Se esse re latór io é real izado pelos per i tos após suas invest igações , com a a juda de outros recursos ou consultas a t ratados especial izados , chama-se l a u d o . E quando o exame é ditado diretamente a um escr ivão e diante de testemunhas , dá-se- lhe o nome de a u t o . O relatór io é um doc. formal , minucioso , que exige requis ição e compromisso prévios de quem irá e laborar , de que i rá esclarecer o fato com verdade real . Ou seja , o que consta no re latór io , até que se prove o contrar io , é verdade. RE LA TÓ RI O P r e â m b u l o : deve constar os nomes dos per i tos e sua qual i f icação (médico ,etc . ) ; hora e dia em que fo i requis i tada e real izada a per íc ia e f im do exame e qual i f icação de quem será examinado. H i s t ó r i c o : é um relato sucinto , porém completo do fato just i f icador do pedido da per íc ia . V ivo → ta l qual narrado pelo per ic iado na entrevista | Morto/mater ia l → t ranscr ição do bolet im de ocorrência ou do documento que acompanha D e s c r i ç ã o : exemplo → "Presença de escor iações l ineares na região malar e infra orbita l á esquerda, em direção obl iqua e presença de escor iações l ineares em obl iquo na região masseter ina e geniana esquerda. " D i s c u s s ã o o u c o m e n t á r i o : aqui os per i tos fazem diagnóst icos , exter ior izam suas impressões pessoais ( técnicas) , comentam o exame e comparam com o histór ico , perquir indo a sua veracidade, nexo de causal idade, etc . Pode ser dispensada se inexist i rem questões complexas . É o debate , a confrontação das hipóteses , as controvérs ias poss íveis de cada caso . Exemplo → "As lesões do i tem “a” foram produzidas por instrumento corto-contundente (unhas) . A lesão do i tem “b” por instrumento perfuro- cortante e do “c ” por ação contundente" C o n c l u s õ e s : Conterá a s íntese do exame e da discussão. Os per i tos só deverão af i rmar aqui lo que puder ser c ient i f icamente demonstrado. Exist indo mais de uma poss ibi l idade, deverão pormenorizá- las , junto da probabi l idade de cada uma delas . R e s p o s t a a o q u e s i t o : os quesitos (of ic ia is e /ou propostos pelas partes) devem ser respondidos de forma sumária , o mais concludente poss ível e , de preferência , através de monoss í labos ou da af i rmação de que a per íc ia não tem condições de esclarecer a dúvida . Geralmente os laudos apresentam, no mínimo: preâmbulo , h istór ico , descr ição , d iscussão , conclusões e resposta aos quesitos . 1 . 2 . 3 . 4 . 5 . 6 . É obr igação precípua do per i to mencionar , no re latór io , em que elementos anatômicos ou resultados laborator ia is se baseou para fazer ta l ou qual af i rmativa . Dizer , apenas , por ex . , que houve lesão corporal é subtrai r suas caracter íst icas e não leva ninguém a nenhuma convicção. Dizer pura e s implesmente que houve conjunção carnal sem nenhuma just i f icat iva também não concorre para a busca da verdade. Só a descr ição pode nos colocar em uma correlação lógica entre a lesão encontrada e a verdade que se quer chegar. E , sempre que poss ível , juntar à descr ição , à maneira de reforço , os desenhos , gráf icos e fotograf ias .
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