Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANSERIFORMES Espécies domésticas: marrecos, pato ganso Espécies migratórias: atenção mundial nos últimos anos → importância epidemiológica Engloba as aves aquáticas, distribuição cosmopolita (exceto continente antártico) Aves de médio a grande porte, pesam de 200g a 15kg Divididos nas famílias Anseranatidae Anhimidae Anatidae Algumas espécies domesticadas para exploração de carne, ovos, penas ou como aves ornamentais FAMÍLIA ANSERANATIDAE Única espécie: Ganso-magpie (Anseranas semipalmatus) Nativo da Austrália, raramente encontrado em cativeiro no Brasil Troca de penas gradual, não há período sem voo FAMÍLIA ANHIMIDAE Hábito de emitir gritos estridentes Endêmica da América do Sul Aves de hábito diurno Possuem esporos nas asas No Brasil: Tachã (Chauna torquata) e Anhuma (Anhima cornuta) Tem boa habilidade de voo Presença de ar livre no subcutâneo: galeria de microcanais que se comunicam com sacos aéreos (“enfisema” fisiológico) Hábito terrestre, habitam regiões alagadas, riachos, banhados Não apresentam dimorfismo sexual Alimentação: vegetais, insetos, moluscos, sementes, animais mortos FAMÍLIA ANATIDAE Engloba os patos, gansos e cisnes Compreende a maior parte dos anseriformes Características: patas curtas, andar desajeitado Muitas espécies têm dimorfismo sexual Plumagem densa: favorece flutuação e isolamento térmico Muda completa de penas da asa, perdem capacidade de voo Tachã Anhuma Coscoroba (Coscoroba coscoroba) Cygnus olor Cygnus atratus Ganso australiano (Cereopsis novaehollandie) Pato mandarim (Aix galericulata) ANATOMIA E FISIOLOGIA Margem do bico com lamínulas transversais, que com a língua, filtram a água onde estão os alimentos Não possuem inglúvio Os machos possuem órgão copulatório (falo) em forma de espiral Glândula uropigiana bastante desenvolvida (secreção oleosa) Possuem membranas interdigitais, exceto Anhimidae, que possui membrana vestigial NUTRIÇÃO Na natureza: sementes pequenas, raízes, folhas, larvas de insetos, pequenos peixes e crustáceos Importantes na disseminação de plantas aquáticas Em cativeiro: ração industrial para patos e gansos. Espécies são onívoras: adicionais vegetais Cuidado com rações de alta energia (para engorda de aves domésticas para abate) Anseriformes selvagens: crescimento mais lento e não devem engordar Dietas com alta energia: Perose: luxação do tendão társico em aves jovens (rápido ganho de peso + deficiência de manganês) Deformidade carpometacárpica com torção lateral da extremidade da asa (asa de avião ou asa de anjo): excesso de proteína, crescimento acelerado Pododermatite: obesidade, Hipovitaminose A Gota úrica: fatores nutricionais envolvidos (excesso de proteína, deficiência de Vitamina A) Primeiros dias: ração inicial comercial para anatídeos (20% proteína) Após 1 a 2 semanas: introduzir ração para adultos e vegetais folhosos verdes escuros (espécies herbívoras: maior quantidade de fibra) REPRODUÇÃO Maturidade sexual: Pequenos e médio porte: cerca de 1 ano Gansos: 2 anos Cisne: 5 anos Cópula ocorre na água, podem se apresentar agressivos Patos: não formam casais monogâmicos, vivem em colônias mistas. Botam de 6 a 12 ovos Gansos e cisnes: monogâmicos. Botam de 3 a 4 ovos Ninho: não fazem ninho, recobrem o local com plumas Filhotes são precoces, acompanham os pais logo após o nascimento São capazes de nadar e se alimentar sozinhos (nidífugos) INSTALAÇÕES Patos: vivem em grandes colônias, podem conviver com outras espécies. 1 macho para 3 a 4 fêmeas Gansos e cisnes: territorialistas, área grande para evitar conflitos Baias: devem ter um tanque de água relativamente fundo para espécies que gostam de mergulhar Recintos coletivos: fonte de água → lagos. Fornecer sombra e abrigo (caixas). Dificuldade de manejo CONTENÇÃO – contenção física Aves pequenas: uma mão segura a ave com as asas junto ao corpo, deixando o peito livre. Outra mão sustenta o corpo Aves maiores: uso de redes ou puçás. Colocar debaixo do braço, prendendo as asas com os braços e pernas da ave com a mão, com a cabeça virada para trás. Bolsas ou sacolas podem ser adaptadas CIRURGIA DE AMPUTAÇÃO DE METACARPIANOS Frequentes em anseriformes para evitar fugas e comportamento migratório Evitar que espécies exóticas fujam Diferentes técnicas: amputação, anquilose, tendonectomia Amputação de metacarpianos Técnica mais utilizada. Realiza-se amputação do terceiro metacarpiano, próximo à álula Em filhotes: com cerca de 3 dias de idade. Hemorragia é mínima, sutura ou cola cirúrgica para fechar Em aves maiores, adultas: atenção, pois podem ocorrer hemorragias. Cirurgia sob anestesia geral e anestésicos locais PRINCIPAIS ENFERMIDADES Doenças bacterianas: tuberculose, salmonelose, micoplasmose Doenças parasitárias: protozoários, hemoparasitas, helmintos Doenças fúngica: Aspergilose, candidíase Doenças virais: influenza, doença do vírus do Nilo Ocidental Botulismo Intoxicação por metais pesados Contaminação por óleos Intoxicação por plantas Toxinas de algas Pododermatite ou Bumblefoot Lesões crônicas e proliferativas fibronecróticas com infecção múltipla Causa: erro de manejo Tratamento tópico: antissépticos e anti-inflamatórios (início) Debridamento, curetagem – terapia antimicrobiana, analgésicos e anti-inflamatórios Curativo com acolchoamento (diminuir a pressão)
Compartilhar