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Resenha Critica CIRQUE DU SOLEIL

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CIRQUE DU SOLEIL 
 
Referências: DeLong, Thomas J.; Vineeta Vijayaraghavan. Cirque du Soleil. Harvard 
Business School Case 403-006, 18 de julho de 2002. 
 
Cirque du Soleil, um circo sem animais, criado em 1984 por uma trupe de artistas de 
rua conhecida como “Le Club des Talons Hauts” (O Clube dos Saltos Altos). O CEO Guy 
Laliberté viu, viu sua companhia circense, aumentar o quadro funcionário de 73 pessoas em 
1984 para 2.100 em 2001 com representação em várias partes do mundo, incluindo mais de 
500 artistas. No início, o Cirque du Soleil viajava com um espetáculo por vez. De 1984 a 
1989, o Cirque apresentou-se para uma média de 270.000 pessoas por ano. Em 2001, quase 6 
milhões de pessoas assistiram a apresentações do Cirque du Soleil. Em 2002, havia oito 
produções do Cirque em cartaz em quatro continentes. Em 1998, a revista Canadian Business 
Magazine avaliou a companhia em US$ 800 milhões. 
O Cirque, conseguia reunir artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas para criar e 
apresentar espetáculos teatrais e de dança. A música do Cirque era cantada em uma 
linguagem semelhante ao Latim, criada para transcender fronteiras culturais. Mesmo nas 
primeiras pequenas apresentações no Canadá o Cirque mostrou-se atento à globalização, tanto 
na escolha de funcionários quanto no conteúdo. Em 1999, a divisão multimídia do Cirque, 
lançou seu primeiro filme, “Alegría”, baseado no espetáculo homônimo e seu primeiro 
especial de TV: “Cirque du Soleil Presents Quidam”. No ano 2000, o Cirque du Soleil criou 
uma produção cinematográfica em formato grande (IMAX), “Journey of Man” (A Jornada do 
Homem), distribuída pela Sony Pictures Classics. O Cirque du Soleil continuou a diversificar 
suas atividades comerciais incluindo projetos de publicidade e merchandising. A inauguração 
do primeiro complexo, que segundo o Cirque “serviria de laboratório”, estava planejada para 
acontecer na cidade de Montreal em 2003-2004. 
O Crique era uma empresa, e seus profissionais e árticas se preocupavam com a 
entrada da companhia no “mundo corporativo”, tais preocupações eram amenizadas pela 
confiança dos artistas em Laliberté. Laliberté queria crescer de forma agressiva, mas também 
evitava tornar-se muito empresarial, em particular a prestação de contas a investidores 
externos, que poderia ajudá-lo em sua meta de crescimento, mas restringiria sua liberdade e 
 
 
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habilidade de tratar seus funcionários e investir neles como preferisse. A um programa de TV 
“60 Minutes”, o CEO declarou – Jamais venderei ações da companhia. 
Este crescimento agressivo de Laliberté, necessitava de artista, para isso ele contava 
com a direto de elenco Murtelle Cantin. Cantin, era responsável por descobrir talentos em 
vários lugares do mundo. Ela viu as necessidades de contratação do Cirque passarem de 50 
artistas a cada dois anos, para 100 artistas por ano. Segundo ela – era um desafio constante 
encontrar os artistas certos. Quando saía em busca do elenco para uma nova produção, Cantin 
muitas vezes viajava para mais de 20 países para conhecer artistas locais e realizar testes. Ao 
mesmo tempo em que tentava escolher artistas para encaixar nas produções recém-
concebidas, também avaliava seu potencial para contribuir em futuras produções do Cirque. 
Muitos artistas do Cirque haviam sido ginastas ou acrobatas. O Cirque oferecia a eles sua 
primeira experiência fora do treinamento rígido da disciplina de sua escolha. Quando 
contratava artistas de países diferentes, Cantin levava em consideração suas necessidades não-
artísticas. Os artistas tinham visões muito diferentes, e como o principal produto do Crique é 
o entretenimento, se fazia necessário manter seus artistas felizes. Além da remuneração, a 
companhia dava treinamento de in loco em seis linguagens para ajudar os artistas a 
comunicarem-se com outros funcionários no mundo todo. 
Como forma de monitorar a satisfação de seus colaboradores. Marc Gagnon, Vice 
Presidente Operacional (COO), criou um boletim dos funcionários “la boule” composto por 
textos de funcionários sem qualquer tipo de censura. Segundo ele – Tínhamos um boletim 
oficial, mas eu achava que muita coisa não estava sendo discutida, até criarmos “la boule”. 
Tento pensar em todas as maneiras de apoiarmos nossos funcionários. A comunicação 
corporativa interna é muito importante para mim; transferi a responsabilidade ao vice-
presidente executivo para que a questão seja encarada com seriedade. 
Mas como toda companhia, o Cirque de Suleil, também tinha problemas. Para alguns 
funcionários o Cirque não era tão original, se comparado a outros espetáculos em cartaz na 
Europa; esses funcionários esperavam que o Cirque continuasse obtendo a maior parte de seu 
faturamento nos Estados Unidos. O Cirque tinha de reinventar o circo de tempos em tempos; 
mesmo que ainda funcionasse para os clientes, o espetáculo perdia a graça para os artistas. 
Era preciso mantê-los empolgados com o trabalho. 
 
 
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A experiencia do Cirque de Soleil, mostra que o bem de maior valor de uma empresa e 
seu capital humano, já que ele é responsável por agregar valor ao produto final da empresa. 
No caso do Cirque, seus artistas e funcionários são esse agregador de valor, e a companhia se 
esforçava ao máximo para mantê-los animados e empolgados. Dando a eles condições e 
ambientes propícios para desenvolverem suas atividades. 
Trazendo essa reflexão para as companhias de modo geral. Empresas que adotam a 
psicologia organizacional ou psicologia do trabalho, como ferramenta ou meio para criar um 
ambiente colaborativo e propicio, para que seus funcionários desenvolvam suas atividades da 
melhor forma possível tendem a colher resultados visíveis na diminuição de faltas, aumento 
de produtividade, diminuição de gastos com contratação, melhoria na comunicação. 
A psicologia organizacional estuda comportamento humano e os fenômenos 
psicológicos que acontecem dentro das empresas, além de analisar suas implicações no 
ambiente de trabalho. Seu principal objetivo é aumentar e manter a qualidade de vida no 
trabalho por meio de um bom clima organizacional, condições favoráveis ao trabalho, 
desenvolvimento de pessoal e relação harmônica entre os funcionários. Oliveira (2017) o 
Departamento de Recursos Humanos, mais conhecido com RH, é o setor que representa a 
Psicologia nas corporações. 
A experiencia corporativa do Cirque du Soleil, mostra como o trabalho de psicologia 
organizacional é fundamental para manutenção e crescimento de uma corporação e como este 
trabalho pode ser árduo, pois é necessário levar em considerações vários aspectos do 
indivíduo (artista, profissional).

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