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Demências Doença de Alzheimer (DA) • Os principais achado encontrados na DA são: è Perda neuronal; è Degeneração Sináptica intensa, com acumulo e deposição no córtex cerebral de 2 lesoes principais: Placas senis ou neuríticas (PS) e emaranhados neurofibrilares (ENF) • Peptídeo beta-amiloide (AB) – Originado a partir da clivagem proteolítica da APP ( Proteina Percursora de Amiloide). • APP – É secretada a partir das células cerebrais no espaço extracelular suspostamente responsável por importantes funções fisiológicas ainda pouco conhecidas. É uma glicoproteína codificada no cromossomo 21. • Em situações fisiológicas, a APP é clivada pela ação da enzima alfasecretase (a-secretase), entre os resíduos de lisina e leucina Na extensão da sequencia AB excluindo-se dessa forma a possibilidade de formação de AB intacto. A APP é transformada em fragmentos menores sem ação toxica para o sistema nervoso central. • Na DA, ocorre uma liberação deo peptidio AB da APP a partir de outras vias de processamento alternativas e anormais envolvendo a ação consecutiva das atividades das enzimas betassecretase e gamassecretase, por meio de um processo denominado endoproteólise. A divisão decorre de uma sequencia complexa de eventos envolvendo a atividade das enzimas beta e gamassecretease sem que ocorra a ação da enzima alfassecretease Lesoes extracelulares formadas por debris e restos celulare com núcleo central proteico solido constituído pelo pepitdo beta-amiloide • ENF são inclusões intraneurais compostas de bandas de elementos citoesqueleticos anormias medindo 20nm de diâmetro com contrições regulares a cada 80nm, denominados filamentos helicoidais pareados insolúveis (FHP). O componente principal é a proteína tau. è Em condições normais a proteína Tau fornece estabilidade ao sistema de microtubulos no interior dos neurônios, responsável pelo transporte de substancias do corpo celular para a terminação sináptica. • Tanto a PS e a ENF podem ser encontradas no envelhecimento normal sem demência e sua presença isolada não seja suficiente para diagnostico, a densidade de ambos em pacientes com DA é muito mais alta do que em pacientes sem a neuropatologia. • Existe um consenso que a produção e o acumulo do peptídeo AB tenham papel central na patogênese da DA. Resumo geral sobre a neurofisiopatologia da DA • Acumulo de beta amiloide no espaço extracelular em placas amiloides, encontradas principalmente: è Hipocampo; è Amigdala; è Neocortex. • Acumulo de proteína tau formando emaranhados neurofibrilares, estruturas intracelulares encontradas principalmente: è Hipocampo; è Amigdala; è Nucleos das base. • A formação dessas estruturas leva a perda da ligação sinpatica cerebral. • O cérebro passa a ter um aumento de ventrículos e de sulcos, com diminuição do peso do encéfalo; • As placas amiloides e os emaranhados neurofibrilares começam a surgir cerca de 20 anos da instalação da DA. Quadro Clínico • Piora do desenvolvimento cognitivo com o envelhecimento; • Durante a consulta ficar atento a repetição de palavras do paciente, confusão de suas medicações; • Alteraçoes psicológicas, de personalidade e no cuidado pessoal adequado; • Fatores que afetam a sobrevida são: Idade, gênero e gravidade da demência. • 3 estagios de Cumming e Benson(1992) Diagnostico Clinico • Testes cognitivos; • Anamnese bem estruturada; • Realizar perguntas para familiares do paciente, Laboratorial -Anemia; - Infeção; - Equilíbrio de eletrólitos (sal e água); - Função hepática; - Deficiência de vitamina B12; - Função tiroideia; - Interações medicamentosas e problemas de dosagem. - Análises à urina para investigar uma infeção. • Níveis elevados da proteína tau no líquor • Diminuição do metabolismo cerebral no córtex temporoparietal medida usando PET com deoxiglicose marcada com flúor-18 (18F) (fluorodeoxiglicose, ou FDG) Diagnóstico de doença de alzheimer préclínica para fins de pesquisa clínica Para fins de pesquisa clínica é possível propor o diagnóstico de DA antes do aparecimento dos sintomas clínicos com base nas informações obtidas através do uso de biomarcadores, conforme proposto por Sperling e colaboradores (2011). No entanto essa proposta ainda requer validação experimental por meio de estudos longitudinais. • Estágio 1: Amiloidose cerebral assintomática. – Elevada captação de marcador βA em PET. – Redução de βA-42 no líquor. • Estágio 2: Amiloidose + Neurodegeneração inicial. – Marcadores de deposição β-amilóide positivos. – Disfunção neuronal no FDG-PET/fMRI. – Aumento de tau/fosfotau no líquor. – Redução da espessura cortical/atrofia hipocampal por RM . • Estágio 3: Positividade para amiloide + evidência de neurodegeneração + declínio cognitivo sutil (testes de alta demanda cognitiva). – Preenchimento dos estágios 1 e 2. – Evidência de alteração sutil do nível cognitivo prévio. – Baixa performance em teste cognitivos mais complexos. – Não preencher critérios para CCL Imagem • Atrofia local nos lobos temporais mediais, basais e laterais e córtex parietal medial, detectados por RM Tratamento Medicamentoso Inibidores da colinesterase A donepezila é um fármaco de primeira linha, pois sua dosagem é única diária e é bem tolerada. A dose recomendada é de 5 mg VO uma vez ao dia, por 4 a 6 semanas, então aumentada para 10 mg, uma vez ao dia. Donepezila, 23 mg, uma vez ao dia. pode ser mais eficaz do que a dose tradicional de 10 mg uma vez ao dia para doença de Alzheimer moderada a grave. Se, após vários meses, a melhora funcional for aparente, o tratamento deve continuar, senão deve ser interrompido. Mecanismo de ação Trata-se de moderno agente inibidor reversível da colesterase ou da acetilcolinesterase (AChE), a qual é a enzima que degrada o neurotransmissor colinérgico acetilcolina (Ac) no nível do sistema nervoso central. É por esta razão que, sob ação deste fármaco, as concentrações da acetilcolina no nível do córtex cerebral aumentam significativamente, ao mesmo tempo que é evitada sua degradação por parte dos neurônios colinérgicos ainda não atingidos pela patologia degenerativa que é a doença de Alzheimer. Efeitos Adversos • Náuseas; • Vômitos; • Diarreia; • Dispepsia; • Insônia; • Cãibras; • Musculares; • Astenia; • Fadiga; • Anorexia. Antagonista do receptor NmetilDaspartato (NMDA) A memantina parece melhorar a capacidade funcional e cognitiva dos pacientes com doença de Alzheimer moderada a grave. A dose é de 5 mg VO uma vez ao dia e depois aumentada para 10 mg VO bid em 4 semanas. Para pacientes com insuficiência renal, a dose deve ser reduzida ou a utilização do fármaco evitado. A memantina pode ser utilizada com um inibidor de colinesterase. Mecanismo de ação Existem cada vez mais evidências de que disfunções na neurotransmissão glutamatérgica, especialmente nos receptores NMDA, contribuem para a expressão dos sintomas e para a evolução da doença na demência neurodegenerativa. A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA, de afinidade moderada e dependente de voltagem. Modula os efeitos dos níveis tônicos patologicamente elevados do glutamato que poderão levar à disfunção neuronal. Efeitos Colaterais
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