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Ambulatório de infectologia- Samuel Soares Abordagem à síndrome febril sob a ótica do hemograma Dr. Francisco de Paula Ramos *Conceitos e considerações inicias: Síndrome febril: 1.Fisiopatologia: -Inflamações por agente infecciosos ou não, aumentando as interleucinas, sobretudo Il1, que atuam no hipotálamo; -Neoplasisas e doenças auto-imunes podem causar febre!! 2.Tempo de doença: esse achado é um dos mais importantes para definir a etiologia (febre de curte duração <10 dias; febre de longa duração >10 dias), pois esse é um critério para definir como o patógeno está se comportando no corpo. >Febres por etiologia viral: tende a aparecer em 3-7 dias e depois ser auto resolutiva, sendo auto resolutiva, pois esse início é o período de maior multiplicação viral; ‘’em algumas patologias podemos ter uma persistência dessa febre, porém sempre mais branda’ >Febre por etiologia bacteriana, parasitária ou fúngica: tende a persistir por mais tempo, possui característica de persistência e prolongada por mais de 7 dias, ou meses, se não houver tratamento ela só piora. ‘’O paciente chega referindo que há mais de 7 dias vem tendo febre com temperaturas constantes ou com aumento das temperaturas.’ ’ ✓Atenção: embora esse não seja o padrão de febre para vírus, os que fogem da regra é o vírus HIV e o Episten barr (EDV- mononucleose). Também cita-se a leishmaniose visceral (Calazar) e a TB como um agente que causa esse padrão. costumam dar febre prolongada; >Febre por etiologia neoplásica ou auto-imune: toda febre com >3 meses de duração geralmente são por processos internos no corpo crônico; 3.Epidemiologia: depende muito da área onde o indivíduo reside, hábitos de vida, fatores de risco etc; 4.Etiologia: biológicos e processos endógenos do corpo; 5.Exames: hemograma 6.Tratamento: tratar o agente causador e sintomático com anti-térmicos; Noções do hemograma: ✓Segmentado= neutrófilo; ✓O termo relativo diz respeito a uma alteração que está sendo causada por uma aumento ou baixa de outra série que tem relação íntima. Já o temos absoluto é usado quando há de fato um aumento ou diminuição daquela série; ✓Os neutrófilos apresentam maior quantidade no leucograma e os linfócitos apresentam cerca de 30% de toda série branca; ‘’proporção 2:1’’ ✓Os valores relativos possuem uso fundamental para diagnóstico (parte em % no leucograma); ✓Sufixo filia = aumento; Sufixo penia= diminuição; Atenção: Na infância há linfocitose fisiológica Devido a plena atividade do timo, há uma predominância de linfócitos sobre neutrófilos! Cerca de o dobro dos segmentados (neutrófilos), portanto em um hemograma de uma criança há uma linfocitose ficológica (maior pico aos 5 anos e na puberdade ↓) ; proporção 1:2 ✓Os números absolutos do hemograma não podem ser analisador isoladamente, mas sim sua formação e relação com as demais células, pois pode haver casos aonde o paciente pode ter uma neutropenia/filia fisiológica; → pessoas foras da curva; ‘’A formulação é a CHAVE para entender o processo’’ ✓Entender que a fórmula fisiológica do adulto é 2:1; ‘’ o valor dos neutrófilos é o dobro dos linfócitos e eles dois juntos representam 90% dos leucócitos ‘’ *O hemograma visto nos parâmetros apropriados: 1.Hemograma 1: infecção por bactéria ✓não está normal, pois não segue as proporções, por isso temos apenas uma neutrofilia, sendo indicativo de uma doença bacteriana; ✓Na infeção baceteriana temos ↑ de neutrófilos nem sempre sendo leucocitose presente; ✓A série dos linfócitos está normal, essa linfopenia é relativo, porque o número de neutrófilos está ↑; 2.Hemograma 2: Típico de doença viral, como a Mononucleose ✓O hemograma não está normal, embora esteja dentro dos parâmetros dos valores de referência, não há proporção 2:1. Dessa forma, há uma neutropenia apenas com leucócitos e linfócitos normais; ✓Temos uma linfocitose relativa, pois há ↓ do número de neutrófilos 3.Hemograma 3: típico de HIV (↓ CD4+) ✓Esse hemograma evidencia uma linfopenia com neutrofilia normal, assim havendo uma neutrofilia relativa; ✓Nesse hemograma ainda não observamos leucopenia, embora esteja no limite. Assim, o hemograma é lido como ‘’hemograma de leucócitos normais, neutrófilos normais com linfopenia. ‘’ ✓A diferença do HIV para demais vírus no hemograma é essa característica de haver uma queda nos linfócitos. 4.Hemograma 4: Verminoses ✓Esse hemograma mostra uma linfocitose/ leucocitose causada pelo ↑ de eosinófilos (eosinofilia) típico de parasitado por vermes no NASA, sobretudo helminto; Comparações dos hemogramas: 1.ViroseXBacteriano ✓Na virose: Temos uma leucopenia, causada por uma neutropenia e uma linfocitose relativa; →Típico de resposta viral ✓Na bacteriana: temos uma linfocitose, causada por uma neutrofilia absoluta e uma linfopenia relativa; →Típico de resposta bacteriana 2.ViroseXHIV ✓Na virose: Temos uma leucopenia, causada por uma neutropenia e uma linfocitose relativa; →Típico de resposta viral ✓Na infeção por HIV: há uma leucopenia causada por ↓ de linfócitos TCD4+ 3.ViroseXParasitose (sistêmicas): 4.HIV X Febre tifoide ✓Embora sejam hemogramas muito parecidos, por haver a relação neutrófilos e linfócitos aumentada, nota-se uma neutrofilia relativa, pois há ↓ de linfócito; ✓A febre tifoide é uma bactéria, mas o padrão é diferente da comum, podendo haver pancitopenia, pois acomete medula óssea. Em casos de febres tifoides em que há leucocitose é por complicações 2º; ✓Dica: quando o hemograma vir com leucócito normal, com febre prolongada e a forma leucocitária não houver um padrão e ser em regiões endêmicas, como o norte, desconfia-se de febre tifoide; 5.ParasitoseXMononucleose 1
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