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Modelo de Ação de Restabelecimento de Auxílio-doença, com pedido de Aposentadoria por Incapacidade Permanente, Reabilitação e Auxílio-acidente
AO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ________________________
 		NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador(a) da cédula de identidade RG nº ___________ e do CPF nº _________________, endereço eletrônico ___________, residente e domiciliado(a) à [endereço completo], por sua(seu) procurador(a) subscrito(a), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor
AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO POR INCAPACIDADE COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia Federal, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
1. PRELIMINARMENTE
ADEQUAR AO CASO CONCRETO
1.1 DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
Com base no artigo 334, §5°, do Código de Processo Civil, a Parte Autora manifesta seu desinteresse na autocomposição.
1.2 DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A Parte Autora requer o benefício da Gratuidade de Justiça nos termos do art. 4º da Lei nº 1.060/50, por não ter condições de arcar com custas e despesas processuais, sem prejuízo do sustento de sua família.
1.3 DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO PROCESSUAL
A Parte Autora requer prioridade no trâmite processual, nos termos do art. 1.048 do CPC, por ser pessoa maior de 60 anos / portadora de doença grave, conforme documentos anexos.
1.4 DA AUTENTICIDADE DOS DOCUMENTOS ANEXADOS À PEÇA
Os advogados que esta subscrevem declaram autênticas as cópias reprográficas dos documentos anexos à peça prefacial, nos moldes do artigo 425, IV, do Código de Processo Civil.
2. DOS FATOS
(adequar ao caso concreto, descrever a doença, suas consequências e limitações, além de demonstrar que a parte autora está na qualidade de segurada)
2.1 DADOS DO BENEFÍCIO
Dados do Benefício
Tipo de benefício: _________________		NB: _________________
DER: ___/___/_____					DCB: _________________
2.2 RESUMO DOS FATOS
[ADEQUAR AO CASO CONCRETO]
 		A Parte Autora, segurada da previdência social, esteve em gozo do benefício de auxílio-doença acima descrito. No entanto, tal benefício foi indevidamente cessado pelo INSS, razão pela qual socorre-se agora do Poder Judiciário.
 		Conforme laudos médicos anexado aos autos, a Parte Autora possui doença de (NARRAR A DOENÇA EM QUE ESTÁ ACOMETIDA) e sofre com seu tratamento, motivo pelo qual apresentou dificuldades em continuar trabalhando e submeteu-se à análise médica do INSS.
Seu médico diz sobre o quadro da Parte Autora:
"citar trecho relevante de laudo médico"
O tratamento da doença inclui as seguintes medicações: ______.
O tratamento é de alto custo [DESCREVER].
O SUS não fornece esses medicamentos, mas genéricos que o médico não recomenda. Os médicos dizem que os genéricos causam mais efeitos colaterais e pioram a condição da Parte Autora.
	A Parte Autora sofre severos efeitos colaterais das medicações, quais sejam: ____.
Cumpre ressaltar que a Requerente sempre trabalhou como _______, sendo que tal profissão exige _______. Desse modo, a parte autora não tem mais condições de voltar ao trabalho.
As atividades desta profissão são: [DESCREVER ATIVIDADES]
A Parte Autora foi demitida em ________. Tal demissão ocorreu porque a Autora precisava faltar muito para fazer suas consultas e tratamentos e seu rendimento acabou caindo (sobre as faltas, ver atestados médicos anexos com as justificativas de falta em ______). Em decorrência da demissão, ela também vai perder seu plano de saúde, que cobre parte do tratamento de alto custo.
A Parte Autora foi forçada a abandonar muitos tratamentos porque precisou voltar ao trabalho, para não dar margem para a empresa demitir (o que acabou não dando certo). 
	
	A Requerente recebeu o benefício de auxílio-doença com alta programada, tendo feito diversos pedidos de prorrogação de seu benefício e sempre se submetendo a novas perícias, sendo que a última resultou no cancelamento indevido do benefício.
No entanto, a enfermidade perdura até o presente momento, conforme documentos médicos anexados à presente, e a Parte Autora não obteve a recuperação para retornar à atividade laboral.
Assim, a cessação do benefício previdenciário pelo INSS não se justifica, razão pela qual a Requerente busca o Poder Judiciário para ter protegido seu direito.
3. DO DIREITO
[ADEQUAR AO CASO CONCRETO]
Não resta a menor dúvida que a cessação do benefício de auxílio-doença da Parte Autora foi injusto, ilegal e arbitrário, visto que se encontra incapaz para o trabalho e possui qualidade de segurado.
	Deverá ser determinado pela perícia médica se a incapacidade laboral da autora é temporária ou permanente, de forma que pede-se alternativamente que seja restabelecido o benefício de auxílio-doença ou implantado o benefício de aposentadoria por incapacidade permanente.
	Requer-se subsidiariamente que, caso verifique-se que a incapacidade laboral da parte autora é permanente, porém parcial, seja implantado o benefício de auxílio-acidente desde a DCB do auxílio-doença (NB ____).
	Ainda subsidiariamente, caso o perito médico conclua que a parte autora não está totalmente incapaz para o trabalho, mas também é insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, que seja restabelecido o benefício de auxílio-doença desde a DCB e mantido enquanto durar o processo de habilitação e reabilitação profissional.
	Permeando a análise de do caso concreto, não deve-se perder de vista a possibilidade de invalidez social, levando-se em consideração elementos socioeconômicos, profissionais e culturais em que está inserida a parte autora.
3.1) DO AUXÍLIO-DOENÇA
A Lei n.º 8.213/91 estabelece, nos arts. 59 e seguintes, os requisitos para a concessão e manutenção do auxílio-doença.
Lei n.º 8.213/91, Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
(...)
 
 Da análise dos dispositivos legais, pode-se extrair que para a concessão do benefício de auxílio-doença é necessário o preenchimento de 3 (três) requisitos:
A. carência;
B. qualidade de segurado;
C. incapacidade laboral total e temporária para as atividades habituais por mais de 15 dias consecutivos
A) Carência
Atualmente, a carência para a concessão do auxílio-doença é de 12 contribuições mensais (art. 25, I, PBPS) e existem hipóteses em que ela é dispensada (art. 26, II, PBPS).
O Ar. 27-A determina que, em caso de perda da qualidade de segurado, o segurado deverá contar com pelo menos metade da carência determinada no art. 25. No caso do auxílio-doença, seriam 6 contribuições [VERIFICAR SE O SEGURADO SE ENQUADRA EM ALGUMA OUTRA REGRA DEVIDO AO TEMPUS REGIT ACTUM]
	No presente caso, verificando-se o histórico de contribuições da autora no CNIS, a carência foi cumprida / é dispensada / foi recuperada ____. [DEMONSTRAR]
B) Qualidade de segurado
O art. 15 da Lei 8.231/91 trata da manutenção da qualidade de segurado. A Parte Autora possui / possuía qualidade de segurada na data de início da incapacidade, conforme demonstrado nos documentos __ e __.
	[DEMONSTRAR QUALIDADE DE SEGURADO]
A regra geral é de que a qualidade de segurado, que dá direito à cobertura previdenciária prevista na Lei nº 8.213/91, se mantém enquanto forem pagas as contribuições previdenciárias para o custeio do RGPS.
	Entretanto, a lei prevê situações em que o segurado se encontra no denominado período de graça – situações em que, mesmo sem o pagamento de contribuições previdenciárias, é mantida a qualidade de segurado.
As hipóteses de manutenção da qualidade de segurado estão enumeradas no art. 15 do PBPS e no art. 13 do RPS.
	Finalmente, de acordo com a leitura do art. 15, §4º, da Lei n. 8.213/91, entende-se que haverá a perda da qualidade de segurado no dia seguinte ao do término do prazo para recolhimento da contribuiçãoreferente ao mês de competência imediatamente posterior ao final dos prazos para manutenção da qualidade de segurado, prazos estes estipulados pelo referido comando legal.
	A lei 8.212/91, em seu art. 30, inciso II, traz o prazo referido no art. 15, §4º, da Lei n. 8.213/91: até o dia quinze do mês seguinte ao da competência.
Se não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior (Lei 8.212/91, art. 30, §2º, I).
	Dessa forma temos que mantém a qualidade de segurado até o primeiro dia útil após o dia 15 do segundo mês posterior ao fim dos prazos do art. 15.
	Como a data de início da incapacidade ocorreu em ______ (antes de _____), conclui-se que a Parte Autora estava dentro do período de graça, possuindo qualidade de segurado.
B) Incapacidade Laboral
Para fazer jus ao auxílio-doença, o segurado deve estar temporariamente incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Não precisa o segurado estar incapacitado para toda e qualquer atividade para fazer jus ao benefício, bastando que não esteja apto a realizar seu trabalho habitual.
Cumpre ressaltar que a Requerente sempre trabalhou como _______, sendo que tal profissão exige _______.
As atividades desta profissão são: [DESCREVER ATIVIDADES]
 Desse modo, a parte autora não tem mais condições de voltar ao trabalho.
Conforme comprovam os documentos médicos acostados a essa inicial, a Parte Autora preencheu todos os requisitos necessários para a obtenção / manutenção do auxílio-doença, como se depreende dos artigos supracitados.
A incapacidade no presente caso impede o retorno às atividades habituais, sendo indispensável a continuidade do tratamento e o afastamento do trabalho, na busca de uma possível recuperação.
3.2) DA APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
A Lei n.º 8.213/91 estabelece, nos arts. 42 e seguintes, os requisitos para a concessão e manutenção do auxílio-doença.
Lei 8.213/91, Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
 
 Da análise dos dispositivos legais, pode-se extrair que para a concessão do benefício de auxílio-doença é necessário o preenchimento de 3 (três) requisitos:
A. carência;
B. qualidade de segurado;
C. incapacidade total e permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação.
 
	Os requisitos de carência e qualidade de segurado já foram discutidos no item que trata do auxílio-doença.
	Quanto à incapacidade laboral, esta deve ser total e permanente, estando o segurado insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
Conforme comprovam os documentos médicos acostados a essa inicial, a Parte Autora preencheu todos os requisitos necessários para a obtenção / manutenção da aposentadoria por invalidez, como se depreende dos artigos supracitados.
A incapacidade no presente caso impede o retorno à qualquer atividade que garanta a subsistência, sendo indispensável a continuidade do tratamento e o afastamento do trabalho, na busca de uma possível recuperação.
3.3) DO AUXÍLIO-ACIDENTE
[VERIFICAR SE É O CASO]
O pedido subsidiário da Parte Autora vem amparada no art. 86 e §§ da Lei n.º 8.213/91. Da análise deste dispositivo legal, pode-se extrair que para a concessão do benefício de auxílio-acidente é necessário o preenchimento de 4 (quatro) requisitos:
A. qualidade de segurado;
B. superveniência de acidente de qualquer natureza;
C. redução parcial e definitiva para a capacidade de realizar o labor habitual; e
D. nexo causal entre o acidente e a redução da capacidade.
A qualidade de segurado da Parte Autora (requisito “A”) foi demonstrada em item anterior desta petição.
No caso, as moléstias de que sofre a Parte Autora foram decorrentes de acidente __________ (requisito “B”).
Por fim, quanto ao nexo causal entre o acidente e a redução parcial e definitiva da capacidade para o labor habitual (requisitos “C” e “D”), resta cabalmente demonstrado nos autos pelos documentos médicos, bem como será amplamente demonstrado pela realização de perícia médica judicial a ser designada por Vossa Excelência.
Por fim, quanto ao termo inicial do benefício, já se manifestou o Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO INTERNO. AUXÍLIO-ACIDENTE. TERMO INICIAL. CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA. PRECEDENTES.
1. É assente na recente jurisprudência desta Corte o entendimento de que o termo inicial do benefício acidentário deve ser o dia seguinte à cessação do auxílio-doença. 
2. Decisão mantida pelos seus próprios fundamentos. 
3. Agravo interno ao qual se nega provimento (Agravo Regimental no Resp. n. 1209952/PR, Min. Celso Limongi, 6ª Turma, julgado em 21/03/2011, sem grifo no original).
Logo, comprovado que a parte Autora é portadora de lesões decorrentes de acidente ________ que reduziram sua capacidade para o labor habitual, deve o INSS proceder à concessão do benefício de auxílio-acidente desde a data da cessação do benefício de auxílio-doença.
3.4) DA HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL[footnoteRef:0] [0: Referência bibliográfica:
ALVES, Hélio Gustavo. Habilitação e Reabilitação Profissional: obrigação do empregador ou da previdência social? São Paulo: LTr, 2015.] 
[VERIFICAR SE É O CASO]
A lei determina que, caso o segurado não esteja totalmente incapacitado, mas seja insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, ele deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade (art. 62 da Lei 8.213/91).
A Previdência Social não é responsável somente pelas prestações previdenciárias, ou seja, os benefícios. Sua correta atuação, visando a proteção social, também abrange a obrigação de dar e executar os serviços definidos por lei.
	Os serviços previdenciários se dividem em duas espécies: serviço social (art. 88, Lei 8213/91) e habilitação e reabilitação profissional (art. 203, III e IV, CF; art. 89, Lei 8213/91, art. 136 e ss, Decreto 3048/99, art. 398 e ss, IN INSS/PRES 77/2015). Vejamos:
"Lei 8.213/91, Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.
Parágrafo único. A reabilitação profissional compreende:
a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e dos equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e profissional;
b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior, desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário;
c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário."
A habilitação e reabilitação profissional é um serviço da Previdência Social que deve ser prestado pelo INSS, de caráter obrigatório (art. 90, Lei 8213/91).
O objetivo principal do processo de habilitação e reabilitação profissional é educar ou reeducar, adaptar ou readaptar a pessoa ao mercado de trabalho.
Importante destacar a expressão “do contexto em que vive”,da parte final do citado art. 89. Isso quer dizer que a habilitação e reabilitação profissional deve ser realizada considerando-se as realidades e limitações culturais, idade, deficiência física ou psíquica do segurado, também analisando sua amplitude de conhecimentos educacionais, culturais e gerais.
Ademais, também deve ser levada em consideração da vontade manifestada pelo reabilitando quando a ser reabilitado para uma ou outra atividade, por ser ele um co-autor em todo o processo de habilitação e reabilitação profissional.
A importância da habilitação e reabilitação é reconhecida internacionalmente através da Convenção 159 da OIT, ratificada pelo Brasil e promulgada através do Decreto 129 de 1991.
Frise-se que a reabilitação profissional, quando corretamente utilizada, permite ao segurado deixar de receber o benefício por incapacidade e RETORNAR AO MERCADO DE TRABALHO com uma renda muito melhor, voltando inclusive a contribuir para o sistema previdenciário.
Cumulatividade de auxílio-doença e habilitação e reabilitação profissional
	A Lei Previdenciária estabelece que o segurado deverá seguir em gozo de auxílio-doença até que esteja habilitado / reabilitado. Vejamos:
"Lei 8.213/91, Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. (Redação dada pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 1º. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 2º A alteração das atribuições e responsabilidades do segurado compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental não configura desvio de cargo ou função do segurado reabilitado ou que estiver em processo de reabilitação profissional a cargo do INSS. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Dessa forma, caso o perito médico conclua que o autor não está totalmente incapaz para o trabalho, mas também é insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deve ser restabelecido o benefício de auxílio-doença desde a DCB e mantido enquanto durar o processo de habilitação e reabilitação profissional.
3.5) DA INVALIDEZ SOCIAL
[VERIFICAR SE É O CASO]
 		Caso não seja constatada incapacidade física em perícia médica, é importante que sejam observados os elementos socioeconômicos, profissionais e culturais em que está inserida a parte autora.
 		
 		Isso porque, no caso concreto, se torna impossível a reabilitação da parte para outra atividade tendo em vista _________. Além disso, o local de residência da parte também dificulta a troca de atividade. 
 		Sobre o tema destacamos julgado do STJ:
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS, PROFISSIONAIS E CULTURAIS. NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM.
1. A concessão da aposentadoria por invalidez deve considerar, além dos elementos previstos no art. 42 da Lei 8.213/91, os aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais da segurada, ainda que o laudo pericial apenas tenha concluído pela sua incapacidade parcial para o trabalho. Precedentes.
2. Na hipótese dos autos, o Tribunal a quo, ao dar provimento ao apelo do INSS para julgar improcedente a ação, limitou-se a avaliar a perícia médica e apenas considerou que os atestados médicos acostados não seriam capazes de ilidir a conclusão do perito.
3. Nesse contexto, necessário se faz o retorno dos autos ao Tribunal de origem, a quem é dada a análise das provas dos autos, assim como das circunstâncias socioeconômicas, profissionais e culturais relacionadas à segurada.
Recurso especial provido, em menor extensão.
(REsp 1.568.259/SP, 2.ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe 01.12.2015)
 		Assim, é importante que o juízo leve em consideração para o deslinde da causa não apenas o resultado da perícia médica, mas também aspectos socioeconômicos, profissionais e culturais da parte autora. 
3.6) DO PREQUESTIONAMENTO
Resta clara a violação aos ditames constitucionais e legislação federal, que destacamos. [adequar ao caso concreto, lembrando de incluir legislação federal também, mesmo para ações de juizados, tendo em vista a atual possibilidade de interposição de IRDR].
3.7) DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA
[ATENÇÃO! PENSAR BEM SE VAI PEDIR TUTELA ANTECIPADA]
	O juiz poderá antecipar antecipar os efeitos da sentença quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, nos termos do art. 300 do CPC.
CPC, Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Probabilidade do direito
A probabilidade do direito corresponde ao requisito legal da prova inequívoca e da verossimilhança da alegação, está presente nos fatos alegados e nas provas juntadas nesta inicial, formando o conjunto probatório necessário para a realização da cognição sumária, indispensável a esta tutela de urgência.
Conforme narrado, a Autarquia-Ré, ao cessar o benefício, fere a Lei 8.213/91, que determina que o segurado incapaz faz jus ao auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
Também foi exaustivamente demonstrado pela abundante prova documental anexa aos autos que a Parte Autora está incapaz para suas atividades habituais e possui qualidade de segurada, de forma que faz jus ao benefício previdenciário pleiteado.
Do perigo de dano ou o risco ao resultado útil
	O benefício previdenciário tem caráter alimentar e se presta a viabilizar a subsistência dos segurados e seus dependentes, proporcionando aquilo que lhe seja indispensável para que vivam com dignidade.
	Ademais, a Autora é portadora de grave enfermidade e é incapaz de cuidar de sua saúde ou até mesmo prover seu próprio sustento sem o benefício.
Casos há – e são frequentes – em que o tardio reconhecimento do direito do postulante torna-se totalmente inútil. No caso dos benefícios previdenciários, ainda que as parcelas não pagas sejam saldadas posteriormente, nada pode reparar o desespero de passar meses e anos sem saber como fazer para sobreviver ao dia seguinte.
Quantos são os que vêm a falecer sem receber o benefício?
O estado de saúde da parte autora e a natureza alimentar do benefício evidenciam o caráter de urgência. “Justiça tardia é uma justiça pela metade” (Carnelutti). Por isso, é necessária a antecipação da tutela liminarmente para que seja implantado o benefício requerido.
4. DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer: 
1. A prioridade de tramitação processual, nos termos do art. 1.048 do CPC;
2. A concessão liminar de tutela de urgência antecipada para que seja restabelecido imediatamente o benefício de auxílio-doença em favor da parte autora, nos termos do art. 300 do CPC; [ATENÇÃO - PENSAR BEM SE VAI PEDIR TUTELA ANTECIPADA]
3. A concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, por ser a parte autora pessoa pobre na acepção legal do termo, com isenção de custas, despesas processuais e ônus sucumbenciais porventura existentes;
4. A não realização da audiência de conciliação e mediação, nos termos do art. 334, § 4º, do CPC;
5. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, na pessoa de seu Procurador, para, querendo, responder à presente demanda, no prazo legal;
6. A determinação ao INSS para que, na primeira oportunidade em que se pronunciar nos autos, apresente o processo administrativo referente a todos os benefícios já percebidos pela Parte Autora, conforme determinado pelo art. 11 da Lei n.º 10.259/2001, sob pena de cominação de multa diária, nos termos do art. 139, IV, do Código de Processo Civil/2015, a ser fixada por esse Juízo;
7. A nomeação de perito para realização da perícia médica específica na área de _______,inclusive com poderes para requerer exames que considerar necessários e indispensáveis para a constatação da incapacidade, além dos documentos já apresentados no processo;
8. A realização de perícia social para que sejam analisados os elementos socioeconômicos, profissionais e culturais em que está inserida a parte autora;[VERIFICAR SE É O CASO]
9. Protesta pela juntada dos quesitos anexos e por quesitos suplementares;
10. A procedência da pretensão deduzida, consoante narrado na inicial, condenando-se o INSS a restabelecer o benefício de auxílio-doença desde a DCB;
11. Alternativamente ao pleito anterior, caso verifique-se que a incapacidade laborativa da Parte Autora é permanente, requer a implantação do benefício de Aposentadoria por Incapacidade Permanente desde a DCB do auxílio-doença (NB ___) ou da data de início da incapacidade (DII), o que for mais remoto;
12. Subsidiariamente aos pleitos anteriores, caso verifique-se que a incapacidade da Parte Autora é parcial e permanente, requer a implantação do benefício de Auxílio-acidente desde a DCB do auxílio-doença (NB ___);[VERIFICAR SE É O CASO]
13. Subsidiariamente aos pleitos anteriores, caso verifique-se que a Parte Autora precisa ser reabilitada para exercer atividade diversa, requer a concessão do serviço de Reabilitação Profissional, restabelecendo-se o benefício de auxílio-doença desde sua cessação, que deverá ser mantido até a finalização do serviço;[VERIFICAR SE É O CASO]
14. A a condenação do INSS ao pagamento dos valores acumulados desde a data de cessação do benefício (DCB) até o mês de competência em que for restabelecido, inclusive quanto aos abonos natalinos, tudo atualizado monetariamente e acrescido dos juros legais, adotando-se como critério do Manual de Cálculos da Justiça Federal (resolução CJF 267/2013);
15. O pagamento de honorários advocatícios apurados em liquidação de sentença, conforme dispõe o art. 55 da Lei nº 9.099/95 e art. 85, § 3º do Código de Processo Civil.
	Protesta pela produção de provas por todos os meios admitidos em Direito.
Dá-se à causa o valor de R$_________ (_______________________).
[Obs.: para aprender a determinar o valor da causa, leia: Como calcular o valor da causa em ações previdenciárias?]
Termos em que pede deferimento.
Local, Data.
___________________________
NOME
OAB
QUESITOS
Quesitos para perícia médica:
1. Qual a especialidade médica do Sr. Perito?
2. A parte autora é portadora de alguma patologia? Quais são as doenças indicando o CID e suas consequências?
3. A parte autora se submete a tratamento médico regular, específico, eficaz e gratuito?
4. A partir dos laudos e exames juntados aos autos é possível atestar a data de início da incapacidade da parte autora?
5. As lesões que acometem a parte autora reduzem ou impedem definitivamente o exercício da atividade laborativa que habitualmente exercia?
6. Caso exista sequelas, as mesmas estão consolidadas?
7. As condições socioeducativas da parte autora a permitem de se reabilitar em outra profissão? Em qual? O mercado atual comporta profissionais como a parte autora?
8. A parte autora em busca de emprego estaria em igualdade de condições (física, mental, intelectual e sensorial) com as demais pessoas?
9. A parte autora pode ser considerada pessoa com deficiência?
10. Poderia o douto perito relacionar a medicação que a autora ingere para controle, as enfermidades causam efeitos colaterais (sonolência, enjôos, cansaço físico e intelectual, mal-estar, dentre outros)?
11. Caso a resposta para o quesito anterior tenha sido afirmativa, os efeitos colaterais da medicação ingerida podem interferir na atividade ou desempenho profissional do autora?
Ação de Restabelecimento Auxílio-doença — Modelo disponível em www.desmistificando.com.br

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