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APS - Direito Tributário - 8° Semestre

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BEATRIZ REZENDE VIEIRA	RA: 8592261	Turma: 003208A02
	IMUNIDADES
	Recíproca
	Templos De Qualquer Culto
	Partidos Polítios, Entidades Sindicais e Entidades sem Fins Lucrativos
	Jornais, Livros e Periódicos
	
Fonogramas e Videofonogramas
	ELEMENTOS
	Um ente federativo tem incompetência para cobrar impostos dos outros entes federativos, entendendo-se às autarquias e fundações de direito público. Logo, um ente federativo não pode ser contribuinte de outro ente. Aqui, temos como valor protegido, a forma federativa de Estado.
	Por meio desta fica proibida a incidência de tributos sobre os templos e atividades religiosas. Assim, por exemplo, não se cobra imposto sobre dízimo, venda de imagens de santos, terços bem como IPTU do imóvel de propriedade do templo utilizado para atividades ligadas ao culto. Temos como valor protegido, a liberdade religiosa.
	Fica vedada a cobrança de imposto sobre renda, patrimônio e serviços das entidades acima mencionadas, tendo como valor protegido a liberdade de expressão.
	Por meio desta restam isentos de impostos incidentes na produção, na circulação e na importação dos itens supramencionados. Tem-se como valor protegido a liberdade de pensamento e liberdade de expressão artística e científica. Importante mencionar que a proteção é sobre o conteúdo e não sobre a matéria no qual o conteúdo é trazido, de modo que a interpretação da CF deve acompanhar as evoluções tecnológicas.
	Estabelece-se a impossibilidade de cobrar tributos sobre os itens acima expostos. Tem como valor protegido, a liberdade de expressão artística nacional.
APS – DIREITO TRIBUTÁRIO 
8° SEMESTRE
RESENHA:
Sempre que a Constituição afastar de certo sujeito passivo a incidência de um tributo, estaremos diante de uma norma impeditiva do exercício do poder de tributar, ou seja, diante de uma imunidade tributária. 
De acordo com Aliomar Baleeiro, imunidade é a norma que estabelece a incompetência. Estabelecer incompetência é o mesmo que negar competência ou denegar poder de instituir tributos. Sendo assim, as imunidades são limitações constitucionais ao poder de tributar, o que quer dizer que são impostos limites, uma capacidade negativa de tributação, de forma que é vedada a cobrança de impostos sobre determinadas pessoas e objetos.
O primeiro tipo de imunidade é a IMUNIDADE RECÍPROCA, prevista na alínea “a”, inciso VI do art. 150 da CF. Trata-se de uma norma que impede o poder de tributar, através de impostos, sobre patrimônio, renda ou serviços dos entes federativos entre si. Desta forma, União, Estados, Distrito Federal e Municípios ficam sujeitos a essa norma impeditiva de tributação. Se deduz da superioridade do interesse público sobre o privado, beneficiando os bens, o patrimônio, as rendas e os serviços de cada pessoal estatal interna, como instrumentalidades para o exercício de suas funções públicas, em relação às quais não se pode falar em capacidade econômica, voltada ao lucro ou à especulação. Essa limitação existe, principalmente, para garantir ao Estado menos custos, tanto para o entes da Administração, quanto para os contribuintes, pois, quanto menos um Estado cobrar de seus contribuintes, mais renda sobrará a eles.
Incluem-se no rol das pessoas imunes, além dos entes políticos, estatais as autarquias e as fundações de direito público, que são braços governamentais.
Porém, a Imunidade Recíproca não beneficia particulares, terceiros que tenham direitos reais em bens das entidades públicas, nem créditos ou rendas de outrem contra tais entidades. Não são beneficiadas atividades, rendas ou bens estranhos às tarefas essenciais das pessoas estatais e de suas autarquias, que tenham caráter especulativo ou voltadas ao desempenho econômico lucrativo, em respeito ao princípio da livre concorrência entre as empresas públicas e privadas e à tributação segundo o princípio da capacidade contributiva. 
Neste sentido, o STF entende que a Imunidade Recíproca pode ser estendida a empresas públicas ou sociedades de economia mista de serviço público de cunho essencial e exclusivo:
“(...). 1. A imunidade tributária recíproca pode ser estendida a empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras de serviço público de cunho essencial e exclusivo. Precedente: RE 253.472, Rel. Min. Marco Aurélio, Redator para o acórdão Min. Joaquim Babosa, Pleno, DJe 1º.02.2011. 2. Acerca da natureza do serviço público de saneamento básico, trata-se de compreensão iterativa do Supremo Tribunal Federal ser interesse comum dos entes federativos, vocacionado à formação de monopólio natural, com altos custos operacionais. Precedente: ADI 1.842, de relatoria do ministro Luiz Fux e com acórdão redigido pelo Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 16.09.2013. 3. A empresa estatal presta serviço público de abastecimento de água e tratamento de esgoto, de forma exclusiva, por meio de convênios municipais. Constata-se que a participação privada no quadro societário é irrisória e não há intuito lucrativo. Não há risco ao equilíbrio concorrencial ou à livre iniciativa, pois o tratamento de água e esgoto consiste em regime de monopólio natural e não se comprovou concorrência com outras sociedades empresárias no mercado relevante. Precedentes: ARE-AgR 763.000, de relatoria do Ministro Luís Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe 30.09.2014 (CESAN); (...). 4. A cobrança de tarifa, isoladamente considerada, não possui aptidão para descaracterizar a regra imunizante prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição da República. Precedente: RE-AgR 482.814, de relatoria do Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 14.12.2011.
[ACO 2.730 AgR, rel. min. Edson Fachin, P, j. 24-3-2017, DJE 66 de 3-4-2017.]”
A segundo espécie de imunidade citada é a IMUNIDADE DE TEMPLOS DE QUALQUER CULTO, prevista na alínea “b”, inciso VI do art. 150 da CF. Mais conhecida como Imunidade Religiosa, ela veda à União, Estados, Distrito Federal e Municípios instituir impostos sobre templos de qualquer culto. O Brasil é um Estado laico, e por isso todas as religiões estão imunes. Teoricamente, esses templos não visam ao lucro ou o enriquecimento, mas a manutenção das crenças dos indivíduos e, assim, tributá-los seria fazer com que tivessem que se atentar mais ao aspecto financeiro. 
Templo não significa apenas a edificação, mas tudo quanto seja ligado ao exercício da atividade religiosa, portanto não pode haver imposto sobre missas, batizados ou qualquer outro ato religioso, nem sobre qualquer bem que esteja a serviço do culto. Assim, os imóveis prediais, a renda oriunda de estacionamentos paroquiais, o valor adquirido em festividades religiosas, por exemplo, não deve sofrer tributação, desde que a renda oriunda dessas atividades seja aplicada à prática religiosa.
O entendimento do STF, nesse sentido, se dá a ideia de que a imunidade tributária deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, como também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. TEMPLO RELIGIOSO. DEBATE SOBRE A DESTINAÇÃO DO IMÓVEL. IRRELEVÂNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF. RECURSO PROVIDO.1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.2. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 325822, Relator para o acórdão Ministro Gilmar Mendes, firmou jurisprudência ante os seguintes termos: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, b e § 4º, da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também,o patrimônio, a renda e os serviços "relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas". 5. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal.
(...)
Publique-se. Int.. Brasília, 15 de março de 2013.Ministro Luiz Fux Relator Documento assinado digitalmente.
(STF - ARE: 734339 RJ , Relator: Min. LUIZ FUX, Data de Julgamento: 15/03/2013, Data de Publicação: DJe-055 DIVULG 21/03/2013 PUBLIC 22/03/2013)[15]”
O terceiro tipo de imunidade a ser citado é a IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS DE TRABALHADORES E ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS, prevista na alínea “c”, inciso VI do art. 150 da CF. Esta tem origem devido ao caráter fundamental dos serviços prestados por tais entidades. 
Quando se fala em Imunidade aos partidos políticos e suas fundações, busca-se proteger essas pessoas de uma tributação discriminatória do Estado, ou seja, impedir que o governo faça uso do poder de tributar para, por exemplo, castigar um partido da oposição. A Constituição Federal determinou a incidência de regra de imunidade tributária aos partidos políticos, pois dispuseram que estes são de fundamental relevância para a organização da sociedade, por estarem inseridos num contexto social e econômico.
Fazendo referência ao Sindicato de Trabalhadores, o trabalhador é hipossuficiente, no sentido de que, sozinho, não é forte o suficiente para negociar livremente a disposição de sua energia de trabalho, portanto o trabalhador é considerado a parte mais fraca da relação trabalhista, e por isso que a Constituição Federal imunizou apenas os sindicatos dos trabalhadores, deixando de fora os sindicatos patronais. 
Há ainda a Imunidade concedida as entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos, afinal, as mesmas prestam serviço público de responsabilidade do Estado e ainda os prestam sem a finalidade de mercancia. Estas entidades assistenciais desfrutam desta imunidade por desenvolverem atividade básica da sociedade, que de modo direto caberia ao Estado seu cumprimento. Contudo, o Estado não consegue desempenhar todas as atividades às quais está diretamente obrigado, e então não houve outra saída a não ser conceder à essas instituições imunidades tributárias.
Neste caso, vejamos o entendimento do Supremo Tribunal Federal:
“SENAC. Instituição de educação sem finalidade lucrativa. ITBI. Imunidade (...) Esta Corte, por seu Plenário, ao julgar o RE n. 237.718, firmou o entendimento de que a imunidade tributária do patrimônio das instituições de assistência social (art. 150, VI, c, da Constituição) se aplica para afastar a incidência do IPTU sobre imóveis de propriedade dessas instituições, ainda quando alugados a terceiros, desde que os aluguéis sejam aplicados em suas finalidades institucionais. Por identidade de razão, a mesma fundamentação em que se baseou esse precedente se aplica a instituições de educação, como a presente, sem fins lucrativos, para ver reconhecida, em seu favor, a imunidade relativamente ao ITBI referente à aquisição por ela de imóvel locado a terceiro, destinando-se os aluguéis a ser aplicados em suas finalidades inconstitucionais (RE 235.737. Relator: Min. MOREIRA ALVES. Julgado em 13.11.2001, DJ, 17.05.2002)”
A quarta espécie de imunidade que devemos falar é a IMUNIDADE DE LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO, prevista na alínea “d”, inciso VI do art. 150 da CF. Esta Imunidade teve como prerrogativas fundamentais a proteção à liberdade de expressão e pensamento, e a pretensão de assegurar a difusão da cultura brasileira, e o fácil acesso à educação por todas as camadas sociais. 
A Constituição Federal dispõe que são imunes os livros, jornais e periódicos, bem como o papel destinado à sua impressão. Desta forma, não se pode excluir dessa imunidade nenhum objeto que se enquadre nessas condições, pois o que realmente é relevante para a instituição da imunidade é o destino ou finalidade que o objeto irá proporcionar.
Livros, jornais e periódicos são os veículos universais da propagação de ideias no interesse social da melhoria do nível intelectual, técnico, moral, político e humano da comunidade. Não há regime democrático, como o que a Constituição expressamente adota, se não houver livres debates e amplas informações sobre todos os interesses a respeito dos negócios da coletividade. São todos os impressos ou gravados, por quaisquer processos tecnológicos, que transmitam aquelas ideias, informações, comentários, narrações reais ou fictícias sobre todos os interesses humanos, por meio de caracteres alfabéticos ou por imagens.
Mas o papel e o formato convencional não bastam para caracterizar o livro, o jornal ou o periódico, se as publicações e gravações não se destinam àqueles fins específicos de difusão de ideias, conhecimentos, informações, narrações, enfim, assuntos do interesse da comunidade. Excluem-se os que servem apenas à propaganda comercial, ou profissional, que resquesta clientela ou serve aos interesses privados de empresas ou prestadores autônomos de serviços.
Todavia, à época da constituinte, os avanços tecnológicos não eram sequer parecidos com os atuais. Dessa forma, os livros digitais sequer existiam, e portanto não foram inseridos no texto normativo. Contudo, neste ponto deve haver uma interpretação extensiva do artigo constitucional, sendo que estes livros digitais devem usufruir de imunidade, bem como o material necessário para a sua disponibilização, desde que atendam ao principal requisito para a qual a imunidade foi criada, qual seja, a disponibilidade ao acesso à cultura e à educação.
O STF tem uma posição muito clara sobre este quesito, na Súmula Vinculante 57:
“A imunidade tributária constante do art. 150, VI, d, da CF/88 aplica-se à importação e comercialização, no mercado interno, do livro eletrônico (e-book) e dos suportes exclusivamente utilizados para fixá-los, como leitores de livros eletrônicos (e-readers), ainda que possuam funcionalidades acessórias.”
O quinto e último tipo de imunidade é a IMUNIDADE DE FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS, prevista na alínea “e”, inciso VI do art. 150 da CF. Consiste na Imunidade de fonogramas e videogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Esta é uma espécie de imunidade objetiva ligada a certos bens, independente da pessoa a quem pertençam.
A cultura deve ser uma busca do Estado, um fato ofertado aos indivíduos para que possam desenvolver-se de diferentes formas, dentre elas a pessoal, a profissional e a acadêmica. Neste sentido, quando não ocorre tributação das atividades diretamente ligadas à aquisição de cultura, é possível torná-las mais acessíveis para os indivíduos que devem, de fato, ser os destinatários das mesmas. Com isso, chega-se a conclusão de que o objetivo desta espécie imunizante é garantir a livre manifestação do pensamento e o amplo e irrestrito acesso à informação.
Portanto, arquivos musicais em formato digital, passaram a ser protegidos pelo manto constitucional, pelo fato de que, como os livros, esses também representam veículos de livre manifestação do pensamento, de atividade intelectual, artística e de comunicação. 
Decisão prolatada com base nas mesmas premissas foi proferida pelo Supremo Tribunal Federal: 
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, "D" DA CF/88. "ÁLBUM DE FIGURINHAS". ADMISSIBILIDADE. 1. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. 2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevânciadas informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido.”
Entendo que as imunidades tributárias existem para manutenção dos serviços essenciais prestados pelos entes que são beneficiados pela limitação do poder de tributar do Estado. As atuações destes entes beneficiados são absolutamente necessárias em um estado democrático de direito, bem como pelos objetos, que possuem como função a propagação e difusão da cultura brasileira. 
A liberdade de credo, as entidades sindicais e partidos políticos são protegidos pela Constituição Federal, devido ao seu alto valor histórico, moral e funcional na vida dos contribuintes, sendo necessário, portanto, a manutenção facilitada destes serviços, especialmente porque tais entes não exploram atividade comercial convencional, ou seja, não possuem finalidade em auferir lucros.
Portanto, a tributação destes entes deve possuir caráter mais brando, devido à sua indispensabilidade já comentada, acertando a Constituição Federal em instituir limitações ao poder de tributar, tornando as relações entre os fisco e os entes e objetos, tais como os fonogramas e livros, beneficiados pelas imunidades tributárias do art. 150, inciso VI, alíneas “a” e “e”, mais fácil de lidar, inclusive, em caráter financeiro, contribuindo para o bem estar social.
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