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AVI - PROC CIVIL II

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AVI – PROC. CIVIL II
• Princípios Constitucionais do Processo Civil:
	- Princípio do Devido Processo Legal: art. 5º, LIV, CRFB/88: “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Desse princípio derivam todos os demais. A Constituição preserva a liberdade e os bens, garantindo que o seu titular não os perca por atos não jurisdicionais do Estado. Além disso, o Judiciário deve observar as garantias inerentes ao Estado de direito, bem como deve respeitar a lei, assegurando a cada um o que é seu. Diz respeito a tutela processual.
	- Princípio do Contraditório: art. 5º, LV, da CRFB/88: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Do contraditório resultam duas exigências: a de se dar ciência aos réus, executados e interessados, da existência do processo, e aos litigantes de tudo o que nele se passa; e a de permitir-lhes que se manifestem, que apresentem suas razões, que se oponham à pretensão do adversário. O juiz tem de ouvir aquilo que os participantes do processo têm a dizer, e, para tanto, é preciso dar-lhes oportunidade de se manifestar e ciência do que se passa, pois, sem tal conhecimento, não terão condições adequadas para se manifestar.
CPC - art. 9º: “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que esta seja previamente ouvida”, excepcionando-se as hipóteses de tutela provisória de urgência, de tutela de evidência prevista no art. 311, incisos II e III, e a decisão prevista no art. 701, isto é, de expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou execução de obrigação de fazer ou não fazer, quando preenchidos os requisitos para o processamento da ação monitória. Além disso, com o intuito de evitar que qualquer dos litigantes seja surpreendido por decisão judicial sem que tenha tido oportunidade de se manifestar, prescreve o art. 10 - CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”. Veda-se assim a decisão-surpresa, em que o juiz se vale de fundamento cognoscível de ofício, que não havia sido anteriormente suscitado, sem dar às partes oportunidade de manifestação.
O descumprimento da determinação dos arts. 9º e 10 do CPC implicará a nulidade da decisão, por ofensa ao princípio do contraditório.
Binômio: a) informação: A regra é ser informado dos atos do juiz, e;
b) possibilidade de manifestação: Abertura de prazo razoável para se manifestar quanto ao alegado pela outra parte.
- Princípio da Duração Razoável do Processo: art. 5º, LXXVIII – CRFB/88: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação”. O art. 4º do CPC repete esse dispositivo, explicitando que ele se estende também à atividade satisfativa: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”. 
• Processo X Procedimento:
	- Processo: É o meio pelo qual se exerce a jurisdição e, por esse motivo, é dito instrumento de jurisdição. É o conjunto de atos, realizado sob o crivo do contraditório, que cria uma relação jurídica da qual surgem deveres, poderes, faculdades, ônus e sujeições para as partes que dela participam.
	- Procedimento: É o meio através do qual a tutela jurisdicional dos direitos é prestada. No CPC de 2015 restou apenas a existência de 2 procedimentos:
		 Procedimento comum: Art. 319 e art. 512 - CPC, subsidiário e por exclusão.
		 Procedimento especiais: Art. 539 e art. 718 – CPC
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.
• Fases/Etapas do Procedimento Comum:
	- Postulatória: Petição inicial - É o ato que dá início ao processo, e define os contornos subjetivo e objetivo da lide, dos quais o juiz não poderá desbordar. É por meio dela que será possível apurar os elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir.
	- Saneadora: Incumbe ao juiz resolver questões processuais que eventualmente ainda estejam pendentes
	 Irregularidades;
		 Determinar questão/matéria controvertida;
		 Produção de provas;	
		 AIJ.
	- Decisória
	- Cumprimento de sentença
• 1.0 Petição Inicial:
É a peça inaugural do processo; É o meio pelo qual o juiz toma conhecimento do fato constitutivo do direito alegado.
- Princípio da iniciativa das partes: Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
- Princípio da inércia: Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
• 1.1 Emenda da Petição Inicial:
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. C/C Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Prazo de 15 dias para sanar
	 Emenda por simples petição;
	 Substitutiva;
		 Não surpresa. (CPC - Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.)
• 1.2 Pedido:
- Art. 322. O pedido deve ser certo. 
- Art. 324. O pedido deve ser determinado. 
	§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico (determinável):
• 1.2.1 Alteração do Pedido:
	- Quantitativo: Ampliação ou redução do pedido.
	- Qualitativo: Alteração da causa de pedir ou dos próprios pedidos. !!! Só pode ser feito até a citação. Após a citação só pode modificar com a aceitação do réu, sendo vedado qualquer inovação após o saneamento do processo.
• 1.3 Indeferimento da Petição Inicial: 
Quando o vício não for sanado pelo autor, no prazo que lhe foi concedido, o juiz neste caso, proferirá sentença de indeferimento da inicial.
Este despacho é irrecorrível por se tratar de despacho de mero expediente.
* Despacho não cabe recurso.
A expressão “indeferimento de inicial” deve ficar reservada à hipótese em que o juiz põe fim ao processo
antes de determinar que o réu seja citado, no momento em que faz os primeiros exames de admissibilidade.
As hipóteses do art. 330, de indeferimento da inicial, resultam todas na extinção do processo sem resolução de mérito. As hipóteses são as seguintes:
- Inépcia: é a inaptidão da inicial para produzir os resultados almejados, seja por falta de pedidos seja por falta de fundamentação. O § 1º do art. 330 considera inepta a inicial quando não contiver pedido ou causa de pedir (fica impossível delimitar a demanda, portanto juridicamente incompreensível) ; o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico (gera forte insegurança jurídica e dificulta a correlação entre pedido e sentença); da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão (petição ininteligível); ou contiver pedidos incompatíveis entre si (a apreciação de um pedido impede a de outro).
- Quando a parte for manifestamente ilegítima. O “manifestamente” foi utilizado pelo legislador para expressar que a ilegitimidade de parte há de ser indubitável, podendo ser detectada prima facie no exame da inicial.
- Quando ao autor carecer de interesse processual. Essa hipótese, somada à anterior, completa o quadro relacionado às condições da ação, cuja falta, se detectáveldesde logo, ensejará o indeferimento da inicial, e se constatada a posteriori, levará à extinção sem resolução de mérito.
- Quando, postulando em causa própria, o advogado não cumprir as determinações do art. 106, e quando o autor não emendar a inicial, na forma do art. 321.
O indeferimento poderá ser:
	- Total: Quando o juízo indefere toda a inicial, decisão que põe a termo a fase de conhecimento. É possível a interposição de apelação, facultado ao juiz o exercício do juízo de retratação, no prazo (impróprio) de cinco dias (art. 331). Caso haja retratação, a petição inicial não estará mais indeferida, e o processo seguirá regularmente, com a citação do réu. De outro lado, caso não haja retratação, mantendo o juiz sua decisão de indeferimento, o réu será citado para oferecer contrarrazões ao recurso, sendo este em seguida encaminhado ao tribunal. Vindo este a reformar a sentença, o prazo para oferecimento de contestação correrá da intimação do retorno dos autos (art. 331, § 2o). Não tendo sido interposta a apelação, e transitando em julgado a sentença de indeferimento da petição inicial, deverá o réu ser comunicado do trânsito em julgado da sentença proferida em processo para o qual ele não foi citado.
	- Parcial: Indeferimento de parte da inicial. Recurso de agravo de instrumento.
!!! Improcedência liminar do pedido ≠ Indeferimento da Petição inicial
• Improcedência Liminar do Pedido:
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
As hipóteses de improcedência liminar não estão mais associadas aos precedentes do próprio juízo, mas à existência de entendimento pacificado sobre a questão jurídica controvertida.
- Em alguns casos excepcionais, admite-se a prolação de sentença de mérito logo ao início do processo, sem sequer haver necessidade de citação do demandado. Evidentemente, tal sentença terá de ser de improcedência do pedido, rejeitando-se, pois, a pretensão do autor (o que faz com que, não obstante não tenha sido o réu citado, não haja para este qualquer prejuízo, já que o resultado do processo será o melhor resultado possível para o demandado). É este fenômeno que a lei processual denomina improcedência liminar do pedido (art. 332).
- Só é possível o julgamento liminar de improcedência em “causas que dispensem a fase instrutória” (art. 332, caput), isto é, naqueles processos em que não haverá necessidade de produção de prova, por não haver controvérsia a respeito de questões fáticas. Além disso, é preciso que a causa se enquadre em alguma das hipóteses previstas nos quatro incisos do art. 332 ou em seu § 1º.
- Em qualquer desses casos, porém, não poderá o juiz proferir a sentença de improcedência liminar sem antes dar ao autor oportunidade de manifestar-se sobre ser ou não o caso de se rejeitar desde logo a demanda (arts. 9o e 10). É que sempre se pode admitir que o autor demonstre a distinção entre seu caso e os precedentes ou enunciados de súmula que ao juiz pareciam aplicáveis ao caso concreto, convencendo o juiz, então, de que o processo deve seguir regularmente. Só com essa prévia oitiva do autor, portanto, a qual deve ser específica sobre a possibilidade de aplicação da regra que autoriza a improcedência liminar, é que se terá por respeitado de forma plena e efetiva o princípio do contraditório, o qual exige um efetivo diálogo entre partes e juiz na construção comparticipativa do resultado final do processo.
- Contra a sentença de improcedência liminar, evidentemente, é cabível a interposição de apelação. Não sendo esta, porém, interposta no prazo legal, deverá o réu – que não foi citado – ser comunicado do trânsito em julgado (art. 332, § 2º). Interposta a apelação, poderá o juiz retratar-se no prazo (impróprio) de cinco dias (art. 332, § 3º). Retratando-se o juiz, deverá o processo seguir normalmente, com a citação do réu (art. 332, § 4º, primeira parte). De outro lado, caso o juiz não se retrate, o réu será citado para oferecer contrarrazões no prazo de quinze dias, seguindo o processo para o tribunal competente para conhecer da apelação (art. 332, § 4º, parte final).
• 1.0 Da Resposta do Réu:
A contestação e a reconvenção são possibilidades de respostas do réu compatíveis que derivam do princípio do contraditório e da ampla defesa.
• 1.1 Da Contestação:
Trata-se da resposta mais importante por ser através dela que o réu exerce seu direito de defesa. E é na contestação, então, que o réu apresentará toda a matéria de defesa que tenha para alegar em seu favor (art. 336). Princípio da concentração da eventualidade (incumbe ao sujeito do processo (no caso em exame, ao réu) apresentar, de uma só vez, todas as alegações que tenha em seu favor, ainda que contraditórias entre si, sob pena de preclusão (ou seja, perda da possibilidade de a alegar posteriormente).
Entre os quatro institutos fundamentais do processo civil figuram a ação e a exceção, o direito de formular pretensões em juízo e o de defender-se e resistir às pretensões alheias. Se a petição inicial é a peça que veicula o direito de ação, a contestação é a que se contrapõe àquela, ao apresentar a resistência, a defesa do réu.
Ao apresentá-la, ele formula a pretensão de ver o pedido inicial desacolhido, no todo ou em parte, apresentando os argumentos e fundamentos que servirão para convencer o juiz. Daí que a pretensão contida na contestação é sempre declaratória negativa, de que o juiz declare que o autor não tem razão, desacolhendo o pedido.
O prazo para oferecimento de contestação no procedimento comum é de quinze dias (art. 335, caput), variando o termo inicial conforme o caso. Correrá o prazo para o réu contestar da data da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição (art. 335, I). Tendo o réu, porém, protocolado petição requerendo o cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação, nos termos do art. 334, § 4o, I, o prazo correrá da data do protocolo dessa petição (art. 335, II). * Litisconsórcio, MP, União, Estados, DF, Municípios, suas autarquias e fundações de direito público, Defensoria Pública e escritório de prática jurídica das faculdades de direito tem prazo em dobro. 
As matérias de defesa podem ser:
	- Processuais: São aquelas matérias que se relacionam com a regularidade do processo.
		 Dilatórias: (preliminares impróprias) São aquelas matérias que não extinguem a ação, apenas ampliam o prazo para o exercício de determinada pretensão – art. 337, I, II, III, VIII e XIII.
		 !!! Peremptórias: (preliminares próprias) Uma vez acolhidas levarão a extinção do processo sem resolução do mérito.
	- Materiais: Visam neutralizar a pretensão do autor.
		 Direta: Será quando réu negar o fato constitutivo do direito do autor ou as consequências jurídicas que o autor pretenda extrair delas, não cabe réplica (art. 351)
		 Indireta: Será quando o réu apresentar um fato novo que impede, modifica ou extingue o direito do autor, como o pagamento, a prescrição,a decadência, devendo ser aberto prazo para réplica (art. 351)
• 1.2 Da Reconvenção:
Além da contestação, o réu poderá valer-se da reconvenção, que dela se distingue por não constituir um mecanismo de defesa, mas de contra-ataque. se o réu quiser formular pretensões em face do autor, terá de valer se da reconvenção. Na reconvenção o juiz terá de decidir não apenas os pedidos do autor mas também os apresentados pelo réu, na reconvenção.
Não cabe reconvenção, portanto, apenas para que o réu postule a improcedência do pedido inicial, uma vez que isso não exige ação autônoma, bastando a contestação. A reconvenção pressupõe que o réu queira algo mais do autor, que não se satisfaça com a mera improcedência, e queira formular pretensões em face dele.
O que justifica a reconvenção é a economia e maior eficiência do processo, pois as pretensões de ambos os litigantes serão julgadas de uma só vez. Mas também — e sobretudo — a possibilidade de se afastar o risco de decisões conflitantes. Afinal, a pretensão formulada pelo réu tem de ser conexa com a do autor ou com os fundamentos de defesa. Sem a possibilidade de reconvir, o réu teria de valer-se de processo autônomo, julgado por outro juiz. E se juízes diferentes julgam pretensões conexas, há sempre o perigo de resultados incompatíveis.
* Reconvenção: Não deve apenas constar do mesmo processo, deve ser um capítulo específico dentro da própria contestação, podendo, contudo, ser apresentada isoladamente.
* NÃO cabe reconvenção nos Juizados Especiais.
* Para que seja viável a reconvenção, é necessário que haja conexão entre a demanda inicial ou com os fundamentos da defesa formulados na contestação.
• Da Preclusão:
É a perda da possibilidade de praticar um ato processual, impossibilitando a parte de praticar determinado ato em razão da preclusão.
A preclusão pode ser:
	- Temporal: (art. 233) É a perda do direito de se praticar um ato em razão da perda de um prazo, não se aplica aos prazos fixados para o juiz, por se tratar de prazo impróprio. Poderá ser elidida se a parte provar que não realizou o ato no prazo por justa causa.
	- Consumativa: Impossibilidade de se praticar em razão de tê-lo praticado. A parte não poderá renovar a prática de um ato já praticado.
	- Lógica: A impossibilidade de a parte praticar um ato em razão de se ter praticado o ato anterior incompatível com que se pretende praticar.
• Revelia:
A revelia ocorre quando o réu não contesta a ação, apesar de regularmente citado, ou quando apresenta intempestivamente.
“Decorrido o prazo legal sem que a contestação tenha sido oferecida, será o réu considerado revel. Revelia, então, é a ausência de contestação (art. 344). A revelia é um fato processual, o qual pode produzir variados efeitos. Pode-se falar de um efeito material e de dois efeitos processuais da revelia.”
	- Material: O efeito material da revelia é a presunção de veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor (art. 344). Dito de outro modo, caso o réu não conteste, o juiz deverá presumir que tudo aquilo que o autor tenha alegado na petição inicial a respeito dos fatos da causa é verdadeiro. Esta presunção é relativa, iuris tantum, o que implica dizer que ela admite prova em contrário. A revelia, porém, não produz seu efeito material (isto é, não gera presunção de veracidade das alegações sobre fatos) nos casos enumerados no art. 345
	- Processual: O primeiro deles é o julgamento antecipado do mérito (art. 355, II). Este efeito só se produz nos casos em que se tenha também produzido o efeito material da revelia. É que nos casos em que da revelia não resulta a presunção de veracidade das alegações de fatos formuladas pelo demandante não é possível julgar-se desde logo o mérito da causa, uma vez que sobre o autor recairá o ônus da prova. Naqueles casos, porém, em que da revelia resulte uma presunção de que as alegações feitas pelo autor a respeito de fatos são verdadeiras, e não tendo o revel requerido a produção de contraprovas, estará dispensada a instrução probatória, e nada mais haverá a fazer a não ser proferir-se desde logo o julgamento do mérito. 
O outro efeito processual da revelia, previsto no art. 346, alcança apenas aqueles casos em que o revel não tenha advogado constituído nos autos. Pois neste caso, os prazos processuais para o revel correrão, sempre, da data em que seja divulgada notícia dos atos decisórios no diário oficial.
 	- Mais um efeito da revelia é o da preclusão temporal, sendo subdividido em:
			 Confissão ficta: Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor;
			 Possibilidade de julgamento antecipado do mérito (art.335, II);
			
			 Fluência dos prazos independentemente de intimação, quando não tiver advogado, a partir da publicação de cada ato decisório; e 		
			 Preclusão para o réu alegar matérias de defesa, em razão do princípio da eventualidade (salvo hipóteses do art. 342 c/c 337, parágrafo 2º)
!!! Atente-se que a presunção de veracidade e julgamento antecipado da lide não corresponde a procedência dos pedidos formulados pelo autor da inicial.
REVELIA ≠ CONTUMÁCIA
A revelia é a omissão do réu, que não se contrapõe ao pedido formulado na inicial. Já a contumácia é a inércia de qualquer das partes, que deixa de praticar um ato processual que era ônus seu. Só o réu pode ser revel; jamais o autor. Mas contumaz pode ser qualquer das partes. A revelia é uma espécie do gênero contumácia, específica para a hipótese de o réu não apresentar defesa.
• Providencias Preliminares:
Decorrido o prazo da resposta, tenha ela sido oferecida ou não, deverão os autos serem enviados à conclusão do juiz para que este verifique se é preciso tomar alguma das providências preliminares (art. 347). Importante perceber que neste caso é absolutamente essencial que os autos sejam remetidos à conclusão, não se admitindo que a secretaria do juízo, ou algum auxiliar da justiça, tome qualquer providência destinada a dar andamento ao processo. São duas as providências preliminares que podem fazer-se necessárias: a especificação de provas (arts. 348 e 349) e a réplica (manifestação do autor sobre questões preliminares e fatos novos (modificativos, extintivo e impeditivos) arguidos pelo réu) (arts. 350 a 352)
* As providencias preliminares são aquelas que surgem em razão das manifestações do réu ou de terceiro interveniente.
			 
 Especificação de Provas: Neste momento, o juiz determina ao autor as provas que pretende produzir diante da inocorrência da revelia se já não as tiver especificado. Ao revel será lícita a contraprova das alegações autorais, desde que em tempo para a prática de tal ato.
 Réplica: Chama-se réplica à resposta do autor à contestação. Havendo alegações de fatos impeditivos, extintivos ou modificativos, bem como no caso de terem sido alegadas as preliminares na contestação, o juiz determinará ao autor para que o mesmo se manifeste em réplica sobre as questões alegadas.
	- Questões prévias preliminares: São as constantes no art. 337.
	- Questões prévias prejudiciais: São as constantes no art. 503, parágrafo 1º. São questões que ampliam o objeto do processo e definem o modo como o mérito será apreciado.
• Julgamento conforme o estado:
Tendo o juiz verificado que havia alguma irregularidade ou vício sanável no processo, lhe incumbirá determinar sua correção no prazo de trinta dias (art. 352). Depois disso, tendo sido cumpridas as providências preliminares que eventualmente fossem necessárias, ou se nenhuma delas era necessária no caso concreto, caberá ao juiz proferir uma decisão. É chegada, então, a fase procedimental conhecida como julgamento conforme o estado do processo.
* Ocorrendo vícios processuais insanáveis, o processo será extinto sem resolução do mérito. 
 Extinção do processo: art. 354 do CPC: “Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, II e III, o juiz proferirá sentença”. Os dispositivos mencionados abrangem a extinção sem resolução de mérito (art. 485), e a resolução de mérito, quando o juiz não aprecia o pedido das partes (no casodas chamadas “falsas sentenças de mérito”). São as hipóteses de renúncia do direito, transação, reconhecimento jurídico do pedido ou reconhecimento de prescrição ou decadência. O disposto no art. 354 poderia trazer a falsa impressão de que, somente na fase ordinatória, o juiz poderia sentenciar o processo, com fulcro nas causas mencionadas. Mas não é assim: ele o fará sempre que essas causas se apresentarem. Se com a apresentação da inicial verificar que falta uma das condições da ação, determinará o seu indeferimento, com fulcro no art. 485, I, ou, se na fase de instrução houver transação ou reconhecimento do pedido, os homologará e extinguirá o processo, com resolução de mérito. Portanto, a aplicação do art. 354 não está restrita a essa fase do processo, mas se estende a qualquer uma em que as causas de extinção se apresentem.
!!! Ao contrário do que ocorre quando o autor ou reconvinte desiste da demanda, a renúncia acarreta a extinção do processo com resolução do mérito.
 Julgamento antecipado do mérito: promoverá o julgamento antecipado do mérito, que pressupõe a desnecessidade de outras provas, sem proferir decisão saneadora, necessária apenas para a abertura da fase de instrução. A expressão “julgamento antecipado do mérito” fica restrita à hipótese em que o juiz examine o pedido do autor, proferindo sentença de procedência ou de improcedência (art. 487, I, do CPC). Há duas situações em que caberá o julgamento antecipado. Nelas, como não há necessidade de instrução, passa-se diretamente da fase postulatória e ordinatória para a decisória, sem que, entre elas, haja a fase instrutória. As hipóteses são: Quando o réu não contestar e a revelia fizer presumir verdadeiros os fatos narrados na inicial (art. 355, II, do CPC); quando não houver necessidade de produção de outras provas (art. 355, I).
!!! Merece destaque o fato de que o magistrado não pode afastar a produção de determinada prova e em seguida extinguir o feito justamente por falta de provas a corroborar a tese que a parte apresentou, sendo tal situação vedada por se tratar de cerceamento de defesa a violar a ampla defesa, o contraditório e, por conseguinte, o devido processo legal.
 Julgamento antecipado parcial do mérito: Há casos em que pela ocorrência de cumulação de pedidos, poderá o juiz, ocorrendo alguma das hipóteses previstas no art. 355, ou no caso de incontroversa sobre um ou mais pedidos, julgar antecipadamente o mérito de forma parcial, proferindo o julgamento desta parte e dando continuidade aos demais pedidos que necessitem de maior dilação probatória. 
• Saneamento e Organização do processo:
Não ocorrendo nenhuma das hipóteses de extinção do processo ou de julgamento antecipado do mérito, o juiz iniciará a fase de saneamento. Na fase saneadora o juiz resolverá as questões processuais pendentes (art. 357, I) e organizará o processo para a fase instrutória.
	 - Resolver as questões processuais pendentes se houver (ex.: a regularização da representação processual, nomeação de curador especial, resolução de questões processuais dilatórias, etc);
	- Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de provas admitidos; 
	- Definir a distribuição do ônus da prova;
	- Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão de mérito;
	- Designar se necessário a AIJ. 
(O magistrado delimitará as questões de fato controvertidas e quais se tornaram incontroversas, informando quais as provas a serem produzidas, e por qual parte, para demonstrar a veracidade das teses apresentadas)
(O magistrado delimitará as questões de direito controvertidas, pois uma parte pode alegar o inadimplemento de um contrato e a outra a inexistência/nulidade do contrato, neste momento o juiz irá determinar sobre a relevância da questão do direito sobre a nulidade do contrato e, superada, se houve ou não inadimplemento contratual)
(O magistrado, ao deferir a produção de qual prova oral ou pericial indicará a necessidade de AIJ, do contrário, sendo verificada a desnecessidade dessas provas, o juiz poderá determinar que após a juntada de documentos pelas partes, seja aberta vista para a outra se manifestar, em seguida os autos poderão ir para a conclusão para julgamento, dispensando AIJ).
- Delimitação das questões de fato e de direito sejam realizadas:
a) pelo juiz diretamente, como sempre foi definido na legislação processualística, na forma definida no caput do art. 357);
b) pelas próprias partes (art. 357, parágrafo 2º); e
c) pelo juiz em cooperação com as partes em audiência designada especificamente para o ato, tendo em vista a complexidade do caso (art. 357, parágrafo 3º) 
• Audiência de Instrução e Julgamento:
Após a realização da fase instrutória, o processo avançará para fase decisória. É neste contexto que a audiência de instrução e julgamento se constitui como ato processual relevante. Trata-se de ato processual complexo onde o juiz, fazendo uso do poder de polícia que lhe é inerente (art. 360), conduzirá os trabalhos de colheita de prova oral e debates finais da causa. Instalada a audiência, o juiz tentará, mais uma vez, conciliar as partes (art. 359). A regra evidencia a aposta do Código nos meios de autocomposição de conflito. É o momento derradeiro para que as partes, diante do julgador da causa e após extensa atividade probatória, possam optar por uma forma de autocomposição que atenda melhor os interesses de ambas.
Se faz necessário registrar que a principal finalidade da audiência de instrução e julgamento é a colheita de prova oral (depoimento pessoal e inquirição de testemunhas). Se não houver necessidade de produção de prova oral, a audiência será dispensada (art. 357, V).
A audiência poderá ser adiada nas hipóteses elencadas no art. 362 do CPC.
A segunda hipótese de adiamento ocorrerá quando a pessoa que deva, necessariamente, participar não puder comparecer (art. 362, II). Essa causa de adiamento pode ocorrer quando, por exemplo, a parte intimada a realizar depoimento pessoal, ou mesmo uma testemunha, devidamente intimada (art. 455, §§ 1º e 4º), estiver impossibilitada de comparecer. Nesse caso específico, a parte deverá comprovar o impedimento até a abertura da audiência (art. 362, § 1º). Se a parte não informar o impedimento tempestivamente o juiz procederá a instrução sem a pessoa impedida.
No caso de impedimento do advogado, o juiz dispensará a produção da prova requerida pela parte. Por exemplo, se a parte autora arrolou seis testemunhas para ser inquiridas e na semana anterior à data designada para audiência o advogado é internado e não informa o impedimento até a abertura da audiência, o juiz realizará a instrução da causa e dispensarão as seis testemunhas presentes (art. 362, § 2º). Não obstante a regra, o juiz poderá reconsiderar a decisão se o advogado demonstrar que ficou impossibilitado de fazê-lo.
A audiência será adiada, também, se houver atraso injustificado de seu início por mais de 30 minutos do horário marcado. Para que seja admitido o adiamento da audiência por tal motivo, se faz necessária a expedição da certidão cartorária acerca do atraso. Contudo, se o atraso decorrer do número excessivo de depoimentos e testemunhas da audiência anterior, a regra não incidirá. Independentemente do motivo, a parte que deu causa ao adiamento arcará com as despesas acrescidas.
Aberta a audiência e não havendo a hipótese de autocomposição, o juiz determinará a produção de prova oral, ouvindo as partes e testemunhas, observando a seguinte ordem preferencial:
a) Esclarecimentos do perito e dos assistentes técnicos (art. 361, I);
b) Depoimento pessoal do autor e do réu;
c) Testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
Nessa etapa da instrução, os advogados poderão indagar, após suas manifestações, os peritos, as partes e as testemunhas diretamente sobre fatos da causa.
A audiência é una e indivisível (art. 365). Significa dizer que não poderá ser cindida ou fracionada, de modo que haja inquirição das testemunhas do autor num dia e a do réu em outro.Por ser um ato processual complexo, a audiência deve ser realizada em um só dia, com a instrução e as alegações finais colhidas no mesmo dia.
Há, todavia, hipóteses em que a audiência poderá ser cindida, excepcionalmente, nos casos de ausência de perito ou testemunha, desde que haja justificativa plausível e as partes estejam de acordo.
Finda a colheita da prova oral, o juiz dará a palavra aos advogados do autor e do réu para se manifestarem em alegações finais, sucessivamente, pelo prazo de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 minutos. Encerrados os debates, o juiz, se tiver condições de fazê-lo, proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 dias, conforme dispõe o art. 366 do CPC.
Se a causa apresentar complexidade de fato e de direito, as alegações finais orais poderão ser substituídas por memoriais (alegações finais por escrito) em prazos sucessivos de 15 dias (art. 364, § 2º). Apresentados os memoriais, o juiz proferirá sentença. 
O CPC/2015 trouxe uma importante inovação no que tange ao registro da audiência. Conforme dispõe o art. 367 do CPC, a audiência poderá ser gravada, em imagem e áudio, pelo próprio órgão judicial (art. 367, § 5º) ou até mesmo diretamente pelas próprias partes, independentemente de autorização judicial. A regra é importante pois assegura às parte a gravação desse ato processual, impedindo a prática de arbitrariedades levadas a efeito pelo julgador.

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