A patativa e a margarida

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Cristiane Quintas
Ilustrações: 
Cayo Ogam
REFERÊNCIA DA EDITORA - 40.557
Xico era um lindo pássaro que vivia preso em uma gaio-
la. Certo dia, ele voou e pôde conhecer melhor o mundo. 
Fez amigos, como a Ducinéia Margarida e sua semente, a 
Maricotinha. Viviam felizes, como se fossem uma família! 
Conheça essa emocionante história e aprenda, junto com 
Xico, a importância do ciclo da vida na natureza.
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Cristiane Quintas
Ilustrações: 
Cayo Ogam
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Cristiane Quintas
Ilustrações
Cayo Ogam
Editoras
Isabela Nóbrega
Márcia Regina Silva
Revisão
Equipe pedagógica
Direção de arte
Wilton Carvalho
Projeto Gráfico
Alexsandro J. de Santana
Coordenação Editorial
Editora Prazer de Ler
Avenida Doutor Rinaldo de Pinho Alves, 2680 
CEP: 53411-000 - Paratibe - Paulista / PE 
 Fone: (81) 3447.1178
CNPJ: 14.605.341/0001-03
Impresso no Brasil
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
ISBN: 978-85-8168-408-6
As palavras destacadas de amarelo ao longo do livro sofreram modificações com o 
novo Acordo Ortográfico. 
 Q7p Quintas, Cristiane, 1977-
 A patativa e a margarida : o encontro brota a vida / 
 Cristiane Quintas ; ilustrações: Cayo Ogam. – Recife :
 Prazer de Ler, 2016.
 16p. : il.
 1. FICÇÃO INFANTOJUVENIL – PERNAMBUCO.
 I. Ogam, Cayo, 1985-. II. Título.
 CDU 869.0(81)-93
 PeR – BPE 16-133 CDD 808.899 282
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Era um bicho pequeno.
Um bicho que cantava.
Um bicho que voava.
Um bicho como tantos outros,
que pulava de galho em galho, 
mas não era macaco,
que tinha bico, pena e voava bem alto.
Um bicho que esquenta os seus 
ovos no ninho.
Um bicho que voa, que canta, um 
bicho que passeia,
que bate suas asas.
Um bicho passarinho.
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Passarinho pequeno,
branco e preto.
Passarinho patativa,
que não voava alto, nem bicava,
nem esquentava ovos no ninho.
Vivia numa gaiola,
vivia muito sozinho.
Via a noite chegar,
a Lua crescer,
a Lua minguar 
e desaparecer...
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Via o Sol n
ascer,
esquentar
 o dia.
Via o Sol b
rilhar 
e depois s
e esconde
r.
E numa no
ite de Lua 
clara
o vento co
meçou a s
oprar.
Um vento 
tão forte
que balanç
ou a sua g
aiola, 
assanhou 
as suas pe
nas,
espalhou a
lpiste.
O vento as
sobiou tan
to que cha
mou a chu
va!
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— Chuva! Você precisa pingar!
Eu já soprei, assobiei, balancei a gaiola do 
passarinho e agora só falta você chegar!
E a chuva não veio...
Mas algo diferente aconteceu naquela noite.
O sopro do vento abriu a gaiola do pássaro e ele voou.
Um voo tão forte a favor do vento que continuava a soprar!
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O dia amanheceu e lá estava ele, aquecido em uns 
galhos de árvore.
Ele se espreguiçou, abriu o bico, saiu para passear 
e fazer novas descobertas.
Foi numa dessas caminhadas que ele conheceu 
Dulcinéia, uma linda flor de bem com a vida:
uma margarida!
E a flor, vendo o passarinho perdido, logo 
perguntou:
— Qual é o seu nome, pássaro?
E ele respondeu:
— Meu nome é Xico, ao seu dispor, dona Dulcinéia 
Margarida!
E foi uma manhã divertida, de boas risadas e muita 
conversa.
Mas no meio da conversa, a margarida, de tanto 
que se balançava contente, deixou cair algo.
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 Xico ficou preocupado e disse:
— Dulcinéia, você está se 
desmanchando. Olha o que caiu de você!
Sem nem deixar Dulcinéia responder, 
falou a semente que havia caído:
— Desmanchando que nada! — Disse 
a pequena sementinha, abrindo os seus 
braços e já querendo brincar na terra. E 
continuou:
— Agora eu vou começar uma nova vida, 
vou ficar aqui, neste cantinho, esperando 
o Sol, as chuvas e o vento para ficar 
vivinha. Ou, então, você pode me levar 
para passear e eu crescerei em outro lugar.
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Xico adorou a ideia e descobriu que ele também 
poderia levar as sementes para crescerem em 
outros lugares. E a semente subiu no bico do 
passarinho e fez um voo emocionante!
E depois ela disse:
— Ah, Xico, agora que eu já fiz esse voo, descobri 
que quero viver pertinho de Dulcinéia mesmo e de 
você, parece até que somos uma família!
 
Xico deu a volta, feliz da vida, para junto da sua 
Margarida. A sementinha estava toda serelepe, 
pulava e mergulhava na terra fazendo a maior festa, 
e o pássaro e a margarida deram-lhe o nome de 
Maricotinha.
Neste instante, caiu um pingo d’água, dois, três e 
era a chuva!
E o tempo foi passando, Xico e Dulcinéia viram 
Maricotinha abrir seus braços, se espreguiçar, 
se espichar, crescer e virar uma linda flor, 
que também adorava a vida.
Que flor ela era?
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Cayo Ogam
Assim como toda criança ativa do inte-
rior, cresci em meio a brincadeiras e peralti-
ces criativas que só o universo infantil per-
mite. Filho de artesãos, convivi desde muito 
cedo com as artes manuais. Sou escultor e 
desenhista por essência, apaixonado por ar-
tes plásticas, ator e íntimo das demais mo-
dalidades cênicas e artesanais. Dessa forma, 
considero-me um artista versátil e moderno. 
Divirto-me fantasiando os pensamentos das 
crianças e dos adultos com historinhas infan-
tis e aventuras teatrais que também escrevo.
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Cristiane Quintas
Sou falante e curiosa. Se não estou com 
um lápis na mão escrevendo, estou com a 
cabeça fl utuando, pintando, cantando ou 
mesmo desenhando casas por dentro. Sou 
escritora infantil e designer de interiores. 
Gosto de contar as histórias que eu inven-
to e as que não invento também. Amo ler 
e escrever, e acredito que a leitura ajuda a 
formar boas pessoas. Tem coisa melhor?
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