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Staphylococcus - Microbiologia

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STAPHYLOCOCCUS 
 CARACTERÍSTICAS GERAIS 
--> Cocos Gram +
--> Morfologia --> formato de "cacho de uva", mas também 
podem vir em outros agrupamentos 
--> Catalase positivas
--> Anaeróbias facultativas 
--> Ubíquas --> encontradas em todos os meios (água, terra 
e no ar) ou no organismo humano 
As outras bactérias Staphylococcus poderão ser 
chamadas de catalase negativas 
-
--> Staphylococcus aureus - Coagulase positivas
 EPIDEMIOLOGIA 
Em neonatos as coagulases negativas podem estra 
presentes na pele, no coto umbilical, área do períneo
-
Adultos --> Orofaringe, trato gastrointestinal e trato 
urinário 
-
--> Flora normal da pele e das mucosas de seres humanos
São suscetíveis a antissépticos e altas temperaturas -
--> Podem sobreviver em superfícies secas por longos 
períodos
--> A disseminação se dá pessoa-pessoa (contato direto
ou exposição a fômites contaminados)
--> Os pacientes estão sob risco quando corpos estranhos
Válvulas prostéticas, shunts... Propicia a infecção -
estão presentes
--> Os organismos são ubíquos, não existindo assim 
limitações sazonais ou geográficas
 PRINCIPAIS ESPÉCIES 
Microrganismo/Etimologia•
S. aureus: aureus, dourado (dourado ou amarelo)-
S. epidermidis: epidermidis, pele (da epiderme ou da 
pele)
-
S. lugdunensis: Lugdunum, nome latino para Lyon, na 
França, onde o microrganismo foi isolado pela 
primeira vez
-
S. saprophyticus: sapros, pútrido; phyton, planta 
(saprofítico ou que cresce em tecido morto)
-
Microrganismo/Doença•
S. aureus: Mediada por toxina (intoxicação alimentar, 
síndrome da pele escaldada, síndrome do choque 
tóxico); cutânea (carbúnculo, foliculite, furúnculo, 
impetigo, infecções de feridas); outras (bacteremia, 
endocardite, pneumonia, empiema, osteomielite, 
artrite séptica)
-
S. epidermidis: Bacteremia; endocardite; feridas 
cirúrgicas; infecções do trato urinário; infecções 
oportunistas de cateteres, derivações, dispositivos 
protéticos e diálise peritoneal.
-
S. saprophyticus: Infecções do trato urinário; infecções 
oportunistas
-
S. lugdunensis: Endocardite; artrite; bacteremia; 
infecções oportunistas; e infecções do trato urinário
-
S. haemolyticus: Bacteremia; endocardite; infecções de 
ossos e articulações; infecções do trato urinário; 
infecções de feridas; e infecções oportunistas
-
 FISIOLOGIA E ESTRUTURAS 
1. Cápsula 
--> Polissacarídica --> sorotipagem
Proteção a respostas imunes --> cápsula vai se ligar 
a opsoninas e vai impedir o reconhecimento e a 
fagocitose
•
Proteção à fagocitose por PMN •
--> Patogênese:
2. Camada limosa 
--> Filme solúvel em água
--> Externo à capsula, não muito aderido a ela 
Adjuvante na adesão da colônia --> facilita a adesão 
da bactéria à tecidos ou corpos estranhos 
(cateteres, shunt, válvulas protéticas, enxertos..)
•
--> Patogênese: 
3. Biofilme
--> Composição e patogênese semelhante à camada 
limosa, mas são mais estruturados 
--> Bem aderidos à cápsula 
--> Estrutura particularmente importante para as 
bactérias coagulases negativas --> elas não tem muitos 
mecanismos de patogênese para sua proteção e por isso 
necessitam se fixar bem 
4. Peptidoglicano e enzimas associadas
Parede celular rígida e espessa característica dos 
Gram +
•
Peptidoglicano: 1/2 do peso da parede celular•
--> Peptidoglicano
atividade semelhante à de endotoxinas --> ativa a 
produção de IL-1, pirogênicos endógenos, estimula 
a agregação de polimorfonucleares (formação de 
abscesso) --> esse abscesso vai localizar e proteger 
a bactérias dos agentes do sistema imune 
•
Ativa tbm componentes do complemento --> 
inflamação 
•
--> Patogênese
 Página 1 de Staphylococcus 
Proteína ligadora de penicilina (PBP) --> 
Transpeptidação --> liga as cadeias de carboidratos 
da parede celular --> alvos dos Beta-lactâmicos
•
Gene mecA codifica uma PBP2 que confere à 
bactéria resistência à penicilina --> Staphylococcus 
Aureus Resistente à Meticilina (MRSA)
•
-- > Enzimas associadas:
Polímeros aniônicos espécie-específicos-
Altas quantidades na parede celular -
Teicoicos --> partem da parede celular -
Lipoteicoicos --> partem da membrana celular -
Estimulam resposta anticorpo-específico -
Esses ácidos contribuem para a estabilidade e 
rigidez da parede celular 
-
5. Ácidos teicoicos e lipoteicoicos
Aderência às proteínas de matriz e ativação da-
Inflamação
--> Patogênese
6. Proteína A
--> Acoplada a camada de peptidoglicanos
Liga a porção Fc do anticorpo IgG1 ,IgG2 e IgG4 --> a 
bactéria se liga ao receptor do fagócito que não 
reconhece o imunocomplexo e ainda se reveste de 
anticorpos (mimetismo) 
-
--> Patogênese
Presente na maior parte das cepas de S. aureus-
--> Evasão imune e mimetismo
7. Coagulase ligada (S.aureus)
--> Patogênese: converte fibrinogênio em fibrina --> 
Provoca o agrupamento dos estafilococos
Clássica bicamada fosfolipídica-
Modelo mosaico fluido-
Barreira osmótica-
Âncora para as enzimas celulares respiratórias e 
biossintéticas
-
8. Membrana Plasmática 
 FATORES DE VIRULÊNCIA 
CÁPSULA-
CAMADA LIMOSA-
PEPTIDOGLICANO-
BIOFILME-
ÁCIDO TEICOICO-
MSCRAMM --> componentes microbianos 
superficiais que se aderem a proteínas da matriz 
celular (fibronectina, colágeno, elastina)
-
1. Componentes estruturais 
COAGULASE --> forma livre --> vai reagir com o fator 
globulina do plasma transforma-se em 
estafilotrombina --> transforma fibrinogênio em fibrina 
formando o abscesso de proteção
-
HIALURONIDASE --> hidrolisa o ácido hialurônico 
presente no tecido conjuntivo --> facilita a disseminação
-
FIBRINOLISINA --> estafiloquinase --> dissolve fibrina 
para que possa se disseminar 
-
LIPASES --> permite a sobrevivência da bactéria em 
regiões sebáceas do corpo 
-
NUCLEASES --> do tipo termoestável -
2. Enzimas
CITOTOXINAS•
Dano à membrana -
ALFA: rompe a musculatura lisa dos vasos 
sanguíneos
○
BETA (esfingomielinase C) : realiza hidrólise de 
fosfolipídios com dano proporcional à 
concentração de esfingomielina 
○
DELTA: age como surfactante (ação semelhante a○
detergente)
GAMA: formação de poros○
PVL: formação de poros ; única não hemolítica 
dentre as citotoxinas 
○
Tipos:-
3. Toxinas 
TOXINAS ESFOLIATIVAS•
Serina proteases --> Rompem a demogleína-1 que faz a 
união celular dos componentes do estrato granuloso da 
derme 
-
Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS)-
ETA --> superantígeno / termoestável○
ETB --> não é superantígeno / termolábil○
Tipo: -
ENTEROTOXINAS•
Superantígenos -
Resistentes a hidrólise por enzimas do estômago e do 
jejuno 
-
Associada à intoxicação alimentar -
Resistentes ao aquecimento brando (100° por 30 min)-
Geralmente êmese e vômitos -
Tipos:-
A - E-
G - I-
TSST-1•
Superantígenos-
Síndrome do choque tóxico estafilocócico (SCTE)-
Resistência ao calor e à proteólise -
 Página 2 de Staphylococcus 
 DOENÇAS RELACIONADAS A TOXINAS 
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTAFILOCÓCICO 
(SCTE)
TSST-1 (Toxina 1 do choque tóxico estafilocócico) •
Essa síndrome era muito associada no fim da 
década de 80 ao uso de absorventes internos 
-
Produzida por 50% das cepas que causam SCTE não 
associada à menstruação
-
90% das cepas que causam SCTE ligada à 
menstruação
-
TSS (Síndrome associada à toxina estafilocócica) •
Rara -> ambiente aeróbico com pH neutro-
Menstrual X Não menstrual-
Febre, hipotensão e erupção eritematosa macular 
difusa + envolvimento multissistêmico
-
Caso não haja tratamento adequado, mortalidade 
de até 65%
-
SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA (SSSS)
--> Dermatite esfoliativa bolhosa --> inicia com eritema 
perioral e se espalha em até 2 dias 
Toxinas esfoliativas•
ETA e ETB-
Quebram desmogleína-1-SSSS•
Dermatite esfoliativa bolhosa-
Eritema perioral -> progressão para o corpo-
Sinal de Nikolsky + --> pele desloca à compressão e 
forma vesículas 
-
Anticorpos neutralizam toxinas -> pele normal em 
até 7-10 dias --> síndrome autolimitada 
-
Vesículas com líquido claro sem microrganismos ou 
leucócitos --> não contagiosa 
-
 IMPETIGO BOLHOSO 
--> Forma localizada da SSSS
--> Formação de bolhas com o microrganismo 
presente --> é contagiosa 
--> Sinal de Nikolsky negativo 
 INTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
--> Enterotoxinas 
--> Contaminação do alimento por portador humano --> 
normalmente carne processada está contaminada pela 
toxina pré-formada
--> Rápido aparecimento dos sintomas e curta duração 
(até24h)
--> Diarreia aquosa, náuseas e vômitos
 ENTEROCOLITE ESTAFILOCÓCICA 
--> Inflamação da mucosa do intestino delgado e grosso
--> Diarreia aquosa, espasmos abdominais e febre
O biofilme bacteriano recobre as vilosidades intestinais o 
que impede a absorção de nutrientes
-
--> Superinfecção do cólon --> Utiliza-se antibiótico de amplo 
espectro que elimina a competição e fez com que a bactéria 
staphylococcus se prolifera-se mais sem competição 
--> Grande quantidade de Staphylococus aureus e leucócitos 
nas fezes
--> Enterotoxina B -> enterocolite pseudomembranosa
 DOENÇAS NÃO RELACIONADAS A TOXINAS 
 INFECÇÕES CUTÂNEAS 
Impetigo•
Pequena mácula -> pústula -> rompimento -> crosta-
Líquido contagioso (contém microorganismo)-
Foliculite•
Infecção piogênica dos folículos pilosos-
Caso ocorra na base da pálpebra -> terçol-
Furúnculo•
Extensão da foliculite-
Nódulos grandes e dolorosos-
Pontos escuros nos nódulos é tecido necrótico-
Carbúnculos•
Fusão de furúnculos-
Atinge tecido subcutâneo mais profundo-
Manifestações sistêmicas --> febre e calafrios-
 BACTEREMIA E ENDOCARDITE 
--> S. aureus é a causa mais comum de bacteremia
--> Bacteremia que pode evoluir para endocardite --> se alojar 
nas valvas --> valvas protéticas ou com algum defeito 
congênito são mais propensas a colonização 
--> Mortalidade de endocardite aguda por S. aureus é 
aproximadamente 50%
 PNEUMONIA E EMPIEMA 
Pneumonia •
Aspiração-
Disseminação hematogênica --> bacteremia-
Pneumonia necrotizante é uma forma mais grave --> 
gangrena pulmonar --> S. aureus
-
Empiema•
Pus da infecção se dissemina para o líquido pleural -
Ocorre em 10% dos pacientes com pneumonia-
S. aureus é responsável por 1/3 dos caso-
 Página 3 de Staphylococcus 
 OSTEOMIELITE 
--> Disseminação hematogênica ou infecção secundária 
(trauma ou tecido subjacente)
 ARTRITE SÉPTICA 
--> Infecção no líquido sinovial --> inflamação da articulação 
--> S. aureus é a principal causa em crianças pequenas e 
adultos que estejam recebendo injeções intra-articulares 
ou que apresentem anormalidades mecânicas nas 
articulações
--> Acomete apenas uma das articulações 
OBS.: Em mulheres com atividade sexual a artrite séptica é 
mais causada pela infecção da gonorreia
 DOENÇAS - STAFILOCOCOS COAGULASE NEGATIVOS 
Bacteremia e endocardite•
S. epidermidis, S. lugdunensis (válvula nativa)-
Infecções de Cateter•
Bacteremia persistente-
Muito devido a capacidade de formar biofilme-
Infecções das Articulações Protéticas•
Infecções de articulações artificiais, particularmente 
de quadril
-
Infecções do Trato Urinário•
S. saprophyticus causa principalmente infecção do 
trato urinário em mulheres jovens e sexualmente 
ativas
-
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Microscopia --> menos conclusivo•
Gram +-
0bs.: Estafilococos são identificados na nasofaringe de 
pacientes com SSSS e no canal vaginal de pacientes com 
TSS, mas estes estafilococos não podem ser distinguidos 
dos microrganismos que normalmente colonizam estes
locais.
Obs.: A coloração de Gram do alimento ou de espécimes 
de fezes do paciente geralmente não é útil para o 
diagnóstico.
Cultura-
Meio não seletivo○
Produção de hemolisinas evidente○
S. aureus - amarelo○
Ágar com sangue de carneiro-
Meio seletivo e diferencial ○
Diferencial para S. aureus○
S. aureus fermenta o manitol○
NaCl inibe o crescimento de grande parte dos 
outros microrganismos
○
Ágar hipertônico (Manitol + 7,5% NaCl)-
Identificação (testes bioquímicos)•
Coagulase positiva-
Proteína A --> mais presente em S. aureus-
Nuclease termoestável --> apenas em S. aureus-
FISH --> hibridização in situ usando fluorescência •
Sondas artificiais com marcação fluorescente ligam se 
especificamente a S. aureus e são detectadas por 
microscopia de fluorescência.
-
Caracterização de cepas intra espécie•
Biotipagem -
Fagotipagem-
Antibiograma-
Eletroforese-
 RESISTÊNCIA 
Menos de 10% das cepas são suscetíveis a este 
microbiano
-
Resistência mediada por penicilinase --> hidrolisam o 
anel beta-lactâmico da penicilina
-
--> Resistência à penicilina : 
--> Foi desenvolvido penicilinas semissintéticas --> resistentes 
a hidrólise por beta-lactamases --> ex.: meticilina, nafcilina, 
oxacilina, dicloxacilina)
 Página 4 de Staphylococcus 
O gene mecA que codifica a proteína ligadora de 
penicilina (PBP2a) que confere resistência 
-
--> Atualmente a maioria das cepas de S . Aureus que são 
responsáveis por infecções hospitalares ou na 
comunidade têm resistência às penicilinas 
semissintéticas --> MRSA 
Já foram encontradas cepas S. aureus com 2 formas 
de resistência à vancomicina 
-
Resistência é mediada pelo gene óperon vanA -
--> Vancomicina é o agente de escolha para terapia 
intravenosa de infecções por cepas MRSA
--> Sofreu resistência à penicilina (PRSA), meticilina ou 
oxacilina (MRSA) e algumas à vancomicina (VRSA)
--> Antibiograma --> teste para analisar a quais 
antibióticos determinada bactéria é resistente 
 Página 5 de Staphylococcus

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