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CADERNO PROCESSO PENAL

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LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 PROCESSO PENAL II – SEGUNDO BIMESTRE 
_______________________________________________________________ 
 
 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE: 
 
30/04/2020 
 
Prisão em flagrante 
 
Não se afasta a presunção de inocência. 
Converter o flagrante em preventiva, o juiz é obrigado a observar todos os 
requisitos da preventiva, devendo olhar no caso concreto para encontrar os 
pressupostos. 
Ainda, devendo indicar o fato contemporâneo com fundamento. (Manter o 
sujeito preso). Artigo 315 parágrafo 2, evitando apenas a homologação do 
flagrante do juiz, necessitando da verdadeira verificação se há necessidade, uma 
vez que o sistema prisional está lotado. 
 
 Medida pré cautelar que pequena duração. Não possui característica de 
jurisdicionalidade - Aury Lopes Jr. 
 
Legitimidade: 
 Ativa - artigo 301 CPP - não é necessário de violência 
Quem tem dever legal de proteger exemplo mãe de criança, policial 
Olhar sempre a circustância do fato para saber o que o responsável por lei não 
agiu. 
 
 Passiva - 302 CPP - crime doloso. - JUIZADO ESPECIAL - lavrar termo 
circunstanciado de ocorrência (na delegacia podem instruir a fazer o B.O 
primeiro apesar de não estar na lei). 
 
Flagrante é composto de 4 etapas. 
Pode dar liberdade provisória com fiança. 
 
04/05/2020 
 
 Menores de idade podem ser apreendidos em flagrante, pois praticam 
condutas típicas apesar de não serem culpáveis (menoridade). Serão julgados 
pelo juiz da vara infantil e juventude. 
As pessoas com problemas mentais podem ser presas. Elas serão presas 
em flagrantes (lavrado flagrante pelo delegado), e o delegado será responsável 
pela integridade física daquela pessoa. Artigo 149 CPP (delegado pode 
representar para que o preso seja levado para exame de insanidade mental; juiz 
pode realizar inclusive de oficio ou por requerimento do MP/parente). O preso 
ficará retido de forma segregada. O flagrante pode ser convertido em preventiva 
quando o juiz determinar de oficio o exame de insanidade, inclusive pode usar 
como medida cautelar o internamento provisório do preso, mesmo quando o 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
resultado do exame é de inimputabilidade ou semi-inimputabilidade ainda é 
esperado, pelo bem da integridade física do acusado. 
 Artigo 301 CTB —> crimes culposos no trânsito brasileiro, serão 
resolvidos pelo CP. Sendo culposo o delito, o motorista que feriu deverá 
parar para prestar socorro, assim não podendo ser preso em flagrante. 
Entretanto, se ele fugir do acidente ele poderá ser preso em flagrante. A 
intenção do legislador é fazer com que o socorro seja prestado a vitima. 
 Princípio da intervenção mínima: direito penal é a ultima ratio. Afasta a 
tipicidade, pois o tipo penal é criado dentro da proteção do bem jurídico. 
(Legitimidade passiva do flagrante). 
 
Hipóteses de flagrante previstas em lei: artigo 302 CPP. 
Inciso I e II do artigo são classificados como próprio ou real. Pois são as únicas 
hipóteses que se aproximam do significado semântico da palavra. O sujeito está 
praticando o verbo núcleo do tipo. Impróprio ou ficto, prende a pessoa em 
flagrante em ato de perseguição, sem precisar presenciar o fato. É uma ficção 
jurídica, pois é um flagrante porque a lei determina que assim o seja. A diferença 
entre os incisos III e IV é que no III ocorre a perseguição e no IV o sujeito foi 
encontrado (não estava sendo perseguida, mas foi encontrada com objetos que 
permitam entender que ela cometeu o crime). 
 Nem a lei ou a doutrina determinam o que é ``logo depois do crime``, mas 
implica em uma relação de imediatabilidade entre o fato e o início da 
perseguição. Artigo 290 p. 1 CPP – dispositivo que é regra geral para 
mandado de prisão. A) contato visual B) não exige contato visual pela letra 
da lei, mas Aury Lopes Jr. Defende que o contato visual é necessário, 
apesar de não ser defendido pela jurisprudência. Exemplo: vizinho aciona 
a polícia, que imediatamente chega na casa indicada, onde uma mulher 
está morta. O vizinho diz que foi o vizinho, que se chama ...., aparência ... 
Artigo 293 —> se o fugitivo entrar na própria casa, a polícia pode entrar 
durante o dia/noite, se eles já estiverem em busca da pessoa, podendo 
decretar flagrantes. Entretanto, se ele entrar em casa de outrem, a polícia 
pedirá para que o dono o entregue, podendo assim a polícia entrar na 
casa. Entretanto, se o dono não consentir, a polícia deverá guardar a 
entrada da casa, enquanto um policial irá pedir o mandado de busca e 
apreensão para o delegado, que requisitará ao juiz (Artigo 240 CPP). 
 
Flagrante esperado e flagrante preparado: artigo 302 CPP. 
 
Súmula 145 STF (baseada no artigo 17 CP – crime impossível). 
A polícia pode incentivar com que o suspeito seja pego em flagrante. Pode 
provocar a situação em flagrante, para que quando o sujeito iniciar o ato, a polícia 
o impeça e o prenda em flagrante. (Flagrante preparado/provocado). 
 O crime impossível é aquele que é impossível consumar a infração, pois 
o meio que ela está utilizando é absolutamente ineficaz. Se é impossível 
consumar a infração, não é crime. A absoluta impropriedade do objeto é 
quando ele não existe (Ex: atirar em um cadáver). Assim, o STF pegou a 
concepção de crime impossível para criar a súmula 145. 
 
 O flagrante esperado não acontece com a interferência da polícia, mas 
sabe que o crime irá acontecer pois descobriu de algum meio (ex: grampo de 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
telefone investigava crime A, mas acabou descobrindo que iria acontecer o crime 
B). A polícia irá se dirigir ao local e vai esperar que inicie a infração (princípio da 
lesividade – uma pessoa não pode ser presa por cogitar o crime). O ato 
imediatamente anterior a pratica do verbo (que irá ingressar ao núcleo do tipo) 
Exemplo: sacar a arma. Nessa situação a polícia poderá abordar o autor do 
crime, pois ela terá provas, que conforme as circunstâncias do fato, mostrarão a 
intenção do sujeito. 
 
OBS: Se a polícia, no flagrante preparado, não impedir o autor do crime de 
comete-lo, ela pode ser considerada parte do crime (colaboração), uma vez que 
incitou para que ele acontecesse. Induzir ou instigar moralmente, é uma forma 
de participação criminosa. Por isso deverão responder da mesma maneira que 
aquele que tentou. Opinião do doutrinador Pacelli, que inclusive considera o 
flagrante esperado também. A jurisprudência diz que o flagrante preparado 
aplica a súmula 145, e o flagrante esperado é crime se a polícia não intervir. 
Caso a polícia não impeça, a polícia responderá por participação criminosa no 
flagrante preparado (jurisprudência). 
 
Flagrante em crime permanente: artigo 303 CPP. 07/05/2020 
 
Infração permanente é aquela cuja se perpetua no tempo. O homicídio é 
um crime instantâneo com efeito permanente. Já o crime de sequestro é um 
crime permanente, pois enquanto o sujeito permanecer a vítima em cativeiro, o 
crime estará se prolongando no tempo. Porte de arma também é uma infração 
permanente, pois enquanto você estiver andando com a arma sem ter a licença, 
a consumação do crime estará sendo prolongada. Estará em flagrante delito. 
 
 Se a polícia ou qualquer pessoa invadir a residência, deverá comprovar a 
posteriori, quais as informações ela tinha e o que levava a comprovar a 
possibilidade de fragrante delito. 
OBS: até para conseguir um mandado, a polícia precisa ter elemento fático 
concreto para demonstrar ao juiz, para que esse lhe outorgue o mandado de 
busca e apreensão. 
OBS 2: o consentimento de um relativamente incapaz é INVÁLIDO. Ainda, o 
consentimento deve ser do MORADOR, não podendo ser de hóspede. 
 
O flagrante possui formalidades que devem ser observadas no momento 
em que realiza o flagrante (prisão), no momento em que se entrega o sujeito a 
delegacia e a posteriori. O uso da força no momento do flagrante (artigo 284 
CPP), pode ser aplicado em qualquer modalidade de prisão. Entretanto, será 
admitidoapenas quando há resistência ou o sujeito tentar fugir, observando a 
circustância do caso concreto para medir a força necessária. Inclusive, se o 
particular estiver realizando o flagrante e uma dessas duas hipóteses ocorrer, 
ele também poderá utilizar a força. 
Artigo 304 CPP. O Delegado de polícia é o competente para lavrar o auto 
de prisão em flagrante, assim como o juiz quando praticado em sua frente. A 
polícia judiciária é a polícia civil (artigo 144 CF). Portaria é o ato do delegado que 
apenas ele tem capacidade para assinar, instaurando o inquérito policial (o MP 
pode investigar, mas para instaurar o inquérito policial é apenas o delegado). 
Ainda, o delegado pode usar de juízo de valor a partir de uma queixa, para saber 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
se irá ou não instaurar inquérito policial. Ainda, deve-se ouvir primeiro o condutor 
e depois o sujeito, entretanto algumas vezes o condutor ainda deve esperar pois 
o delegado não está presente etc... 
OBS: antes apenas o juiz poderia arquivar o inquérito policial, agora o MP que 
arquivará o inquérito policial. 
 
11/05/2020 
 
Formalidades do ato na delegacia: 
 Na lavratura do auto em flagrante, após ouvir o condutor e testemunhas, 
se houver, e por ultimo interroga-se o preso. Artigo 6 CP ‘’ouvir o indiciado, 
aplicando o que se aplica no interrogatório judicial’’—> anunciar seus direitos, 
dividir o interrogatório em duas etapas (vida da pessoa e sobre o fato em si). No 
interrogatório policial ele não possui o direito de ser interrogada na presença do 
advogado, uma vez que não existe a ampla defesa e contraditório. Por isso que 
deve-se alertar do direito ao silêncio, sujeito a nulidade pelo juiz se o sujeito não 
for alertado. O delegado deve chamar duas pessoas, e ele realizará a leitura do 
interrogatório para o preso, a jurisprudência considera que as duas pessoas não 
devem ser subordinadas do delegado, para garantir a lisura do ato. OBS: se o 
sujeito já tiver um advogado, ele poderá presenciar. Entretanto, se ele não tiver, 
não é de direito do sujeito a espera de um advogado público. 
 
 Se não houver prisão em flagrante, o interrogatório será no termo de 
indiciado. 
 Quando o preso opta pelo direto ao silêncio, mas depois decide falar, 
servirá apenas como auxilio de formação do opinião para o MP, pois os 
autos (lavratura do flagrante + interrogatório) já terão ido para o juiz. 
 
Voz de flagrante em delitos de menor potencial ofensivo, o delegado faz 
o termo circunstanciado, que o sujeito ira assinar, se comprometendo a 
comparecer em juízo no dia e hora estipulado. No juizado ainda terão 3 
medidas que poderão ser optadas para não responder judicialmente. 
 
 Quando há pena cominada de até 4 anos, o delegado tem o dever de 
arbitrar fiança. O juiz pode caçar a fiança se entender que não cabia no 
caso concreto. Artigo 305, 322, 324 CPP (Nos demais casos será definido 
pelo juiz). 
 Se o advogado for chamado, e chegar a tempo do interrogatório, ele 
possui a prerrogativa de ter uma reunião a sós com seu cliente e de 
acompanhar o interrogatório. 
 O inquérito é a justa causa da ação penal. Por isso, se ele for nulo, não 
há como considerar que há justa causa para que ocorra tal ação. 
 O direito fundamental do preso é comunicar a prisão, mas não esperar o 
advogado chegar para o interrogatório. 
 
Comunicação ao juiz, defensoria e família: 
 
Caracteriza-se como um direito fundamental, artigo 5, LXII, CF, pois 
alguém precisa buscar pelo direito do sujeito se defender, uma vez que ele está 
preso. Formaliza-se no artigo 306 CPP (imediatamente = 24 horas). 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Quando se trata de prisão ILEGAL, o juiz não precisa ser competente para 
relaxa-la. 
 
Nota de culpa: artigo 5, LXIV, CF. 
 
 Expedida em 24 horas após lavrar flagrante. É um documento que é 
metido pelo delegado, com base no autos da prisão em flagrante, informando 
em qual delegacia, autoridade, crime, horas... que o sujeito foi apreendido, e ele 
deve assinar. Se não souber assinar, chama-se duas testemunhas, que 
assinarão que o indivíduo recebeu a nota de culpa e que foi lida perante o preso. 
Sempre expedida antes de ser mandado para o juiz. 
 
Atos do poder judiciário: artigo 310 CPP (procedimentos adotados pelo juiz 
quando ele recebe os autos de prisão em flagrante). 
 
 A prisão de torna ilegal quando passa as 48 horas e não ter ocorrido a 
audiência (310, p.3). A consequência será que, quando a autoridade não 
realiza a audiência em 24 horas, deverá fundamentar o por que de não 
ter realizado. Se a motivação for idônea ok, mas se não for, o juiz 
corresponderá pela corregedoria e poderá responder criminalmente, 
conforme a lei de abuso de poder — crime de prevaricação, podendo 
responder pessoalmente. 
 
 A regulamentação administrativa de regra já prevista em lei, Carta de São 
José de Costa Rica e Declaração de Direitos Humanos, que prevê que o 
juiz deverá ver o preso (audiência) é considerada uma medida mais 
administrativa do que processual. 
 
18/05/2020 
 
Audiência de custodia: a finalidade é defender direitos do preso. Direito 
fundamental. Se não houver tal audiência e não tiver justificativa, a prisão vai se 
tornar ilegal provavelmente. Deve ser comunicado ao juiz em 24 horas (enviado 
auto de prisão em flagrante). Não cumprir os prazos da prisão em flagrante, pode 
caracterizar crime de abuso de autoridade. 
 
 RELAXAR SIGNIFICA RECONHECER UMA ILEGALIDADE NO 
PROCESSO = DECLARAR NULIDADE DO ATO. 
 
 Dentro do ato judiciário existe a audiência de custódia. 
 
 Passando pelo juiz, a prisão em flagrante não se mantém. Ela converte-
se em preventiva, ou é relaxada ou é concedida liberdade provisória. 
 
 Prisão preventiva originária: não estava sendo submetido a nenhum 
procedimento cautelar, mas o juiz é provocado e decreta a prisão 
preventiva. 
 
 Prisão preventiva de substituição: juiz tinha aplicado medida cautelar 
diversa da prisão, o sujeito irá descumpri-la, juiz aplicara a prisão 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 
 Prisão preventiva em conversão: sujeito é preso em flagrante e converte-
se em prisão. 
 
Artigo 311 CPP diz que o juiz deve ser provocado para gerar a prisão 
preventiva. Não pode gerar de ofício em nenhum momento. Juiz não pode 
converter em ofício também, visando que é o mesmo instituto jurídico do artigo 
311, e tal instituto não pode ter prisão preventiva de ofício em nenhum momento, 
nem converter. 
 Artigo 282 p.6 igual ao artigo 310 p. 4 (interpretação sistemática). 
 CNJ é sempre subsidiário a punição, pois primeiro vem a corregedoria. 
 Reincidente: já ter uma condenação transitada em julgado. 
 A liberdade provisória presvisto no artigo 321 é a mesma que do artigo 
310, II e III. 
 
Quando é a autoridade policial que da causa ao não comparecimento do 
preso em juízo, não possui tipo penal específico. O juízo pode entender como 
prevaricação. 
Artigo 315 p.2 garante a fundamentação da prisão preventiva, junto com 
o artigo 282. O artigo 312 p.2, incluído pela lei anticrime, motivada (caso 
concreto) fundamentada (lei) juntos, com a intenção de proteger ordem pública, 
econômica etc. A parte inconstitucional é ‘’ ser reincidente’’, artigo 310 p.2, 
devendo o juiz denegar a liberdade provisória, convertendo o flagrante em 
preventiva, não por ser necessária, mas sim porquê é o disposto na lei pelo 
pacote anticrime, violando a constituição por não ser fundamentado. 
A liberdade provisória, pressupõem prisão em flagrante. Prisão 
temporária ou preventiva, entra com ação de HC pedindo revogação ou 
relaxamento para desfazer prisão realizada pelo juiz. O juiz decretou, ele que 
relaxa ou revoga. Quando prisão em flagrante, o juiz relaxa, concede liberdade 
provisória ou converte em prisão preventiva. Artigo 316 CPP. 
Até a década de 60, a fiança era atrelada a liberdade provisória. A fiança 
era vinculada a flagrante. Assim, quem não tinha como pagar, mantinham-se 
presospor serem pobres e não poderem pagar, enquanto quem tinha condições 
era solto, mesmo tendo cometido crimes mais graves. Ainda, crimes 
inafiançáveis já eram tidos como impossíveis de liberdade provisória. Apenas em 
1977, a liberdade provisória passou a ser um instituto separado da fiança. 
Resgatada como uma medida cautelar diversa da prisão. 
21/05/2020 
Página 28, material prisão em flagrante. 
 
Liberdade provisória sem fiança: 
 
Existem três situações em que o juiz pode conceder a liberdade 
provisória sem a fiança. O caso concreto não deixou claro a necessidade de 
tal medida cautelar, pois os requisitos cautelares devem estar presentes; quando 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
o delito for inafiançável, será determinada outra medida cautelar diferente da 
fiança; quando o preso for pobre, apesar dos requisitos cautelares serem 
cumpridos e o crime for passível de fiança, o preso não, ostenta condições de 
recolher a fiança mas coloca outra medida cautelar diversa da prisão. 
 
 Artigo 380 CPP são obrigações de quem recolhe fiança ou daquele que 
não recolhe por ser pobre. 
 A fiança é uma garantia real de que o preso irá comparecer perante 
autoridade. Se não comparecer e não justificar, a fiança é quebrada. A 
metade da fiança vai para o fundo penitenciário, e o sujeito, no final do 
processo, recebe apenas metade. 
 Aquele que for pobre e não tiver pago a fiança, e acabar por não aparecer 
perante autoridade, o juiz pode decretar prisão provisória ou cumular 
medida cautelar alternativa. 
 Para Pacielli, quando a pessoa é presa em flagrante, o sujeito tem o seu 
direito de não comparecer restrito. 
 Se o sujeito for se ausentar da sua residência por 8 dias+ ou se mudar de 
casa, basta apenas comunicar o juiz. Obs: deve observar a medida 
aplicada pelo juiz. Artigo 328 CPP. 
A liberdade provisória vinculada, artigo 310 p.1, ex: mãe tranca o filho no 
quarto de castigo pois comprou maconha. Está no direito dela como mãe de 
educar e aplicar medidas educacionais. O processo vai continuar, mas é uma 
excludente pois ela é mãe. 
Delito inafiançável: legislador queria definir quais eram delitos eram 
insuscetíveis de liberdade provisória, uma vez que a liberdade provisória surgiu 
com a ideia de ser atrelado com fiança. Entretanto, em 1977 essa ideia se 
desvencilhou, mas o legislador ainda estava preso a tal ideia. Assim, os crimes 
que foram definidos como inafiançáveis, não estão relacionados a não terem 
liberdade provisória. Lei 11403/2011 espantou as contradições que existiam 
entre as turmas do STF, fazendo com que a fiança fosse vista como uma medida 
cautelar alternativa. A partir de 2011 não restringia-se apenas a prisão em 
flagrante. Então, um crime inafiançável passou a ser um crime que cabe outras 
medidas cautelares diversas da prisão ENTRETANTO não a fiança. 
 Página 32 da aula. 
 
FIANÇA 
 Tem natureza cautelar autônoma, não pressupondo flagrante, sendo 
uma garantia real das obrigações que são interpostas ao réu. Títulos da 
divida publica, joias preciosas, dinheiro ou hipoteca escrita em primeiro lugar são 
bens que podem servir como garantia na fiança, obra de arte. No caso da 
hipoteca, se a obrigação não for cumprida o bem irá a leilão para adquirir o valor 
necessário. 
 Se o réu cumprir todos os compromissos, a fiança volta integralmente 
para ele. Se o réu deixar de cumprir alguma obrigação, metade da fiança vai 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
para o sistema penitenciário. Caso o réu seja condenado, ele receberá a fiança 
novamente, mas terá descontado a multa (se o crime prever tal) e as custas do 
processo. Caso a vitima for sentenciada a ser ressarcida, será descontado 
também. 
 Artigos 327 e 328 CPP 
A fiança é perdida quando o réu é condenado em trânsito em julgado e não 
é encontrado. A fiança é quebrada quando alguma obrigação é quebrada pelo 
réu, fazendo ele perder metade da fiança. 
 O valor arbitrado para fiança pode sofrer recurso pelos réu não concordar 
(página 34). Artigo 581 CPP. 
A condição de riqueza do réu deve ser considerada, visto que é algo que 
deve fazer com que o réu se obrigue a realizar as diligencias determinadas. 
Junto com análise do caso concreto, periculosidade etc. 
 Artigo 341, 344, 345 e 346 CPP. 
25/05/2020 
 Quem pode arbitrar a fiança? Delegado, novidade na lei, para adentre o 
principio a proporcionalidade, diminuindo a percentagem carcerária, quando a 
pena cominada for inferior a 4 anos. A lei não explica nenhuma responsabilidade 
do delegado caso ele não aplique tal medida. O juiz pode arbitrar fiança. O réu 
pode oferecer um x valor para o juiz, que pode aceitar ou recusar, a 
jurisprudência faz uma média de tal valor por crime. 
 Reforço da fiança pode ocorrer quando o réu tem mais dinheiro do que diz 
ou quando o réu oferece bem e não dinheiro para a fiança, mas o bem acaba se 
desvalorizando. A fiança será caçada, artigo 338 CPP, quando o juiz identificar 
que o caso concreto era algum dos previstos do artigo 323 e 324 CPP, assim o 
juiz devolverá a fiança e aplicará outra medida cautelar. 
 
CAUTELARES PATRIMONIAIS NO PROCESSO PENAL 
 Alguns doutrinadores referem-se como cautelares reais e a lei medidas 
assecuratória. Entretanto, como recai sobre todo patrimônio e não apenas sobre 
o real, não é considerado tão certo a denominação ‘’cautelares reais’’. 
 Elas existem dentro do processo penal, pois ela tem a intenção de 
proteger a eficácia de um direito privado. Quando o direito civil sozinho não for 
suficiente para desmotivar a pratica de um ilícito, invoca o Direito Penal. 
 A conduta típica é contrária à ordem jurídica (antijurídica), autor culpável. 
O juiz penal verificando esses 3 elementos de crime, o juiz civil também deverá 
realizar tal. No entanto, o juiz civil pode condenar na dúvida enquanto o juiz 
criminal não pode, pois a verdade do processo penal deve estar materializada. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 A condenação transitada em julgado no processo penal, preclui o assunto 
no direito civil pois a questão já foi discutida. Antebiado: parte material. 
Quantubiado: a quantificação do processo (Artigo 387 CPP). 
 Quando do crime surgir um enriquecimento ilícito para o réu, à justiça não 
pode fazer com que isso valha a pena, pois a pena deve ser um incentivo 
negativo. Quando não for suficiente, surge a análise econômica do direito penal, 
considerando os potenciais benefícios do crime, devendo criar maneiras que não 
incentive a prática, como tomar o patrimônio do réu. 
 Artigo 41 CP 
Toda riqueza que advir de crime será perdida. A expropriação é diferente 
da desapropriação, pois na primeira o dinheiro/bem é tomado pelo poder 
publico sem ressarcimento. 
Pode haver processos paralelos ocorrendo juntos (penal e civil). O 
processo civil ficará suspenso por 1 ano e se em 1 ano não tiver ocorrido a 
sentença penal, os dois voltam a correr. Se a sentença penal for tomada 
antes da civil, o juiz civil deverá seguir a condenação penal na sentença, 
enquanto se a sentença civil sair antes da sentença penal, o juiz criminalista 
não precisará seguir a mesma linha da sentença civil. 
Quando o efeito civil não estiver sendo o suficiente para evitar que o réu 
se torne insolvente, entra as medidas cautelares patrimoniais penal. 
28/05/2020 
Efeitos civis da condenação penal: 
 
Automático. Não precisa entrar com uma ação civil, pois os pressupostos civis 
não são necessários para que a condenação penal tenha efeito civil. 
Direito a jurisdição é diferente do direito material. O direito de jurisdição é 
a garantia da eficácia da sentença do processo, não significando que ela será 
favorável. Então, a medida cautelar é aplicada para, caso a sentença seja 
favorável, exista patrimônio para que a tutela seja efetiva. Ex: Mariquinha 
percebe que João está transmitindo todo seu patrimônio para terceiros. Vai ao 
juízo - medida cautelar patrimonial - garantir o efeito civil da condenação penal. 
(Hipoteca debens, arresto de bens...). 
Diferença entre bens em civil e penal: todo bem que tenha surgido de 
crime pode ser sequestrado. Ex: se obtiver 230 mil reais decorrente de crime em 
que a vítima ficou em 100 mil de prejuízo-> 100 mil volta pra vítima. 100 mil é 
confiscado pelo governo. 30 mil reais foram gastos, então o judiciário 
sequestrará bem que equivale a tal valor mesmo que não tenha sido decorrido 
de crime. Sendo crime que não houve benefício financeiro, a hipoteca sofrerá 
sequestro que irá cair sobre bem imóvel lícito e ocorrerá arresto/confisco de bens 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
móveis caso imóvel não seja localizado. No civil apenas incide sobre o objeto 
que está em litígio. 
O sequestro como medida cautelar no processo penal, tem a necessidade 
de recair sobre bem dos proventos do crime que está sendo investigado naquele 
processo. —> artigo 4 decreto-lei 3.240/1941. Na doutrina o sequestro é a 
retenção judicial de bens móveis/imóveis havido com os proventos da infração. 
 Artigo 126. 
Sequestro tem legalidade estrita, podendo atingir apenas o que está restrito 
na lei. 
 
Pressupostos: 
A hipoteca do processo penal é a mesma do processo civil. Não serve 
para garantir confisco, apenas reparação do dano. Necessário demonstrar que 
a pessoa quer se desfazer de bens para praticar a insolvência. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA**** 
 
A lei atual admite que o sequestro recai sobre bens que era do investigado 
mas foi passado para terceiros ou que foi proveito da infração mas foi passado 
para terceiro. A lei garante que terceiro de boa fé seja ressarcido. 
01/06/2020 
Recurso cabível (dentro das cautelares patrimoniais): 
 O recurso cabível contra medida de sequestro não é algo esclarecido 
completamente no código. Artigo 593 CPP. Qualquer decisão definitiva que não 
seja sentença, cabe a apelação. As decisões com forca definitiva são as que 
discutem mérito em caso incidental. O problema é que a lei não regula a 
intimação do sujeito para saber onde inicia-se o prazo. 
Artigo 798 CPP define a contagem de prazo do processo penal. A letra c) 
desse artigo define que pode iniciar a contagem quando a parte manifestar-se 
nos autos. 
Existem duas espécies de embargos. Ele não tramita dentro dos autos 
principal. Os embargos do artigo 129, refere-se a terceiro que diz que NÃO tem 
relação com o réu, enquanto os embargos do artigo 130, é o terceiro que tem 
relação com o réu mas é de boa-fé, embargando para demonstrar que é 
realmente de boa-fé. Se sobrar alguma parte do valor financeiro do bem, após 
ressarcir a vítima, vai para o terceiro de boa-fé. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 
 
Levantamento (revogação) 
 É exatamente a mesma coisa que revogação. Artigo 131 CPP. Quando 
aplica em inquérito, significa que a materialidade do crime já foi 
comprovada. O artigo 91 do CP, após a reforma do código penal, é o antigo 
artigo 74 CP. Se o terceiro de boa-fé quiser muito o bem, ele pode caucionar o 
bem para a vitima ser ressarcida (já que ela tem prioridade sobre o bem e precisa 
ser indenizada prioritariamente). Artigo 131, II CPP. 
Não autoriza o levamento enquanto não transitar em julgado, artigo 
131, III. Aplica-se em hipoteca e arresto de bens também. A sentença absolutória 
não faz desaparecer o fumus, já que existe a possibilidade de apelação. Então, 
é evidente que a absolvição não elimina o fumus comicti deliti. Enquanto existir 
a possibilidade de condenação, o bem continua sequestrado. 
Se vincula a demonstração de urgência. Se não for intentada ação em 60 
dias e não houver intervenção estatal, não importa a revogação do sequestro 
pela simples decorrência do prazo (jurisprudência). —> Artigo 131, I CPP. 
Não havendo condenação penal, não existe título executivo cível. A vitima 
deverá entrar com processo cível (artigo 65 e 67 CPP). 
Hipoteca e arresto de bens 
 Serve para garantir a reparação do dano. Pode ser requerido pelo 
ofendido em qualquer fase do processo. Artigo 134 CPP. O arresto de bens 
móveis é subsidiário a hipoteca. 
O bem de família não está protegido quando relacionado a crime, pois a 
reparação do dano da vítima é mais importante que o bem de moradia. A 
hipoteca é uma garantia real enquanto o arresto de bens não é uma garantia real 
(se houver concorrência de credores, não é garantido o direito de preferência). 
O juiz cível irá transformar o arresto em penhora, tornando-a garantia real. 
O artigo 142 define que o MP poderia pedir medidas de arresto mas o STF 
esclareceu que não pode mais. Caso a vitima seja pobre, cabe a ela procurar a 
defensoria pública e caso a vitima seja erário publico, deve ir até a procuradoria. 
Execução 
 Quando há confiscação de bem pelo juízo penal, o valor será 
disponibilizado para o juízo cível também, uma vez que a vitima irá pedir o 
ressarcimento no segundo. Artigos 143, 144 e 144-A. 
08/06/2020 
Teoria da Nulidade 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 Artigo 394 CPP – estabelece que os ritos podem ser rito comum 
(ordinário, sumário ou sumarissimo) ou especial. 
O rito comum é definido pelo limite máximo cominado ao crime. Maior a 
pena cominada, maior o rito processual. O rito especial é quando as fases 
processuais são modificadas, adicionando/retirando algum ato, conforme a 
sequência dos atos. O ato também tem rito. 
As formalidades do ato possuem a pretensão de proteger valores e até 
interesses do processo. Assim, as nulidades são criadas para proteger tais 
formalidades, protegendo princípios fundamentais de processo. O ato 
também possui rito. 
Descumprir a formalidade pode levar a nulidade, já que a última foi criada 
para proteger a primeira. Assim, o processo penal tem o papel de defender o 
direito constitucional perante o réu. 
 Enquanto o juiz não declarar a nulidade de um ato, ele poderá gerar efeito 
jurídico. 
A natureza jurídica é dúplice, já que é tanto nulidade quanto defeito. O 
descumprimento que gera nulidade terá feito um defeito na forma do ato. O 
ato irregular se refere ao descumprimento de ato não essencial que será 
arrumado. 
O ato inexistente não se repete pois ele nunca aconteceu, assim, se ele 
fosse repetido estaria acontecendo pela primeira vez. Assim, não se declara 
a nulidade, pois o juiz estaria dando existência ao ato. 
As nulidades são divididas em ordem absoluta e relativa. O primeiro 
envolve o interesse primordial da ordem pública enquanto na segunda o 
interesse primordial é das partes. A parte deve demonstrar o prejuízo no 
momento em que acontece para que o ato não seja convalidado na relativa, 
dependendo da declaração da parte e possui prazo. 
15/06/2020 
Atos decisórios 
 Nunca cabe recurso em despacho. Foi um erro do legislador. 
 Juiz pode pedir 4 coisas no Júri, como a pronuncia e impronuncia ambas 
sendo ato decisório misto. 
 
 
 
 
 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI

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