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LUCIANA DE SOUSA CARBONI Direito Administrativo II – Segundo bimestre Princípios que regem os serviços públicos: 1- princípio do dever da prestação: o município tem o dever de prestar os serviços públicos pois a iniciativa privada não podem presta-los. 2- princípio da continuidade do serviço público: eles não podem sofrer paralização, interrupção, suspensão(...). Assim, os agentes públicos que atuam na prestação de serviços públicos não poderiam fazer greve, já que não podem sofrer interrupção... (Análise de doutrina) 3- Promover as adaptações para realizar com mais satisfação plena a necessidade das pessoas 4- princípio da motivicidade das tarifas: existem duas formas de custear o serviço público I- todo mundo paga - custeio do serviço publico pela maneira tributária. II- paga quem usa ou tarifário- tarifa é um preço público que o usuário do serviço irá pagar. Ex: água tratada, energia elétrica, andar de ônibus. Tais preços devem ser módicos, pois os serviços devem ser possíveis de ser utilizados, por isso o preço não pode ser elevado a ponto da pessoa não ter condição de pagar. São atividades que o Estado presta que coloca à disposição da população em geral, podendo prestar de forma direta ou indireta, fazendo sob regime de direito público. ALGUMAS TITULARIDADES: 1- titularidade do serviço: serviço público é uma atividade atribuída ao estado, sendo competência dele, determinado pela lei ou constituição. Ex: Artigo 21 CF, inciso X. Princípio da simetria das formas, pois apenas a lei pode alterar a consignação de quem é o papel e definir quem será. 2- titularidade da prestação do serviço: de quem compete prestar o serviço. A titularidade originária da prestação do serviço é o titular dele, mas pode ser feita de maneira direta ou indireta (transferindo a prestação para um terceiro, e o terceiro que “entregará” o serviço, mas o titular continua sendo o originário). Art. 223 princípio da complementariedade (precisa existir serviço prestado pelo estado mas não pode ser só prestado por ele, deve ser prestado por concessionários também ex: Globo). 3- serviços que são obrigados ao Estado, mas são livres para a iniciativa privada. Artigo 196 CF. O estado deve ser cumprido pelo estado, mas o artigo 199 define que o auxílio à saúde é livre para a iniciativa privada. Classificação: Servições podem ser federais (união), estaduais (estados), municipais (município) Essenciais ou não essenciais ——— 30/04/2020—————- LICITAÇÃO Todo contrato da administração pública deve ser previamente selecionado pela licitação para realizar o trabalho contratual. LUCIANA DE SOUSA CARBONI Licitação: processo administrativo que objetiva uma decisão administrativa. U, E, DF, M, empresas públicas e sociedade mistas são obrigados a realizarem licitações. Ainda, as entidades que manejam dinheiro público também são obrigadas a realizar licitação para suas contratações ex: sesc. As empresas privadas que vão gerir dinheiro público também deverão realizar licitação para contratar. Toda pessoa que contrata, ainda que não seja da administração pública, com recursos públicos são obrigadas a fazer licitação conforme a CF. Será constituído um ato administrativo que terá as regras da licitação. Artigo 37 inciso 21 CF. Princípio da legalidade: os agentes públicos são um instrumento para realizações de missões constitucional/legal. Assim, o agente público só pode fazer aquilo que está previsto na lei/CF. Lei 8666 (lei geral das licitações) e lei 10520/2002 (lei do pregão - modalidade de licitação) e 13303/2016 (lei das emprestas estatais) . Cada uma das leis traz as finalidades das licitações. 3 finalidades: 1- assegurar isonomia (pode diferenciar o tratamento desde que justificado para ser legítima ex: só pode participar micro empresa e pequenas empresas) 2- obter a proposta mais vantajosa: na premissa que através de uma disputa pública o Estado tem mais chances de encontrar a proposta que melhor satisfaça a vontade pública. Para as contratações privadas: menor preço e maior qualidade. Para contratos públicos: cumprimento de valores constitucionais + maior qualidade e menor preço. A empresa pública pode pagar mais caro desde que represente o cumprimento de algum princípio da CF. 3- promoção de desenvolvimento nacional sustentável: função social de desenvolver a sustentabilidade. A utilização do dinheiro pública para fomentar práticas sociais, como o meio ambiente. As empresas estatais ficam de fora pois possuem um regime próprio de licitações, tendo duas finalidades: 1- busca da proposta mais vantajosa, considerado o ciclo de vida do produto. 2-evitar o sobpreço e superfaturamento. ——————— 07/05/2020 A licitação é um processo seletivo administrativo. Se submete ao regime jurídico de direito público. Os princípios que regem a licitação, estão todos os princípios do artigo 37 da CF. Existem dois princípios fundamentais: 1- princípio da vinculação ao instrumento convocatório: edital da licitação. Lei interna da licitação (professor eurelis), pois deve atender todos os requisitos próprios da licitação, que será específico. Inserida a regra na licitação ela passa a ser obrigatória, entretanto AS VEZES uma lei que seja puramente formal pode ser relevada e etc... mas essencial é que TODA LICITAÇÃO TERÁ A SUA LEI INTERNA, QUE SERÁ DECIDIDO PELA ADM PÚBLICA. 2- princípio do julgamento objetivo: possui vínculo estreito com o princípio da impessoalidade. O gestor público só poderá tomar decisões baseadas no interesse público e não no privado, que é contido na CF. Assim, os critérios que levam ao julgamento devem ser objetivos. Se algum princípio não for realizado, a licitação pode ser desfeita e o agente público responsável poderá vir a responder por tal. Se houver direcionamento na licitação, ele deverá ser legítimo. Processo de contração pública: termina quando a Adm pública recebe aquilo que necessita. O processo é fragmentando em duas partes 1(fase interna da licitação) e 2(fase externa da licitação). 1- se chama fase interna por ser constituída por decisões administrativas que ainda não são, e não precisam ser, reveladas. É quando ocorre a estruturação da contratação. Nessa LUCIANA DE SOUSA CARBONI etapa, a primeira questão que deve ser dirimida é: qual o problema que deve ser solucionado (qual é a necessidade administrativa?), dimensão quantitativa e qualitativa; solução técnica do problema; preço de referência. ———— 08/05/2020 —————- ———————15/05/2020———————— 13.655 lei importante que relaciona com a interpretação do direito. Tema importante que estabelece um conceito jurídico que antes não tinha um conceito jurídico para “erro grosseiro”. MP 966 - repetiu algumas disposições da lei 13.655, não inteiro. Licitações: processo fundamentalmente possui duas teses. Interna (planejamento) externa. Interna: providências adotadas pelos agentes públicos. Irão identificar uma necessidade, ocorre uma discussão... Modalidades de licitação: todo o rito processual de administrativo. A lei 8.666 prevê alguma dessas modalidades. Ele é válido para todo o país. Quando o valor for superior ao descrito expressamente na lei, o uso da concorrência será obrigatório. Não obrigatório: não precisa de concorrência, podendo colocar a qualquer valor etc. Tomada de preço: outra modalidade da licitação mas é restritivo. Só poderão participar os licitantes que fizeram previamente um cadastro. A empresa verificará quais documentos são necessários para o contrato, enviará ao órgão (CICAFE) responsável e este dará um certificado de registro cadastral. Ainda, podem encaminhar os documentos que seriam necessários para abrir o cadastro em até 3 dias antes da sessão que decidirá para a comissão. Convite: elaborado um edital, queserá encaminhado para interessados determinados, mas autorizados pela lei. É ruim pois diminui a possibilidade de uma licitação melhor e etc. Entretanto, se alguém tiver conhecimento da licitação, poderá entrar, mas é difícil pois apenas os convidados tem conhecimento sobre. Concurso: competição mais técnica, científica. ... discutirão um projeto. Normalmente existe um prêmio, envolvendo remuneração monetária pre-fixada, ou um certificado, medalha, jantar etc. Leilão: licitar alienação de bens móveis, já que os bens imóveis da administração pública só podem ocorrer na concorrência. o rito procedimental dessas modalidades: Concorrência, tomada de preço e convite - fundamentalmente duas etapas (habilitação e julgamento das propostas). 1- Fase na qual devem comprovar que atendem os requisitos técnicos, financeiros, habilitacionais (fase de habilitação), surgindo assim os habilitados e inabilitados. Os habilitados passam para a segunda fase (julgamento das propostas). 2- Aqui se analisa os requisitos objetivos, verificando a proposta, apresentando dois LUCIANA DE SOUSA CARBONI conjuntos de documentos. As propostas são analisadas, com o melhor objeto e o melhor preço. Pregão: modalidade que inverte a ordem do procedimento. Deve ser utilizada obrigatoriamente para licitar bens e serviços comuns. Todo aquele que padrões de despenho e qualidade podem ser descritos objetivamente pelo que está no mercado, definição na lei 10.5... /2002. Não pode ser utilizado em obras de engenharia. Duas características: 1- inversão de fases (primeiro acontece a análise dos documentos e depois comprovam a habilitação, apenas do licitante que tiver em primeiro lugar). 2- julgamento bipartido (ocorre a proposta inicial, depois ocorre a fase de lance que participa a empresa que ofereceu o menor preço, e todas as outras que apresentaram proposta de preço até 10% maior que a que apresentou o menor preço. Assim, ocorrerá uma disputa de preço cada vez menores. A disputa de lances termina quando ninguém mais quer diminuir o preço, e assim o primeiro colocado essa fase terá a habilitação conferida). ——— 21/05/2020 ————- Artigo 43 lei 8.666 3 maneiras de disputa: 1- maneira aberta 2- modo fechado 3- junção dos dois anteriores Critérios de julgamento de licitação: são 4 tipos de licitação (critério). Regime sansanatorio —————— 22/05/2020 —————— Fase interna da licitação (continuação) Etapa final Não pode haver licitação sem que haja a indicação de onde será retirado os recursos para custear tal execução. O estado opera com 3 documentos fundamentais: plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias, lei de orçamento anual. - sistema funcional pragmático. Toda despesa pública só pode acontecer se tiver autorização legislativa. Créditos orçamentários, que estão contidos dentro das dotações orçamentárias, que é a quantidade de recurso que o estado pode gastar em um determinado projeto/programa. Quando se planeja uma licitação deve indicar qual é a fonte de custeio, pois se não houver será uma irregularidade, induzindo a nulidade da licitação e por sua vez do contrato. Necessidade de precisão completa dos direitos das partes. Logo, o conteúdo do contrato mais significativo, é a previsão de direito e obrigações recíprocos das partes contratantes. O contrato deve prever completamente tais previsões (ex: variação cambial, multa moratória e compensatória...). Elaboração da minuta do instrumentos convocatório. É uma norma obrigatória para toda licitação. Ele é composto pelo texto + seus anexos (projeto, termo de referência, minuta). A sociedade de economia mista não se aplicam dentro da lei 8.666, são reguladas pela lei de 13.303, tornando ilegal uma disposição com tal referência equivoca. Ainda, uma LUCIANA DE SOUSA CARBONI empresa estatal não aplica concorrência, apenas aberto, fechado ou pregão. Não necessariamente gera nulidade. Deve ser aprovado pela assessoria jurídica, artigo 38 lei 8666, pois é condição de validade, sendo tal aprovação obrigatória. Se não houver tal manifestação, ocorrerá um vício de nulidade que não será sanável. O STF define que o assessor poderá responder por sua responsabilidade, por dolo ou erro grosseiro. Os advogados são cada vez mais cobrados pelo o que orientado a seus clientes. Aprovado pela assessoria o ocorre a aprovação pela autoridade competente. aprovação pela autoridade competente. As normas definirão quem é a autoridade competente. Ela é a responsável pela contratação, devendo autorizar a continuidade da licitação. Ela pode reparar em alguma nulidade que ocorreu nas fases anteriores do processo. O aviso da licitação deve ser publicado em diário oficial, e conterá os principais pontos da licitação. Pedido de esclarecimento é uma manifestação que é para sanar dúvidas de pontos duvidosos. O candidato pode estar com uma dúvida (ex: cor dos computadores) e irá fazer esse pedido, para esclarecer. As impugnações se prestam para contrapor/ se insurgir contra termos do instrumento convocatório. A administração pública deverá responder tal impugnação. Deverá ter uma justificativa. Tanto a impugnação quanto o esclarecimento podem levar a modificações da regra. Podendo assim acontecer duas coisas: a modificação da regra e elaboração de proposta. Quando mudar a elaboração, deverá republicar o aviso de licitação. Fase externa: Contempla o rito procedimental de disputa. Ao final do trâmite processual terá um vencedor, que será o que apresentou a melhor proposta e cumpriu os requisitos. O processo será novamente encaminhado para autoridade competente, esgotando-se a jurisdição do pregoeiro (que analisará todo o processo para conferir se foi tudo feito dentro da lei), se houver alguma nulidade, a autoridade responsável tem o dever de anular, desfazendo a licitação. Entretanto, pode ocorrer alguma mudança no mundo de fato. (Ex: comprou respiradores mas o covid acabou), quando não houver mais interesse público na contratação, a licitação pode ser revogada (conveniência e oportunidade). Ato da homologação: o responsável pelo contrato atesta que tudo o que foi feito foi dentro da lei e princípios. Ato de maior relevância. É encerrada a homologação. Fase pré contratual: não há mais licitação mas ainda não há o contrato. 1- convocação do licitante para assinar o contrato. Existe a possibilidade do licitante ser chamando não pra assinar o contrato, mas um pré contrato. Ocorre quando é para instalar um sistema de registro de preço, que é um conjunto de procedimentos, para registro formal de preços de serviços para contratação futura. Assinará uma ata de registro de preços, que será o pré contrato, obrigando o fornecedor a fornecer o produto por quantidade individual por valor próximo ao registrado. LUCIANA DE SOUSA CARBONI Ex: compra de cartuchos de impressora. ———— 28/05/2020 ————— Sistema de Registro de preço: ocorre a licitação, o ganhador é chamado para assinar uma ata de registro de preço que é o pré contrato (possui natureza pré contratual). Aquele que se obriga a tal, ele é chamado diversas vezes para quando forem surgindo necessidades de compra. Racionalização contratual, visto que a administração pública não faz compras grandes sem ter ciência do que realmente irá consumir. Diante da imprecisão de quantitativos de um determinado bem, não faz sentido realizar compras grandes, optando pelos pré contratos. Decreto 7892/2014. Sempre que o objeto for passível de ser identificado por unidade de medida, possibilitando o preço por tal, está sujeito ao sistema de registro de preço. Quando pela natureza do objeto não puder realizar a identificação por unidade, ocorrendo imprevisibilidade de quantidade/temporal/dimensão, é exigível que a contratação seja precedida por um sistema de registrode preço. Em tal sistema existem duas figuras fundamentais: gerenciador (o primeiro que tem necessidade de receber o bem que está em falta) e participantes. É obrigatório a presença do gerenciador. A medida que a administração pública demonstra necessidade dos objetos que se enquadram desse sistema, o vencedor da licitação é chamado pada assinar o pré contrato e fornecer tal bem. O órgão gerenciador irá convidar outros órgãos que tenham interesse em também receber aquele bem em questão, esses serão os participantes. Formado o registro de preço, o licitante se obrigará a fornecer os bens. A ata de registro de preços tem validade de 1 (um) ano (previsão expressa da lei 8.666, artigo 15, prazo improrrogável). Os contratos que seguem a ata, vão continuar com a duração como se não tivesse acontecido a ata (60 meses), contratando a prestação. Entretanto, a administração pública não se obrigada a contratar. Existem duas licitações: licitação que o objeto é contrato e licitação que o objeto é formação de registro de preço. Na ata de registro de preços, estará registrado o preço da unidade/lote, que o licitante se obrigará a fornecer o bem na quantidade indicada pelo prazo do edital, mas a administração pública não se obrigará a contratar. Havia uma ideia por emenda de que no caso de registro de preço, a administração pública se obriga a contratar pelo menos 70% no prazo de um ano (emenda parlamentar), precisando ou não. STF declarou inconstitucional, visto que é declarado na constituição que é competência da União. Portanto, não há nenhum problema em esgotar o prazo e nenhum bem/quantitativo tiver sido adquirido, visto que essa é a prerrogativa do sistema de registro de preço. Outra particularidade desse sistema é a adesão/carona. A vantagem de chamar participantes, é que pode ocorrer uma contratação mais eficiente, cumprindo o princípio da eficiência. Os participantes contribuem com o planejamento, elaborando documentos, previsões, a montar o instrumento convocatório etc. É a conduta pela qual um órgão, que LUCIANA DE SOUSA CARBONI não é participante, tem a exatamente a mesma necessidade que a estabelecida na ata, fará uma solicitação para o gerenciador, produzindo uma espécie de negociação, e o gerenciador entrará em contato com o fornecedor. Se o gerenciador e o fornecedor concordarem, poderá haver a adesão. Todos os requisitos formais precisam ser cumpridos, passando por um processo formal. Assim, o órgão aderente poderá usufruir do quantitativo. Para evitar possíveis distorções, realizando muitas adesões, o tribunal de contas passou a limitar. A determinação é de que cada órgão carona pode adquirir 50% do total de quantitativo da ata. Ex: ata de 1.000 canetas (1000 MP, 1000 TJ, 1000 secretaria = 3000 total —> órgão aderente/carona pode requisitar apenas 1.500). OBS: o valor total para as adesões não pode ultrapassar o dobro do valor total. No presente exemplo, não pode ultrapassar 6000 (3000 x 2). Os 6000 quantitativos deverão ser distribuídos entre os aderentes/carona. ———— 29/05/2020 ————— sem aula, haverá reposição ————04/06/2020————— CONTRATAÇÃO DIRETA Existe uma regra constitucional, artigo 37 CF, que estipula que todo contrato da administração pública deve ser precedido de uma licitação. Entretanto, existem situações que a administração pública não precisa realizar licitação. Normalmente, ocorre quando os pressupostos da licitação não estão presentes. São três pressupostos: I) Pressuposto lógico: se uma licitação é uma disputa, para que haja uma licitação é necessário que haja pluralidade de licitantes ou objetos. II) Pressuposto material: devem existir critérios objetivos do julgamento. III) Pressuposto jurídico: nem sempre a licitação é a melhor maneira de atender o interesse público. A contratação direta pode acontecer em 3 situações, previstas na lei 8.666/96: licitação dispensada (i), licitação dispensável (ii) e licitação inexigível (iii). i) Ocorre quando está diante de hipótese de alienação de bens públicos. Deve ocorrer, de maneira geral, por licitação. Apenas bens dominicais recaem nessa situação. Artigo 17 da lei 8.666 —> dispensada em casos de dação em pagamento. Hipótese de contratação direta para alienação de bens. Taxativo. ii) São aquelas que podem ser afastadas da licitação, pois o interesse público está em outro lugar e não na realização da licitação. Hipóteses taxativas. Artigo 24 da lei 8.666. Serviços de engenharia até R$100.000 reais e outros serviços até R$ 50.000 reais, é o limite para empresas estatais também para contratações, medida provisória 961. Fracionamento ilegal da despesa: no caso de obras/serviços de engenharia, não pode contratar vários serviços sem licitação para a mesma obra ou de mesma natureza. As compras de não engenharia, só podem ser adquiridas se não fizerem parte de uma compra que possa ser LUCIANA DE SOUSA CARBONI comprada em maior vulto (quantidade). Em situações de emergência ou calamidade pública, é desnecessário a licitação. iii) A inviabilidade de competição trazem as licitações inexigíveis. Três hipóteses exemplificavas, artigo 25 lei 8.666. Por exemplo, quando existe apenas um fornecedor e o objeto que ele fornecer for o único que atenda a situação/necessidade; prestação de serviços técnicos especializados (objeto singular). 05/06/2020 As licitações são inexigíveis quando não há critério objetivo de julgamento ou pluralidade de objeto/fornecedor. Artigo 24. Hipóteses estabelecidas no artigo 25, I, exemplificativo. Contratação de profissionais ou serviços técnicos especializados: podem ser contratados sem licitação, pois existe uma precisão na lei 8666 artigo 13., cargos como advogados, acessória, treinamento e aperfeiçoamento pessoal(...), desde que 3 requisitos estejam presentes: 1- o elemento subjetivo: o contratado deve ter, que é o profissional/empresa cujo a avaliação que as outras pessoas da área tem sobre ele é de alguém notoriamente especializado. Serviço técnico especializado. 2- elemento objetivo: o objeto da contratação deve ser singular. Portanto, o bem deve ser infungivel. A singularidade pode acontecer por um evento externo. Notória especialização 3- singularidade do objeto: conceito jurídico indeterminado, ganhando vida própria apenas no caso concreto. Heterogeneidade. o objetivo do contrato deve ser um serviço técnico especializado (objeto). Não pode ser serviços como vigilância, limpeza .... Voltar a assistir a partir do minuto 48 Contrato: criar, modificar, alterar. Marcado por duas autonomias, a contratual e ... Artigo 26 da lei 8666 11 E 12/06 FERIADO LUCIANA DE SOUSA CARBONI 18/06/2020 Controle É uma atribuição fundada na CF, com uma harmonização entre os três poderes. É a atribuição de vigilância, orientação e correção de certo órgão ou agente publico sobre a atuação de outro ou de sua própria atuação, visando conforma-la ou desfazê-la, conforme sua legalidade, conveniência, oportuna ou eficiente – Diogenes Gasparini.São atribuições fundamentalmente de vigilância, orientativa e segurança. Existem dois aspectos fundamentais dos atos administrativos, como a revogação por motivos de conveniência e a anulação/desfazimento por vício de nulidade. O controle pode ser classificado como: administrativo, legislativo ou judicial, a partir do órgão que o exerce. Em relação ao seu objeto, o controle pode ser de mérito, cujo é realizado sobre aquilo que é o objeto da decisão (Ex: vai ser comprado PC ou respiradores? Suspendo ou não as atividades?) Já o de legalidade, é referente as condições e ao ajustamento do ato (o prefeito tem legitimidade de suspender as atividades?). Controle interno, ocorre sobre aquele que ocorre pelo menos órgão/poder, e o externo ocorre quando umpoder está fiscalizando outro. Controle administrativo É também o controle interno, o órgão/entidade exerce sobre ele mesmo. Ele pode ser dividido em duas subespécies: autocontrole/autotutela, um ente publico ou órgão fiscaliza seus próprios atos (ex: presidente do TJ anula o seu próprio ato); a fiscalização pode ocorrer com outro órgão ou entidade fiscalizando (ex: TJ pratica um ato e a corregedoria o fiscaliza) do mesmo poder, chamado de controle interno. Esse último pode ser realizado de oficio ou por provocação. O controle interno é = controle administrativo. Controle legislativo É considerado como controle externo, porém o poder legislativo também tem controle interno. No artigo 70 CF. Pode funcionar de oficio e mediante provocação. Existe aqui algumas ferramentas para auxiliar nesse controle, como o CPI, CPMI e convocações. Opera em diversos setores, tanto como patrimoniais, financeiro, fiscal, etc... Os tribunais de contas são uma ferramenta do legislativo e não do judiciário, são tribunais administrativos e suas decisões podem ser objetos de controle do judiciário. Entretanto, no plano administrativo eles podem aplicar sanções severas. Os TC’s são integrados, sendo federais, estaduais e em alguns municípios (SP, RJ). Eles são integrados por ministros (união), sendo que uma parte deles é indicada pelo PR, outra pelo legislativo e outros são derivados do Ministério Público de Contas. Possui funções como a competência de suspender licitação e pode exercer o controle sobre três formas: prévio, controle é realizado antes do ato ser realizado; concomitante enquanto o ato está ocorrendo; posterior, depois que o ato foi realizado Ex: as prestações de conta que são feitas no final do ano. As contas podem ser aprovadas, aprovadas com ressalvas ou reprovadas, o responsável não poderá se eleger nas próximas eleições. Controle judicial LUCIANA DE SOUSA CARBONI É controle externo, podendo também realizar o interno. Não atua de ofício, atuando apenas por provocação, que ocorre por meio de ação. Existem três ações que tem um potencial maior de gerar provocação do judiciário para questões administrativas: Mandando de segurança, ação civil pública e ação popular (A.P). O MS visa reprimir o ato de Adm. pública. A ação popular só serve para controle da administração pública, por legitimidade ativa, que leve a invalidação de ato ou contrato público que seja ilegal ou ilegítimo. Já a ação civil pública, o mesmo objeto pode ocorrer A.P, sendo uma ação de responsabilidade (devendo danos morais), podendo ter como objeto meio ambiente, econômica, interesses difusos, qualquer ato de ação pública. Nessa última, a legitimidade é dos entes federados, sendo diferida. 19/06/2020 Responsabilidade do estado A responsabilidade opera sobre o principio da culpabilidade, que diz que ninguém pode ser responsabilizado por uma conduta se não tiver agido com dolo ou culpa. Assim, a responsabilidade é subjetiva, só podendo o individuo responder pelo resultado nas hipóteses em que a lei deixa expressamente previsto. A responsabilidade objetiva e a subjetiva. A objetiva é a avaliação sobre a qualidade do dano (houve nexo causal entre o resultado e a conduta? Qual foi o dano?), enquanto no plano da subjetiva, é a qualidade da conduta (a conduta foi intencional? Dolosa?). A responsabilidade extracontratual civil, é delimitada sobre a instância civil, envolvida com a reparação de danos. Existem 5 instâncias da responsabilidade, operando de maneira independente e autônoma, sobre o principio da independência das instâncias, que significa que a mesma conduta pode gerar efeito em cada uma das 5 instância. Artigo 37, p. 6º da CF. Corresponde a obrigação de reparar danos causados a terceiros, assim as entidades públicas irão responder pelos danos causados por seus agentes. É fixada a responsabilidade objetiva do estado (PJ de direito público e PJ de direito privado que são sociedade de economia mista e empresa pública). PJ de direito privado que explore atividade econômica em sentido estrito responde subjetivamente, inclusive aquelas que prestam serviço público (ex: rodonorte). As teorias da evolução estatal: evolução historia do “King do no wrong” até chegar no fundamento jurídico para que o Estado reparasse seus danos, com as teorias civilistas dos atos estatais. Para provar a responsabilidade do estado basta provar a culpa da administração pública, quando seus aparatos não funcionaram, funcionou tarde demais, funcionou mal etc. – culpa administrativa. A teoria do risco/responsabilidade objetiva, faz com que a mera exposição da sociedade a risco, faz com que a administração pública tenha responsabilidade. O risco excepcional, que não é sofrido de maneira igual pela sociedade, a União irá ser responsabilizado, responsabilidade administrativa. LUCIANA DE SOUSA CARBONI Culpa da vitima, fato de terceiro ou força maior são excludentes de culpabilidade. Pode ser fundada em risco administrativo, risco integral e risco extraordinário. A mera existência de nexo causal não implica em responsabilidade.
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