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direito administrativo II

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LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 Direito Administrativo II – Segundo bimestre 
 
 
Princípios que regem os serviços públicos: 
 
1- princípio do dever da prestação: o município tem o dever de prestar os serviços 
públicos pois a iniciativa privada não podem presta-los. 
2- princípio da continuidade do serviço público: eles não podem sofrer paralização, 
interrupção, suspensão(...). Assim, os agentes públicos que atuam na prestação de 
serviços públicos não poderiam fazer greve, já que não podem sofrer interrupção... 
(Análise de doutrina) 
3- Promover as adaptações para realizar com mais satisfação plena a necessidade das 
pessoas 
4- princípio da motivicidade das tarifas: existem duas formas de custear o serviço público 
I- todo mundo paga - custeio do serviço publico pela maneira tributária. 
II- paga quem usa ou tarifário- tarifa é um preço público que o usuário do serviço irá 
pagar. Ex: água tratada, energia elétrica, andar de ônibus. Tais preços devem ser módicos, 
pois os serviços devem ser possíveis de ser utilizados, por isso o preço não pode ser 
elevado a ponto da pessoa não ter condição de pagar. 
 
São atividades que o Estado presta que coloca à disposição da população em geral, 
podendo prestar de forma direta ou indireta, fazendo sob regime de direito público. 
 
ALGUMAS TITULARIDADES: 
1- titularidade do serviço: serviço público é uma atividade atribuída ao estado, sendo 
competência dele, determinado pela lei ou constituição. Ex: Artigo 21 CF, inciso X. 
Princípio da simetria das formas, pois apenas a lei pode alterar a consignação de quem é 
o papel e definir quem será. 
2- titularidade da prestação do serviço: de quem compete prestar o serviço. A titularidade 
originária da prestação do serviço é o titular dele, mas pode ser feita de maneira direta ou 
indireta (transferindo a prestação para um terceiro, e o terceiro que “entregará” o serviço, 
mas o titular continua sendo o originário). Art. 223 princípio da complementariedade 
(precisa existir serviço prestado pelo estado mas não pode ser só prestado por ele, deve 
ser prestado por concessionários também ex: Globo). 
3- serviços que são obrigados ao Estado, mas são livres para a iniciativa privada. Artigo 
196 CF. O estado deve ser cumprido pelo estado, mas o artigo 199 define que o auxílio à 
saúde é livre para a iniciativa privada. 
 
Classificação: 
Servições podem ser federais (união), estaduais (estados), municipais (município) 
 
Essenciais ou não essenciais 
 
——— 30/04/2020—————- 
 
LICITAÇÃO 
 
Todo contrato da administração pública deve ser previamente selecionado pela licitação 
para realizar o trabalho contratual. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Licitação: processo administrativo que objetiva uma decisão administrativa. U, E, DF, M, 
empresas públicas e sociedade mistas são obrigados a realizarem licitações. Ainda, as 
entidades que manejam dinheiro público também são obrigadas a realizar licitação para 
suas contratações ex: sesc. As empresas privadas que vão gerir dinheiro público também 
deverão realizar licitação para contratar. Toda pessoa que contrata, ainda que não seja da 
administração pública, com recursos públicos são obrigadas a fazer licitação conforme a 
CF. Será constituído um ato administrativo que terá as regras da licitação. Artigo 37 inciso 
21 CF. 
Princípio da legalidade: os agentes públicos são um instrumento para realizações de 
missões constitucional/legal. Assim, o agente público só pode fazer aquilo que está 
previsto na lei/CF. Lei 8666 (lei geral das licitações) e lei 10520/2002 (lei do pregão - 
modalidade de licitação) e 13303/2016 (lei das emprestas estatais) . Cada uma das leis 
traz as finalidades das licitações. 3 finalidades: 1- assegurar isonomia (pode diferenciar o 
tratamento desde que justificado para ser legítima ex: só pode participar micro empresa e 
pequenas empresas) 2- obter a proposta mais vantajosa: na premissa que através de uma 
disputa pública o Estado tem mais chances de encontrar a proposta que melhor satisfaça 
a vontade pública. Para as contratações privadas: menor preço e maior qualidade. Para 
contratos públicos: cumprimento de valores constitucionais + maior qualidade e menor 
preço. A empresa pública pode pagar mais caro desde que represente o cumprimento de 
algum princípio da CF. 3- promoção de desenvolvimento nacional sustentável: função 
social de desenvolver a sustentabilidade. A utilização do dinheiro pública para fomentar 
práticas sociais, como o meio ambiente. 
As empresas estatais ficam de fora pois possuem um regime próprio de licitações, tendo 
duas finalidades: 1- busca da proposta mais vantajosa, considerado o ciclo de vida do 
produto. 2-evitar o sobpreço e superfaturamento. 
 
——————— 07/05/2020 
 
A licitação é um processo seletivo administrativo. Se submete ao regime jurídico de 
direito público. Os princípios que regem a licitação, estão todos os princípios do artigo 
37 da CF. Existem dois princípios fundamentais: 
1- princípio da vinculação ao instrumento convocatório: edital da licitação. Lei interna da 
licitação (professor eurelis), pois deve atender todos os requisitos próprios da licitação, 
que será específico. Inserida a regra na licitação ela passa a ser obrigatória, entretanto AS 
VEZES uma lei que seja puramente formal pode ser relevada e etc... mas essencial é que 
TODA LICITAÇÃO TERÁ A SUA LEI INTERNA, QUE SERÁ DECIDIDO PELA 
ADM PÚBLICA. 
2- princípio do julgamento objetivo: possui vínculo estreito com o princípio da 
impessoalidade. O gestor público só poderá tomar decisões baseadas no interesse público 
e não no privado, que é contido na CF. Assim, os critérios que levam ao julgamento 
devem ser objetivos. 
Se algum princípio não for realizado, a licitação pode ser desfeita e o agente público 
responsável poderá vir a responder por tal. 
Se houver direcionamento na licitação, ele deverá ser legítimo. 
 
Processo de contração pública: termina quando a Adm pública recebe aquilo que 
necessita. O processo é fragmentando em duas partes 1(fase interna da licitação) e 2(fase 
externa da licitação). 
1- se chama fase interna por ser constituída por decisões administrativas que ainda não 
são, e não precisam ser, reveladas. É quando ocorre a estruturação da contratação. Nessa 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
etapa, a primeira questão que deve ser dirimida é: qual o problema que deve ser 
solucionado (qual é a necessidade administrativa?), dimensão quantitativa e qualitativa; 
solução técnica do problema; preço de referência. 
 
———— 08/05/2020 —————- 
 
———————15/05/2020———————— 
 
13.655 lei importante que relaciona com a interpretação do direito. Tema importante que 
estabelece um conceito jurídico que antes não tinha um conceito jurídico para “erro 
grosseiro”. 
MP 966 - repetiu algumas disposições da lei 13.655, não inteiro. 
 
 
Licitações: processo fundamentalmente possui duas teses. Interna (planejamento) 
externa. 
Interna: providências adotadas pelos agentes públicos. Irão identificar uma necessidade, 
ocorre uma discussão... 
 
Modalidades de licitação: todo o rito processual de administrativo. A lei 8.666 prevê 
alguma dessas modalidades. Ele é válido para todo o país. Quando o valor for superior ao 
descrito expressamente na lei, o uso da concorrência será obrigatório. Não obrigatório: 
não precisa de concorrência, podendo colocar a qualquer valor etc. 
 
Tomada de preço: outra modalidade da licitação mas é restritivo. Só poderão participar 
os licitantes que fizeram previamente um cadastro. A empresa verificará quais 
documentos são necessários para o contrato, enviará ao órgão (CICAFE) responsável e 
este dará um certificado de registro cadastral. Ainda, podem encaminhar os documentos 
que seriam necessários para abrir o cadastro em até 3 dias antes da sessão que decidirá 
para a comissão. 
 
Convite: elaborado um edital, queserá encaminhado para interessados determinados, mas 
autorizados pela lei. É ruim pois diminui a possibilidade de uma licitação melhor e etc. 
Entretanto, se alguém tiver conhecimento da licitação, poderá entrar, mas é difícil pois 
apenas os convidados tem conhecimento sobre. 
 
Concurso: competição mais técnica, científica. ... discutirão um projeto. Normalmente 
existe um prêmio, envolvendo remuneração monetária pre-fixada, ou um certificado, 
medalha, jantar etc. 
 
Leilão: licitar alienação de bens móveis, já que os bens imóveis da administração pública 
só podem ocorrer na concorrência. 
 
o rito procedimental dessas modalidades: 
Concorrência, tomada de preço e convite - fundamentalmente duas etapas (habilitação e 
julgamento das propostas). 1- Fase na qual devem comprovar que atendem os requisitos 
técnicos, financeiros, habilitacionais (fase de habilitação), surgindo assim os habilitados 
e inabilitados. Os habilitados passam para a segunda fase (julgamento das propostas). 2-
Aqui se analisa os requisitos objetivos, verificando a proposta, apresentando dois 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
conjuntos de documentos. As propostas são analisadas, com o melhor objeto e o melhor 
preço. 
 
Pregão: modalidade que inverte a ordem do procedimento. Deve ser utilizada 
obrigatoriamente para licitar bens e serviços comuns. Todo aquele que padrões de 
despenho e qualidade podem ser descritos objetivamente pelo que está no mercado, 
definição na lei 10.5... /2002. Não pode ser utilizado em obras de engenharia. Duas 
características: 1- inversão de fases (primeiro acontece a análise dos documentos e depois 
comprovam a habilitação, apenas do licitante que tiver em primeiro lugar). 2- julgamento 
bipartido (ocorre a proposta inicial, depois ocorre a fase de lance que participa a empresa 
que ofereceu o menor preço, e todas as outras que apresentaram proposta de preço até 
10% maior que a que apresentou o menor preço. Assim, ocorrerá uma disputa de preço 
cada vez menores. A disputa de lances termina quando ninguém mais quer diminuir o 
preço, e assim o primeiro colocado essa fase terá a habilitação conferida). 
——— 21/05/2020 ————- 
Artigo 43 lei 8.666 
 
3 maneiras de disputa: 
 
1- maneira aberta 
2- modo fechado 
3- junção dos dois anteriores 
 
Critérios de julgamento de licitação: são 4 tipos de licitação (critério). 
Regime sansanatorio 
—————— 22/05/2020 —————— 
 
Fase interna da licitação (continuação) 
 
Etapa final 
 
Não pode haver licitação sem que haja a indicação de onde será retirado os recursos para 
custear tal execução. O estado opera com 3 documentos fundamentais: plano plurianual, 
lei de diretrizes orçamentárias, lei de orçamento anual. - sistema funcional pragmático. 
 
Toda despesa pública só pode acontecer se tiver autorização legislativa. Créditos 
orçamentários, que estão contidos dentro das dotações orçamentárias, que é a quantidade 
de recurso que o estado pode gastar em um determinado projeto/programa. Quando se 
planeja uma licitação deve indicar qual é a fonte de custeio, pois se não houver será uma 
irregularidade, induzindo a nulidade da licitação e por sua vez do contrato. 
 
Necessidade de precisão completa dos direitos das partes. Logo, o conteúdo do contrato 
mais significativo, é a previsão de direito e obrigações recíprocos das partes contratantes. 
O contrato deve prever completamente tais previsões (ex: variação cambial, multa 
moratória e compensatória...). 
 
Elaboração da minuta do instrumentos convocatório. É uma norma obrigatória para toda 
licitação. Ele é composto pelo texto + seus anexos (projeto, termo de referência, minuta). 
A sociedade de economia mista não se aplicam dentro da lei 8.666, são reguladas pela lei 
de 13.303, tornando ilegal uma disposição com tal referência equivoca. Ainda, uma 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
empresa estatal não aplica concorrência, apenas aberto, fechado ou pregão. Não 
necessariamente gera nulidade. 
 
Deve ser aprovado pela assessoria jurídica, artigo 38 lei 8666, pois é condição de 
validade, sendo tal aprovação obrigatória. Se não houver tal manifestação, ocorrerá um 
vício de nulidade que não será sanável. O STF define que o assessor poderá responder 
por sua responsabilidade, por dolo ou erro grosseiro. Os advogados são cada vez mais 
cobrados pelo o que orientado a seus clientes. Aprovado pela assessoria o ocorre a 
aprovação pela autoridade competente. 
 
 
aprovação pela autoridade competente. As normas definirão quem é a autoridade 
competente. Ela é a responsável pela contratação, devendo autorizar a continuidade da 
licitação. Ela pode reparar em alguma nulidade que ocorreu nas fases anteriores do 
processo. O aviso da licitação deve ser publicado em diário oficial, e conterá os principais 
pontos da licitação. 
 
Pedido de esclarecimento é uma manifestação que é para sanar dúvidas de pontos 
duvidosos. O candidato pode estar com uma dúvida (ex: cor dos computadores) e irá fazer 
esse pedido, para esclarecer. 
 
As impugnações se prestam para contrapor/ se insurgir contra termos do instrumento 
convocatório. A administração pública deverá responder tal impugnação. Deverá ter uma 
justificativa. 
 
Tanto a impugnação quanto o esclarecimento podem levar a modificações da regra. 
Podendo assim acontecer duas coisas: a modificação da regra e elaboração de proposta. 
Quando mudar a elaboração, deverá republicar o aviso de licitação. 
 
Fase externa: 
Contempla o rito procedimental de disputa. Ao final do trâmite processual terá um 
vencedor, que será o que apresentou a melhor proposta e cumpriu os requisitos. O 
processo será novamente encaminhado para autoridade competente, esgotando-se a 
jurisdição do pregoeiro (que analisará todo o processo para conferir se foi tudo feito 
dentro da lei), se houver alguma nulidade, a autoridade responsável tem o dever de anular, 
desfazendo a licitação. Entretanto, pode ocorrer alguma mudança no mundo de fato. (Ex: 
comprou respiradores mas o covid acabou), quando não houver mais interesse público na 
contratação, a licitação pode ser revogada (conveniência e oportunidade). 
 
Ato da homologação: o responsável pelo contrato atesta que tudo o que foi feito foi dentro 
da lei e princípios. Ato de maior relevância. É encerrada a homologação. 
 
Fase pré contratual: não há mais licitação mas ainda não há o contrato. 
1- convocação do licitante para assinar o contrato. 
Existe a possibilidade do licitante ser chamando não pra assinar o contrato, mas um pré 
contrato. 
Ocorre quando é para instalar um sistema de registro de preço, que é um conjunto de 
procedimentos, para registro formal de preços de serviços para contratação futura. 
Assinará uma ata de registro de preços, que será o pré contrato, obrigando o fornecedor a 
fornecer o produto por quantidade individual por valor próximo ao registrado. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Ex: compra de cartuchos de impressora. 
 
———— 28/05/2020 ————— 
 
Sistema de Registro de preço: ocorre a licitação, o ganhador é chamado para assinar uma 
ata de registro de preço que é o pré contrato (possui natureza pré contratual). Aquele que 
se obriga a tal, ele é chamado diversas vezes para quando forem surgindo necessidades 
de compra. Racionalização contratual, visto que a administração pública não faz compras 
grandes sem ter ciência do que realmente irá consumir. Diante da imprecisão de 
quantitativos de um determinado bem, não faz sentido realizar compras grandes, optando 
pelos pré contratos. Decreto 7892/2014. Sempre que o objeto for passível de ser 
identificado por unidade de medida, possibilitando o preço por tal, está sujeito ao sistema 
de registro de preço. Quando pela natureza do objeto não puder realizar a identificação 
por unidade, ocorrendo imprevisibilidade de quantidade/temporal/dimensão, é exigível 
que a contratação seja precedida por um sistema de registrode preço. 
 
Em tal sistema existem duas figuras fundamentais: gerenciador (o primeiro que tem 
necessidade de receber o bem que está em falta) e participantes. É obrigatório a presença 
do gerenciador. A medida que a administração pública demonstra necessidade dos objetos 
que se enquadram desse sistema, o vencedor da licitação é chamado pada assinar o pré 
contrato e fornecer tal bem. O órgão gerenciador irá convidar outros órgãos que tenham 
interesse em também receber aquele bem em questão, esses serão os participantes. 
 
Formado o registro de preço, o licitante se obrigará a fornecer os bens. A ata de registro 
de preços tem validade de 1 (um) ano (previsão expressa da lei 8.666, artigo 15, prazo 
improrrogável). Os contratos que seguem a ata, vão continuar com a duração como se não 
tivesse acontecido a ata (60 meses), contratando a prestação. Entretanto, a administração 
pública não se obrigada a contratar. 
 
 Existem duas licitações: licitação que o objeto é contrato e licitação que o objeto 
é formação de registro de preço. 
 
Na ata de registro de preços, estará registrado o preço da unidade/lote, que o licitante se 
obrigará a fornecer o bem na quantidade indicada pelo prazo do edital, mas a 
administração pública não se obrigará a contratar. 
 Havia uma ideia por emenda de que no caso de registro de preço, a administração pública 
se obriga a contratar pelo menos 70% no prazo de um ano (emenda parlamentar), 
precisando ou não. STF declarou inconstitucional, visto que é declarado na constituição 
que é competência da União. Portanto, não há nenhum problema em esgotar o prazo e 
nenhum bem/quantitativo tiver sido adquirido, visto que essa é a prerrogativa do sistema 
de registro de preço. 
Outra particularidade desse sistema é a adesão/carona. A vantagem de chamar 
participantes, é que pode ocorrer uma contratação mais eficiente, cumprindo o princípio 
da eficiência. Os participantes contribuem com o planejamento, elaborando documentos, 
previsões, a montar o instrumento convocatório etc. É a conduta pela qual um órgão, que 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
não é participante, tem a exatamente a mesma necessidade que a estabelecida na ata, fará 
uma solicitação para o gerenciador, produzindo uma espécie de negociação, e o 
gerenciador entrará em contato com o fornecedor. Se o gerenciador e o fornecedor 
concordarem, poderá haver a adesão. Todos os requisitos formais precisam ser 
cumpridos, passando por um processo formal. Assim, o órgão aderente poderá usufruir 
do quantitativo. 
Para evitar possíveis distorções, realizando muitas adesões, o tribunal de contas passou a 
limitar. A determinação é de que cada órgão carona pode adquirir 50% do total de 
quantitativo da ata. Ex: ata de 1.000 canetas (1000 MP, 1000 TJ, 1000 secretaria = 3000 
total —> órgão aderente/carona pode requisitar apenas 1.500). OBS: o valor total para as 
adesões não pode ultrapassar o dobro do valor total. No presente exemplo, não pode 
ultrapassar 6000 (3000 x 2). Os 6000 quantitativos deverão ser distribuídos entre os 
aderentes/carona. 
 
 
 
———— 29/05/2020 ————— sem aula, haverá reposição 
 
————04/06/2020————— 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA 
 
 Existe uma regra constitucional, artigo 37 CF, que estipula que todo contrato da 
administração pública deve ser precedido de uma licitação. Entretanto, existem situações 
que a administração pública não precisa realizar licitação. Normalmente, ocorre quando 
os pressupostos da licitação não estão presentes. São três pressupostos: 
I) Pressuposto lógico: se uma licitação é uma disputa, para que haja uma 
licitação é necessário que haja pluralidade de licitantes ou objetos. 
II) Pressuposto material: devem existir critérios objetivos do julgamento. 
III) Pressuposto jurídico: nem sempre a licitação é a melhor maneira de atender o 
interesse público. 
A contratação direta pode acontecer em 3 situações, previstas na lei 8.666/96: 
licitação dispensada (i), licitação dispensável (ii) e licitação inexigível (iii). 
i) Ocorre quando está diante de hipótese de alienação de bens públicos. Deve 
ocorrer, de maneira geral, por licitação. Apenas bens dominicais recaem nessa 
situação. Artigo 17 da lei 8.666 —> dispensada em casos de dação em 
pagamento. Hipótese de contratação direta para alienação de bens. Taxativo. 
 
ii) São aquelas que podem ser afastadas da licitação, pois o interesse público está 
em outro lugar e não na realização da licitação. Hipóteses taxativas. Artigo 24 
da lei 8.666. Serviços de engenharia até R$100.000 reais e outros serviços até 
R$ 50.000 reais, é o limite para empresas estatais também para contratações, 
medida provisória 961. Fracionamento ilegal da despesa: no caso de 
obras/serviços de engenharia, não pode contratar vários serviços sem licitação 
para a mesma obra ou de mesma natureza. As compras de não engenharia, só 
podem ser adquiridas se não fizerem parte de uma compra que possa ser 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
comprada em maior vulto (quantidade). Em situações de emergência ou 
calamidade pública, é desnecessário a licitação. 
iii) A inviabilidade de competição trazem as licitações inexigíveis. Três hipóteses 
exemplificavas, artigo 25 lei 8.666. Por exemplo, quando existe apenas um 
fornecedor e o objeto que ele fornecer for o único que atenda a 
situação/necessidade; prestação de serviços técnicos especializados (objeto 
singular). 
05/06/2020 
 
As licitações são inexigíveis quando não há critério objetivo de julgamento ou 
pluralidade de objeto/fornecedor. Artigo 24. Hipóteses estabelecidas no artigo 25, I, 
exemplificativo. 
 
Contratação de profissionais ou serviços técnicos especializados: podem ser contratados 
sem licitação, pois existe uma precisão na lei 8666 artigo 13., cargos como advogados, 
acessória, treinamento e aperfeiçoamento pessoal(...), desde que 3 requisitos estejam 
presentes: 
1- o elemento subjetivo: o contratado deve ter, que é o profissional/empresa cujo a 
avaliação que as outras pessoas da área tem sobre ele é de alguém notoriamente 
especializado. Serviço técnico especializado. 
2- elemento objetivo: o objeto da contratação deve ser singular. Portanto, o bem deve 
ser infungivel. A singularidade pode acontecer por um evento externo. Notória 
especialização 
3- singularidade do objeto: conceito jurídico indeterminado, ganhando vida própria 
apenas no caso concreto. Heterogeneidade. 
 
o objetivo do contrato deve ser um serviço técnico especializado (objeto). Não pode ser 
serviços como vigilância, limpeza .... 
 
Voltar a assistir a partir do minuto 48 
Contrato: criar, modificar, alterar. Marcado por duas autonomias, a contratual e ... 
 
Artigo 26 da lei 8666 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 E 12/06 FERIADO 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
18/06/2020 
Controle 
 É uma atribuição fundada na CF, com uma harmonização entre os três poderes. É 
a atribuição de vigilância, orientação e correção de certo órgão ou agente publico sobre a 
atuação de outro ou de sua própria atuação, visando conforma-la ou desfazê-la, conforme 
sua legalidade, conveniência, oportuna ou eficiente – Diogenes Gasparini.São atribuições 
fundamentalmente de vigilância, orientativa e segurança. 
 Existem dois aspectos fundamentais dos atos administrativos, como a revogação 
por motivos de conveniência e a anulação/desfazimento por vício de nulidade. O controle 
pode ser classificado como: administrativo, legislativo ou judicial, a partir do órgão que 
o exerce. 
 Em relação ao seu objeto, o controle pode ser de mérito, cujo é realizado sobre 
aquilo que é o objeto da decisão (Ex: vai ser comprado PC ou respiradores? Suspendo ou 
não as atividades?) Já o de legalidade, é referente as condições e ao ajustamento do ato 
(o prefeito tem legitimidade de suspender as atividades?). Controle interno, ocorre sobre 
aquele que ocorre pelo menos órgão/poder, e o externo ocorre quando umpoder está 
fiscalizando outro. 
Controle administrativo 
 É também o controle interno, o órgão/entidade exerce sobre ele mesmo. Ele pode 
ser dividido em duas subespécies: autocontrole/autotutela, um ente publico ou órgão 
fiscaliza seus próprios atos (ex: presidente do TJ anula o seu próprio ato); a fiscalização 
pode ocorrer com outro órgão ou entidade fiscalizando (ex: TJ pratica um ato e a 
corregedoria o fiscaliza) do mesmo poder, chamado de controle interno. Esse último pode 
ser realizado de oficio ou por provocação. O controle interno é = controle administrativo. 
Controle legislativo 
 É considerado como controle externo, porém o poder legislativo também tem 
controle interno. No artigo 70 CF. Pode funcionar de oficio e mediante provocação. Existe 
aqui algumas ferramentas para auxiliar nesse controle, como o CPI, CPMI e convocações. 
Opera em diversos setores, tanto como patrimoniais, financeiro, fiscal, etc... Os tribunais 
de contas são uma ferramenta do legislativo e não do judiciário, são tribunais 
administrativos e suas decisões podem ser objetos de controle do judiciário. Entretanto, 
no plano administrativo eles podem aplicar sanções severas. 
 Os TC’s são integrados, sendo federais, estaduais e em alguns municípios (SP, 
RJ). Eles são integrados por ministros (união), sendo que uma parte deles é indicada pelo 
PR, outra pelo legislativo e outros são derivados do Ministério Público de Contas. Possui 
funções como a competência de suspender licitação e pode exercer o controle sobre três 
formas: prévio, controle é realizado antes do ato ser realizado; concomitante enquanto o 
ato está ocorrendo; posterior, depois que o ato foi realizado Ex: as prestações de conta 
que são feitas no final do ano. As contas podem ser aprovadas, aprovadas com ressalvas 
ou reprovadas, o responsável não poderá se eleger nas próximas eleições. 
Controle judicial 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 É controle externo, podendo também realizar o interno. Não atua de ofício, 
atuando apenas por provocação, que ocorre por meio de ação. Existem três ações que tem 
um potencial maior de gerar provocação do judiciário para questões administrativas: 
Mandando de segurança, ação civil pública e ação popular (A.P). O MS visa reprimir o 
ato de Adm. pública. A ação popular só serve para controle da administração pública, por 
legitimidade ativa, que leve a invalidação de ato ou contrato público que seja ilegal ou 
ilegítimo. Já a ação civil pública, o mesmo objeto pode ocorrer A.P, sendo uma ação de 
responsabilidade (devendo danos morais), podendo ter como objeto meio ambiente, 
econômica, interesses difusos, qualquer ato de ação pública. Nessa última, a legitimidade 
é dos entes federados, sendo diferida. 
19/06/2020 
Responsabilidade do estado 
 A responsabilidade opera sobre o principio da culpabilidade, que diz que ninguém 
pode ser responsabilizado por uma conduta se não tiver agido com dolo ou culpa. Assim, 
a responsabilidade é subjetiva, só podendo o individuo responder pelo resultado nas 
hipóteses em que a lei deixa expressamente previsto. 
A responsabilidade objetiva e a subjetiva. A objetiva é a avaliação sobre a 
qualidade do dano (houve nexo causal entre o resultado e a conduta? Qual foi o dano?), 
enquanto no plano da subjetiva, é a qualidade da conduta (a conduta foi intencional? 
Dolosa?). 
A responsabilidade extracontratual civil, é delimitada sobre a instância civil, 
envolvida com a reparação de danos. Existem 5 instâncias da responsabilidade, operando 
de maneira independente e autônoma, sobre o principio da independência das instâncias, 
que significa que a mesma conduta pode gerar efeito em cada uma das 5 instância. 
Artigo 37, p. 6º da CF. Corresponde a obrigação de reparar danos causados a 
terceiros, assim as entidades públicas irão responder pelos danos causados por seus 
agentes. É fixada a responsabilidade objetiva do estado (PJ de direito público e PJ de 
direito privado que são sociedade de economia mista e empresa pública). PJ de direito 
privado que explore atividade econômica em sentido estrito responde subjetivamente, 
inclusive aquelas que prestam serviço público (ex: rodonorte). 
As teorias da evolução estatal: evolução historia do “King do no wrong” até chegar 
no fundamento jurídico para que o Estado reparasse seus danos, com as teorias civilistas 
dos atos estatais. 
Para provar a responsabilidade do estado basta provar a culpa da administração 
pública, quando seus aparatos não funcionaram, funcionou tarde demais, funcionou mal 
etc. – culpa administrativa. 
A teoria do risco/responsabilidade objetiva, faz com que a mera exposição da 
sociedade a risco, faz com que a administração pública tenha responsabilidade. O risco 
excepcional, que não é sofrido de maneira igual pela sociedade, a União irá ser 
responsabilizado, responsabilidade administrativa. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Culpa da vitima, fato de terceiro ou força maior são excludentes de culpabilidade. 
Pode ser fundada em risco administrativo, risco integral e risco extraordinário. A mera 
existência de nexo causal não implica em responsabilidade.

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