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EMPRESARIAL I

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LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 CADERNO DE DIREITO EMPRESARIAL I – 2 BIMESTRE 
 
 
Propriedade Intelectual: sistema criado para garantir a propriedade ou 
exclusividade resultante da atividade intelectual, dentro de campos industriais, 
artísticos, científicos e literários. É um sistema internacional, ajudando na 
homogeneização dos sistemas de cada país. OMPI – Organização mundial da 
propriedade intelectual. Esse sistema garante direitos naquilo que foi produzido 
para o criador, garantindo sua exclusividade/propriedade. A propriedade irá 
gerar a exclusividade. 
 1. Direitos autorais (Lei 9.619/98). 
 2. Direito de propriedade industrial (Lei 9.279/96). 
 
1.Ligadas a atividades personalíssimas, estabelecido no parágrafo único do 
artigo 966 CC. A pessoa possui uma ligação personalíssima com a coisa, 
possuindo um prazo maior para exploração de sua obra. Ainda, existem duas 
divisões: direito de autor e direito conexo. O primeiro é referente a pessoa que 
criou aquela obra, autor original (ex: escultor, músico, autor...). Já o segundo, 
são de pessoas que estão conectadas ao direito originário (ex: editora, tradutores 
de livros, intérprete de música...). Existe ainda a divisão de direito material e 
direito moral sob a obra. O material é relacionado a receber uma remuneração 
sobre aquilo que resultou de sua atividade. O direito moral é o direito da pessoa 
ser reconhecida como autora daquela obra. Existe aqui uma diferença de prazo, 
pois no direito material perduram por 70 anos, a contar de 01/01/do ano 
subsequente da morte do autor. Quando acabar o prazo, a obra entrará em 
domínio público sem precisar pagar nada para a família do autor. Os direitos 
morais nunca se encerram dentro dos direitos autorais. 
 
 ECAD é o órgão brasileiro que regulariza as músicas. Define quanto pagar 
nas músicas (Ex: utilizar de maneira habitual/permanente; utilizar de 
maneira eventual). Existe uma tabela de preço que estipula o $, 
considerando alguns fatores para definir tal. 
 No direito autoral não é necessário realizar um registro para que se 
tenha o direito. Ele será válido a partir da publicação. Por isso, deve-
se tomar algumas medidas para se precaver referente a data que a obra 
aconteceu (Ex: escreveu uma música, não publicou, mas foi no cartório 
para registra-la; se auto enviar um email com a cópia; se auto enviar AR 
com uma cópia...). 
 
2. Ligado a tecnologia. A marca é a que possui uma proteção mais duradoura 
nesse campo, inclusive o logo. Em média dura 20 anos da INVENÇÃO, pois a 
intenção é fazer com que a economia gire. Enquadra-se o direito de patente, 
marca, desenho industrial, indicação geográfica...Na propriedade industrial é 
preciso registrar para que se tenha direito no INPI. 
 
 Existem algumas outras proteções, que se enquadram os bens sugeneris, 
que o legislador entendeu que não se enquadrava completamente como direito 
autoral ou de propriedade industrial. Ex: software, proteção cultivares, proteção 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
a topografia de circuitos... O software é protegido, por exemplo, pois seria 
prejudicial a sociedade patentear, pois não haveria concorrência. 
Patente 
 
 Título de propriedade temporária sobre uma invenção (pi) ou modelo de 
utilidade (mu). Será outorgado pelo Estado (INPI) aos inventores, e esses 
passarão a ter direitos exclusivos sobre a criação. Prazo de 20 anos para 
exclusividade da produção, após tal prazo poderá ser produzido por outras 
também. 
 Criação de produtos/processo de fabricação; 
 Aperfeiçoamento de produtos/processos já existentes 
 
Obs: realiza-se a patente aqui e pode pedir para que seja registrada 
internacionalmente também. 
 
Tipos de patente 
 
 Patentes de invenção (PI): elas descrevem a tecnologia, inventar 
tecnologia nova. O sujeito deverá inventar algo e não apenas descobrir 
(Ex: Newton descobriu a lei de gravidade, mas não inventou). A 
materialização da ideia deve estar presente, ou seja, ela deve 
funcionar/ser passível de fabricação. Resolver problema prático, sendo 
uma solução técnico e deverá ter uma certa inovação tecnológica. 
 
 Patente de modelo de utilidade (UM): descreve um objeto. Realiza um 
aperfeiçoamento em um objeto já existente, tendo uma melhoria 
funcional. Ex: corrigir mecânica de hélice de liquidificador. Melhoria no 
objeto, na forma e/ou estrutura dele. 
 
29/05/2020 
 
Requisitos 
 
 Novidade: critério absoluto. Ninguém pode ter criado tal coisa em 
nenhuma parte do mundo. Isso será verificado através do INPI. Se não 
encontrar nada a patente será dada, se encontrar o pedido será 
indeferido. Terceiros podem informar o INPI se já viram o produto, que 
outro quer que seja patenteado, já existindo em algum lugar o terceiro 
pode realizar oposição. 
 
OBS: não pode estar em estado de técnica o MU. 
*Não podem tornar público antes de realizar o deposito da patente. 
**Período de graça: examinadores do INPI consagram a pessoa. SE O 
PRÓPRIO INVENTOR, por acaso divulgar aquela invenção, ele tem 1 ano 
para realizar o pedido de patente. 
 Atividade inventiva (apenas para PI): necessário ser um salto 
tecnológico, não podendo ser algo evidente. Artigo 13 lei 9.279/96 
 Ato inventivo (apenas para MU): Artigo 14 lei 9.279/96. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 Aplicação industrial: produzir o produto em escala. Artigo 15 9.279. O 
objeto deve ser passível/capaz de ser fabricado/utilizado em qualquer tipo 
de indústria (incluindo-se agrícola, manufaturada ou natural). 
 
05/05/2020 
 
Requisitos gerais 
 
 Conta-se 20 anos a partir do depósito para patente de invenção. 
Estimulando o desenvolvimento constante de inovações. Pelo menos 10 
anos de vigência após a concessão. Expirando os 20 anos, conta-se mais 
10 anos da concessão, flexibilizando o prazo por conta da demora do 
INPI, caso ele demore mais de 10 anos para conceder a patente. 
 
 Conta-se 15 anos a partir da data de depósito, pelo menos 7 anos de 
vigência após concessão para patente de modelo de utilidade. Significa 
que quando der 15 anos, ganha-se mais 7 anos. Artigo 40 lei 9.279. 
 
 Artigo 10 da lei 9.279 o legislador definiu o que não é invenção ou modelo 
de utilidade. 
 
 Artigo 18 da lei 9.279 define o que não é patenteável. 
 
Benefícios 
 
 Monopólio 
 Amortização do capital investido: período de exclusividade para que se 
recupere o capital investido, e gerando lucro para que se possa criar 
novas tecnologias. 
 Maior poder de negociação 
 Marketing empresarial: divulgado como o empresário inovador, etc... 
 
Depósito 
 
 Prazo extraordinário: caso não pague o depósito dentro do prazo, 
aumentará o valor mas o prazo será extendido. 
 
Contrapartida 
 
 Artigo 78 da lei 9.279 (LPI) extinção por perder o prazo 
 Obrigatoriedade de revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da 
matéria protegida perante a sociedade 
 Caducidade: não utilizar a tecnologia que foi patenteada. Existe um 
período para que ocorra a caducidade. Se não utilizar a patente por 3 
anos, o INPI pode licenciar a patente para interessado, mas não extingue 
a patente. Em 5 anos, se não utilizar, ocorre a extinção total da patente, 
fazendo com que o proprietário perda todos os direitos relacionados a ela. 
 Prazo: perder os prazos ordinários e extraordinários, o INPI extinguirá a 
patente. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 Artigo 217 da LPI: para patente estrangeira ser patente brasileira também, 
deverá ter um procurador para cuidar da patente. Se não tiver procurador, 
o INPI também extinguirá o processo de patente. 
 
06/05/2020 
 
Depósito no exterior 
 A patente é um título outorgado pelo Estado, então se quiser ter patente 
em mais de um Estado, precisa requerer neles também. Deve existir um 
procurador no país em que se deseja realizar a patente para cuidar do processo 
de lá e outro procurador para cuidar do processo no país de origem. 
 Convenção da União de Paris (CUP), Brasil foi um dos primeirossignatários. Prevê período de 12 meses de graça para poder depositar em outros 
países ao mesmo tempo, sem perder o requisito de novidade. Ex: quando 
aparecer ‘’prioridade unioista’’, demonstra que a patente foi realizada 
primeiramente em outro país, devendo informar onde e a data. Precisará 
adequar ao padrão do país que irá depositar junto com a tradução. 
 Tratado de Cooperações de Patente (PCT) possui duas fases, a nacional 
e a internacional. A patente deverá ser depositada já traduzida em inglês. Assim, 
o INPI enviará para ONP, em Genebra, e lá analisarão de maneira prévia, 
verificando se poderá ser depositado nos países desejados, apesar de não ser 
vinculativo o parecer. Quando recebido o parecer pelo procurador, o dono da 
patente irá decidir se realmente vai patentear nos países desejados que foram 
analisados pela ONP, traduzindo para a língua do país que pedirá patente. O 
parecer tem prazo de 3 anos (36 meses), normalmente ocorrendo em apenas 1 
ano, sobrando 2 para depositar nos países restantes. 
Negociação das patentes 
O contrato de cessão é quando ocorre a compra e venda de uma 
patente, já que não existe no mundo físico. Deve mudar o nome do dono da 
patente no INPI, visto que deve manter a publicidade perante terceiros. Pode 
realizar o contrato de cessão pelo INPI. Igualmente deve ser feito caso seja 
mandado dinheiro para fora do Brasil (registro de dinheiro enviado para o exterior 
no INPI). 
O contrato de licença o titular da patente permanece o mesmo, mas ele 
disponibiliza a tecnologia para outros a utilizarem, recebendo assim os royalties. 
É bom realizar uma petição para o INPI, informando que o contrato de licença 
aconteceu mas não é necessário, deixando em sigilo diversas vezes. Existem 
dois tipos de licença: voluntária e compulsória. A primeira, as partes negociam 
o preço e é opcional, enquanto a segunda é obrigatória realizar tal, artigo 68, 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
mas lembrando que os royalties devem ser pagos também, contando 3 anos da 
concessão. A licença cruzada, artigo 70 p.3, confere direito as duas tecnologias 
que envolve patente dependente perante os dois inventores. 
13/05/2020 
Marcas 
 Logotipos que são criados para que o consumidor possa identificar o 
produto daquele fabricante, podendo diferenciar-se no mercado. Marca é um 
sinal visualmente perceptivo, não podendo ser sonoro/gustativo etc no Brasil, lei 
9.279/96 artigo 122. 
 Deve acontecer o registro no INPI e em cada Estado que quiser que a 
marca esteja presente. Algumas características para a marca são: ser 
requerida por PF ou PJ, desde que o seu serviço seja compatível com a marca 
para impedir o registro de diversas marcas que não serão utilizadas; a marca 
não pode ser enganosa, fazendo com que a publicidade não pode ser enganosa 
ou abusiva, previsto no CDC; não pode cair em nenhuma hipótese de proibição 
conforme o artigo 124 da lei 9.279. 
 A natureza das marcas variam entre quatro: marca de serviços (Itaú, 
UNICURITIBA, GOL); marca de produtos (Apple, OMO, JBL), artigo 123, I; marca 
de certificação, que é utilizada para atestar a conformidade de um produto, 
podendo ser privada ou de órgão público (INMETRO, ABNT); marca coletiva, 
que é utilizada para identificar produtos ou serviços providos de membros de 
uma determinada entidade (COLÔNIA WITMARSUN, CIA TÁXI...). 
 Os requerentes estão estipulados no artigo 128 da lei 9.279, 
normalmente podendo ocorrer por PF/PJ, mas as cooperativas/marca coletivas 
precisa ser uma PJ que represente a coletividade. 
 A apresentação das marcas no mercado pode ocorrer de algumas 
maneiras: nominativa, que é constituída por uma ou mais palavras no sentindo 
amplo do alfabeto romano, compreendendo também os neologismos e as 
combinações de letra/algarismos; figurativa, constituída por imagem, desenho, 
figura o outra fora estilizada de letra e número, isoladamente (logotipo, como a 
maçã, os círculos da audi...); mista é quando ocorre a junção dos elementos 
nominativos e figurativos ou quando o nominativo apresenta uma grafia 
estilizada; tridimensional é constituída pela forma plástica de produto ou 
embalagem, já que a forma tem capacidade distintiva em si mesma e esteja 
dissociada de qualquer efeito técnico (toblerone, Chanel 5...). 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 A ideia da classificação é de que pode ocorrer a utilização da mesma 
marca mas os serviços/produtos devem ser diferentes (Ex: rede globo e biscoitos 
globos). 
19/05/2020 
Princípios: o empresário deverá observar sua atividade para que esses sejam 
cumpridos. 
Especialidade: o registro vale para a classificação de produto ou serviço 
declarado no pedido de registro. Dizer para o INPI qual símbolo você vai querer 
vincular ao produto. Pois, para ter direito a marca precisa vinculá-la com 
determinado setor. 
 Deve indicar em qual classe o produto que pretende comercializar está, 
pois apenas assim o INPI poderá averiguar se existe a possibilidade de direito a 
marca. Quando o indivíduo quiser ter registro em duas classes, deverão ser 
feitos dois registros distintos. A exceção é quando envolve marca de alto 
renome, protegendo a marca em todos os ramos de atividade, não precisando 
fazer mais de um registro. Artigo 125 da LPI —> se torna marca de alto renome 
e não nasce. 
Territorialidade: o registro tem validade em todo o território nacional. A exceção 
desse princípio ocorre pelo artigo 126 LPI, quando envolver marcas 
notoriamente conhecidas, que terá asseguramento de proteção especial em 
seu ramo de atividade, independente de estar previamente depositada ou 
registrada no Brasil. Deverá ser uma marca conhecida no mundo inteiro. 
 O INPI que irá estabelecer as marcas notoriamente conhecidas pois não 
existe uma listagem, assim com as marcas de alto renome. Então, cada caso é 
analisado separadamente. 
Atributividade: o uso exclusivo é adquirido pelo registro, acontecendo apenas 
após que o registro sai. Entretanto, se o nome estiver sendo utilizado por pelo 
menos 6 meses, existe precedência no pedido, artigo 129, p. 1º LPI. 
Vigência da marca 
 Conforme o artigo 133 da LPI, a marca tem duração de 10 anos da 
concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos. Pode ser 
prorrogável por período igual de tempo, quantas vezes quiser, desde que tenha 
continuado atuando no ramo. 
 A prioridade unioista respeita a data de publicação no país que primeiro 
publicar (Ex: Facebook), possuindo a exclusividade desde o período em que foi 
publicada no primeiro país. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Extinção da marca ou perda do direitos: artigo 142 LPI. 
 Pode extinguir pela expiração do prazo de vigência, renuncia total ou 
parcial, caducidade que ocorre quando após 5 anos de concessão da marca ela 
não foi utilizada e por falta de procurador qualificado e domiciliado no País. 
Distintividade 
 Deve ter um grau de distintividade entre marcas, não podendo usar 
símbolos e etc familiares. 
Sinais não distintivos: enquadram-se os sinais formados por termos, expressões 
ou imagens que incentivam o próprio produto ou serviço que são utilizados no 
mercado, para descrever sua característica. Não são capazes de serem 
percebidos como marca pelo público alvo. 
Sinais sugestivo: sinais formados por elementos nominativos ou figurativos que 
sugerem ou aludem a característica dos produtos ou serviços sem os 
descreverem diretamente. São passíveis de registro. 
Sinais arbitrários: sinal cujo significado não possui relação conceitual com os 
produtos/serviços que visam assinalar. 
Fantasiosos: formados sem qualquer significado intrínseco. 
Proibições 
 Artigo 124 LPI; as marcas não podem ter incidência com os fatores que 
são proibidos, como brasão, armas, bandeira, emblema, distintivo e monumento 
oficiais, públicos. Ainda, não pode registrar letras individuais\’, algarismo, datas 
isoladamente, apenas teráexclusividade sobre a imagem, salvo quando 
revestidos de suficiente forma distintiva.’ 
20/05/2020 
 A Classificação de Viena (C.V) deve ser verificada quando vai registrar 
imagem. Assim, deverá procurar os elementos da marca figurativa nas 
categorias presentes dentro da C.V, informando posteriormente ao INPI quais 
são as categorias da imagem a ser registrada. 
 O Protocolo de Madri foi assinado em 2019, que estabelece como pode 
ocorrer a entrada no pedido internacional de registo de marca via tal protocolo 
anteriormente mencionado. A pessoa irá protocolar seu pedido normalmente no 
Brasil e em seguida entra com o Protocolo de Madri, registrando-se assim em 
todos os países. 
Desenho Industrial 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 A forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de 
linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado 
visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de 
fabricação industrial. Artigo 95 LPI —> melhoria apenas estética. 
 Design de veículos, relógios e jóias, bolsas, sapatos etc. Pode-se proteger 
a forma tridimensional quanto a bidimensional. Assim, somente o titular daquela 
forma poderá utilizá-lo. 
 Existem requisitos como o aspecto ornamental, que descarta os 
apeáveis técnicos e funcionais. Deverá também ser uma novidade, artigo 96 LPI, 
que será quando ele não é compreendido no estado da técnica. O parágrafo 
segundo de tal artigo, se refere tanto ao desenho industrial como a patente. 
Então, a data de depósito passa a ser a aferição unicamente a novidade, será 
incluído no estado da técnica a partir dessa data. Parágrafo terceiro refere-se 
sobre o período de graça, que para o desenho industrial são de 180 dias. 
 A originalidade é outro requisito, presente no artigo 97, que configura algo 
distinto visualmente em relação a outros objetos anteriores. A fabricação 
industrial é o quarto requisito, em que estabelece a necessidade da possibilidade 
de ser fabricado em escala industrial, artigo 98 LPI. 
 O prazo de vigência dos desenhos industriais são de dez anos contados 
da data do depósito, podendo ser prorrogado por mais três períodos 
consecutivos de 5 anos, atingido o limite máximo de 25 anos contados da data 
do depósito. Artigo 108 LPI. 
 A extinção está prevista no artigo 119 LPI. O registro irá se extinguir pela 
expiração do prazo de vigência, pela renúncia do titular ressalvado o direito de 
terceiros, pela falta de pagamento da retribuição prevista nos artigos 108 e 120 
e pela inobservância do artigo 217 LPI. 
26/05/2020 
 O desenho industrial pode ser apresentado por foto ou desenho no Brasil, 
enquanto nos EUA é apenas permitido registrar por desenho. 
 A partir do momento em que o depósito do pedido é realizado, ele será 
registrado e publicado no mesmo momento. Não ocorrerá a análise de imediata 
do desenho industrial pelo INPI, quem deverá alegar a falta de novidade e etc 
são os concorrentes. Cabe ao INPI restaurar o processo administrativo para 
gerar nulidade. 
Dos crimes contra as marcas 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 Artigo 189 estabelece que o que está estabelecido nesse artigo é crime 
contra a marca. Pode-se proteger inclusive o que não está registrado, como 
estabelecido no artigo 191, que pode proteger inclusive slogan (concorrência 
desleal). 
 Exemplo de concorrência desleal (artigo 195) que não se enquadra em 
característica de registro mas é passível de ser defendido pelos artigos 
anteriormente citados: trade drees (layout do estabelecimento – conjunto visual 
que identifica no mercado). 
27/05/2020 
 A concorrência ilícita é distinta da concorrência desleal. 
 Cybersqatting e typosquatting são registros indevidos de nomes de 
domínio. O primeiro é referente roubar o registro de outras pessoas 
enquanto o segundo é trocar a citação do registro (ex: ao invés de digitar 
Google, digita Goigle, caindo no site inimigo permitindo que hackers 
invadam seu PC). 
 Links patrocinados é um formato de anúncio publicitário veiculado na 
internet sendo uma publicidade paga sob a forma de uma hiperligação 
com determinada palavra chave. 
 Marco civil da internet 12965/2014 
Plágio na internet é estipulado no artigo 184 CP, que prevê a violação de 
direito do autor e os que lhe são conexos. 
02/06/2020 
 A impressão 3D pode ser utilizada por indivíduos que imprimem diversos 
objetos da internet em série (ex: trono do Game of Thrones). A realidade virtual 
também está sendo utilizada como concorrência desleal como em tours de 
museus que estão sendo disponibilizados por terceiros na R.V. 
 Indicações geográficas envolvem a origem geográfica do produto. Ela 
deve ser requerida por uma associação ou outra autoridade, que também 
represente a sociedade daquele local. 
 A indicação de procedência é relacionado ao local que é famoso por 
produzir alguma coisa (ex: colônia witmarsun), devendo comprovar por meio de 
reportagens e etc e a localização será especificada no registro. Uma vez 
concedida, as pessoas podem formar uma marca relacionada a essa indicação. 
Já a denominação de origem, para ser requerida, deve ser comprovada que 
existe uma característica especifica da geografia que só existe naquele local, 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
através de prova pericial. Necessita da representação da sociedade do local. Ex: 
vinho verde de Portugal, Conhaque na França. 
 
 
09/06/2020 
Títulos de Crédito 
 É um documento que terá uma expressão monetária. São utilizados para 
que as pessoas ganhem um prazo de pagamento. O boleto não é um título de 
crédito. Artigo 887 a 926 CC. 
 Decreto 57.595/66 (lei uniforme do cheque) e decreto 57.663 (lei uniforme 
da letra de cambio) se inspiram na legislação internacional da Convenção de 
Genebra (1930). Ainda, existe a lei atual do cheque que não revogou o decreto 
7.357. 
 Será um documento necessário para o exercício do direito, literalmente 
escrito, com valor fixo e autônomo, pois, uma vez que ele é posto no mercado, 
pode circular livremente por ele, podendo outrem apresentar o título. Assim, por 
isso é comum ser cobrado por outro. 
 O vigor cambiário, artigo 888 CC, a omissão de qualquer requisito legal, 
que tire ao escrito sua validade como título do credito, não implica a invalidade 
do negócio jurídico. Sinônimo de título de crédito. 
Requisitos 
 Na qualidade de ato jurídico, submete-se o título de crédito ao regime 
geral dos atos e negócios jurídicos preconizados pela parte geral do CC. 
Agente capaz, a pessoa que emitir o título de crédito deverá ser 
absolutamente capaz. Caso não for, o título será nulo. Em casa de pessoa 
relativamente capaz, é tido que o título é passível de anulabilidade. A 
capacidade do beneficiário não afeta o título. 
A origem do título deve envolver o objeto lícito, possível e determinável. 
Devendo ser legal, com valor certo, nem que preenchido posteriormente até ao 
momento da cobrança, podendo então ser determinável. 
O título deve seguir o formalismo cambial, devendo seguir a forma prevista 
em lei ou que não seja proibida na mesma. 
Princípios 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 O primeiro princípio é o da cartularidade, que envolve o documento 
representativo do título (cártula). Artigo 889 CC. Deve consignar a data de 
emissão pois ele tem prazo de validade para que possa ocorrer a cobrança. Deve 
estar o valor certo, uma vez que é um título executivo extrajudicial, para-o tornar 
válido, direito que confere e a assinatura do emitente (obrigatórios). Já os 
facultativos envolvem apenas a data de vencimento e o local de domicílio do 
emitente. OBS: se tiver apenas a data da emissão e não de vencimento, significa 
que o pagamento será à vista. 
 O documento só não precisará ser original na situação do artigo 8º da lei 
9.492/97 e 889,p 3º CC, para evitar que o título volte a circular incorretamente, 
desdeque haja uma garantia de que o documento não foi manipulado. 
 A autonomia é quanto a relação jurídica que lhe deu casa. A característica 
que permite a circulação do título. Ex: contrato de compra e venda. Uma vez 
colocada em circulação o título, ele ganha autonomia. Assim, conforme a teoria 
clássica, existe inoponibilidade das exceções ao terceiro de boa fé. 
 A literalidade é o principio que aborda apenas o que está escrito no título 
de crédito. A exceção está no artigo 320 CC, em que a quitação sempre poderá 
ser dada por instrumento particular de quitação (recibo). A regra especial é que 
pode-se ter títulos em branco, mas quem o assiná-lo estará outorgando o 
portador de preencher o título (STF 387), não sendo ilícito. 
10/06/2020 
Classificação 
 Divide-se o título entre: ao portador é aquele que não indica o beneficiário 
do título (artigo 904 CC), assim qualquer pessoa que esteja portando o título, 
terá direito sobre. O título nominativo indica o beneficiário e apenas ele poderá 
aproveitar-se do título (artigo 921 CC). Existem títulos que não são permitidos 
serem ao portador no Brasil, como apólice de seguro de vida e ações ao 
portador. 
 Títulos podem ser abstratos, aqueles que estão desvinculados e os 
causais, que são impróprios ou imperfeitos, são aqueles que são vinculados, 
como a duplicata que está vinculada a uma compra e venda (apenas para PJ). 
 Próprios, são a verdadeira operação de crédito em que o pagamento será 
no futuro (letra de cambio), e o impróprio que são para pagamentos imediatos, 
a vista (cheque). 
 Vinculados são aqueles que obedecem uma forma padrão, normalmente 
do banco central, e os livres que não seguem uma forma padrão (duplicatas). 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
Endosso 
 É a assinatura da pessoa no verso do título. Assim, coloca-se o nome, 
assina e nomina quem é o próximo beneficiário. Portanto, endosso é a assinatura 
que apõem o proprietário do direito do crédito (endossante), em seu verso ou 
anverso, tranferindo para terceiro (endossatário). 
 Como característica tem a transferência de todos os direitos do título de 
crédito e o endossante também assume a responsabilidade pelo pagamento do 
título (o que irá cobrar, poderá cobrar das pessoas que eram endossatários), 
junto com o dever de tudo estar escrito. 
 Para ser válido, o endosso não pode ser parcial ou ter condições, não 
havendo limitação de endosso e é exigido a tradição do título, artigo 910, p. 2º 
CC. 
 Existem algumas modalidades de endosso, como em branco (não indica 
o novo beneficiário, qualquer pessoa portando o cheque é beneficiário) conforme 
artigo 898 CC. Preto, é aquele que indica novo favorecido, tornando o título 
nominativo novamente. Mandato, o endossante continua como titular mas 
substitui a procuração (ex: UNICURITIBA pede para uma empresa de cobrança 
ir atrás da cobrança do título). Caução, o endossante transfere ao endossatário 
o título coo forma de garantir o pagamento de outra obrigação (da o título como 
garantia de empréstimo, mas só será descontado se a dívida não for paga). 
18/06/2020 
Aval 
 É uma declaração cambiária autônoma de terceiro, ou de algum dos 
signatários do título, se obriga incondicionalmente a adimplir totalmente a 
obrigação cambial. Artigo 897 CC. Ex: vou comprar um carro com cheque, eles 
pedem um aval, meu pai assina, se eu ficar inadimplente por não pagar o carro, 
ele deverá pagar. 
 As características, envolvem ser autônomo, pois é independente das 
demais obrigações do título, mesmo que nulas. Assim, o avalista tem 
responsabilidade solidária e não direta, podendo ser cobrado. Pode ocorrer o 
prolongamento (adicionar uma folha de alongamento no próprio cheque, não é 
documento separado). 
 O aval pode ser parcial, artigo 897 CC, devendo estar escrito no título. 
Ainda, o avalista só pode pedir ressarcimento para aquele que ele está 
avalizando ou para o titular principal. Quando prestado por pessoa casada, a 
outorga necessita ser conjugal, artigo 1647 CC e súmula 332 STJ. 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
 As modalidades: em branco, está avalizando o titular principal, enquanto 
o em preto, define quem ele está avalizando, podendo cobrar apenas o 
ressarcimento dessa pessoa. Simultâneo são quando várias pessoas 
solidariamente assumem a obrigação da garantia. Sucessivo, um aval é 
garantido por outro aval, sucessivamente. (Ex: eu peço para o meu pai ser o meu 
aval para comprar o carro e o meu pai pede para o meu tio ser o aval dele). 
 Diferenças entre aval e fiança: 
 
 
Cheque 
 Ordem de pagamento à vista, sacado contra um banco ou instituição 
financeira assemelhada, para que pagou à pessoa indicada, ou ao seu portador, 
quantia previamente depositada pelo emitente na ordem. 
 As partes no título de crédito são: emitente-sacador, que é o devedor 
principal; sacado, aquele que deve pagar o título (banco); tomador, beneficiário. 
 Os requisitos estão no artigo 1º da lei 7.357/85, como a denominação 
de cheque no título; ordem incondicional de pagar quantia determinada; o nome 
do banco ou da instituição financeira que deve pagar; a indicação do 
pagamento; indicação de data e lugar da emissão; assinatura do emitente/seu 
mandatário. 
 As modalidades envolvem o cheque visado, artigo 7º da lei de cheques, 
sacado lança visto, certificação ou outra declaração equivalente, datada e por 
quantia igual a indicada no título, assinando e reservando a quantia lançada no 
cheque. Cheque administrativo/bancário, emitido pelo próprio sacado (banco), 
Artigo 9º. Pode ser emitido contra o próprio banco desde que não ao portador. O 
correntista também pode pedir esse cheque (ex: quero carro mas não aceitam o 
carro, o banco faz esse cheque e também terá a obrigação de pagá-lo). Cheque 
cruzado, é quando são feitos dois riscos cruzados, o beneficiário deverá receber 
em sua conta corrente e não na boca do caixa, para gerar uma segurança 
sabendo em quem realmente ficou com o dinheiro. Existe o cruzado especial, 
em que será indicado no meio das linhas em qual banco deverá ser sacado o 
dinheiro pela conta corrente. Cheque pré/pós datado, não existe um artigo que 
fale sobre, mas a prática que o criou. Será colocado a data em que emitiu, mas 
LUCIANA DE SOUSA CARBONI 
 
 
 
 
 
embaixo colocará “bom para 20/02/2020”, adiando a data para o saque do 
cheque. Essa última modalidade, não tem validade em face do banco, que 
poderá liberar o valor cobrado antes da data. 
Prazos para apresentação 
Cheque da mesma praça: 30 dias. 
Cheque de outra praça: 60 dias (emitido em outra cidade que a do pagamento). 
O cheque ainda pode ser apresentado ao sacado após o período para 
apresentação, para fins de liquidação, até o vencimento do prazo para a 
execução do título, ou seja, 6 meses do término do prazo para a 
apresentação. Artigo 36, p. Único lei de cheque.

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