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Semiologia Sistema Respiratório

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BIANCA ABREU-MD3 1 
 
 
 
BIANCA ABREU-MD3 2 
 
O sistema respiratório consiste em um par de pulmões e uma série de vias respiratórias que levam 
o ar para dentro e para fora dos pulmões. 
Dentro do pulmão, as vias respiratórias ramificam-se em tubos cada vez menores até que espaços 
aéreos muito menores, denominados alvéolos, sejam alcançados. 
• Sistema respiratório superior: nariz, faringe e laringe. 
• Sistema respiratório inferior: traqueia, brônquios e pulmões. 
Série de cavidades e tubos interconectados, tanto fora quanto dentro dos pulmões. 
Incluem o nariz, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os bronquíolos 
terminais. 
• Cavidades nasais: representam dois espaços grandes preenchidos por ar na parte mais 
superior do sistema respiratório (e, durante a respiração forçada, a cavidade oral, que 
reside inferiormente às cavidades nasais). 
• Nasofaringe: se situa atrás das cavidades nasais e acima do nível do palato mole e se 
comunica inferiormente com a orofaringe, que é posterior à cavidade oral. 
• Laringe: órgão tubular oco contendo um arcabouço cartilaginoso responsável pela 
produção de sons. 
• Traqueia: tubo de ar flexível que se estende da laringe até o tórax. Ela serve como um 
conduto de ar e no mediastino bifurca-se em um par de brônquios principais. 
• Brônquios primários: entram na raiz do pulmão direito ou esquerdo. 
Função: filtrar, aquecer e umedecer o ar, conduzindo-o para dentro dos pulmões. 
Tecidos dentro dos pulmões nos quais ocorrem as trocas gasosas. 
Incluem os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos. 
• Bronquíolos respiratórios: estão envolvidos tanto na condução de ar quanto na troca 
gasosa. 
• Ductos alveolares: vias respiratórias alongadas, formadas a partir da confluência das 
aberturas para os alvéolos. 
• Sacos alveolares: representam espaços circundados por agrupamentos de alvéolos. 
• Alvéolos: locais primários da troca gasosa. 
Função: troca gasosa entre o ar e o sangue. 
Os pulmões são dois órgãos aéreos de parênquima elástico localizados nas cavidades pulmonares, 
bilateralmente ao mediastino. O pulmão direito apresenta 3 lobos (superior, médio e inferior) e o 
esquerdo, 2 lobos (superior e inferior). Cada lobo é dividido em segmentos menores: os segmentos 
broncopulmonares, que apresentam forma piramidal, com a base voltada para a periferia e o 
vértice para o hilo. 
BIANCA ABREU-MD3 3 
 
A pleura é uma estrutura única e contínua com dois folhetos. O folheto parietal reveste a face 
interna da parede torácica aderindo-se aos arcos costais, graças a um tecido músculo-ligamentoso 
(fáscia endotorácica). Chegando ao hilo, reflete-se sobre si mesma (pleura mediastínica) fixando-se 
ao pulmão, quando adquire, então, o nome de pleura ou folheto visceral. Este folheto insinua-se 
entre os lobos formando as cissuras. O espaço entre os dois folhetos pleurais é virtual e é banhado 
por uma serosidade num ambiente de pressão negativa. 
• VENTILAÇÃO é o processo pelo qual o ar chega até os alvéolos, distribuindo-se 
adequadamente, para que possa entrar em contato com os capilares pulmonares, onde se 
farão as trocas gasosas. A ventilação ocorre por ação da musculatura respiratória, que para 
isso, contraem de forma adequada e coordenada, de modo a aumentar ou reduzir o 
volume da cavidade torácica. 
• A INSPIRAÇÃO é um processo ativo que depende fundamentalmente da contração 
do diafragma e de outros músculos: intercostais externos, escalenos e 
esternocleidomastóideo. 
• A EXPIRAÇÃO é passiva, realizada pela força de retração elástica dos pulmões pelo 
relaxamento dos músculos inspiratórios. Em casos de doenças que afetem a ventilação, 
pode ocorrer uso da musculatura acessória: intercostais internos e músculos abdominais. 
Linhas Torácicas Verticais: exceto a linha médio-esternal e a médio-espinhal, todas são bilaterais, 
com uma em cada hemitórax. 
• Linha médio-esternal: traçada no plano mediano, no meio do esterno, dividindo os dois 
hemitórax. 
• Linha esternal: direita e esquerda, tangencia as bordas do osso esterno. 
• Linha paraesternal: é equidistante entre a linha esternal e a hemiclavicular. 
• Linha hemiclavicular: também denominada linha mamilar, é a vertical traçada a partir do 
ponto médio da clavícula. 
• Linha axilar anterior: seu ponto mais alto localiza-se na prega anterior da axila, separando 
a região anterior do tórax das regiões laterais. 
• Linha axilar média: vertical equidistante entre as linhas axilares anteriores e posteriores. 
• Linha axilar posterior: seu ponto mais alto localiza-se na prega posterior da axila. Separa as 
regiões laterais do tórax da região posterior. 
• Linha escapular: é a linha que acompanha a borda medial da escápula, estando o paciente 
com os membros superiores pendentes. 
• Linha paravertebral: é tangente à borda lateral das vértebras. 
• Linha vertebral ou médio espinhal: passa pelos processos espinhosos das vértebras 
dorsais. 
Linhas Torácicas Horizontais 
• Linhas claviculares superiores: correspondem às bordas superiores das clavículas. 
• Linhas claviculares inferiores: correspondem às bordas inferiores das clavículas. 
BIANCA ABREU-MD3 4 
 
• Linhas das sextas articulações: linhas horizontais que passam pelas sextas articulações 
condroesternais, direita e esquerda. 
• Linha escapular superior: tangencia a borda superior da escápula. 
 
• Anterior: região supraclavicular; região clavicular; região infraclavicular; região mamária; 
região inframamária, região supra -esternal; região esternal superior; região esternal 
inferior. 
• Lateral: região axilar e infra-axilar. 
• Posterior: região supra-escapular; região supra-espinhal; região infra-espinhal; região 
interescapulovertebral; região infra-escapular. 
OBS: A contagem das costelas e dos espaços intercostais faz-se de cima para baixo, seguindo-se a 
linha paraesternal. Como o ângulo de Louis sempre corresponde à 2ª costela, logo abaixo dele 
está o 2º espaço intercostal. Além desta referência, como a primeira costela e o 1º espaço 
intercostal são encobertos pela clavícula, o 2º espaço intercostal situa-se logo abaixo da 
clavícula. 
BIANCA ABREU-MD3 5 
 
• Dor torácica: As principais causas respiratórias são pleurites, pneumotórax 
espontâneo benigno, pneumonias alveolares, infarto pulmonar, e etc. 
• Hemoptóicos: escarros sanguinolentos. 
• Hemoptise: Todo sangramento que sai pela boca de origem respiratória, o aspecto 
varia desde de escarro com raias de sangue até sangue vivo. Causas: Tuberculose, 
Neoplasia Pulmonar, Ferimento por arma branca, etc. 
• Vômica: Eliminação mais ou menos brusca, de uma quantidade abundante de pus ou 
líquido de outra natureza, de origem pulmonar (caverna pulmonar). Causas: Abscesso 
pulmonar, empiema, abscesso subfrênico e mediastinites supuradas. 
• Dispneia: é a dificuldade para respirar, sendo subjetiva quando é identificada apenas 
pelo paciente, e objetiva quando o médico consegue identificar a partir do exame físico. 
Relacionando-se com a atividade física, pode-se classificá-la de dispneia aos grandes, 
médios e pequenos esforços. Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar 
deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para obter alívio. Trepopneia é a dispneia 
que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece com derrame pleural que se 
deitam sobre o lado são. 
• Odinofagia: dor ao deglutir. 
• Disfagia: dificuldade ao deglutir. 
• Sibilância: Chiado, é como o paciente se refere a um ruído que ele pode perceber, 
predominante na fase expiratória da respiração, quase sempre acompanhado de dispneia. 
Seu timbre é elevado e o tom é musical. 
Causas: asma, bronquite aguda e crônica, tuberculose e neoplasia. 
• Rinorreia: qualquer conteúdo que sai pelas narinas. Tipos: mucóide, sanguinolenta, 
purulenta e liquórica. 
• Esternutar: espirrar. 
• Epistaxe: sangramento nasal. Tipo de rinorreia.• Expectoração: todo conteúdo eliminado pela boca após tosse (produtiva). 
• Tosse: consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, 
contração dos músculos expiratórios, terminando com uma expiração forçada, após 
abertura súbita da glote. A tosse pode ser produtiva, sendo esta acompanhada de 
secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca quando é inútil, causando 
apenas irritação das vias respiratórias. 
BIANCA ABREU-MD3 6 
 
o Tosse Quintosa: caracteriza-se por surgir em acessos, geralmente pela 
madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e 
sensação de asfixia. Causas: coqueluche e afecções broncopulmonares. 
o Tosse Síncope: após crise intensa, resulta na perda de consciência. 
o Tosse Bitonal: deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, sendo 
caracterizada por dois sons roucos simultâneos, causados pela tensão exercida 
sobre as cordas vocais. 
o Tosse Afônica: variante da tosse rouca, em casos mais graves, quando há 
destruição das cordas vocais, paralisia dos músculos da glote ou da laringe. 
o Tosse Rouca: é a própria da laringite crônica comum nos tabagistas. Surge por 
alterações de cordas vocais e laringe, sendo o seu timbre extremamente grave. 
o Tosse Reprimida: é aquela que o paciente evita em razão da dor torácica ou 
abdominal que ela provoca. 
o Tosse Psicogênica: quando em situações que implicam certa tensão 
emocional. 
 Características semiológicas da tosse: frequência, intensidade, tonalidade, presença ou ausência 
de expectoração, relação com decúbito e período que predomina. 
• Rouquidão ou disfonia: mudança do timbre da voz que traduz alteração na 
dinâmica das cordas vocais. 
• Cornagem: é a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias 
superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído e tiragem. Causas mais 
comuns são a laringite, a difteria, edema de glote e os corpos estranhos. 
 Observar o tórax do paciente nas vistas anterior, lateral e posterior; pode ser avaliada em dois 
critérios: estática e dinâmica. 
 Avaliação do tórax do paciente desconsiderando os movimentos respiratórios. 
• Abaulamentos 
• Retrações 
• Circulações colaterais 
• Lesões elementares 
• Simetria: Avaliar se está preservada a nível de clavículas e mamilos 
(anteriormente) e escápulas (posteriormente). 
BIANCA ABREU-MD3 7 
 
• Tipo de tórax: 
❖ Torax atípico (normal): apresenta o diâmetro latero-lateral maior que o 
anteroposterior, ou seja, é mais largo e proporcional. 
❖ Tórax típico (variações anatômicas) 
❖ Tórax globoso (em barril ou em tonel): ocorre um aumento do diâmetro 
anteroposterior, com isso os arcos costais ficam mais horizontais e a coluna dorsal 
apresenta-se abaulada. Pode ser fisiológico nos primeiros anos de vida e durante ou 
envelhecimento. Pode ser patológico, em casos de DPOC, comum em enfisematosos. 
❖ Tórax cifótico: observa-se um aumento da curvatura da coluna dorsal, fator que 
contribui para a formação de uma gibosidade. A origem pode ser congênita ou adquirida 
pela má postura, por exemplo. 
❖ Tórax infundiliforme (pectus escavatum): observa-se uma depressão na 
porção inferior do esterno, que pode ser de origem congênita ou adquirida. Os pacientes 
podem apresentar sopros cardíacos devido a compressão dos grandes vasos 
❖ Tórax cariniforme (pectus carinatum): observa-se o esterno mais proeminente 
e os arcos costais mais horizontalizados, chamado de “peito de pombo”. A causa pode ser 
congênita ou adquirida, exemplo: raquitismo na infância 
 
Avaliação dos movimentos respiratórios, observando suas características e alterações 
• Frequência respiratória 
✓ Taquipneico: acima de 22 IRPM 
✓ Eupneico: entre 12 e 22 IRPM 
✓ Bradpneico: abaixo de 12 IRPM 
• Tipo respiratório: 
✓ Costo- abdominal (misto): intensidade dos movimentos similar tanto na parte 
costal quanto diafragmática. É o fisiológico 
✓ Torácico ou costal: predominância dos movimentos da parte superior do tórax, com 
maior atividade dos músculos intercostais. Pode ocorrer na gravidez ou patologias que 
atinjam o diafragma 
BIANCA ABREU-MD3 8 
 
✓ Abdominal ou diafragmático: predominância dos movimentos inferiores 
(diafragma). Ocorre Geralmente em afecções dolorosas do tórax (fraturas, rigidez das 
cartilagens...) 
• Ritmo respiratório 
 Regular: normalmente a expiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, sucedendo-se os 
dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leve pausa. 
Irregular: 
✓ Cheyne-Stokes: caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões 
respiratórias cada vez mais profundas até atingir um máximo para depois vir decrescendo 
até nova pausa. Causas mais frequentes são a insuficiência cardíaca (principal causa), a 
hipertensão intracraniana, AVC e os traumatismos cranioencefálicos. 
✓ Biot: a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira de apneia, seguida de 
movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude. As 
causas são hipertensão intracraniana e lesões do sistema nervoso central. 
✓ Kussmaul: inspirações profundas seguidas de pausas - expirações curtas também 
seguidas de pausas. A acidose, principalmente a diabética, é a sua causa principal. 
 
• Amplitude respiratória: avalia-se a amplitude respiratória na inspeção dinâmica 
pedido para que o paciente realize uma inspiração profunda seguida de uma 
expiração profunda. É confirmada na palpação. 
• Tiragens: uso excessivo da musculatura acessória, podendo ser intercostais e 
subcostais. Presente em patologias, como síndrome consolidativa. 
Além de complementar a inspeção, permite uma avaliação melhor da superfície torácica, devendo 
também ser realizada nas vistas anterior, lateral e posterior. 
BIANCA ABREU-MD3 9 
 
• Amplitude/Expansibilidade: Solicita-se que o paciente realize uma respiração 
forçada “puxando o ar pelo nariz e soltando o ar pela boca” enquanto avalia o 
movimento das mãos acompanhando o tórax. Anteriormente, deve ser avaliada 
com as mãos espalmadas em 3 tempos: 
1. Região supra e infraclavicular 
2.Região Infraclavicular e Mamária e 3. Região Inframamária. 
 Lateralmente, deve começar desde o oco axilar,realizando em 3 tempos nas regiões superiores, 
médias e inferiores. 
Posteriormente, pode ser avaliada com as mãos sobre estruturas ósseas, pois estas acompanham a 
expansão pulmonar, não sendo necessária a manobra facilitadora (cruzar os braços), iniciando com 
as mãos na região supraescapular, com a borda interna na base do pescoço, os polegares apoiados 
na região paravertebral e os demais dedos alcançam a região supraclavicular, o segundo tempo é 
realizado com as mãos sobre a área da escápula e o terceiro tempo se realiza com as mãos em 
arcos na região infraescapular. Nas demais regiões, segue o mesmo padrão. 
Dessa forma, os possíveis resultados podem ser: amplitude preservada (normal) ou diminuída. 
• Frêmito Toracovocal (FTV): corresponde às vibrações das cordas vocais 
transmitidas à parede torácica, desde a laringe através de toda a estrutura 
brônquica e parênquima pulmonar. Pede-se para o paciente pronunciar as 
palavras "trinta e três" toda vez que encostar com a face palmar no tórax da 
paciente, nunca encostando os dedos, realizando a comparação em regiões 
simétricas do tórax, podendo ser feita em barra grega ou com as duas mãos 
simultaneamente. 
Na região posterior, o examinador se posiciona posterior ao paciente e solicita que o mesmo cruze 
os braços para que as escápulas possam se afastar. Primeiramente o avaliador com a mão 
espalmada com a região tenar e hipotênar avalia a região supraescapular direita e esquerda. Na 
região nterescapulovertebral, o avaliador utiliza a borda medial da mão e na região subescapular o 
avaliador utiliza a mão espalmada sem encostar os dedos para finalizar o exame. Lembrar de não 
palpar sobre estruturas ósseas. 
Na Região Lateral, solicita-se que o pacientecoloque as mãos sobre a cabeça, e o avaliador repousa 
a mão espalmada na região axilar direita e esquerda, sempre comparativo e posteriormente, faz da 
mesma forma na região infra-axilar. 
Na Região Anterior, o avaliador inicia o exame na região supraescapular com as pontas dos dedos 
(sendo a única região em que o FTV é avaliado com os dedos), nas demais regiões, o FTV é avaliado 
com as mãos espalmadas mantendo os polegares unidos na linha média. 
Dessa forma, os possíveis resultados da avaliação do FTV podem ser: diminuído, preservado e 
aumentado. 
• Elasticidade da Parede Torácica; 
• Atrofias Musculares 
• Contraturas Musculares. 
BIANCA ABREU-MD3 10 
 
Golpeia-se com o 3º quirodáctilo da mão direita a superfície dorsal da falange do terceiro 
quirodáctilo da mão esquerda. O dedo plexor é o que golpeia e o plexímetro é o dedo golpeado. 
Para realizar a percussão, o plexímetro é colocado firmemente na área a ser percutida, sendo ele o 
único dedo que deve tocar o tórax do paciente. Em seguida o dorso do plexímetro é golpeado com 
a ponta do dedo plexor. O movimento deve ser feito a partir de articulações do punho e dedo 
plexor. 
Percutir o tórax nas regiões anterior, laterais e posterior, NÃO sendo uma avaliação comparativa. 
Obtém-se então: som claro pulmonar (normal), submaciço (pneumonia), maciço (derrame pleural e 
atelectasia) ou timpânico (pneumotórax). Normalmente usa-se a linha hemiclavicular, linha axilar 
média e linha paravertebral. Não esquecer de explorar tanto a parte medial da mama como a parte 
lateral. 
Pode-se percutir um hemitórax e depois o outro. 
Descrição normal: anteriormente observamos a partir do quinto e/ou sexto EIC direito 
submacicez ou macicez (fígado), também a partir do terceiro e/ou quarto EIC esquerdo 
submacicez ou macicez (coração) e nas demais regiões percutidas, tem-se normalmente som 
claro pulmonar. 
 Não há focos pulmonares, é simétrica e comparativa, nas regiões anterior, laterais e posterior do 
tórax. 
 Paciente deve-se posicionar à direita do paciente e, com auxílio do estetoscópio, realizar a ausculta 
em movimento de barra grega (foto abaixo), sempre em ambiente silencioso. 
 
Descrição normal: murmúrio vesicular presente bilateralmente, sem ruídos adventícios. 
BIANCA ABREU-MD3 11 
 
O QUE É O MURMÚRIO VESICULAR? CORRESPONDE AO RUÍDO RESPIRATÓRIO OUVIDO NA 
MAIOR PARTE DO TÓRAX, QUE É PRODUZIDO PELA TURBULÊNCIA DO AR AO CHOCAR-SE 
CONTRA AS SALIÊNCIAS DAS BIFURCAÇÕES BRÔNQUICAS E AO PASSAR POR CAVIDADES DE 
TAMANHOS DIFERENTES. O COMPONENTE INSPIRATÓRIO É MAIS INTENSO, MAIS 
DURADOURO E DE TONALIDADE MAIS ALTA EM RELAÇÃO AO COMPONENTE EXPIRATÓRIO. 
Murmúrio Vesicular: Corresponde ao ruído respiratório ouvido na maior parte do tórax, que 
é produzido pela turbulência do ar ao chocar-se contra as saliências das bifurcações brônquicas e 
ao passar por cavidades de tamanhos diferentes. O componente inspiratório é mais intenso, mais 
duradouro e de tonalidade mais alta em relação ao componente expiratório. 
Sopro glótico fisiológico: É o som causado pela quebra do fluxo laminar do ar quando 
encontra com a fenda glótica, causando turbilhonamento do ar. Ele pode ser auscultado na região 
cervical anterior mais lateralizada. 
Som traqueal: É o som causado pelo turbilhonamento do ar na carina traqueal. Pode ser 
auscultado ao nível da fúrcula esternal. 
Estertores: Sons descontínuos, presentes na inspiração decorrentes do turbilhonamento de 
líquido presente no interior dos alvéolos pela corrente de ar que chega na inspiração. 
✓ Finas Bolhas (Crepitantes): sons gerados quando há pouco exsudato nos 
alvéolos pulmonares, sendo este de consistência viscosa. Som semelhante ao atritar de 
cabelo. Comum em síndromes consolidativas. 
✓ Grossas Bolhas (Subcrepitantes): sons gerados quando há muito 
extravasamento de líquido para os alvéolos pulmonares, gerando um grande número de 
bolhas. Som semelhante ao soprar um copo cheio de água com um canudo. Comum em 
Edema agudo de pulmão. 
 Ronco: sons graves, de baixa frequência, gerados pela obstrução parcial de brônquios de grande 
e médio calibres. São sons contínuos, mas PREDOMINANTEMENTE presentes na expiração. 
Sibilo: sons agudos, de alta frequência, gerados pela obstrução parcial de brônquios de pequeno 
calibre e bronquíolos. Assim como os roncos, são sons contínuos, mas PREDOMINANTEMENTE 
presentes na expiração 
→ Podem ser classificados como Monofônicos quando tem apenas 1 causa, e o som apresenta-se 
homogêneo ou como Polifônicos quando possuem 2 ou mais causas, e o som possui caráter 
heterogêneo. 
→ Causas (BEM CECI): Broncoespasmo, Edema, Muco, Compressão Interna e Compressão Externa 
BIANCA ABREU-MD3 12 
 
 Sopros pleuro-pulmonares: 
✓ Tubário: som bate e volta na parede (síndrome consolidativa). 
✓ Cavitário - ar passando por uma caverna pulmonar (tuberculose). 
✓ Anfórico: ar passando de uma câmara de ar maior para uma câmara de ar menor 
(pneumotórax). 
✓ Cavitário: ar passando por uma caverna pulmonar (tuberculose). 
Atrito pleural: som gerado quando há uma fibrose dos folhetos pleurais, gerando um atritar 
semelhante ao ranger de couro. Podem estra presentes na pleurite (Inflamação das pleuras). 
Estridor: som gerado pela obstrução parcial das vias aéreas superiores (laringe e traqueia). 
Comuns em reações alérgicas graves com edema de glote, tumores de laringe, aspiração de corpo 
estranho, coqueluche etc. 
Também chamado de radiografia, é um exame de imagem não-invasivo, rápido e de baixo custo, 
que utiliza como princípio para a formação de imagens a diferença de resistência (densidade) dos 
tecidos à penetração dos raios X. Assim, tecidos mais densos estabelecem maior resistência a 
penetração pelos raios x, ou seja, é mais difícil “atravessar” o corpo (denominados radiodensos ou 
radiopacos); e tecidos menos densos estabelecem menor resistência a penetração, ou seja, 
“atravessam” o corpo com facilidade (denominados radiotrasnparentes ou radiolucentes). 
Por exemplo, um osso é uma estrutura densa e dificulta a penetração da radiação, portanto é 
denominado radiodenso, aparecendo “branco” na radiografia. Já o pulmão, por ser preenchido por 
ar e formado por tecidos moles, é uma estrutura pouco densa, sendo denominado radiolucente e 
aparecendo mais escuro na radiografia. 
A análise das radiografias busca anormalidades nessa densidade das estruturas do corpo, como em 
uma fratura, em que o osso perde a sua continuidade e o local da fratura é flagrado na radiografia 
como um corte escuro, ou em processos fibróticos de uma síndrome pulmonar, em que são 
flagradas regiões mais claras dentro do parênquima pulmonar. 
A imagem radiográfica é uma projeção uniplanar referente ao somatório de todas as estruturas do 
corpo (em 2 dimensões), portanto, ao avaliar uma incidência isoladamente não é possível a 
localização exata de determinada anormalidade. Assim, geralmente são pedidas radiografias de 
tórax em pelo menos 2 incidências perpendiculares (PA e Perfil). 
 PÓSTERO-ANTERIOR (PA) 
• Representa a incidência mais utilizada para a radiografia do tórax. 
BIANCA ABREU-MD3 13 
 
• O paciente fica de costas para o foco de raios X e de frente para o filme 
radiológico, fazendo com que os raios penetrem no tórax no sentido póstero-
anterior, o que minimiza a magnificação (falso aumento) da silhueta cardíaca. 
• Além disso, o paciente deve estar em pé, com os punhos apoiados na cintura e os 
ombros forçados para frente, de modo a tirar as escápulas de cima dos campos 
pulmonares. 
• A distância entre o foco de raios X e o paciente deve ser de no mínimo 1,5 a 1,8 m, 
também com o objetivo de minimizar o efeito de magnificação. 
• O paciente deve realizar ainda a inspiração máxima, para radiografar o maior 
volume pulmonar possível. 
 
 ÂNTERO-POSTERIOR (AP) 
• É indicado para crianças pequenas e pacientes debilitados impossibilitados de ficar 
em pé. 
• É realizada com o paciente de costaspara o filme radiográfico, fazendo com que 
os raios X penetrem no tórax no sentido ântero-posterior, magnificando a silhueta 
cardíaca. • Por não ser realizado em posição ortostática, impossibilita a inspiração 
máxima e compromete a análise do campo pulmonar, e pode mascarar derrames 
pleurais ou até confundi-los com doenças parenquimatosas. 
 
BIANCA ABREU-MD3 14 
 
 PERFIL 
• É utilizado de maneira complementar à radiografia em PA, ajudando na localização 
e descrição da lesão. 
• O paciente deve estar em pé, com os braços elevados sobre a cabeça e a parede 
lateral esquerda do tórax em contato com o filme radiográfico para evitar a 
magnificação da silhueta cardíaca. 
 
 Esquerda 
• Botão aórtico 
• Silhueta cardíaca 
• Bolha gástrica 
 Direita 
o Hemicúpula diafragmática direita mais 
• superior 
o Identificação: canto superior direito 
• (em último caso) 
Centralização 
• Analisar o campo pulmonar (seio 
costofrênico), que deve 
estarbcompletamente dentro do filme 
radiográfico; 
• Escápulas devem estar fora do 
campopulmonar; 
• As margens internas das clavículas 
deverão estar equidistantes do processo 
espinhoso das vértebras dorsais. 
 
BIANCA ABREU-MD3 15 
 
Penetração 
• Processos espinhosos devem estar visíveis a nível do botão aórtico. 
• Deve ser feita a diferenciação de tecidos. 
 
 Inspiração 
• Acima de 9 costelas visíveis ou 8 EIC. 
 
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• A: “air way” → vias aéreas (traqueia, brônquios, hilos, parênquima 
pulmonar e pleura). 
• B: “bone” → ossos (coluna vertebral, clavículas, costelas, ombros e esterno). 
• C: “circulation” → aorta, coração e mediastino. 
• D: “diafragma” → partes moles (diafragma e seios costofrênicos). 
• E: “exterior” → sondas, cateteres e drenos. 
 
SEIOS COSTROFRÊNICOS → Representam o encontro, no filme radiográfico, da cúpula 
diafragmática com a parede torácica, devendo estar habtualmente livre e formando um ângulo 
agudo 
 
 
 
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ÍNDICE CARDIOTORÁCICO 
O índice cardiotorácico corresponde à relação entre o diâmetro transverso cardíaco e o diâmetro 
transverso da caixa torácica na incidência PA, avaliando as dimensões do coração e sendo meio 
diagnóstico para cardiomegalia. 
 Em indivíduos adultos normais, a relação deve ser igual ou menor a 0,5, o que significa que o 
diâmetro do coração não pode ser maior que a metade do diâmetro da caixa torácica. Em crianças 
esse índice pode chegar até 0,6 em normalidade. Entretanto, esse exame sofre influência de alguns 
fatores que podem dar falsos resultados: 
• Em pacientes brevilíneos ou obesos, em que há a elevação do diafragma e, 
consequentemente, a horizontalização do coração e aumento do seu diâmetro 
transverso, tendem a apresentar um ICT maior e um falso diagnóstico de 
cardiomegalia. 
• Em pacientes longilíneos ocorre o contrário, o diafragma está rebaixado e o 
coração verticalizado, diminuindo o seu diâmetro transverso e o seu ICT. 
 
Derrame pleural se caracteriza pelo acúmulo anormal de líquido no espaço pleural, causado ou 
pelo aumento na produção ou pela diminuição da absorção. 
A sua fisiopatologia depende basicamente dos efeitos pleurais das doenças sistêmicas ou de 
doenças que comprometam diretamente a pleura, podendo ser causado em diferentes situações: 
1. Desequilíbrio nas pressões hidrostática e/ou oncótica pleurais, que ocorre em casos de 
insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, embolia pulmonar, derrame parapneumônico 
nãocomplicado, derrame pericárdico e atelectasia. 
2. Alteração da permeabilidade capilar pleural, que cursa com aumento de proteínas no 
espaço pleural e alteração do gradiente osmótico, e ocorre em casos de doenças 
inflamatórias, como pleurites e pneumonias. 
BIANCA ABREU-MD3 18 
 
3. Por mecanismo direto, como na ruptura de vasos intratorácicos e do ducto torácico, ou 
pela passagem de líquido da cavidade abdominal, seja por fenestras, hérnias ou pelos 
linfáticos diafragmáticos. 
4. Diminuição da absorção do líquido pleural, que pode ocorrer por três mecanismos 
diferentes: obstrução linfática, elevação das pressões venosas sistêmicas ou ruptura do 
sistema aquaporina (sistema de transporte de água). A obstrução linfática é causada 
predominantemente pelas neoplasias e pela pleurite tuberculosa. 
O derrame pleural pode ser classificado em transudativo e exsudativo. Transudatos se caracterizam 
por derrames em que não há agressão pleural, enquanto nos exsudatos há um processo 
inflamatório pleural, com aumento da permeabilidade capilar e liberação de mediadores. 
Além disso, também é possível classificar o derrame pleural quanto ao seu conteúdo: 
1. Hidrotórax (transudato). 
2. Hemotórax (sangue). 
3. Quilotórax (linfa). 
4. Empiema pleural (pus) 
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO (NO LOCAL DA LESÃO) 
• Inspeção estática: abaulamento, e, caso a lesão seja grande e afete o 1/3 superior do 
pulmão o paciente pode apresentar desvio de fúrcula para o lado oposto da lesão. 
• Inspeção dinâmica: diminui a amplitude respiratória e há aumento de frequência 
respiratória; 
• Palpação: frêmito tóraco-vocal abolido e diminuição de amplitude respiratória. 
• Percussão: som maciço no local da lesão. 
• Ausculta: Murmúrio Vesicular abolido. 
 DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA 
 Lesão hipotransparente predominantemente 
homogênea no terço inferior do pulmão esquerdo 
(rx abaixo), apresentando parábola de damoiseau 
(caso seja visível) com aumento do EIC e desvio das 
estruturas mediastinais para o lado oposto da lesão. 
Pneumotórax é a presença anormal de ar na 
cavidade pleural, que eleva a pressão intrapleural e 
causa o colapso do pulmão. 
Pode ser classificado em dois tipos: 
1. Pneumotórax aberto: ocorre pelo 
rompimento do folheto parietal da pleura, criando uma solução de continuidade entre a 
cavidade pleural e o meio externo. 
2. Pneumotórax fechado ou hipertensivo: ocorre pelo rompimento do folheto visceral da 
pleura, criando uma solução de continuidade entre a cavidade pleural e o pulmão. É 
denominado hipertensivo porque conforme a respiração, o ar tende a ir se acumulando 
BIANCA ABREU-MD3 19 
 
cada vez mais na pleura, comprimindo e colapsando o pulmão, mas também comprimindo 
as estruturas adjacentes, como o mediastino, o esôfago, a traqueia, o coração e o próprio 
pulmão contralateral a lesão, causando cada vez mais dificuldade para respirar, diminuição 
do retorno venoso e redução do oxigênio no sangue. Se não tratado rápido causa perda de 
consciência, coma e morte. 
O pneumotórax também pode ser classificado quanto a sua causa: 
1. Espontâneo: ocorre por causa interna, sendo dividido em primário (quando não há doença 
pulmonar associada) e secundário (causado por uma doença pulmonar pré-existente, 
como DPOC, pneumonia ou tuberculose). 
2. Adquirido: ocorre por causa externa, principalmente devido eventos traumáticos ou 
terapias invasivas. 
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO (NO LOCAL DA LESÃO) 
• Inspeção estática: abaulamento e desvio de fúrcula esternal para o lado oposto da lesão. 
• Inspeção dinâmica: diminuição da amplitude respiratória e aumento da frequência 
respiratória. 
• Palpação: frêmito tóraco-vocal abolido e diminuição da amplitude respiratória. 
• Percussão: som timpânico na área da lesão. 
• Ausculta: murmúrio Vesicular abolido, pode haver sopro anfórico. 
 DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA 
 lesão hipertransparente predominantemente 
homogênea, localizada no terço médio e 
inferior do pulmão direito (rx abaixo), 
apresentando aumento de EIC e desvio das 
estruturas mediastinais para o lado aposto da 
lesão. 
 
 
Atelectasia é o colapso do pulmão ou de um 
lobo pulmonar que ocorre devido uma 
obstrução total de um brônquio. Com a 
obstrução total de um brônquio, os alvéolos supridos por ele deixam de receber ar, consumindo o 
seu volume residual e líquido surfactante, o que causa colabamento alveolar. A repercussão da 
atelectasia depende do nível brônquico obstruído,por exemplo, se um brônquio principal for 
obstruído há o acometimento de todo o pulmão, por outro lado se um brônquio lobar ou 
segmentar for obstruído há o acometimento de apenas um lobo pulmonar. 
As causas da atelectasia podem ser definidas em 4 tipos: 
a. Reabsortiva: quando uma obstrução da via aérea impede a troca gasosa e o gás 
dentro do pulmão é consumido, sendo a principal causa de atelectasia e 
BIANCA ABREU-MD3 20 
 
geralmente decorrente do acúmulo de transudato mucoso (tampão mucoso), mas 
também pode ser causado por tumores compressivos, aspiração de corpos 
estranhos e coágulos sanguíneos. 
b. Compressiva ou passiva: quando um derrame pleural ou pneumotórax comprime 
o parênquima pulmonar fazendo o mesmo colabar. 
c. Adesiva: diminuição ou falta da produção de surfactante pelos pneumócitos tipos 
II como causa primária. 
d. Cicatricial: quando um processo cicatricial ou fibrótico reduz a capacidade do 
pulmão de expandir. Obs: Anestesia geral também pode levar a uma atelectasia 
no pós-operatório, por reduzir o trabalho dos músculos respiratórios e, 
consequentemente, reduzir a inspiração e a expansão alveolar. O colapso do 
pulmão cria uma pressão negativa entre o pulmão e a parede torácica, 
resultando na retração das estruturas adjacentes para o lado da lesão. 
 
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO (NO LOCAL DA LESÃO) 
• Inspeção estática: retração e desvio da fúrcula esternal (caso a lesão seja em terço 
superior do pulmão) para o lado da lesão. 
• Inspeção dinâmica: diminuição da amplitude e aumento da frequência respiratória. 
• Palpação: frêmito tóraco-vocal abolido e amplitude respiratória diminuída. 
• Percussão: som maciço no local da lesão. 
• Ausculta: Murmúrio vesicular abolido. 
DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA 
 Lesão hipotransparente predominantemente 
homogênea no terço médio e inferior do 
pulmão direito (Rx abaixo), com diminuição dos 
EIC e desvio das estruturas mediastinais para o 
lado da lesão. 
 
A síndrome consolidativa é caracterizada pela 
ocupação dos espaços alveolares por exsudato e 
células/substâncias inflamatórias, e edema de 
suas paredes, evoluindo para deposição de 
tecido conjuntivo e consolidação do parênquima 
pulmonar. São causadas principalmente por processos infecciosos, geralmente pelos pneumococos 
(Streptococcus pneumoniae). Inclui pneumonias e tuberculose 
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO (NO LOCAL DA LESÃO) 
• Inspeção estática: sem alterações. 
• Inspeção dinâmica: diminuição da amplitude respiratória e aumento da frequência 
respiratória. 
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• Palpação: aumento do frêmito tóraco-vocal e diminuição da amplitude respiratória. 
• Percussão: som submaciço no local da lesão. 
• Ausculta: Murmúrio Vesicular diminuído, estertor crepitante, sopro tubário. 
 DESCRIÇÃO RADIOLÓGICA 
Lesão hipotransparente predominantemente heterogênea, localizada no terço inferior do pulmão 
direito, indiferente aos EIC e estruturas mediastinais. 
 
Obs: O Sinal do Broncograma Aéreo é a visualização anormal dos brônquios intrapulmonares no 
meio da opacidade parenquimatosa de uma síndrome consolidativa. Os brônquios contêm ar que 
contrasta com o parênquima densificado (com presença de sangue, células e exsudato). É 
importante lembrar que este sinal localiza a doença no parênquima pulmonar, mas que a sua 
ausência não a exclui. 
Quando o computador recebe os sinais elétricos do detector, ele pode transformar esses dados em 
imagens de diferentes ângulos, variando o plano corporal em Coronal, Sagital e Axial (transversal). 
Lembre-se que em uma tomografia temos uma visão de baixo para cima, portanto o lado direito na 
imagem corresponde ao pulmão esquerdo e vice-versa. 
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A imagem é formada pelo computador e não pela exposição de um filme a radiação como no 
exame de Raio-X. Dessa forma, o médico ou técnico que realizam o exame podem alterar os 
valores de contraste e brilho, dando evidência a um determinado tipo de estrutura e densidade 
específica. Essas variações são conhecidas como Janelas. 
• A janela de pulmão evidencia as estruturas no parênquima pulmonar. 
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• A janela de 
mediastino evidencia 
as estruturas 
mediastinais como o 
coração. 
• A janela óssea que 
evidencia as 
estruturas ósseas em 
campo. 
 
 
 
 
 
As lesões pulmonares que aparecem na tomografia podem ser classificadas de acordo com o 
padrão da lesão: 
 
 
SÍNDROME CONSOLIDATIVA 
Lesão hiperdensa, geralmente respeita as fissuras pulmonares e pode apresentar broncograma 
aéreo. 
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 ATELECTASIA 
Lesão hiperdensa 
 
PNEUMOTÓRAX 
Lesão hipodensa 
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DERRAME PLEURAL 
Lesão hiperdensa melhor visualizada em janela de mediastino, geralmente se encontra na 
região inferior da tomografia pois o paciente na hora do exame está em decúbito dorsal e a 
ação da gravidade faz o líquido escoar para baixo.

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