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Animais peçonhentos
Escorpionismo
É um acidente muito comum, principalmente com crianças. 
Os escorpiões são animais muito resistentes, apresentando alta capacidade de adaptação acarretando padrões irregulares de distribuição geográfica.
Os principais agentes de importância médica são Tityus serrulatus (se desenvolve por parternogênese – só existem fêmeas) e Tityus bahiensis
O hábito noturno é registrado na maioria das espécies
O Tityus serrulatus é o principal, sendo amarelo, possuindo as pernas e caudas amarelo-clara e tronco escuro. O Tityus bahiensis são escorpiões pretos ou marrom.
A dor local de uma picada é muito forte, na maioria das vezes não sendo possível encontrar o local de inoculação. Anestésicos locais são os mais eficazes para esse tipo de animal.
Quadro clinico local é uma dor de intensidade variável, com sinais inflamatórios pouco evidentes. De evolução benigna na maioria dos casos, tem duração de algumas horas e não requer soroterapia.
O quando sistêmico é o desbalanço entre o sistema nervoso simpático e parassimpático, responsável pelas formas graves de escorpianismo. Manifesta-se inicialmente com sudorese profusa, agitação psicomotora, hipertensão e taquicardia. A sonolência, náuseas e vômitos constituem sinais premonitórios de evolução para gravidade e consequente indicação de soroterapia.
Classificação
Leves: apresentam apenas dor local e as vezes parestesias
Moderados: caracterizam-se por dor intensa no local da picada e manifestações sistêmicas do tipo sudorese discreta, náuseas, vômitos ocasionais, taquicardia, taquipneia e hipertensão leve.
Graves: apresentam uma ou mais manifestações como sudorese profusa (grande quantidade), vômitos incoercíveis, salivação excessiva, alternância de agitação com prostração, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque, convulsões e coma, além de todos os sintomas anteriores.
Não se pode administrar soro em todos os casos por risco de crise alérgica, já que o soro é fabricado a partir do isolamento dos anticorpos do cavalo.
Exames complementares
ECG: pode mostrar taquicardia ou bradicardia sinusal, extra-sistoles, ventriculares, distúrbios da repolarização ventricular como inversão da onda T.
Exames de imagem como o ecocardiograma
Exames laboratoriais
Tratamento
Sintomáticos: consiste no alívio da dor por infiltração de lidocaína a 2% sem vasoconstritor (1ml a 2ml para crianças e 3ml-4ml para adultos) no local da picada ou uso de dipirona na dose de 10 mk/Kg de peso a cada seis horas
Dose tóxica da lidocaína: 5mg/Kg sem vasoconstritor
Geralmente os acidentes com escorpião acontecem nas extremidades, não podendo utilizar vasoconstritores. Quando o paciente está em uma crise simpática também não se recomenda os vasoconstritores por causa da exacerbação dos sintomas.
Lidocaína a 2% em um fraco de 20ml significa que possui 20mg/ml. A ropivocaína a 1% em um fraco de 20ml se tem 10mg/ml.
Nos casos moderados a graves há administração de soro antiescorpiônico. Possui o objetivo de neutralizar o veneno circulante.
Himenópteros
As abelhas africanas são as mais comuns no Brasil e atacam em bando. 
Existem muitas reações alérgicas (anafilaxias) graves a abelhas, formigas e vespas, podendo levar a um choque anafilático.
O mais importante é a quantidade de picadas que o individuo recebeu para determinar a gravidade do caso.
As abelhas possuem enzimas degradativas (causa da dor), grandes peptídeos e pequenos peptídeos. A reação alérgica é causa pelas proteínas.
Em um ataque múltiplo de abelhas pode se desenvolver um quadro tóxico de envenenamento. 
Não existe soro disponível para a picada de abelhas. 
A retirada dos ferrões da pele deverá ser feita por raspagem com lâmina e não pelo pinçamento de cada um deles, pois a compressão poderá espremer a glândula ligada ao ferrão e inocular no paciente o veneno ainda existente.
O tratamento de reações anafiláticas é a epinefrina intramuscular (0,3 a 0,5 mg no adulto). Não fazer repetições em intervalos de 5 a 15 minutos em pacientes sistêmicos persistentes.
Alguns pacientes são refratários a adrenalina devido ao uso de betabloqueadores. Nesse aso, deve-se utilizar o glucagon para reverter os efeitos do betabloqueador e permitir a ação da epinefrina. 
Ictismo
Existem acidentes por ingestão passivo e acidentes por ferroadas ou mordeduras. 
Os acidentes acantotótoxicos são causados por arrais. Se elas são acidentalmente pisadas ou tem suas nadadeiras tocadas, a arraia gira o corpo em comportamento defensivo, movimentando a cauda rapidamente e assim, introduzindo o ferrão na vítima
O veneno é termolábil, além do veneno o ferrão causa uma laceração que leva a infecção secundária e necrose, especialmente e locais de clima. 
A inativação das toxinas é a forma ideal para neutralizar o acidente. O soro fisiológico aquecido é a melhor forma de tratar o ferimento. Deve-se inserir membro ferido em agua morna de 30-90 minutos.

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