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Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 Histerossalpingografia • É um exame que serve para verificar a permeabilidade das trompas de Falópio. É usada em casos de infertilidade ou antes de uma inseminação artificial, ou para outro diagnóstico de doença uterina e/ ou tubar • É o exame radiológico da cavidade uterina e das trompas após opacificação pela injecção de um produto de contraste no interior do útero, através do colo. • Basicamente, a HSG consiste na injeção de um contraste opaco aos raios-X, através de uma cânula especial colocada no colo uterino. A injeção vai delinear as cavidades cérvico-corporais, as cavidades tubárias até a difusão do contraste na cavidade pélvica, quando as trompas são permeáveis. • A progressão do contraste deverá ser monitorada pelo fluoroscópio e as imagens vão sendo gradativamente selecionadas no seriógrafo. • Diz-se que um histerosalpingograma é normal quando as cavidades cérvico-corporais se enchem regularmente com o contraste, exibindo os padrões anatômicos normais o Primeira imagem: quando as cavidades se enchem regularmente com o contraste o Segunda imagem: quando ocorre o enchimento das trompas o Terceira imagem: é a difusão do contraste na cavidade peritoneal • Técnica o O ideal é que o exame seja realizado entre o 6° e o 12° dia do ciclo menstrual, isto é, logo após o final da menstruação e o 12° dia do início da menstruação, para não correr o risco de ser realizado na vigência de uma gravidez em fase inicial. o No dia do exame, a paciente deve tomar antiespasmódico ou anti-inflamatório 30 min antes de sua realização, para prevenir dor tipo cólica. o O produto de contraste utilizado é habitualmente o Telebrix-Hystero (iodo) ÓRGÃO EXAMINADO RESULTADO NORMAL RESULTADO ALTERADO POSSIVEL DIAGNÓSTICO ÚTERO Formato normal que permite que o contraste se espalhe Útero deformado, com nódulos ou ferido Malformação, mioma, polipos, sinequia, septo vaginal ou endometriose TROMPAS DE FALÓPIO Forma normal com trompas desobstruidas Trompas com malformações, inflamadas ou com obstrução Obstrução das tompas, malformação, endometriose, hidrossalpingite ou DIP • Contraindicações o Alergia ao iodo o Suspeita de gravidez o Vaginite e cervicite o Salpingite ocorrida em período inferior a 6 meses Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 o Fases pré e pós menstruação imediata • Complicações o Alterações neurovegetativas (tremores ou lipotimia) o Sinais de reação vagal que cedem aos ansiolíticos o Infecção tubar • Indicações o Infertilidade – em 85% das indicações, com o objetivo de detectar lesões no trato genital responsáveis pela infertilidade primária ou secundária. o Más-formações uterinas - juntamente com a laparoscopia e a ressonância magnética, a HSG diagnostica com precisão todas as más-formações do trato genital. o Tumores cavitários - pólipos ou mioma submucoso, com ou sem sangramentos genitais. o Sinéquias intrauterinas - permitindo uma visão de conjunto, o que não ocorre com os outros métodos. o Estudo da permeabilidade tubária - identificando os pontos de obstrução, seja proximal, seja na porção média ou na porção distal, com formação ou não de hidrosalpinge; também detecta aderências peritubárias. o Incompetência ístimo-cervical - responsável por uma grande percentagem de abortamentos de repetição e partos prematuros. o Adenomiose o Tuberculose genital - especialmente tubária, exibindo a clássica imagem em rosário. o Hipoplasia uterina e tubária (trompas filiformes e sinuosas) - retardando a passagem do contraste até a sua dispersão na cavidade peritoneal. o Miomas - Especialmente na variedade submucosa, livre na cavidade uterina e naqueles miomas evoluindo para a cavidade e que nela estão fazendo uma protrusão. o Localização de dispositivo intrauterino (DIU) e corpos estranhos – atualmente a preferência é pela histeroscopia que, além de diagnosticá-los, poderá removê-los de imediato. o No controle pós-operatório das reanastomoses tubárias, correção de más-formações uterinas etc. Útero Bicorno • É uma má formação congênita no útero que se caracteriza por conter uma membrana “sulco” que divide o útero em dois. Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 Salpingite • A salpingite ístmica nodular é uma lesão sediada na porção ístmica da trompa, uni ou bilateral caracterizada pela presença de nódulos devido à proliferação da mucosa tubária, formação de pequenos divertículos na superfície tubária com projeção para a luz tubária. Condicionam obstrução ístmica sendo causa de infertilidade. • A hidrossalpinge é a dilatação das tubas uterinas, devido a uma obstrução distal das trompas com aglutinação das fímbrias e inversão para dentro da porção empolar e coleção de líquido claro na trompa podendo atingir volumes os mais variados. Muitas vezes com o aumento da pressão intratubária o hidrosalpinge evacua através o útero havendo urna descarga vaginal. Isto é que os antigos autores chamavam de “Hydrops tubae profluens” podendo o hidrosalpinge se refazer a seguir. Na sua maioria representa uma sequela da infecção gonocócica. Com a distensão exagerada da mucosa tubária a mesma sofre um processo de atrofia com grandes danos para a fertilidade A tuba uterina direita encontra-se totalmente opacificada, com peritonização do meio de contraste (prova de cotté positiva) Salpingite ístmica nodosa bilateral Hidrossalpingite bilateral com obstrução tubaria Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 Obstrução Tubária • A obstrução proximal: é quando a sede do bloqueio corresponde ao segmento intramural da trompa podendo se estender um pouco para a porção ístmica; • A obstrução média corresponde a porção mesial da trompa e geralmente observada após uma laqueadura tubária; • A obstrução distal correspondendo a porção fimbriaria que se aglutina e se inverte para dentro da empola observada nos hidrosalpinges uni ou bilaterais. Sinéquias Uterinas • Resultam de uma colagem de ambas as faces uterinas, sendo geralmente secundárias a um traumatismo (p. ex. curetagem), mas também resultar de atrofia climatérica ou consequência de tuberculose genital. • São variantes anatómicas das sinéquias: o Totais (5%) − geralmente de origem tuberculosa e podem revelar imagens histerográficas em dedo de luva, por opacificação somente da cavidade endocervical, ou por imagem em barrete, com curto trajecto ístmico acima do canal cervical. Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 o Parciais corporais (75%) − geralmente de origem traumática e apresentam-se como imagens lacunares, de forma variável, imutáveis e com bordos recortados Mioma Uterino • São tumores benignos que se desenvolvem à custa de fibras musculares lisas. • No útero tem localização na cavidade sendo denominados de submucosos; ou na massa miometrial denominadas de miomas intramurais e quando se localizam no perimétrio são designados como miomas suberosos. • Os miomas suberosos podem atingir grandes volumes sem darem sintomas hemorrágicos podendo, no entanto, serem responsáveis por sintomas devido a compressão exercida sobre a bexiga ou reto. • Os miomas poderão se localizar no colo uterino - miomas cervicais - e na região ístmica denominados de miomas istmo uterino, bem como entre as folhas do ligamento largo e chamado de miomas intraligamentares. Útero subseptado Sinéquia uterina Mioma submucoso com implantação fúndica. Pólipo no corno esquerdo Luana Soares Aula II - Módulo II – P4 Mioma submucoso com implantação cornal esquerda.
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