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Importância litigância estratégica

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Breves comentários acerca da importância da Litigância Estratégica 
 
Eu considero importante o uso da litigância estratégica para a defesa de direitos 
da população, pois essa estratégia tem a característica, dentre outras, de dar voz 
àqueles que não estão sendo ouvidos, algo pelo qual eu prezo muito. Como vistos na 
aula e no material sobre litigância, a ideia de estratégia corresponde à ação feito para 
ultrapassar um problema. No caso da litigância, essa ação consiste em "apropriar-se de 
canais de discursividades na sistemática jurídica institucional com objetivo de 
fortalecer o processo visibilização das discursividades produzidas pelos sujeites durante 
o processo de organização e mobilização da comunidade, visando incentivar a 
ampliação do protagonismo dos/as sujeitos/as nos processos decisórios". Isto é, dar o 
espaço, a voz e também nossos ouvidos, ao prestarmos atenção, àqueles sujeitos que 
estão tentando falar, mas sendo ignorados, principalmente por conta de um sistema 
que foram inseridos no qual tende a oprimir às minorias. 
 Uma das formas de litigância estratégica é o Amicus Curie, que tem como 
função levar, espontaneamente ou quando provocado pelo magistrado, elementos de 
fato e/ou de direito que de alguma forma relacionam-se intimamente com a matéria 
posta para julgamento, é o que no caso em tela faz a Associação de Assessoria Técnica 
Popular em Direitos Humanos - Coletivo Antônia Flor. A Associação ao se ver diante 
a uma situação e violação de direitos humanos em cadeia, deslocamentos forçados da 
população quilombola, ausência de indenizações e/ou em valores muito baixos, 
impactos ambientais não mitigados, violação ao trabalho digno, à moradia, à 
alimentação, fortes impactos às culturas tradicionais e de forma geral à vida das 
famílias que residem no local, teve interesse em auxiliar no caso. 
 Através do trabalho feito com a litigância pela Assessoria, além de trazer ao 
juízo fatos de direito para tentar assegurar os direitos da população, eles procuraram 
também empoderar as comunidades tradicionais e criar um canal de diálogo com os 
órgãos locais, nacionais e internacionais para questionarem e denunciarem a maneira 
como o Estado brasileiro está agindo ou se omitindo diante da violação dos direitos 
humanos - muitas vezes pelo próprio Estado, como visto. Dessa forma, a litigância 
estratégica proposta pela Associação de Assessoria Técnica Popular em Direitos 
Humanos - Coletivo Antônia Flor na resistência das comunidades quilombolas é um 
processo composto pelo diálogo, empoderamento, protagonismo dos moradores e da 
cultura e intervenção tende a fortalecer as lutas populares travadas contra o sistema 
econômico, político e cultural dominante.

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