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PDF Tratamentos corporais para flacidez tissular, estrias e flacidez muscular

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TRATAMENTOS CORPORAIS PARA FLACIDEZ 
TISSULAR, ESTRIAS E FLACIDEZ MUSCULAR
Daniele Almeida Lopes
Aline Andressa Matiello
© Universidade Positivo 2018
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido 
Curitiba-PR – CEP 81280-330
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
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Presidente da Divisão de Ensino 
Reitor
Direção Acadêmica
Gerente de Educação à Distância
Coordenação Geral de EAD
Coordenação de Metodologia e Tecnologia
Autoria
Parecer Técnico
Supervisão Editorial
Projeto Gráfi co e Capa
Prof. Paulo Arns da Cunha
Prof. José Pio Martins
Prof. Roberto Di Benedetto
Rodrigo Poletto
Prof. Everton Renaud
Profa. Roberta Galon Silva
Daniele Almeida Lopes
Aline Andressa Matiello
Tatiana Bertacin
Felipe Guedes Antunes
Regiane Rosa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo – Curitiba – PR
VG EDUCACIONAL
Análise de Qualidade, Edição de Texto, Design Instrucional, 
Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico e Revisão.
Caro aluno,
A metodologia da Universidade Positivo apresenta materiais e tecnologias apropria-
das que permitem o desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didá-
ticos e tem por objetivo a comunização bidirecional entre os atores educacionais.
O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de apren-
dizagem que busca direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da 
contextualização teórica-prática e das atividades individuais e colaborativas; e fundamen-
tado nos seguintes propósitos:
valorizar suas 
experiências;
incentivar a 
construção e a 
reconstrução do 
conhecimento;
estimular a 
pesquisa;
oportunizar a reflexão 
teórica e aplicação 
consciente dos temas 
abordados.
COMPREENDA SEU LIVRO
Metodologia
Com base nessa metodologia, o livro apresenta a seguinte estrutura:
Pergunta norteadora
Ao fi nal do Contextualizando o cenário, 
consta uma pergunta que estimulará sua 
reflexão sobre o cenário apresentado, 
com foco no desenvolvimento da sua 
capacidade de análise crítica.
Tópicos que serão estudados
Descrição dos conteúdos que serão 
estudados no capítulo.
Boxes
São caixas em destaque que podem 
apresentar uma citação, indicações de 
leitura, de filme, apresentação de um 
contexto, dicas, curiosidades etc.
Recapitulando
É o fechamento do capítulo. Visa sinte-
tizar o que foi abordado, reto mando os 
objetivos do capítulo, a pergunta nortea-
dora e fornecendo um direcionamento 
sobre os questionamentos feitos no 
decorrer do conteúdo.
Pausa para refletir
São perguntas que o instigam a 
refletir sobre algum ponto 
estudado no capítulo.
Contextualizando o cenário
Contextualização do tema que será 
estudado no capítulo, como um 
cenário que o oriente a respeito do 
assunto, relacionando teoria e prática.
Objetivos do capítulo
Indicam o que se espera que você 
aprenda ao final do estudo do 
capítulo, baseados nas necessida-
des de aprendizagem do seu curso.
Proposta de atividade
Sugestão de atividade para que você 
desenvolva sua autonomia e siste-
matize o que aprendeu no capítulo. 
Referências bibliográficas
São todas as fontes utilizadas no 
capítulo, incluindo as fontes mencio-
nadas nos boxes, adequadas 
ao Projeto Pedagógico do curso.
COMPREENDA SEU LIVRO
Percurso
BOXES
assista 
Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações 
complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. 
Biografia 
Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada 
pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado.
Contexto 
Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; 
demonstram a situação histórica, social e cultural do assunto. 
Curiosidade
Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre 
o assunto tratado. 
Dica
Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, 
uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. 
Exemplo
Informação que retrata de forma obje tiva determinado assunto 
abordando a relação teoria-prática.
afirmação
Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância 
na área de estudo.
Esclarecimento
Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica 
da área de conhecimento trabalhada. 
SUMÁRIO
Apresentação 11
as Autoras 12
Capítulo 1
Estrias 15
 Contextualizando o cenário 16
1.1. Fisiopatologia e etiologia 17
1.1.1 Conceito e princípio de formação 17
1.1.2 Formação: causas 21
1.1.3 Teorias (mecânica, hormonal e infecciosa) 22
1.1.4 Prevenção 24
1.2. Anamnese funcional para estrias 24
1.2.1 Dados pessoais e história clínica 24
1.2.2 Estilo de vida 28
1.2.3 Exame físico e fototipo 30
1.2.4 Princípios ativos para estrias 35
 Proposta de atividade 36
 Recapitulando 37
 Referências 38
Capítulo 2
protocolos para Estrias 41
 Contextualizando o cenário 42
2.1. Eletrolifting - galvanopuntura 43
2.1.1 Definição e efeitos fisiológicos 43
2.1.2 Parâmetros e formas de aplicação 45
2.1.3 Indicações e contraindicações 46
2.1.4 Protocolo e orientações pós-procedimento 47
2.2. Vacuoterapia 47
2.2.1 Definição e efeitos fisiológicos 48
2.2.2 Parâmetros e associações aos princípios ativos 49
2.2.3 Indicações e contraindicações 51
2.2.4 Protocolo, orientações e cuidados 52
2.3. Microcorrentes e corrente galvânica (iontoforese) 52
2.3.1 Definição e efeitos fisiológicos 53
2.3.2 Parâmetros e formas de aplicação 55
2.3.3 Indicações e contraindicações 58
2.3.4 Protocolo de microcorrentes e de ionização 59
2.4. Radiofrequência e led nas estrias 60
2.4.1 Mecanismos de ação da radiofrequência e parâmetros de aplicação 60
2.4.2 Indicações e contraindicações 62
2.4.3 Protocolo de estrias com radiofrequência 63
2.4.4 Mecanismo de ação, tipos de led e protocolo para as estrias 63
 Proposta de atividade 67
 Recapitulando 68
 Referências 69
Capítulo 3
Flacidez tissular 71
 Contextualizando o cenário 72
3.1. Pele 73
3.1.1 Definição 73
3.1.2 Fibroblastos, colágeno e elastina 75
3.1.3 Formação do colágeno e da elastina 76
3.1.4 Radicais livres e efeito de glicação 77
3.2. Envelhecimento 79
3.2.1 Definição teorias 79
3.2.2 Causas 84
3.2.3 Ativos para flacidez 85
3.2.4 Cuidados diários 87
3.3. Anamnese funcional para o envelhecimento e a flacidez tissular 88
3.3.1 Dados pessoais, história clínica, hábitos de vida e hábitos alimentares 88
3.3.2 Cuidados diários e grau de hidratação 90
3.3.3 Observação visual 90
3.3.4 Palpação e fotodocumentação 92
 Proposta de atividade 96
 Recapitulando 97
 Referências 98
Capítulo 4
protocolos para Flacidez tissular 101
 Contextualizando o cenário 102
4.1. Radiofrequência 103
4.1.1 Definição, mecanismo de ação e efeitos fisiológicos 103
4.1.2 Parâmetros e tipos de manoplas 104
4.1.3 Indicações e contraindicações 107
4.1.4 Protocolo para flacidez tissular e periodicidade nos cuidados home care 108
4.2. Microcorrentes 110
4.2.1 Microcorrentes: definição, efeitos fisiológicos e parâmetros de uso 110
4.2.2 Protocolo para flacidez tissular 112
4.2.3 Indicações e contraindicações 113
4.2.4 Ionização: conceito, efeitos fisiológicos e parâmetros 113
4.3. Corrente galvânica (iontoforese) e led na flacidez tissular 118
4.3.1 Led: definição, efeitos fisiológicos, tipos e indicações e contraindicações 118
4.3.2 Protocolo do led 120
 Proposta de atividade 122
 Recapitulando 123
 Referências 124
Capítulo 5
Protocolo para flacidez tissular e estrias com o microagulhamento e 
Drug Delivery 127
 Contextualizando o cenário 128
5.1. Microagulhamento 129
5.1.1 Conceito e efeitos fisiológicos 1295.1.2 protocolo de tratamento, biossegurança e periodicidade para flacidez tissular e estrias 137
5.1.3 Cuidados pré-aplicação e pós-aplicação 145
5.1.4 Termo de consentimento 145
5.2. Dermapen 146
5.2.1 Conceito e efeito fisiológico 146
5.2.2 Tratamento para flacidez tissular e estrias, periodicidade 149
5.2.3 Cuidados e aplicação 149
5.2.4 Associação de ativos ao procedimento 150
 Proposta de atividade 153
 Recapitulando 154
 Referências 156
Capítulo 6
protocolo para estrias com o peeling de diamante e químicos 159
 Contextualizando o cenário 160
6.1. Peeling de diamante 161
6.1.1 Definição e efeitos fisiológicos 161
6.1.2 Parâmetros 165
6.1.3 Indicações e contraindicações 167
6.1.4 Protocolos para estrias 169
6.1.5 Peelings químicos 171
6.1.6 Definição e efeitos fisiológicos 172
6.1.7 Peeling para estrias 174
6.1.8 Indicações e contraindicações 176
6.1.9 Protocolos para estrias: periodicidade, associações com ativos e home care 176
 Proposta de atividade 181
 Recapitulando 182
 Referências 184
Capítulo 7
Flacidez Muscular 187
 Contextualizando o cenário 188
7.1. Fisiopatologia e etiologia 189
7.1.1 Definição 189
7.1.2 Causas 192
7.1.3 Tipos de fibras musculares 193
7.1.4 Tipos de contrações musculares e pontos motores 194
7.2. Anamnese para flacidez muscular 198
7.2.1 Dados pessoais 198
7.2.2 História clínica e estilo de vida 198
7.2.3 Exame físico: palpação 200
7.2.4 Perimetria: definição e prática 201
 Proposta de atividade 210
 Recapitulando 211
 Referências 212
Capítulo 8
Protocolos para flacidez muscular 213
 Contextualizando o cenário 214
8.1. Corrente russa 215
8.1.1 Histórico, definição e função 218
8.1.2 Mecanismo de ação 219
8.1.3 Parâmetros 220
8.1.4 Indicações, contraindicações e protocolo 223
8.2. Corrente aussie 229
8.2.1 Histórico e definição 229
8.2.2 Efeitos fisiológicos e parâmetros 230
8.2.3 Indicações e contraindicações 232
8.2.4 Protocolos 232
 Proposta de atividade 234
 Recapitulando 235
 Referências 237
APRESENTAÇÃO
Os conteúdos abordados neste livro foram selecionados e organizados minuciosa-
mente e são apresentados de forma clara e precisa. A estética é uma das vertentes da eco-
nomia que mais cresce no Brasil e no mundo. Para as pessoas que desejam ampliar seus 
conhecimentos ou, até mesmo, descobrir em qual segmento da estética pretendem atuar, 
este material apresenta as disfunções estéticas corporais mais frequentes e os diversos 
protocolos de tratamentos estéticos disponíveis para cada caso. 
Com as técnicas e os procedimentos descritos e demonstrados por meio de imagens, é 
possível compreender melhor alguns aspectos desse ramo, para obter sucesso com os clien-
tes; afi nal, o objetivo sempre é a satisfação do público-alvo. Todo conteúdo será apresenta-
do de forma funcional e prática e, com certeza, proporcionará resultados compensadores.
Bons estudos!
A AUTORA
A professora Aline Andressa Matiello é Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional 
pelo Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino – IBRATE (2014), em Saúde Coletiva 
pela Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS (2014) e em Saúde da Família pela 
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (2014). Graduada em Fisioterapia pela 
Universidade do Oeste de Santa Catarina (2011).
Currículo Lattes:
<http://lattes.cnpq.br/4870592018602158>
Dedicatória...
A minha família, aos meus pacientes e 
alunos.
Daniele Almeida Lopes tem mestrado em Ciências da Saúde, com ênfase em 
Epidemiologia, pela Universidade de São Paulo (USP, 2014). É especialista em Anatomia e 
Histologia Humana pela Universidade Estadual de Maringá (UEM, 2017) e especialista em 
Fisiologia Humana também pela Universidade Estadual de Maringá (UEM, 2015). Graduada 
em Fisioterapia pela Faculdade Ingá (2010).
Currículo Lattes:
<http://lattes.cnpq.br/6549827349549634>
Dedicatória...
A todos os profissionais e estudantes de 
estética e cosmética. Vocês representam o 
motivo do nosso esforço para a mudança de 
paradigmas na ciência da estética.
A AUTORA
CAPÍTULO 1
Estrias
Daniele Almeida Lopes
oBJEtIVoS Do Capítulo
• Analisar e desenvolver a ficha de avaliação em relação às estrias, partindo do prin-
cípio de formação, suas teorias e suas etiologias.
tÓpICoS DE EStuDo
1 Fisiopatologia e etiologia.
• Conceito e princípio de formação.
• Formação: causas.
• Teorias (mecânica, hormonal e 
infecciosa).
• Prevenção.
2 Anamnese funcional para estrias.
• Dados pessoais e história clínica.
• Estilo de vida.
• Exame físico e fototipo.
• Princípios ativos para estrias.
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular18
Contextualizando o cenário
As estrias são um dos distúrbios estéticos que mais incomodam, principalmente as mulheres, 
resultando, muitas vezes, em baixa autoestima. Grande parte dessas pessoas busca tratamen-
tos estéticos para minimizar a aparência negativa, característica dessas lesões. Portanto, nes-
te capítulo, há a definição de estrias e sua fisiopatologia, além da explicação de como ocorre 
o processo de formação dessas cicatrizes. 
Além disso, serão explanados os principais fatores que contribuem para o aparecimento des-
sas lesões, bem como as teorias que tentam esclarecer a etiologia delas. Em seguida, serão 
contempladas questões relacionadas à anamnese, especificando os itens importantes para 
uma avaliação completa de estrias, justificando a importância de considerar cada informação 
(dados pessoais, história clínica, queixa principal, hábitos de vida e exame físico para estrias). 
Por fim, são apresentados os principais ativos indicados para a prevenção e o tratamento des-
se distúrbio estético.
Diante desse contexto, questiona-se: qual é a importância de o profissional da área de esté-
tica dominar todos os aspectos inerentes às estrias? De que forma a anamnese de estrias 
pode interferir na efetividade dos tratamentos propostos?
19Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
1.1. Fisiopatologia e etiologia
As estrias correspondem a distúrbio estético, que influencia, diretamente, a autoes-
tima dos indivíduos. Sendo assim, é imprescindível que o profissional da área de estética 
compreenda os aspectos relacionados a essa disfunção, para que possa eleger a aborda-
gem terapêutica adequada. 
Portanto, serão apresentados o conceito de estria e o mecanismo de formação, os 
fatores que contribuem para o desenvolvimento dela, as teorias que justificam seu desen-
volvimento (mecânica, endócrina e infecciosa), bem como as formas de prevenção. 
1.1.1 Conceito e princípio de formação
As estrias representam um problema bastante comum na população, principalmente 
em mulheres e adolescentes (do sexo feminino ou masculino). As estrias são caracteriza-
das por uma lesão dérmica, no nível de fibras colágenas e elásticas, associada a um defi-
cit na capacidade de reparação tecidual, decorrente do prejuízo nos fibroblastos, conforme 
demonstra a figura “Processo de formação da estria”. Esse processo é ocasionado, basica-
mente, pelo estiramento excessivo e progressivo do tecido tegumentar. 
Essa disfunção estética é caracterizada por uma lesão com aspecto hipertrófico 
(lesão acima do nível da pele), atrófico (lesão abaixo do nível da pele, conforme demons-
tra a figura “Lesão linear atrófica”) ou normotrófico (no mesmo nível da pele). Essa lesão 
também é linear, de um ou mais milímetros de largura e, muitas vezes, sinuosa, decorrente 
de uma alteração dermatológica nas fibras de colágeno e elastina, presentes na derme. Em 
geral, as estrias se apresentam dispostas paralelamente e perpendicularmente às linhas de 
tensão da pele, o que provoca um desequilíbrio elástico do tecido, podendo manifestar, em 
alguns casos, dor e prurido (coceira) (OLIVEIRA et al., 2014; STEINER, 2012).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular20
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Processo de formação da estria
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12
3R
F.
 Lesão linear atrófica
De acordo com Guirro e Guirro (2002), na estria, ocorre o afinamento da espessura 
da derme, uma separação entre as fibras colágenas e um emaranhado de fibras elásticas na 
periferia da lesão. As áreas mais acometidas são aquelas que sofrem constante tensão por 
ajustes elásticos, como os glúteos (como ilustra a figura “Estrias em glúteo”), as mamas 
21Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
e o abdômen, além das áreas em que há o estirão por crescimento, como as panturrilhas, 
os braços, a região posterior do joelho (fossa poplítea) e as costas (região toracolombar) 
(NETO; CUCÉ; REIS, 2013; BORGES, 2010).
Dica
O livro Curso didático de estética, desenvolvido por Oliveira e demais autores 
(2014), aborda variados distúrbios estéticos, incluindo as estrias, bem como as 
técnicas e os procedimentos relacionados a esse distúrbio. Essa obra é referência para os que 
buscam aprofundar seus conhecimentos.
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12
3R
F.
Estrias em glúteo
As lesões, inicialmente, têm coloração rubra (avermelhada-roxa), devido às caracte-
rísticas do processo de inflamação, como o eritema e a vasodilatação. Com a evolução do 
processo, elas se tornam atróficas, fibrosas e adquirem coloração mais esbranquiçada, em 
decorrência do término do processo inflamatório, sendo, então, denominadas estrias albas 
(OLIVEIRA et al., 2014; STEINER, 2012). 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular22
Assista
As estrias são lesões adquiridas e apresentam um aspecto estético desagradável, 
que, muitas vezes, determinam alterações emocionais significativas. Para compreender mais 
a respeito desse assunto, assista ao vídeo Estrias – diferenças, causas e tratamentos de estrias 
brancas, roxas e vermelhas, de Patricia Elias.
Na figura “Estrias rubras (lado esquerdo) e estrias albas (lado direito)”, é possível 
observar as diferenças entre a estria alba e a rubra. A avaliação e a identificação do tipo de 
estria que acomete a pele são de extrema importância, pois essa diferença impacta a res-
posta do tratamento estético (PEREIRA, 2013).
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F.
Estrias rubras (lado esquerdo) e estrias albas (lado direito)
A incidência maior de estrias ocorre em adolescentes, de 12 a 14 anos, e em 
mulheres, de 20 a 30 anos. Além disso, no período gestacional, as estrias aumentam 
significativamente (BORGES, 2010). De acordo com Kede e Sabatovich (2004), tem 
sido comum o aparecimento de estrias em mulheres mais velhas que fazem tratamen-
tos de reposição hormonal. 
As estrias são consideradas desagradáveis esteticamente, devido a motivos sociocul-
turais, ao culto pelo corpo perfeito e à influência na baixa autoestima e na ansiedade.
23Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
1.1.2 Formação: causas
Em geral, as estrias ocorrem em decorrência dos seguintes fatores:
• ganho rápido de peso corporal (sobrepeso; obesidade), conforme expõe a figura “A 
relação entre o sobrepeso e as estrias”;
• crescimento repentino e significativo;
• efeito “sanfona” (emagrecer e voltar a ganhar peso, diversas vezes);
• gravidez (nesse período, aumentam os hormônios cortisol e estrogênio, os quais 
atuam sobre as fibras elásticas, tornando-as mais frágeis);
• uso prolongado de contraceptivos hormonais;
• uso prolongado de corticosteroides (anti-inflamatórios potentes, utilizados no tra-
tamento de diversas doenças);
• sedentarismo;
• genética;
• hipertrofia muscular intensa e rápida;
• uso de esteroides anabolizantes sintéticos;
• falta de hidratação cutânea; etc. (OLIVEIRA et al., 2014; BORGES, 2010).
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F.
A relação entre o sobrepeso e as estrias
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular24
Pausa para refletir
Ainda que não exista uma maneira de prevenir, inteiramente, o aparecimento das estrias, é 
importante que o profissional de estética pense em possíveis orientações para os clientes, a 
fim de prevenir essas cicatrizes cutâneas.
Nesse contexto, é possível afirmar que a causa das estrias é multifatorial, pois há 
vários fatores que influenciam, diretamente, o aparecimento delas. Portanto, esses fatores 
não podem ser considerados de maneira isolada (STEINER, 2012).
1.1.3 Teorias (mecânica, hormonal e infecciosa)
As causas das estrias ainda são muito questionáveis, no entanto três teorias foram 
formuladas para tentar esclarecer a etiologia delas: teorias mecânica, endocrinológica 
(hormonal) e infecciosa. 
A teoria mecânica baseia-se na ruptura das fibras elásticas e colágenas, em decor-
rência do estiramento excessivo do tecido cutâneo como o fator-chave no desenvolvimento 
dessas lesões lineares. Algumas condições favorecem a distensão demasiada da pele, 
como: obesidade, estirão de crescimento, gravidez (seios e abdômen, como demonstra a 
figura “Estrias gestacionais”) e exercícios isométricos intensos (GUIRRO; GUIRRO, 2002; 
YAMAGUCHI, 2005).
Dica
No artigo Gestação e predisposição ao aparecimento de estrias: correlação com as 
propriedades biomecânicas da pele, Addor e demais autores demonstram os resul-
tados de um estudo com 60 gestantes, para avaliar a relação entre o surgimento de estrias e a 
capacidade de aumentar a elasticidade da derme.
25Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
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R
F.
Estrias gestacionais
A teoria endocrinológica (hormonal) justifica o aparecimento das estrias pela pre-
sença de hormônios esteroides, atuantes nos indivíduos obesos, no período da adolescên-
cia e da gestação, no que se refere aos distúrbios hormonais, bem como pela utilização de 
fármacos à base de esteroides sintéticos. Sendo assim, essa teoria é fundamentada em 
uma ligação causal entre os esteroides tópicos ou sistêmicos (corticoides), como os anti-in-
flamatórios esteroidais, e o surgimento das estrias. 
Nesse caso, as lesões lineares que caracterizam as estrias não são decorrentes da 
possível doença que acometa o indivíduo, mas do fármaco utilizado no tratamento. Isso 
porque alguns estudos demonstram que o uso de corticoides pode alterar a renovação 
e o desenvolvimento das células localizadas na derme, inclusive do colágeno e da elas-
tina, o que favorece a redução da elasticidade cutânea (GUIRRO; GUIRRO, 2002; KEDE, 
SABATOVICH, 2004).
Enfim, a teoria infecciosa sugere que os mais variados processos infecciosos oca-
sionam prejuízos nas fibras elásticas, deixando-as mais frágeis e facilitando o advento 
das estrias. Alguns autores evidenciaram o aparecimento de estrias violáceas após o sur-
gimento de algumas doenças infecciosas, como febre tifoide (entérica), tifo, reumatismo 
infeccioso, hanseníase (lepra), dentre outras. Essa teoria, entretanto, não tem muitos 
seguidores (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular26
1.1.4 Prevenção
No que se refere à prevenção na formação de estrias, é fundamental que o profissio-
nal de estética compreenda e saiba orientar o cliente quanto às seguintes dicas:
• manter boa hidratação da pele, com a ingestão de água e o uso de cosméticos 
hidratantes diariamente;
• fazer exercício físico regularmente, o que favorece a manutenção do peso, evi-
tando o estiramento do tecido cutâneo;
• manter uma alimentação adequada, para evitar ganho de peso (efeito sanfona);
• ter uma alimentação rica em antioxidantes (como as vitaminas A, C e D), para evi-
tar a lesão das fibras colágenas e elásticas e contribuir para a formação dessas 
fibras (KEDE; SABATOVICH, 2004).
Essas dicas, porém, não garantem resultados satisfatórios, uma vez que o apareci-
mento de estrias está associado a vários fatores, como propensão genética e hábitos de 
vida (MENDONÇA; RODRIGUES, 2011).
1.2. Anamnese funcionalpara estrias
Alguns itens são indispensáveis para a execução de uma anamnese funcional para 
estrias, como os dados pessoais e a história clínica do paciente, o estilo de vida dele, um 
exame físico e os fototipos cutâneos. Assim, é fundamental considerar cada um desses 
itens, bem como uma ficha de avaliação corporal, a qual enfatiza a análise das estrias.
1.2.1 Dados pessoais e história clínica
O termo anamnese apresenta tem origem grega, anamnesis, e significa recordação, 
reminiscência. Na estética corporal, a ficha de anamnese é muito importante, assim como 
a veracidade das informações contidas nela, para que o profissional possa executar as téc-
nicas selecionadas, proporcionando excelentes resultados aos seus pacientes. Dessa forma, 
ao receber o cliente com cordialidade e ética, o profissional já inicia seu trabalho por meio 
de uma ficha de avaliação (anamnese), a qual contém as informações necessárias para um 
atendimento adequado. 
No intuito de simplificar a execução da anamnese, ela pode ser desenvolvida na 
forma de tópicos, como se fosse um roteiro. A ficha deve conter informações como: dados 
pessoais, queixa principal, estado físico, estado emocional, informações referentes aos 
hábitos de vida, condições de saúde, exame físico, data e assinaturas do profissional de 
27Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
estética e do cliente (termo de consentimento) (OLIVEIRA et al., 2014; BORGES; SCORZA, 
2016; LUCIA; BARROS, 2015).
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Anamnese 
A anamnese é um dos estágios mais significativos da avaliação corporal, especifica-
mente no que se refere às estrias, uma vez que o estilo de vida, as condições psicológi-
cas, bem como o histórico de doenças e os fatores genéticos influenciam, diretamente, o 
aparecimento e a progressão dessa condição. Além disso, existem várias técnicas e vários 
equipamentos utilizados na área da estética que apresentam uma série de contrain-
dicações, logo, uma anamnese correta gera decisões diagnósticas e terapêuticas ade-
quadas. Portanto, a anamnese tem uma posição ímpar, insubstituível na prática estética 
(SARMENTO, 2009; BORGES, 2010).
Antes de iniciar o exame físico, é essencial que o profissional da área de estética com-
preenda os componentes de reconhecimento do paciente, coletados no primeiro contato, 
os quais, em diversos casos, constituem informações importantes para a detecção de pro-
blemas e a construção de diagnósticos pertinentes. Fatores de caráter biológico, social e 
espiritual podem influenciar no tipo de cuidado e serviço prestado ao paciente. De modo 
geral, os dados a serem coletados são: nome completo, idade, sexo, raça, nacionalidade, 
estado civil, escolaridade, profissão, local de trabalho, religião, endereço, dentre outros 
(VIANA; PETENUSSO, 2011).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular28
É relevante enfatizar que o primeiro contato do esteticista com seu cliente é a melhor 
forma e uma ótima ocasião para estabelecer uma relação agradável e para construir vín-
culos. Princípios como cordialidade, amabilidade e sinceridade são imprescindíveis para 
estreitar essa ligação. Segundo Viana e Petenusso (2011), a entrevista deve permitir que 
o profissional colete informações verbais e não verbais e estabeleça uma relação de con-
fiança com o paciente, favorecendo, assim, a assistência prestada. 
Ademais, por meio dos dados pessoais, além de identificar o paciente, o profissio-
nal pode divulgar tratamentos, promoções, promover descontos no mês do aniversário do 
paciente, dentre outras possibilidades. Dessa forma, para Lucia e Barros (2015), o cliente 
sente-se abraçado e percebe que está recebendo um tratamento exclusivo.
Ainda no campo dos dados pessoais, um item de extrema relevância é a queixa prin-
cipal, definida como a manifestação imediata das alterações estéticas que fazem o cliente 
procurar um esteticista (SARMENTO, 2009). É essencial que o profissional saiba o motivo 
que fez o paciente procurar um tratamento, ou seja, saiba o que, de fato, incomoda o 
paciente. Assim, esse tópico deve ser preenchido com as próprias palavras do paciente, o 
qual deve explicar o que sente ou visualiza, em linguagem rotineira, por exemplo, o paciente 
pode relatar a presença de “correias”, em vez de utilizar o termo estrias (STEINER, 2012).
Uma anamnese bem detalhada das condições de saúde do cliente é muito importante 
para assegurar o uso adequado de qualquer equipamento de eletroterapia, por exemplo, 
ou de qualquer outro, e de ativos, inclusive, evitando-se, assim, riscos à saúde do paciente. 
No item história clínica, são sugeridos alguns questionamentos, como os expostos a seguir.
• Apresenta histórico familiar de estrias? Se sim, em qual familiar e em qual 
período as estrias apareceram (adolescência, período gestacional, obesidade 
etc.)? Essas perguntas são importantes, pois o fator genético contribui para o 
aparecimento das estrias.
• Tem ou já teve alguma neoplasia (câncer)? Se sim, atualmente, faz radioterapia ou 
quimioterapia? Essas perguntas são fundamentais, pois algumas condutas tera-
pêuticas estéticas são contraindicadas para pacientes com câncer ou em processo 
de quimio e/ou radioterapia.
• Apresenta algum problema hormonal? Se sim, qual(is)? Os distúrbios hormonais 
favorecem o enfraquecimento das fibras elásticas, contribuindo para o apareci-
mento das estrias.
• Tem alergia(s)? Se sim, qual(is)?
• Tem alergia a algum tipo de cosmético? Se sim, qual(is)? Esse tipo de per-
gunta evita que o profissional utilize ativos que possam desencadear um pro-
cesso alérgico.
29Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
• Faz algum tratamento médico? Se sim, qual(is) e há quanto tempo? Essas são per-
guntas importantes, para que o tratamento estético não interfira no tratamento 
médico em andamento e vice-versa.
• Já realizou procedimentos cirúrgicos? Se sim, qual(is) e em qual(is) parte(s) do corpo?
• Tem marca-passo ou doença cardíaca? Se sim, qual(is)? Em vários tratamentos esté-
ticos, principalmente naqueles em que a eletroterapia é utilizada, o marca-passo e as 
doenças cardíacas contribuem para a contraindicação do tratamento estético.
• Tem alteração de pressão arterial? Se sim, qual? Faz o controle da pressão com o 
uso de medicamentos? Se sim, qual(is)?
• Tem diabetes mellitus? Se sim, de qual tipo? Faz o controle com medicação? Se 
sim, qual(is)?
• Apresenta alguma deficiência renal? Se sim, qual?
• Tem quadros de epilepsia, convulsões?
• Apresenta problemas circulatórios ou de cicatrização? Se sim, qual(is)? Essa 
informação é necessária, pois, em algumas condutas terapêuticas para estrias, o 
processo de cicatrização deve ser perfeito, para que haja a efetividade do trata-
mento proposto.
• Como é o funcionamento intestinal?
• Possui placa ou pino? Se sim, em qual(is) local(is)? Esse é um fator que provoca a 
contraindicação de determinados aparelhos estéticos.
• No momento, utiliza algum medicamento? Se sim, qual(is)? Determinados fárma-
cos podem influenciar a coagulação sanguínea, o que influencia no processo de 
cicatrização tecidual. Além disso, é importante que o profissional tenha essa infor-
mação, para inibir uma possível interação medicamentosa com os ativos utilizados 
no tratamento estético.
• Utiliza algum anticoncepcional? Se sim, qual? Esse questionamento é importante, 
pois os recursos contraceptivos hormonais podem contribuir para o surgimento 
de estrias.
• Número de gestações?
• É gestante? Se sim, está com quantas semanas? Essas são perguntas fundamen-
tais, pois alguns tratamentos estéticos (aparelhos, ativos) para estrias são con-
traindicados para gestantes.
• Está amamentando? Algumas condutas terapêuticas estéticas são contraindicadas 
para lactantes.
• Apresenta propensão à queloide ou tem alguma cicatriz queloideana? Alguns pro-
cedimentospara o tratamento de estrias induzem um processo inflamatório, oca-
sionando uma lesão cutânea, para fins terapêuticos. Sendo assim, esse tipo de 
tratamento não é indicado para pessoas com tendência à queloide.
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular30
• É portador de alguma doença que não foi questionada? Se sim, qual(is)?
• Realizou outro tratamento com dermatologista ou esteticista? Se sim, qual(is) e há 
quanto tempo?
• Existe algum outro apontamento que julgue relevante? Se sim, qual(is)? 
(STANDARD, 2011; LUCIA; BARROS, 2015).
Sendo assim, esse componente da anamnese (história clínica) visa recolher infor-
mações sobre o presente e passado do paciente, as quais apresentam relação direta ou 
indireta com a queixa estética atual. Além disso, quanto às informações referentes às 
condições patológicas, pregressas e atuais, elas são extremamente importantes, porque 
algumas condutas terapêuticas são contraindicadas para determinados distúrbios esté-
ticos. Portanto, essas informações auxiliam o profissional a traçar um protocolo de trata-
mento seguro, visto que considera as condições de saúde do paciente (SARMENTO, 2009; 
BORGES; SCORZA, 2016).
1.2.2 Estilo de vida
Os hábitos de vida também devem ser considerados durante a anamnese. Alguns 
pontos importantes devem ser incluídos, conforme demonstra a figura “Hábitos a serem 
considerados durante a anamnese”. 
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Hábitos a serem considerados durante a anamnese
31Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
O consumo de bebida alcoólica e de cigarro pode interferir no processo de repara-
ção tecidual, o qual deve ocorrer de maneira adequada, para que haja o sucesso dos tra-
tamentos para estrias. As bebidas alcoólicas estimulam a diurese, ocasionando quadros 
de desidratação, além de comprometerem a circulação sanguínea e linfática, resultando 
na retenção de líquidos, que interfere no funcionamento do tecido cutâneo e pode resul-
tar em estrias. Como as bebidas alcoólicas são, extremamente, calóricas, muitas dessas 
calorias são transformadas em gordura pelo fígado e armazenadas no organismo, gerando 
o acúmulo de gordura corporal, o que pode provocar um estiramento excessivo da pele 
(OLIVEIRA, 2014; MOREIRA; GIUSTI, 2013). 
Por sua vez, a alimentação inadequada, rica em açúcar, sódio e gordura, por exem-
plo, certamente, resulta em sobrepeso e obesidade, contribuindo, diretamente, para o apa-
recimento de estrias, em decorrência do estiramento excessivo da derme. Esses aspectos 
interferem, diretamente, no tratamento das estrias e, inclusive, na evolução do tratamento. 
Nesse contexto, uma ingestão hídrica adequada contribui para o bom funcionamento geral 
do organismo e melhora a hidratação da pele, mantendo a elasticidade do tecido cutâneo e 
prevenindo, portanto, o aparecimento de rupturas na pele (estrias). Isso porque, nesse caso, 
a pele está hidratada e com sua elasticidade preservada (OLIVEIRA, 2014).
Quando o exercício físico, especificamente do tipo isométrico, é realizado de maneira 
intensa, resulta em hipertrofia muscular. Quando esse aumento no tamanho do músculo 
ocorre de modo muito rápido e/ou repentino, pode influenciar, diretamente, no apare-
cimento ou na piora das estrias já existentes. O uso de esteroides anabolizantes também 
contribui, diretamente, para o surgimento das estrias, pois esses agentes anabolizantes 
agem nas fibras dos músculos, permitindo que elas retenham mais água e nitrogênio; isso 
favorece a maior síntese proteica, logo, aumenta o tamanho dos músculos. Portanto, esses 
agentes apresentam ação miotrófica (OLIVEIRA, 2014; MOREIRA; GIUSTI, 2013).
Pausa para refletir
Muitas pessoas por se sentirem constrangidas podem ocultar informações referentes ao estilo 
de vida.
Para elaborar um protocolo para o tratamento de estrias, o profissional também deve 
saber se o paciente tem o hábito de se expor ao sol e se utiliza algum fator de proteção 
solar (filtro solar). Essa informação é muito válida, porque, nos casos de tratamento de 
estrias por meio de peelings químicos (feitos à base de ácidos), a exposição solar é extre-
mamente contraindicada, visto que pode ocasionar queimaduras e manchas escuras ou 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular32
esbranquiçadas na pele. Além disso, a exposição solar evidencia ainda mais as estrias, além 
de deixar a pele bastante desidratada e ressecada, favorecendo o aparecimento de novas 
estrias (STANDARD, 2011; MOREIRA; GIUSTI, 2013).
1.2.3 Exame físico e fototipo
Segundo Neto, Cucé e Reis (2013), o diagnóstico e a classificação das alterações 
que afetam o tecido cutâneo, como as estrias, dependem de um minucioso exame mor-
fológico da lesão, como se pode observar na figura “Exame físico”. É importante enfati-
zar que o exame físico deve ser realizado com o paciente na posição anatômica, conforme 
demonstra a figura “Posição anatômica”. Assim, o cliente deve estar em pé, com a cabeça 
direcionada para frente, membros superiores estendidos e unidos ao tronco, palmas das 
mãos voltadas para frente, membros inferiores estendidos e os pés voltados para frente. 
Mesmo que o paciente esteja acamado, deve-se imaginá-lo em posição anatômica (VIANA; 
PETENUSSO, 2011).
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Exame físico
33Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
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Posição anatômica
Dessa forma, na ficha de avaliação, serão analisados itens como: coloração da estria, 
se ela é alba ou rubra/violácea; largura, por meio de paquímetro (equipamento utilizado 
para mensurar, precisamente, pequenas distâncias); comprimento da estria; tipo (atrófica, 
hipertrófica ou normotrófica); localização das estrias; período em que o paciente notou o 
surgimento (adolescência, gestação, obesidade, durante o uso de determinado medica-
mento, dentre outros) (BORGES, 2010; BORGES; SCORZA, 2016). 
Ademais, o profissional avalia a sensibilidade tátil da estria, por meio da aplicação 
de monofilamentos. Também é interessante fazer uma documentação fotográfica, para 
que seja possível avaliar e reavaliar a efetividade do tratamento proposto. Nesse caso, os 
critérios de luminosidade do ambiente devem ser padronizados e predeterminados, para 
que não haja distorções e falsas impressões nas fotografias (BORGES, 2010; BORGES; 
SCORZA, 2016). 
No exame clínico nas estrias, os fototipos também devem ser avaliados, pois a com-
preensão deles é essencial para a indicação de um tratamento estético. Sendo assim, a 
mais famosa classificação dos fototipos cutâneos é a escala de Fitzpatrick, criada em 1976 
pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos 
de I a VI, a partir da capacidade de cada pele de se bronzear quando há exposição à radia-
ção ultravioleta, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol. Essa 
classificação está disponível no quadro “Fototipos cutâneos” (GUIRRO; GUIRRO, 2002; 
SANTOS et al., 2011).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular34
Fototipos cutâneos
Fototipo Reação à exposição solar Cor da pele
1 Queima facilmente; nunca bronzeia. Muito clara.
2 Queima facilmente; bronzeia levemente. Clara.
3 Queima moderadamente; bronzeamento gradual. Morena clara
4 Queimadura mínima; bronzeamento moderado. Morena.
5 Raramente queima; bronzeamento intenso. Mulata.
6 Nunca queima; grande pigmentação. Negra.
VASCONCELOS, 2014, p. 408.
Como exposto anteriormente, o tecido cutâneo pode ser agrupado em seis fototipos 
distintos, que representam os tons de pele. Quanto maior o fototipo cutâneo, mais escura 
é a pele, conforme ilustra a figura “Tons de pele de acordo com os fototipos cutâneos (I 
a VI)”. Assim, no fototipo I, a pele é mais branca e, no fototipoVI, mais negra (GUIRRO; 
GUIRRO, 2002).
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Tons de pele de acordo com os fototipos cutâneos (I a VI)
O profissional deve se atentar para a avaliação do fototipo cutâneo, uma vez que indi-
víduos com fototipos elevados (IV, V e VI) apresentam algumas particularidades nos tra-
tamentos estéticos. Nesse caso, os fototipos têm algumas restrições, pois a tendência à 
hiperpigmentação pós-inflamatória é maior, e essa condição deve ser considerada pelo 
profissional no momento de determinar a conduta terapêutica. Ademais, as peles com 
35Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
fototipos mais elevados têm maior tendência para a formação de queloide (GUIRRO; 
GUIRRO, 2002; BORGES, 2010).
Após a avaliação local, antes de iniciar o tratamento, o esteticista deve montar um 
programa, explicá-lo para o cliente e esclarecer qualquer dúvida (OLIVEIRA et al., 2014). 
Desse modo, os profissionais da área de estética devem estar aptos para elaborar e uti-
lizar os modelos de ficha de avaliação que mais se encaixam ao tipo de serviço prestado 
(BORGES; SCORZA, 2016). No quadro “Ficha de avaliação corporal”, enfatiza-se a análise 
dos aspectos das estrias.
Ficha de avaliação corporal
Ficha de avaliação corporal
Dados pessoais
Nome: ___________________________________
Data de nascimento: __/__/____ Idade: __________
Endereço:____________________________________ Bairro: ________
Telefone: _____________ Profissão: ________________________
E-mail: _________________________________________
Queixa principal: ___________________________________
Dados clínicos – história clínica
Neoplasia (câncer): ___________________
Radioterapia/quimioterapia: _____________________
Problemas hormonais: ___________________________
Alergias: __________________________
Tratamento médico: _____________________________
Cirurgias recentes: __________________________________
Portador de marca-passo ou doença cardíaca: ________________
Hipo ou hipertensão arterial: ______________________
Diabetes mellitus: ___________________
Problemas circulatórios ou de cicatrização: _________________________
Funcionamento intestinal: _______________________________________
Possui placa ou pino: __________________________
Medicamentos em uso: _________________________________________
Número de gestações: ____________________
Gestante ( ) Sim ( ) Não
Propensão à queloide ( ) Sim ( ) Não
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular36
Estilo de vida
Alimentação; ingestão de água: _________________________
Atividade física: ______________
Tabagista: ( ) Sim ( ) Não
Etilista: ( ) Sim ( ) Não
Exposição solar: ( ) Sim ( ) Não Duração ______________
Exame físico
Fototipo: I – ( ) II – ( ) III – ( ) 
 IV – ( ) V – ( ) VI – ( )
Cor da estria: ( ) Alba ( ) Rubra/violácea
Largura: ( ) Fina ( ) Larga
Tipo: ( ) Atrófica ( ) Hipertrófica ( ) Normotrófica
Região(ões) ________________________________________________
Aparecimento das estrias: 
( ) Adolescência ( ) Gravidez ( ) Obesidade ( ) Medicamento ( ) Outro _______
Sensibilidade tátil: 
( ) Presente.
( ) Ausente.
( ) Resposta aumentada (hipersensível).
( ) Resposta reduzida (hipossensível).
Termo de consentimento
As declarações citadas são expressões de verdade. Não cabe ao esteticista a responsabilidade por 
informações omitidas ou falsas.
Data: __/__/____
Assinatura do cliente: _____________________________
Assinatura do profissional: __________________________
OLIVEIRA et al., 2014. (Adaptado). 
O paciente sempre deve ser conscientizado de que não deve encobrir/esconder qual-
quer perturbação de saúde, pois alguns tratamentos estéticos, como as técnicas manuais 
ou a eletroterapia, têm contraindicações. Com uma conversa franca e objetiva, profissional 
e cliente podem traçar um plano de tratamento que pode ser realizado em dias alternados, 
37Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
conforme a necessidade do caso. O profissional deve conscientizar o cliente para não fal-
tar nas sessões e não demorar demais entre uma e outra, para que o tratamento proposto 
seja, de fato, eficiente (OLIVEIRA et al., 2014; STANDARD, 2011).
1.2.4 Princípios ativos para estrias
Há alguns principais ativos empregados no tratamento e na prevenção de estrias, os 
quais estão expostos a seguir, com base nos estudos de Ribeiro (2010).
• Nanofactor TGFβ3 (fator de crescimento transformador): estimula os fibroblastos 
a produzirem fibras colágenas.
• Ômegas 3 e 6: potentes antioxidantes que promovem hidratação cutânea (apre-
sentam capacidade de retenção de água).
• Óleo de semente de uva: rico em vitamina E; potente antioxidante.
• Óleo de rosa mosqueta: extraído das sementes do fruto da rosa mosqueta. É cons-
tituído de ácidos graxos poli-insaturados, como o ácido linoleico, o ácido oleico e 
o ácido linolênico; estimula a renovação e a regeneração celular, além de ter ação 
anti-inflamatória e antioxidante.
• Vitamina C: incentiva a produção das fibras colágenas.
• Ácido glicólico: estimula a renovação celular e a produção de fibras colágenas.
• Ácido salicílico: estimula a renovação celular.
• Ácido retinoico: estimula a regeneração celular e a produção de fibras colágenas e 
elásticas (inibe a ação da enzima colagenase).
É importante destacar que, em qualquer tratamento realizado com ácido, o profissio-
nal deve orientar o paciente a não se expor à radiação ultravioleta e a sempre aplicar o fil-
tro solar, para evitar o aparecimento de manchas (RIBEIRO, 2010).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular38
Proposta de atividade
Reforce seu aprendizado com o exercício sugerido a seguir. A atividade não é avaliativa, mas é uma boa oportuni-
dade para testar seus conhecimentos e fixar o conteúdo estudado no capítulo.
Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore a sua própria 
ficha de anamnese, considerando os itens indispensáveis e inserindo aqueles que você julga 
importantíssimos. Fique à vontade para incluir outros tópicos, a fim de melhorar a coleta de 
dados dessa ferramenta. Ao produzir sua ficha de anamnese, considere as leituras básicas e 
complementares realizadas.
39Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
Recapitulando
No decorrer deste capítulo, foi possível entender o que é a estria, quais são os pro-
cessos envolvidos na formação dela e os fatores mais evidentes que contribuem para o 
seu desenvolvimento. Também foi possível aprender sobre a anamnese e os tópicos que a 
constituem, além da importância de realizá-la corretamente, seguindo todos os passos. Na 
estética corporal, é essencial que o profissional compreenda todos os aspectos ligados ao 
distúrbio estético e entenda a importância da ficha de anamnese, para que, assim, possa 
trabalhar com segurança e oferecer melhores resultados aos seus clientes.
As estrias são disfunções estéticas que, de alguma forma, podem ser evitadas, pois 
alguns fatores que resultam no surgimento desse distúrbio podem ser modificados. Sendo 
assim, é fundamental que o profissional de estética oriente o cliente quanto à importância 
de manter uma boa hidratação cutânea, com a ingestão adequada de água, uma alimenta-
ção saudável e o uso de cosméticos hidratantes diariamente, em especial na adolescência e 
no período gestacional.
Nos casos em que não foi possível evitar o aparecimento das estrias, é importante enfa-
tizar que, antes de executar qualquer tipo de procedimento, o profissional deve preencher a 
ficha de anamnese e se assegurar de que as informações contidas nela são verdadeiras. Isso 
porque informações falsas comprometem a eficácia do tratamento e a saúde do cliente.
TratamentosCorporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular40
Referências
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Acesso em: 16/06/2019.
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YAMAGUCHI, C. procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos. São Paulo: Santos, 
2005.
CAPÍTULO 2
Protocolos para Estrias
Daniele Almeida Lopes
oBJEtIVoS Do Capítulo
• Criar protocolos de tratamentos para as estrias, usando o eletrolifting e a vacuote-
rapia, baseando-se em seus efeitos fisiológicos, em seus parâmetros, em suas indi-
cações e em suas contraindicações.
• Elaborar protocolos para estrias com microcorrentes, ionização, radiofrequência e 
LED, desenvolvidos a partir do reconhecimento dos efeitos fi siológicos, das formas 
de aplicação, dos parâmetros, das indicações e das contraindicações de cada recurso.
tÓpICoS DE EStuDo
1 Eletrolifting.
• Definição e efeitos fisiológicos.
• Parâmetros e formas de aplicação.
• Indicações e contraindicações.
• Protocolo e orientações 
pós-procedimento.
3
Microcorrentes e corrente galvânica 
(iontoforese).
• Definição e efeitos fisiológicos.
• Parâmetros e formas de aplicação.
• Indicações e contraindicações.
• Protocolo de microcorrentes e de 
ionização.
2 Vacuoterapia.
• Definição e efeitos fisiológicos.
• Parâmetros e associação aos princí-
pios ativos.
• Indicações e contraindicações.
• Protocolo, orientações e cuidados.
4 Radiofrequência e LED nas estrias.
• Mecanismos de ação da radiofre-
quência e parâmetros de aplicação.
• Indicações e contraindicações.
• Protocolo de estrias com 
radiofrequência.
• Mecanismo de ação, tipos de LED e 
protocolo para as estrias.
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular44
Contextualizando o cenário
Até o momento, não existe nenhuma medida integralmente eficaz para o desapareci-
mento completo das estrias; entretanto, sua melhora pode ser de até 80%. Sendo assim, é 
possível amenizar o aspecto inestético das estrias por meio de diferentes modalidades tera-
pêuticas. Para isso, o esteticista deve conhecer cada uma das terapias presentes do mercado, 
para que possa determinar a modalidade de tratamento ideal para seu paciente, além de evi-
tar complicações e potencializar os efeitos desejados. 
Neste capítulo, abordaremos as principais terapias que utilizam de aparelhos para o tra-
tamento de estrias, dentre as quais podemos destacar: eletrolifting, vacuoterapia, iontofo-
rese, radiofrequência e LED. Também enfatizaremos os efeitos fisiológicos dos diferentes 
tipos de terapias, bem como os parâmetros e as formas de aplicação, as indicações e as con-
traindicações. Ainda, recomendaremos um protocolo de tratamento para cada conduta tera-
pêutica abordada. 
Diante desse cenário, questiona-se: será que compreender a fisiopatologia das estrias 
é ponto importante para entender o mecanismo de ação dos aparelhos, bem como esco-
lher a modalidade terapêutica mais indicada para seu cliente?
45Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
2.1. Eletrolifting - galvanopuntura
O aparelho de eletrolifting (microgalvanopuntura) é muito empregado para o trata-
mento das estrias, uma vez que, por meio da corrente galvânica, estimula-se a formação de 
novas fibras que preenchem os deficit no tecido cutâneo. Dessa forma, é importante que o 
profissional compreenda os mais variados efeitos fisiológicos da aplicação da técnica, bem 
como os parâmetros e as formas de aplicação, além das indicações e das contraindicações 
do tratamento. Ademais, a compreensão do protocolo e as orientações pós-tratamento 
são essenciais para a eficácia do tratamento.
2.1.1 Definição e efeitos fisiológicos
Ao longo dos anos, o aparelho de eletrolifting tem sido utilizado em dois procedimen-
tos: um para atenuar linhas e rugas faciais, sendo chamado de eletrolifting; e outro para 
combater estrias, chamado de microgalvanopuntura. Apesar de a nomenclatura ser dife-
rente para designar os dois procedimentos, a ação e a metodologia em sua aplicação não 
possuem distinção. A técnica eletrolifting/microgalvanopuntura utiliza de corrente contínua 
e de um microeletrodo (do tipo caneta, acoplado a uma microagulha que emite corrente 
contínua) fixado ao polo negativo, sendo esse o polo ativo.
O polo negativo, ao entrar em contato com a pele, atrai íons positivos, dando lugar 
à formação de um processo chamado de eletrólise. O polo positivo (em forma de placa 
metálica ou de borracha siliconada) é o passivo e deve estar próximo ao local em que se 
vai atuar, fechando um campo elétrico. Sendo assim, o polo positivo deve ser umedecido e 
estar colocado em contato com o paciente (ROSSI, 2014; BORGES; SCORZA, 2016). 
A figura “Equipamento conjugado” demonstra o equipamento que é um conjugado 
com nove recursos: estimulação com corrente russa; estimulação com baixa frequência; 
microcorrentes; microgalvanopuntura; ionização; ionto-OFF; desincruste; eletrolifting; e 
alta frequência. O aparelho pode ser utilizado também em tratamentos corporais, como 
para as estrias. 
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Equipamento conjugado 
Pausa para refletir
Você já ouviu falar que o tratamento é mais efetivo, ou seja, a capacidade de regeneração é 
maior, quando as estrias ainda apresentam coloração vermelha?
Os fundamentos dosefeitos fisiológicos da microgalvanopuntura estão baseados na 
capacidade de a corrente e os estímulos mecânicos da agulha conduzirem à formação de 
um processo inflamatório, estimulando o mecanismo de reparação tecidual, tendo como 
consequência o aumento da vascularização e a formação de edema. Tal fato resulta na for-
mação de um novo tecido fibroso, o qual preenche os espaços tratados, principalmente no 
relevo cutâneo, por meio do aumento da atividade metabólica celular e da reativação dos 
fibroblastos, resultando no aumento da produção de colágeno. Assim, ocorre a reposição 
dos elementos que foram danificados, melhorando o aspecto das estrias (ROSSI, 2014; 
COSTA; SILVA, 2018).
47Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
Curiosidade
Costa e Silva (2018) realizaram um estudo para avaliar a eficiência do eletrolifting 
em estrias albas de glúteos, em mulheres na faixa etária de 18 a 28 anos. Os resultados de-
monstraram melhora visual na aparência das estrias que foram devidamente tratadas, quando 
comparadas às estrias não tratadas.
Resumidamente, a reação inflamatória induzida pela corrente galvânica e pelo ele-
trodo (fina agulha) estimula os fibroblastos a produzirem basicamente colágeno, o qual 
constitui tecido de preenchimento, auxiliando na regeneração das estrias (OLIVEIRA; 
PEREZ, 2014). Estudos em estrias com a utilização dessa técnica demonstraram uma neo-
vascularização, fibroblastos jovens e, por efeito, aumento da presença de fibras colágenas 
e elásticas (GUIRRO; GUIRRO, 2002; COSTA; SILVA, 2018).
2.1.2 Parâmetros e formas de aplicação
A pele deve estar completamente limpa, livre de creme ou produtos que impeçam a 
condutividade. Deve-se ainda fazer uma esfoliação no local, diminuindo a impedância do 
tecido e potencializando o efeito do aparelho. 
O método mais utilizado pelos profissionais da área da estética é o de punturação. 
Nesse método, inicialmente, o profissional deve deslizar a agulha na pele estriada; em 
seguida, a microagulha deve ser inserida na estria, ou seja, deve-se perfurar a estria. O 
profissional deve levantar a agulha inserida, produzindo um leve descolamento da pele, e 
aguardar por três a cinco segundos, para garantir que a agulha esteja no nível dermoepi-
dérmico e para que a corrente elétrica se concentre na ponta da agulha, no intuito de oti-
mizar o efeito mecânico (lesão). 
Por fim, o profissional deve abaixar a agulha, deixando o tecido cutâneo no aspecto 
natural, e prosseguir para a remoção da agulha. Essa manobra deve ser realizada em todo o 
trajeto das estrias até que se produza hiperemia (vermelhidão) (ROSSI, 2014; BORGES, 2010).
Assista
Para melhor entendimento da técnica de punturação no tratamento das estrias, 
por meio da microgalvanopuntura, assista ao vídeo Protocolo de Microgalvanopuntura no 
Tratamento de Estrias, com equipamento Stimulus Face HTM (BIOCARE, 2018, on-line).
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular48
O tratamento com eletrolifting consiste num método invasivo; no entanto superfi-
cial, pois atinge apenas nível de epiderme. A quantidade de sessões depende do objetivo 
do tratamento, mas basicamente varia de oito a doze sessões, com intervalos semanais ou 
a cada quinze dias, uma vez que se deve esperar cessar a inflamação local para dar prosse-
guimento à próxima sessão. O tempo máximo das sessões é de 40 minutos (corporal), e a 
manutenção pode ser feita conforme as instruções do profissional responsável. A intensi-
dade de aplicação da corrente depende da sensibilidade do cliente, podendo variar de 150 a 
200 microampères (ROSSI, 2014; OLIVEIRA; PEREZ, 2014; BORGES, 2010).
A intensidade utilizada para essa técnica é medida segundo um parâmetro que varia 
de 0,15 a 0,90 microampères, dependendo da espessura do tecido, do local e do procedi-
mento. Minutos após a aplicação restabelece-se uma hiperemia, devido à vasodilatação 
provocada pela corrente. Esse microedema será reabsorvido em um período de tempo 
variável, podendo durar de dois a três dias (ROSSI, 2014).
2.1.3 Indicações e contraindicações
O eletrolifting é indicado como complemento de tratamentos para minimização de 
linhas de expressão (rugas) e estrias. Além disso, de acordo com Oliveira e Perez (2014), o 
eletrolifting também é indicado para tratamento de tecidos desidratados e desvitalizados, 
seborreia, cicatrizes acneicas (não inflamatória), flacidez tissular facial e edema; no entanto 
apresenta algumas contraindicações, tais como (OLIVEIRA; PEREZ, 2014; BORGES; 
SCORZA, 2016):
• locais que apresentam feridas abertas, inflamações ou qualquer tipo de lesão.
• diabetes descompensado.
• alergias.
• prótese metálica no local de aplicação.
• varizes.
• síndrome de Cushing.
• gestante.
• hipertensão ou hipotensão descompensada.
• epilepsia.
• portadores de marca-passo cardíaco.
• neoplasias (cânceres).
• tendência à formação de queloides.
• sensibilidade cutânea alterada.
49Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
Dessa forma, para não haver complicações para a saúde do paciente, é essencial que 
o profissional da área da estética esteja capacitado para explicar e justificar, de maneira 
minuciosa, as contraindicações do procedimento de eletrolifting.
2.1.4 Protocolo e orientações pós-procedimento
Antes de iniciar qualquer protocolo terapêutico estético, é fundamental que o profis-
sional esteja munido de luvas descartáveis e máscara, além do jaleco branco, cabelo preso 
e unhas devidamente aparadas. A seguir, sugerimos um protocolo de tratamento para 
estrias, utilizando-se do eletrolifting (BORGES; SCORZA, 2016; DIAS 2013).
1. Higienizar a região com leite de limpeza ou outro de sua preferência.
2. Tonificar a pele (o tônico remove as impurezas mais profundas da pele).
3. Fazer esfoliação com gel de semente de damasco ou com outro de sua preferência.
4. Retirar todos os resíduos com água.
5. Tonificar novamente a pele, para regular o pH cutâneo.
6. Colocar dez minutos de vapor, inicialmente sem ozônio, para reduzir a resistência 
do tecido cutâneo e oxigenar a pele. Nos últimos cinco minutos da aplicação do 
vapor, acionar o ozônio, para produzir os efeitos antifúngico e antibactericida.
7. Trabalhar com a galvanopuntura sobre a lesão.
8. Aplicar fluido com fator de crescimento transformador, ou seja, peptídeos que 
apresentam capacidade de promover diferenciação e proliferação celular (querati-
nócitos na epiderme e fibroblastos na derme), além de aumento da produção da 
matriz extracelular na derme.
9. Finalizar com hidratantes e filtro solar (DIAS, 2013).
Ao finalizar o procedimento, o eletrodo (caneta) deve ser higienizado com álcool a 
70%, e a ponteira deve ser retirada e devidamente esterilizada em autoclave, no intuito de 
oferecer um tratamento seguro para o paciente. Após a aplicação do eletrolifting, é essencial 
manter o tecido cutâneo hidratado, para favorecer sua regeneração. Além disso, é funda-
mental orientar o paciente a evitar a exposição solar e aplicar filtro solar com fator acima de 
30 durante o dia. O ideal é, ainda, reaplicar o filtro solar a cada três horas (PEREIRA, 2014).
2.2. Vacuoterapia
A vacuoterapia é uma técnica de sucção muito utilizada para o tratamento das estrias 
que promove pressão negativa, resultando na mobilização dos tecidos, melhorando sua nutri-
ção, sua oxigenação e, consequentemente, o funcionamento celular. Portanto, é de extrema 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular50
importância o profissional compreender alguns aspectos inerentes ao procedimento, como: a 
definição e os efeitos fisiológicos; os parâmetros e suas associações com os princípios ativos 
específicos para o tratamento das estrias; as indicações e as contraindicações.
2.2.1 Definição e efeitos fisiológicos
Os egípcios e os chineses são citados como as primeiras civilizações que fizeram usodas ventosas para tratar os diversos males do corpo, como para a remoção de secreções 
purulentas. As primeiras ventosas eram feitas de chifres ocos ou cuias. Depois, foram usa-
dos bambus e, mais tarde, surgiram as ventosas de vidro, muito utilizadas ainda hoje na 
medicina tradicional chinesa. 
As ventosas promovem pressão negativa (sucção) sobre a pele, quantificada em milí-
metros de mercúrio (mmHg), a qual mobiliza os tecidos corporais, podendo ser utilizada 
para a realização de massagem e drenagem linfática. Ao contrário da massagem tradicional, 
que exerce uma pressão de fora para dentro, empurrando o tecido, a vacuoterapia trabalha 
puxando o tecido de dentro para fora (VASCONCELOS; ARANTES, 2014; PAULA, 2014).
Na vacuoterapia são utilizados eletrodos em formas de ventosas, conforme a figura 
“Eletrodo do aparelho de vacuoterapia”, como se fossem copos, os quais, quando aplicados 
sobre a pele, exercem sucção de forma contínua ou pulsada, conforme ilustrado na figura “A 
vacuoterapia é baseada na sucção do tecido cutâneo”, estimulando as circulações sanguínea 
e linfática. No tratamento para estrias, é utilizado o modo contínuo (BORGES, 2010). 
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Eletrodo do aparelho de vacuoterapia
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A vacuoterapia é baseada na sucção do tecido cutâneo
A vacuoterapia é uma técnica que utiliza ventosa a vácuo para a promoção do 
aumento da vascularização local, resultando no aumento da circulação sanguínea e conse-
quente melhora na oxigenação e nutrição local, além do aumento na permeabilidade das 
membranas e maior aporte de enzimas. A vacuoterapia estimula os vasos linfáticos, favore-
cendo a eliminação de toxinas e a drenagem dos líquidos extracelulares (linfa). Além disso, 
melhora a atividade dos fibroblastos, contribuindo para a maior produção de fibras coláge-
nas, o que favorece a melhoria do aspecto das estrias. 
O procedimento de vacuoterapia também promove uma agressão (lesão) na pele 
estriada, ocasionando um processo inflamatório. Dessa forma, os fibroblastos são ativados 
e estimulados a produzirem novas fibras colágenas e elásticas, contribuindo para a melhora 
das estrias (DIAS, 2013; VASCONCELOS; ARANTES, 2014).
2.2.2 Parâmetros e associações aos princípios ativos
A pressão promovida pela vacuoterapia é baseada no procedimento a ser apli-
cado, conforme a avaliação de cada paciente. Para o tratamento de estrias, trabalha-
se com uma pressão um pouco mais intensa, visando promover uma agressão no tecido 
e a consequente indução de processo inflamatório, com a estimulação dos fibroblas-
tos e o aumento da produção de colágeno para preenchimento da estria. Portanto, para 
o tratamento de estrias, recomenda-se o modo contínuo na pressão de 400 a 500 mmHg, 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular52
sempre respeitando o limiar de sensibilidade do cliente. Os resultados serão mais efe-
tivos nas estrias vermelhas (rubras), que ainda se encontram em processo inflamatório 
(VASCONCELOS; ARANTES, 2014; PAULA, 2014).
Para o tratamento das estrias, são utilizadas as ponteiras de vidro pequenas e de 
ponta fina, compatíveis com a largura da estria, conforme a figura “Eletrodo de vacuotera-
pia específico para o tratamento de estrias”. O movimento de varredura é realizado diver-
sas vezes, até gerar intensa hiperemia (vermelhidão), sendo o método mais utilizado. O 
tempo de duração de uma sessão varia conforme o tamanho da região a ser tratada. 
Assista
A vacuoterapia melhora a atividade dos fibroblastos, contribuindo para a maior 
produção de fibras colágenas, o que favorece a melhoria do aspecto das estrias. Para maior 
compreensão a respeito da maneira de aplicação do aparelho, assista ao vídeo Tratamento 
para estrias - Striort (TOPDERM…, 2016, on-line). 
Recomenda-se a realização de, no mínimo, seis sessões para que os resultados sejam 
notados. A frequência de aplicação da vacuoterapia deve ser de uma vez por semana, pois 
a técnica promove um processo inflamatório que deve ser cessado para que se possa pros-
seguir com uma nova aplicação (BORGES, 2010).
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Eletrodo de vacuoterapia específico para o tratamento de estrias
53Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
Para utilizar a técnica do vácuo, o profissional deve ter um bom conhecimento a res-
peito do mecanismo de funcionamento do aparelho, uma vez que sucções mais potentes 
podem levar a complicações, como a ruptura de capilares sanguíneos, o que gera petéquias 
e hematomas.
A vacuoterapia é um procedimento utilizado como coadjuvante de outros recursos 
terapêuticos destinados ao tratamento de estrias, visto que os resultados são mínimos 
nesse método isolado. Entretanto, a vacuoterapia pode ser combinada com uma série de 
ativos no intuito de potencializar os resultados esperados. 
Os ativos mais utilizados para o tratamento das estrias são a vitamina C (ácido ascór-
bico), o ácido retinoico, o ácido glicólico, o óleo de semente de uva, dentre outros, uma vez 
que esses ativos apresentam a capacidade de estimular a formação de novas fibras coláge-
nas e elásticas, minimizando o aspecto das estrias (PAULA, 2014; RIBEIRO, 2010).
2.2.3 Indicações e contraindicações
Na área da estética, a vacuoterapia apresenta aplicações para: esfoliação da pele; 
extração de comedões (cravos); tratamento de rugas, estrias, gordura localizada e celu-
lite; liberação de aderências cicatriciais; e para tratamentos pré-cirúrgicos (melhorando 
a qualidade da pele) e pós-cirúrgicos (acelerando o processo de cicatrização e regene-
ração tecidual, reduzindo edemas, reabsorvendo hematomas e prevenindo fibroses) 
(VASCONCELOS; ARANTES, 2014).
As contraindicações para a vacuoterapia englobam (PAULA, 2014):
• neoplasias.
• gestantes (pela fragilidade dos capilares sanguíneos).
• pele com lesões (úlceras/feridas).
• fragilidade capilar.
• infecções.
• alteração de sensibilidade.
• insuficiência renal.
• insuficiência cardíaca.
• flebites e tromboses.
• varizes inflamadas.
• hipertensão descompensada.
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular54
A vacuoterapia é muito empregada nos mais variados procedimentos estéticos; no 
entanto deve ser utilizada com cautela, uma vez que apresenta uma série de contraindicações.
2.2.4 Protocolo, orientações e cuidados
A seguir, sugerimos um protocolo de tratamento para estrias, utilizando-se da vacuo-
terapia (BORGES, 2010).
1. Higienizar o local com loções higienizadoras.
2. Esfoliar com peeling de diamante as estrias, o que irá fazer uma varredura, no 
intuito de remover células mortas, afinando a camada córnea.
3. Tonificar o tecido cutâneo para normalizar o pH.
4. Aplicar a vacuoterapia.
5. Finalizar com filtro solar.
Para se obter bons resultados com a técnica de vacuoterapia, é importante ressaltar 
que o equipamento é altamente dependente do profissional que o manipula. O profissio-
nal que deve saber reconhecer os mecanismos de ação do aparelho, bem como a fisiopa-
tologia das desordens estéticas, para um diagnóstico clínico preciso. Com isso, são obtidos 
resultados eficazes, uma vez que a utilização de forma incorreta do aparelho pode resul-
tar em quadros de flacidez tissular, dores no corpo e até mesmo rompimento dos capilares 
sanguíneos, tendo como consequência o aparecimento de hematomas. É importante lem-
brar que a vacuoterapia não deve gerar dor e muito menos grandes desconfortos (GUIRRO; 
GUIRRO, 2002).
2.3. Microcorrentes e corrente galvânica (iontoforese)
A microcorrente é um tipo de tratamento baseado na eletroestimulação, que 
emprega correntes de baixa intensidade e frequência, melhorando o funcionamento teci-
dual; portanto, também é utilizada para a melhoria dos quadros de estrias. 
A corrente galvânica empregadana modalidade iontoforese é muito utilizada para 
potencializar a permeação dos princípios ativos, constituindo-se de uma técnica eficaz para 
o tratamento das estrias. Dessa maneira, a compreensão da definição da técnica, dos efei-
tos fisiológicos, dos parâmetros e das formas de aplicação, das indicações e das contraindi-
cações é de extrema importância para a efetividade do tratamento.
55Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
2.3.1 Definição e efeitos fisiológicos
A microcorrente elétrica é uma eletroestimulação que opera com correntes de baixa 
intensidade na faixa do microampère. Sendo de baixa frequência e pouca intensidade, ela 
pode apresentar correntes contínuas ou alternadas, pulsadas ou não, capazes de promo-
ver eletroestimulação tecidual. A microcorrente elétrica é utilizada em um grau subsenso-
rial ou sensorial muito baixo; portanto, não há grande desconforto durante a aplicação. A 
corrente elétrica emitida pelo aparelho opera em menos de 1.000 mA. Por serem correntes 
muito pequenas, elas conseguem atuar em nível celular e acelerar o processo de regenera-
ção tecidual (FERES, 2013; VASCONCELOS, 2014).
O tecido corporal considerado sadio é consequente de um fluxo contínuo de corren-
tes elétricas pelo organismo. Quando o tecido é agredido (lesado), esse fluxo se encon-
tra desorganizado no local; nesse caso, a corrente elétrica pode impulsionar o mecanismo 
de regeneração tecidual. Sendo assim, o tratamento que utiliza de microcorrentes sobre 
as lesões que acometem o tecido cutâneo tem como finalidade regularizar o fluxo de cor-
rentes, propiciando a restauração do tecido. Ao se estimular um tecido com microcorren-
tes, os elétrons reagem com as moléculas de água, induzindo a formação de adenosina 
trifosfato (ATP) dentro da célula. A molécula ATP é a principal fonte de energia das célu-
las, sendo requisitada para todo tipo de atividade celular, inclusive dos fibroblastos, 
potencializando a produção de fibras colágenas, o que irá melhorar o aspecto das estrias 
(VASCONCELOS, 2014).
O uso dessa corrente contínua propicia um aquecimento suave na região aplicada, resul-
tando em hiperemia, em decorrência da estimulação da circulação sanguínea, o que melhora 
a nutrição e a oxigenação local, favorecendo também o funcionamento dos fibroblastos, con-
tribuindo para a melhora do aspecto das estrias, uma vez que, estimula a renovação do tecido 
cutâneo. Além disso, as microcorrentes estimulam a circulação linfática, favorecendo a elimi-
nação dos resíduos celulares tóxicos, melhorando consequentemente o funcionamento celu-
lar. Todos esses efeitos, em conjunto, promovem a revitalização tecidual (BORGES, 2010).
Já a iontoforese é uma técnica empregada para introdução de determinadas subs-
tâncias específicas (eletrolíticas) no organismo por meio da pele, utilizando-se da cor-
rente contínua. A corrente contínua (corrente galvânica), nessa técnica, atua como veículo 
para o transporte das substâncias que são agentes terapêuticos estéticos, isto é, facilita a 
permeação de ativos cosméticos por meio da barreira que a pele constitui, melhorando e 
potencializando a absorção desses componentes. 
A iontoforese está baseada na capacidade que a corrente contínua possui de repelir 
íons da mesma polaridade do eletrodo (íons iguais se repelem e íons diferentes se atraem) 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular56
(GUIRRO; GUIRRO, 2002; IORIO; STASI; BORGES, 2007). Diversos experimentos têm 
demonstrado a penetração de partículas (íons) por meio da corrente contínua (iontofo-
rese), conforme estudos feitos por Zaragoga e Rodrigo (1995) e por Martín (2000).
Com relação aos efeitos fisiológicos da iontoforese, eles ocorrem de acordo com as 
substâncias utilizadas e a que se destinam; porém, dada a complexidade que envolve a téc-
nica, as vantagens, as desvantagens e o seu resultado são influenciados por vários fatores 
(PEREIRA, 2014). Os mais importantes relatados de Martín (2000) em relação aos efeitos 
fisiológicos da iontoforese são:
• concentração do produto.
• estado da pele.
• quantidade da substância introduzida.
• dimensão do eletrodo ativo.
• duração da sessão.
• frequência das aplicações.
• quantidade de aplicações.
• intensidade aplicada (MARTÍN, 2000). 
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Fatores que podem influenciar a Iontoforese
Dessa forma, a técnica de iontoforese permite carrear os íons dos ativos de um deter-
minado cosmético, para que se exerçam os efeitos almejados, precisamente, nas células
-alvo (MARTÍN, 2000).
57Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular
2.3.2 Parâmetros e formas de aplicação
No que se refere à aplicação das microcorrentes, a pele deve estar limpa e isenta 
de qualquer substância que impeça a condutividade elétrica, como produtos de higieni-
zação, esfoliantes, cremes etc. O preparo da pele para essa técnica é fundamental, pois a 
oleosidade e as sujidades já seriam a primeira barreira, sem falar da impermeabilidade da 
camada córnea (camada mais externa da epiderme). 
No emprego das microcorrentes, o profissional movimenta os dois eletrodos, em 
forma de caneta, conforme a figura “Eletrodos em forma de caneta para aplicação das 
microcorrentes”, vagarosamente sob toda a extensão da estria. O gel neutro é aplicado 
para favorecer a condução da corrente elétrica. O importante é que durante a aplicação 
das microcorrentes o profissional mantenha o máximo de tempo possível o eletrodo em 
contato com o tecido cutâneo. 
A intensidade pode ser determinada numa amplitude que varia de 0 a 999 microam-
pères. Já a frequência pode ser ajustada de 0 Hz a 1000 Hz (BORGES, 2010; BORGES; 
SCORZA, 2016).
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Eletrodos em forma de caneta para aplicação das microcorrentes
Antes de iniciar o procedimento iontoforese, é importante que o tecido cutâ-
neo esteja devidamente higienizado e livre de qualquer agente que possa impedir a con-
dutividade elétrica e dificultar a permeação do ativo, como produtos de higienização, 
Tratamentos Corporais para Flacidez Tissular, Estrias e Flacidez Muscular58
esfoliantes, cremes, maquiagens, sujidades etc. O preparo da pele para essa técnica é 
essencial para a desobstrução dos poros e o aumento da permeabilidade da pele, o que irá 
contribuir para a efetividade da técnica. 
De acordo com Martín (2000), as glândulas sudoríparas seriam o meio mais fácil para 
a substância chegar ao líquido intersticial (extracelular) (PEREIRA, 2014). Além disso, na 
iontoforese, a corrente contínua, além de aumentar a síntese de ATP e a síntese proteica, 
promove também o aumento da permeabilidade da membrana celular, o que favorece a 
penetração de ativos na pele. Lembrando que na técnica de iontoforese a concentração do 
ativo deve ser baixa, em torno de 1% a 3%, uma vez que quanto menor a concentração do 
ativo, mais leve se torna o produto ionizável (VASCONCELOS, 2014).
Dica
A massagem manual estimula a circulação sanguínea e melhora o aporte de oxigê-
nio e nutrientes para a região. Pode-se utilizar a técnica como coadjuvante (com-
plementar) no tratamento de estrias para melhorar a permeação de ativos cosméticos e a 
resposta biológica ao tratamento realizado (DIAS, 2013).
Existe uma grande variedade de substâncias que podem ser utilizadas no âmbito da 
iontoforese. Um dos principais fatores para que esse processo ocorra é o fato de a subs-
tância a ser utilizada ser eletrolítica, isto é, que se dissocie em íons. Cabe ao fabricante do 
produto indicar qual a polaridade iônica da substância, para que se possa eleger o eletrodo 
(positivo ou negativo) corretamente. Sendo assim, quando a substância é positiva, o ele-
trodo ativo é o positivo, e o passivo é negativo, ou vice-versa (GUIRRO; GUIRRO, 2002). 
Por exemplo: se o ativo apresentar polaridade negativa, este irá penetrar no