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UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 1 Crescimento AIS - 5 CASO CLÍNICO Maria traz o seu filho Pedro de 8 anos ao consultório referindo ser pequeno e muito magro. Estatura familiar 1,78. Ao exame: estatura: 113cm, IMC: 18,5. G1P1. Qual a avaliação de crescimento e estado nutricional da criança. R: Baixa estatura / sobrepeso OBJETIVOS DA AULA: 1. Conceitos 2. Curvas de crescimento 3. Como medir peso, estatura e perímetro cefálico 4. Fases de crescimento 5. Interpretação dos valores antropométricos 6. Canalização 7. Alvo Genético 8. Alterações que afetam o crescimento da criança e do adolescente CONCEITO Crescimento: Refere-se ao peso e tamanho de forma quantitativa; Desenvolvimento: Refere-se as habilidades, competências, a capacidade de ir do simples ao complexo de forma qualitativa. CRESCIMENTO 1980 – OMS monitoração do crescimento Por que avaliar o crescimento? - Detectar precocemente doenças - Identificar as variações da normalidade - Identificar problemas que não podem ser curados A avaliação do crescimento por comparação Curvas de Crescimento estabelecidas em 2006 AO NASCER Meninos: 50cm / Meninas: 49cm +/- 2cm Peso ideal ao nascer: 3300g Menos de 2.500g: baixo peso 2.500 e 3.000g: peso suficiente Alterações Peso ao nascer: 3° trimestre de gestação, porque esse é o período em que a criança mais ganha peso. Estatura: 2° trimestre A correlação do tamanho ao nascer é baixa em relação à estatura final. O crescimento intrauterino tem correlação com as condições nutricionais, de saúde e tamanho da mãe e é diferente do potencial genético da criança. Durante os 2 primeiros anos, desde a gestação, os fatores nutricionais e ambientais eles pesam muito mais para determinar o crescimento que a genética familiar. Canalização: Curva de crescimento pode mudar de canal, mudando os percentis, ou seja, ao longo dos 2 primeiros anos com a influencia do meio e fatores ambientais a criança vai caminhando para o tamanho de acordo com seu perfil genético. Fases do Crescimento 1- Rápido + desaceleração rápida 2- Mais estável + desaceleração lenta 3- Rápido até o pico + desaceleração O crescimento na criança não é linear. Ele é feito em paradas e saltos (saltation and stasis). As crianças (meninos e meninas) crescem semelhante da infância a puberdade. Na puberdade começam as alterações. Crescimento na puberdade Meninas Estirão 2 anos antes dos meninos Pico de Velocidade de crescimento: 8,5 cm/ano Iniciam a puberdade antes – por volta dos 8 anos Param de crescer mais cedo – Fechamento das epífises Meninos Crescem mais 2 anos Pico de Velocidade de crescimento: 9,5 cm/ano Estirão no final da puberdade Pico VC maior Gerando uma diferença de altura em torno de 13 cm maior que as meninas Diferenças no ritmo de crescimento Maturadores: 1 – Rápidos 2 – Médios 3 – Lentos Maturadores lentos: • Estirão puberal mais tarde • Velocidade de alerta menor que 5 cm/ano Doença endócrina • Deficiência de hormônio do crescimento – GH • Hipotireoidismo Picos mais altos Picos mais baixos UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 2 Maturação óssea – Greulich Pyle • Radiografia da mão e do punho esquerdos. • Não se deve radiografar as duas mãos, pois pode alterar a imagem e distorcer a avaliação. • Sugere o quanto ainda o paciente pode crescer • Fechamento das epífises – parou de crescer Se a criança tem a idade óssea abaixo do esperado, isso é bom, pois ele tem o potencial de crescer. Tipo, um raio x com idade óssea de 6 anos e tem 7 anos de idade. Ou seja, é bom ter a idade óssea diferente da cronológica. Exemplo: André e Thiago – Mesma idade e mesma altura: 6 anos • André tem idade óssea atrasada: 5 anos • Thiago tem idade óssea adiantada: 7 anos Conclusão: André tem mais potencial de crescimento que Thiago. Ou seja, André com a idade óssea atrasa tem maior probabilidade de atingir a idade adulta com maior altura. Variantes da normalidade Baixa estatura familiar: • Filhos de pais baixos • Idade óssea = idade cronológica Baixa estatura constitucional: • Maturadores lentos • Idade óssea menor que a cronológica Puberdade Meninas: mamas e pelos púbicos Meninos: genitais e pelos púbicos Classificação de Tanner Mamas M1 – impubere M2 – broto mamário M3 – aumento de mama e aréola sem separação de contornos M4 – aréola e papila formam montículo secundário M5 – adulto Pelos P1 – pelos não pigmentados P2 – poucos pelos pigmentados nos grandes lábios P3 – pelos escuros, grossos e crespos na região pubiana P4 – aumento na quantidade dos pelos com distribuição igual ao de adulto P5 – pelos com distribuição do adulto que alcançam ou ultrapassam a raiz da coxa Meninos – primeiro sinal de puberdade é os testículos. G1 – Estágio 1: pré-pubere (infantil) G2 – Estágio 2: aumento do escroto e dos testículos, sem aumento do pênis. Pele da bolha escrotal fina e rosada. G3 – Estágio 3: Aumento do pênis em comprimento. Continua o aumento de testículos e escroto. G4 – Estágio 4: aumento do diâmetro do pênis e desenvolvimento da glande. Continua o aumento dos testículos e escroto, cujo pelo escurece e engrossa. G5 – Estágio 5: Genital adulto em tamanho e forma Tamanho dos testículos: Orquidômetro de Prader - Conjunto de bolas de forma elíptica: 1 cm cúbico a 25 cm cúbicos. - Até 3 cm cúbicos: infantil - Puberdade: inicio: testículo maior que 4 cm cúbicos - Estirão puberal inicia: 5: 8 cm cúbicos Acima dos 2 primeiros anos: meio ambiente + genética = alvo parental Estatura alvo da menina = (altura do pai – 13 + altura da mãe) / 2 Estatura alvo do menino = (altura do pai + 13 + altura da mãe) / 2 Exemplo: • Menino de 3 anos de idade • Altura da mãe: 1,50cm • Altura do pai: 1,75 cm Os principais hormônios: GH IGFI – insulin like growth factor Hormonio tireoidiano Hormonios sexuais – responsáveis pelo estirão Alterações que afetam o crescimento: 1 – Variações da normalidade: baixa estatura familiar e maturador lento 2 – Deficiência de crescimento por alterações esqueléticas: anomalias cromossômicas e genéticas 3 – Deficiências secundárias: pré e pós natal Estado Nutricional A avalição nutrológica: • Estratégias de prevenção ou tratamento • Carências ou excessos • Acompanhamento da normalidade • Anamnese • Exame Físico • Medidas antropométricas De 0 a 30 dias: 1 - Anamnese: Idade Gestacional / intercorrências na gestação Peso e comprimento de nascimento Internações em berçário ou UTI Leite materno Vitaminas, minerais ou outras medicações Antropometria dos pais Local onde dorme Idade cronológica e idade corrigida – prematuro Exame físico: Tamanho das fontanelas. Alvo parental: 1,69 cm UNINTA – S5 – BRENDA AMANDA REINALDO DE SOUZA 3 De 1-2 anos: Anamnese: • Aleitamento materno – complementado • Uso de mamadeira ou copinho: como é o preparo, com qual leite, quantas vezes • Inicio da alimentação complementar • Alimentação atual • Atividade lúdicas • Hábito de sono Exame físico: • Velocidade de crescimento (VC) • Desenvolvimento neuropsicomotor e social • Pressão arterial • Observação da mamada Peso 1° trimestre: 700g/mês – 25 a 30g/dia 2° trimestre: 600g/mês – 20g/ dia 3° trimestre: 500g/mês – 15g/dia 4° trimestre: 300g/mês – 10g/dia Criança até 2 anos pesamos sem roupa, nem mesmo com fraldas. Crescimento do perímetro cefálico 1° trimestre: 2cm/mês 2° trimestre: 1cm/mês 3° trimestre: 0,5 cm/mês Perímetros P cefálico: fita métrica inextensível – glabela e osso occipital P torácico: menor que 5 anos / nível dos mamilos Até 6 meses de vida: PC maior que PT Acima dos 6 meses: PT maior que PC PT/PC = 1 eutrofia Menor que 1 desnutrição energético-proteica Estatura 1° ano: 25 cm (1° semestre 15 cm + 2° semestre10cm) 2°ano: 10 a 12 cm Acima do 3° ano: 5 a 7 cm por ano Até os 2 anos é medida deitada. - Comprimento A partir dos 2 anos em pé. – Altura É normal a diferença de 2 cm entre o comprimento e a altura Pré – Escolar (2 a 5° ano) / Escolar (5° a 10° ano): Anamnese: • Alimentação atual • Tempo de tela • Atividade física • Atividades na escola • Hábito de sono Ação do GH e hormônios tireoidianos: • Genética • Puberdade: 8 anos – menina e 9 anos – menino Adolescência (10° ano a 19° ano): Anamnese: • Alimentação • Recursos econômicos • Comportamento • Rendimento escolar, atividades físicas • Fast-foods • Álcool, anabolizantes e suplementos, drogas ilícitas • Esporte • Hábitos de sono Exame físico: • Peso, estatura, IMC, circunferência abdominal • Pressão arterial • Avaliação do estadiamento puberal (Tanner) • Percepção da imagem corporal Como avaliar o crescimento / nutrição? Exame antropométrico: medidas (peso, estatura, perímetro cefálico)
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