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Anestésicos gerais

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1 FARMACOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
ANESTÉSICOS GERAIS 
➔ Tipos de anestesias: 
▪ Anestesia local; 
▪ Anestesia regional: Onde se faz bloqueios periféricos específicos de onde se deseja. 
▪ Anestesia geral: É uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, 
eliminação da dor e perda da atividade muscular. 
 
➔ O que um anestésico geral faz? 
▪ Induz a depressão generalizada e reversível do SNC; 
▪ Provoca perda da percepção de todas as sensações; 
▪ Perda da consciência, amnésia e imobilidade (ausência de resposta a estímulos nocivos); 
▪ Relaxamento muscular; 
▪ Perda dos reflexos autônomos; 
▪ Analgesia e ansiólise; 
 
Funções dos adjuvantes na anestesia: 
▪ Benzodiazepinas: Reduzem a ansiedade. 
▪ Barbitúricos: Facilitam ou iniciam o processo de sedação, sendo necessário a administração de uma dose menor de 
anestésicos geral para que o indivíduo seja sedado. 
▪ Anti-histamínicos: Evitam reações alérgicas, principalmente contra os anestésicos gerais. 
▪ Antieméticos: Evitam aspiração de conteúdo estomacal, êmese e náuseas no pós operatório. 
▪ Opióides: São analgésicos potentes e atuam na redução da percepção do estímulo da sensação dolorosa. 
▪ Fármacos anticolinérgicos: Evitam bradicardia e reduzir a secreção de líquido no trato respiratório. 
▪ Relaxantes musculares: Facilitam a intubação, relaxamento muscular e facilitando procedimentos cirúrgicos. 
Os anestésicos gerais atuam em diferentes estruturas do sistema nervoso, possuem atividade no tálamo e córtex cerebral, 
hipocampo, tronco cerebral, medula espinhal e neurônios sensoriais periféricos, envolvendo desde estruturas simples até as 
estruturas mais complexas. 
➔ Profundidade da anestesia: 
Fases de anestesia de Guedell: 
▪ Estádio I: Analgesia 
Analgesia, amnésia e euforia. 
 
▪ Estádio II: Excitação 
Excitação, delirium, comportamento combativo. 
 
▪ Estádio III: Anestesia cirúrgica 
Inconsciência, respiração regular e diminuição do movimento ocular. 
 
▪ Estádio IV: Depressão bulbar ou paralisia respiratória (sobredosagem) 
Parada respiratória, depressão e parada cardíaca e ausência de movimento ocular. 
 
Parâmetros observados: 
▪ Características da respiração. 
▪ Atividade do globo ocular. 
▪ Alterações pupilares. 
▪ Reflexo palpebral (presença ou ausência) 
▪ Deglutição ou vômito. 
▪ Resposta respiratória à incisão da pele. 
▪ Secreção de lágrimas. 
▪ Valorização dos reflexos faríngeo e laríngeo. 
 
➔ Estágios da anestesia: 
Indução: Intervalo de tempo que vai desde o início da administração do anestésico até o desenvolvimento de anestesia cirúrgica. 
(Depende da rapidez com que concentrações eficazes do anestésico atinge o SNC). 
 
 2 FARMACOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Objetiva evitar a fase excitatória, fazendo com que o indivíduo passe o mais rápido possível por ela, tem um lento início de ação 
de alguns anestésicos, geralmente é induzida com um anestésico intravenoso (tiopental) e precisa de 25 s após a administração 
para a inconsciência, após a inconsciência a manutenção é feita por anestésicos inalatórios ou intravenosos para atingir o estágio 
III e os coadjuvantes (bloqueadores neuromusculares. 
Manutenção: Período de tempo durante o qual o paciente se mantém anestesiado em plano cirúrgico. 
Monitora os sinais vitais e a resposta a estímulos. 
Ajusta cuidadosamente a quantidade de anestésico inalado ou infundido. 
A anestesia é mantida pela administração de anestésicos gasosos, pois, permitem um bom controle minuto a minuto da 
profundidade anestésica. 
Recuperação: Período que vai desde a interrupção da administração do anestésico até a recuperação da consciência (depende de 
quão rapidamente o anestésico é removido do SNC). 
Monitorar o imediato retorno do paciente e consciência. 
Monitorar as reações tóxicas tardias como hipóxia de difusão. 
 
➔ Tipos de anestésicos gerais: 
▪ Anestésicos inalatórios: 
Líquidos voláteis: Halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano. 
Gases: Óxido nítrico. 
 
Vantagem: 
Rápida indução e recuperação dos estados de anestesia, que depende de sua solubilidade no sangue e solubilidade em gordura. 
 
Coeficiente de partição: 
Quando alto (halotano) mostram indução e recuperação mais lenta já quando se tem o coeficiente de partição baixos propiciam 
indução e recuperação rápidas (óxido nitroso e desflurano). 
 
Mecanismo de ação: 
I. Líquidos voláteis: 
Família dos “fluranos”, incluem halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano. Não provocam a anestesia por um 
mecanismo único, a princípio tem-se a potencialização da atividade dos receptores GABA, bloqueia os receptores nicotínicos, 
ativam canais de potássio retirando-o do meio intracelular, promovem a ativação dos receptores de glicina e provocam a 
inibição do rearranjo de proteínas envolvidas na liberação de neurotransmissores na membrana pré-sináptica (sinaptobrevina, 
sintaxina); 
São administrados por aparelhos vaporizadores e possuem um efeito completo, incluindo atividade hipnótica, analgésica, 
amnésica e relaxante muscular. 
 
Características gerais: 
Cardiovascular: Vasodilatação (diminuem a PA) 
 Risco de insuficiência cardiovascular. 
Respiratório: Depressão respiratória. 
Útero: Efeito relaxante uterino (retarda o trabalho de parto e aumente o risco de hemorragias). 
Efeitos colaterais: Condição rara e grave, mas pode causar a hipertermia maligna. 
Efeito colateral do halotano: Insuficiência hepática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. Gases anestésicos: 
O óxido nitroso bloqueia a entrada de cálcio na célula nervosa, sendo assim, é mais difícil despolarizar essa célula. 
HIPERTERMIA MALIGNA: 
É um evento que envolve muitos sintomas como taquicardia, hipertensão, rigidez muscular, 
hipertermia e desequilíbrio ácido-base. 
São ocasionadas por uma suscetibilidade genética que consiste em uma alteração do receptor de 
liberação do cálcio no retículo sarcoplasmático do ME. 
O tratamento consiste em interromper a administração de anestésico volátil e baixar a temperatura 
corpórea. 
***Dantrolene: É um inibidor dos canais de Ca²+ do retículo endoplasmático. 
 
 
 3 FARMACOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Não irrita as vias aéreas. 
Anestésico pouco potente. 
É administrado através do uso de máscara. 
Promove estabilidade cardiovascular. 
Indução e recuperação rápidas, pois, há um coeficiente de partição 
sangue – gás e sangue – óleo baixíssimos. 
Não causa relaxamento do músculo esquelético. 
Deve ser utilizado em associação com outros anestésicos gerais, pois 
não produz hipnose profunda. 
 
A potência dos anestésicos inalatórios está diretamente relacionada 
com o coeficiente de partição sangue – gás e sangue – óleo, contudo, 
tem-se o CAM (concentração alveolar mínima), a qual permite definir se 
um anestésico inalatório é mais potente ou menos potente que o outro. 
O CAM corresponde a concentração necessária para cessar os 
movimentos em 50% dos pacientes submetidos aos anestésicos 
inalatórios. 
 
▪ Anestésicos intravenosos: 
Induz uma anestesia rápida, com recuperação mais lenta quando comparados com os gases inalatórios. 
Principais efeitos indesejáveis: Risco de depressão respiratória e cardiovascular (cetamina); 
Náuseas no pós operatório também são comuns. 
 
 Barbitúricos: Tiopental 
Molécula pequena de caráter lipofílico e que tem a capacidade de se acumular no tecido adiposo, pode ser administrado 
solubilizado em água ou soro fisiológico com pH ajustado entre 10 – 11, ou seja, necessário que o pH seja básico, pois, é de fácil 
precipitação. 
Quando administrado de forma equivocada, ou seja, administração extravascular pode ocasionar dor e necrose tecidual. Porduz 
rápida indução (em seg) e recuperação (em min) da anestesia. 
Causa efeito do tipo “ressaca”. 
É indicado para indução da anestesia e como um fármaco que possui uma potente ação sedativa e hipnótica.Uma vez administrado, suas concentrações no sangue vão diminuindo e a primeira região a receber a maior concentração de 
tiopental é o cérebro, por isso se tem uma rápida indução, após isso o fármaco começa a se distribuir pelos músculos e tecido 
adiposo. 
 
 Outros agentes: Propofol, etomidato, cetamina. 
Propofol: 
É um fármaco insolúvel em água, portanto, é administrado na forma de emulsão. Causa um leve desconforto no momento e 
local de administração, é rapidamente metabolizado pelo fígado e não causa a sensação de ressaca. 
Sua indicação vai desde a indução da anestesia até a manutenção a partir de uma infusão contínua, o paciente recupera 
rapidamente a consciência após a retirada da administração. 
 
Etomidato: 
É um fármaco pouco solúvel em água, causa desconforto no momento da aplicação, é rapidamente metabolizado pelo fígado e 
sua eliminação é majoritariamente via renal. 
A principal indicação é indução da anestesia em pacientes com risco de hipotensão e isquemia miocárdica. 
É um fármaco que possui uma grande estabilidade cardiovascular, de forma que não causa redução da PA e alterações no débito 
cardíaco. Existe um risco em sua administração continuada, pois, provoca a supressão da produção de esteróides pela 
suprarrenal, por isso, não se recomenda infusões prolongadas desse fármaco. 
 
Cetamina: 
É um fármaco solúvel em água, possui uma rápida metabolização e que ocorre majoritariamente hepática. 
É indicada no processo de indução e manutenção principalmente em crianças e procedimentos curtos, é útil em pacientes com 
risco de hipotensão e pacientes asmáticos, na anestesia ou analgesia em pacientes queimados. 
Possui uma boa estabilidade cardiovascular e possui alguns efeitos catalépticos ou anestesia dissociativa, onde se tem o nistagmo, 
dilatação pupilar, salivação ou lacrimejamento, movimentação espontâneo dos membros e manutenção do tônus muscular; no 
processo de recuperação anestésica é comum a presença de delírios de emergência como alucinações, sonhos vívidos e ilusões. 
 
 4 FARMACOLOGIA – JULIANA OLIVEIRA 
Mecanismo de ação: 
I. Barbitúricos, propofol, etomidato: 
Aumentam a atividade dos receptores GABA. 
 
II. Barbitúricos, propofol: 
Aumentam a atividade dos receptores de glicina. 
 
III. Cetamina: 
Antagonistas do receptor NMDA, sua função de assimila ao NO.

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