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Direito Processual Penal 
Constitucional
DOCENTE: THALITA BASSAN
2
INTRODUÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
Normas: Regras e Princípios. Simétrica paridade entre as
partes, juízo natural, livre convencimento motivado.
Devido processo constitucional
Princípios: contraditório, ampla defesa, Estado de
inocência, jurisdicionalidade, celeridade, entre outros.
3NORMAS JURÍDICAS: regras e princípios
As normas jurídicas podem ser definidas como um conjunto de
normas que integram o ordenamento jurídico brasileiro, cuja função
é regulamentar a conduta das pessoas, ou seja, é uma imposição
normativa incorporada em uma fórmula jurídica.
As REGRAS e PRINCÍPIOS, no campo do direito, são espécies do
mesmo gênero, ambos são normas jurídicas, portanto,
representam a força coercitiva do ordenamento jurídico, os
modelos de conduta proibidos ou impostos pelo direito para a
consecução de seus fins: a pacificação social e a coexistência
pacífica entre as pessoas.
4
REGRAS:
• situações específicas
• baixo grau de abstração
• São aplicadas pelo modelo lógico subjuntivo: o operador deve
fazer um silogismo entre a premissa maior (regra abstrata),
menor (fato) e conclusão (consequência jurídica).
Conflito: critérios para a solução
- especialidade (a regra especial afasta a geral),
- cronológico (a regra mais nova prevalece sobre a antiga quando
regulam a mesma situação),
- hierárquico (todas as normas devem estar em sintonia com a
Constituição Federal, que é a norma maior, fundamentadora de
todo o sistema).
5
Enquanto as regras são pouco abstratas e regem
situações específicas, os princípios possuem alto
grau de abstração, exercendo função interpretativa,
para guiar a aplicação das regras, mas também
força coercitiva própria, aplicáveis,
independentemente da vontade do operador do
direito, para solucionar problemas concretos ou
declarar a nulidade de atos jurídicos.
6
Os Princípios, por sua vez, são os alicerces da norma, são o
seu fundamento em essência, são o refúgio em que a norma
encontra sustentação para racionalizar a sua legitimação, são
a base de onde se extrai o norte a ser seguido por um
ordenamento.
PRINCÍPIOS:
• Não regulam situação específica
• Força coercitiva
• Alto grau de abstração
• Função interpretativa
• Valores
7
Então, conclui-se que, os princípios são altamente
abstratos, verdadeiros valores que emanam dos
ordenamentos jurídicos. Não regulam situações específicas,
mas, ao contrário, ajudam o aplicador do direito a
interpretar as regras jurídicas. Todavia, também possuem
força coercitiva, podendo fundamentar a nulidade de atos
jurídicos praticados em discordância deles (NUCCI, 2018).
8
Colisão: não há um contexto de tudo ou nada
(como nas regras), mas sim uma ponderação de
valores para se deduzir com qual intensidade
cada princípio será aplicado para guiar o
operador do direito na resolução do caso
concreto.
Colisão: critérios para a solução
- ponderação de valores
9
10
Questão
A respeito da distinção entre princípios e regras, é correto afirmar:
a) Diante da colisão entre princípios, tem-se o afastamento de um dos
princípios pelo princípio da especialidade ou ainda pela declaração de
invalidade.
b) As regras e os princípios são espécies de normas jurídicas, ressalvando-se a
maior hierarquia normativa atribuída aos princípios.
c) Os princípios possuem um grau de abstração maior em relação às regras,
aplicando-se pela lógica do “tudo ou nada".
d) Os princípios por serem vagos e indeterminados, carecem de mediações
concretizadoras (do legislador, do juiz), enquanto as regras são suscetíveis de
aplicação direta.
e) Na hipótese de conflito entre regras, tem-se a ponderação das regras
colidentes.
11
Resposta: D
 Princípios:
1. Devem ser poderados de acordo com o caso concreto;
2. Dimensão de peso e valor;
3. Instrumentos de otimização;
4. Havendo conflito apratente entre princípios, a solução deverá se dará pelo prevalencimento de um 
sobre o outro no caso concreto.
 REGRAS
1. Hierárquia (regra de maior hierarquia se sobrepõe a de menor);
2. de Especialidade (regra mais específica se sobrepõe a menos);
3. Cronológico (regra mais recente se sobrepõe a mais antiga);
ou ainda pelo afastamento de uma delas ou pela derrota (superação) de uma delas ou pela declaração de 
invalidade (total ou parcial) de uma delas;
12
PRINCÍPIOS (“mandamentos nucleares” ou “disposições 
fundamentais” de um sistema).
Princípio da presunção de inocência, estado de inocência ou
presunção de não culpabilidade
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da
sentença penal condenatória”.
Esta é a redação do inciso LVII, do art. 5º, Constituição Federal
(BRASIL, 1988).
13
O art. 8º, item 2, do Pacto de São José da Costa Rica (1969),
cuida do princípio intitulado como presunção de inocência,
prevendo, em sua redação: “Toda pessoa acusada de um
delito tem direito a que se presuma sua inocência,
enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.”
- ônus da prova, via de regra, cabe à acusação;
- prisões provisórias devem ser decretadas de forma
excepcional
14
Art. 312, § 1º A prisão preventiva também poderá ser
decretada em caso de descumprimento de qualquer das
obrigações impostas por força de outras medidas
cautelares (art. 282, § 4o ). § 2o A decisão que decretar a
prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada
em receio de perigo e existência concreta de fatos novos
ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da
medida adotada.
15
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título
deverão ser aplicadas observando-se a:
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada
quando não for cabível a sua substituição por outra
medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o
não cabimento da substituição por outra medida cautelar
deverá ser justificado de forma fundamentada nos
elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
16
Vale lembrar que a presunção de inocência integra-se ao
princípio da prevalência do interesse do réu ( in dubio pro
reo), garantindo que em caso de dúvida deve sempre
prevalecer o estado de inocência, absolvendo-se o
acusado.
O princípio reforça também o princípio penal da
intervenção mínima do Estado na vida do cidadão, uma
vez que a reprovação penal somente alcançará aquele que
for efetivamente culpado.
17
Alguns autores afirmam que “estado ou situação
jurídica de inocência” é uma designação mais
adequada a este princípio, pois a inocência não é
presumida, ela existe até a superveniência de uma
sentença penal condenatória, como diz a
Constituição (OLIVEIRA, 2015).
18
Sobre este princípio, é ainda necessário mencionar a
execução provisória de sentença condenatória após a
confirmação da condenação em segundo grau de
jurisdição.
Até fevereiro de 2009, o STF entendia que era possível a
execução provisória da pena. Desse modo, se o réu
estivesse condenado e interpusesse recurso especial ou
recurso extraordinário, teria que iniciar o cumprimento
provisório da pena enquanto aguardava o julgamento.
19
 No dia 05/02/2009, o STF, ao julgar o HC 84078 (Rel. Min.
Eros Grau), mudou de posição e passou a entender que não
era possível a execução provisória da pena.
Obs: o condenado poderia até aguardar o julgamento do REsp
ou do RE preso, mas desde que estivessem previstos os
pressupostos necessários para a prisão preventiva (art. 312 do
CPP).
Dessa forma, ele poderia ficar preso, mas cautelarmente
(preventivamente) e não como execução provisória da pena.
20
 No dia 17/02/2016, o STF, ao julgar o HC 126292 (Rel.
Min. Teori Zavascki), retornou para a sua primeira
posição e voltou a dizer que era possível a execução
provisória da pena.
 No dia 07/11/2019, o STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e 54
(Rel. Min. Marco Aurélio), retornou para a sua segunda
posição e afirmou que o cumprimento da pena somente
pode ter início com o esgotamento de todos os
recursos.
21
Assim, no atual momento, é proibida a execução provisória da
pena após a confirmação da condenaçãoem segundo grau de
jurisdição.
Lembrando que é possível que o réu seja preso antes do
trânsito em julgado (antes do esgotamento de todos os
recursos), no entanto, para isso, é necessário que seja proferida
uma decisão judicial individualmente fundamentada, na qual o
magistrado demonstre que estão presentes os requisitos para
a prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP.
Referência: https://www.dizerodireito.com.br/2019/11/stf-
decide-que-o-cumprimento-da-pena.html
22
Princípio da igualdade processual ou da paridade das
armas
Este postulado é um desdobramento do próprio princípio
da isonomia, presente no art. 5º da CF (BRASIL, 1988), pois
“todos são iguais perante a lei”.
A acusação e defesa devem ter equivalente possibilidade
de se manifestar no processo.
23
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe,
como expressão e instrumento do regime democrático,
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso
LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal .
24
O sistema processual penal brasileiro vigente é o
acusatório, o magistrado deve ser inerte e imparcial,
visando à igualdade das partes, devendo aplicar os
princípios do contraditório e da ampla defesa para que
assim, haja igualdade processual (paridade de armas).
25
Princípio do Devido Processo Legal
é um princípio que garante o respeito às fases processuais para todos os
indivíduos, bem como, que sejam respeitados todos os preceitos contidos
na CF/1988.
De acordo com tal princípio, deve-se seguir o procedimento previsto na lei,
desde que garantidos os princípios inerentes à matéria.
“ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal”. (art. 5º, LIV, da CF)
26
E este princípio pode ser dividido em duas perspectivas:
DEVIDO PROCESSO LEGAL processual/procedimental - corresponde ao
amplo direito do réu de apresentar alegações em prol de sua inocência,
havendo contenção dos excessos da violência estatal por meio do devido
procedimento.
DEVIDO PROCESSO LEGAL material/substancial - associa-se à garantia
de razoabilidade e respeito aos princípios de direito penal, como o da
legalidade - ninguém pode ser processado ou punido, senão por crime
previamente previsto em lei (TÁVORA; ALENCAR, 2015).
27
Princípio da ampla defesa
A Constituição afirma, em seu art. 5º, LV, que “aos
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
O princípio da ampla defesa se desdobra em duas grandes
garantias: a defesa técnica e a autodefesa.
28
 A defesa técnica deve necessariamente ser feita por membro
da OAB ou defensor público, por força do art. 263 do CPP
(BRASIL, 1941)
 A autodefesa apresenta-se como o direito do acusado de
colaborar pessoalmente com seus meios defensivos. Divide-
se no direito de audiência, ou seja, de ser ouvido no
processo, normalmente na fase de interrogatório, e no
direito de presença aos atos processuais, seja de forma
direta, seja por meio de videoconferência.
29
O direito à ampla defesa tem outra consequência direta:
apenas o réu tem direito à revisão criminal (art. 623 do CPP)
que é uma ação autônoma de impugnação que visa
desconstituir uma sentença penal transitada em julgado.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por
procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu,
pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
30
Princípio do contraditório
Com fundamento no mesmo inciso constitucional que o
princípio da ampla defesa, a garantia do contraditório
dispõe que, quando uma das partes faz qualquer alegação
de fato ou apresentação de prova, a parte adversaria deve
ter o direito de se manifestar.
31
O princípio do contraditório, também é conhecido pela
expressão audiatur et altera pars, que significa: ouça-se
também a outra parte. Assim, o magistrado deve ser
imparcial e ouvir as duas versões no caso sub judice antes
de proferir a sentença.
E o principal momento de exercer o contraditório no
processo penal é durante a colheita de provas.
32
Podemos dizer que o contraditório, enquanto garantia,
desdobra-se em três direitos:
direito de ser intimado sobre fatos e provas, de se manifestar
sobre fatos e provas e de, por meio dessa manifestação, ter
chance real de interferir na decisão do juiz acerca daquelas
provas ou fatos (NUCCI, 2018).
33
Princípio da verdade real 
é o princípio pelo qual o magistrado deve buscar as
melhores provas em matéria criminal, não podendo se
contentar apenas com aquelas fornecidas pelas partes.
Inclusive, o art. 156 do Código de Processo Penal possibilita
ao juiz a determinação de diligências complementares, no
curso da instrução, ou antes de proferir sentença, quando
necessárias para sanar dúvidas sobre pontos relevantes
entre as partes.
34
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer,
sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada
pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a
produção antecipada de provas consideradas urgentes e
relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir
sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida
sobre ponto relevante.
35
Ele também é chamado de verdade substancial ou verdade
material, pois, este princípio apregoa que o juiz, no processo penal,
não deve se contentar com a verdade formal, mas sim, deve se
preocupar em decidir, com base nos fatos reais, de maneira que o
acusador precisa buscar desvendar como os fatos verdadeiramente
se deram.
Como consequência, no processo penal, não serão
automaticamente consideradas verdadeiras as alegações não
contestadas apresentadas pela parte.
36
Este princípio recebe algumas críticas doutrinárias, tendo em
vista que no sistema acusatório, o magistrado deve ser inerte e
imparcial, no entanto, tal princípio é aceitável, pois a verdade
deve prevalecer e o magistrado necessita de subsídios
concretos e esclarecedores sobre o fato, para que possa
proferir uma sentença justa.
Nesse contexto, vigora no processo penal brasileiro, a liberdade
dos meios de prova, que é uma característica do sistema
acusatório. No entanto, a liberdade probatória possui exceções:
são vedadas as provas ilícitas (que violam direito material) e as
provas ilegítimas (que violam direito processual).
37
Exceções à verdade real no direito pátrio:
 Impossibilidade de revisão contra o acusado;
 Transação criminal (Lei 9.099/95);
 impossibilidade de exibir prova no plenário do júri, que
não foi comunicada á parte contrária com antecedência
mínima de 03 dias (art.479);
 Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos
(art. 5º, LVI CF);
38
INTERVALO 
20 MINUTOS 
39
Juízo natural ou juiz natural
É a garantia extraída da Constituição Federal, art. 5º, LIII, ninguém será
processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. Tal princípio
apregoa que todas as pessoas possuem o direito de serem julgadas por um juiz
previamente competente para o julgamento do crime que cometeu.
Impede a criação dos chamados tribunais de exceção, ou seja, aqueles criados
para julgar fatos específicos. O exemplo mais icônico da história é o tribunal de
Nurembeg.
Assim, o princípio do juízo natural existe para proteger todos os cidadãos de
juízos enviesados, garantindo que o julgamento seja o mais imparcial possível.
40
O princípio do juiz natural foi mencionado expressamente,
pela primeira vez, na França, através da Lei 24/08/1790,
que determinou no seu artigo 17 do título II que:
“A ordem constitucional das jurisdições não pode ser
perturbada, nem os jurisdicionados subtraídos de seus
juízes naturais,por meio de qualquer comissão, nem
mediante outras atribuições ou evocações, salvo nos casos
determinados pela lei”.
41
Previsto em nossas Constituições desde 1824 (artigo 179,
inciso XII), ainda que nem sempre com as mesmas palavras,
ele está explícito na Carta Magna de 1988, que proíbe
“juízo ou tribunal de exceção” (artigo 5º, inciso XXXVII).
Por Juiz natural entende-se ser aquele com competência
fixada em lei para processar e julgar a controvérsia levada
ao Poder Judiciário.
42
Luis Roberto Barroso, invocando precedente do Supremo
Tribunal Federal assim falou sobre esse princípio:
“O postulado do juiz natural, por encerrar uma expressiva
garantia da ordem constitucional, limita, de modo subordinante,
os poderes do Estado — que fica, assim, impossibilitado de
instituir juízos ad hoc ou de criar tribunais de exceção —, ao
mesmo tempo em que assegura ao acusado o direito ao processo
perante autoridade competente abstratamente designada na
forma da lei anterior, vedados em consequência, os juízos ex post
facto”.
43
Princípio do livre convencimento motivado ou da
persuasão racional
O juiz pode formar o seu convencimento de forma livre, embora
deva fundamentar todas as suas decisões, conforme disposto no
art. 93, IX, da CF. Ademais, o art. 155 do CPP.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
44
IX. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique
o interesse público à informação (CF, 1988).
45
Caracteriza-se o sistema do livre convencimento motivado
ou persuasão racional como "aquele em que o juiz,
observados os limites do sistema jurídico, pode dar a sua
própria valoração à prova, sendo dever seu o de
fundamentar, isto é, justificar a formação de sua
convicção“.
46
Esse instituto possui exceções, a saber:
a imputabilidade do acusado, que deve ser provado por exame
médico;
os crimes que deixam vestígios, que necessitam de exame de corpo
de delito, conforme art. 158 do CPP (BRASIL, 1941),
e a prova da morte do agente que necessita de demonstração da
certidão de óbito (NUCCI, 2018).
47
Princípio da celeridade processual, economia processual
ou duração razoável do processo
Esta garantia foi positivada no art. 5º, da CF pela emenda
constitucional nº 45/2004, mas já se encontrava presente
no ordenamento brasileiro, pois constava no Pacto de São
José da Costa Rica.
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação.
48
Segundo alguns autores, este princípio, juntamente com a
presunção de inocência, se desdobra no princípio da
duração razoável da prisão cautelar.
Isso porque a prisão provisória não pode durar por tempo
maior do que o necessário para assegurar as razões de
cautela a justificam (NUCCI, 2018).
49
Princípio da Oralidade e princípios consequenciais da
concentração, da imediatidade e da identidade física do
juiz
A palavra oral deve prevalecer, em algumas fases do
processo, sobre a palavra escrita, buscando enaltecer os
princípios da concentração, da imediatidade e da
identidade física do juiz.
Seria a forma de se prestar com maior equidade e justeza a
tutela jurisdicional.
50
Concentração: toda a colheita da prova e o julgamento 
devem dar-se em uma única audiência;
 Imediatidade: o magistrado deve ter contato direito com 
a prova produzida, formando mais facilmente a sua 
convicção.
 Identidade física do juiz: o magistrado que preside a 
instrução, colhendo provas, deve ser o julgador do feito, 
vinculando-se a causa. 
Exceção: carta precatória, rogatória.
51
Princípio da Publicidade (ART. 5º, LX, XXXIII, e 93, IX, CF)
Os atos processuais devem ser realizado publicamente, à
vista de quem queira acompanha-los, sem sigilo.
É justamente o que permite o controle social dos atos e
decisões do Poder Judiciário.
EXCEÇÕES: a própria Constituição ressalva a possibilidade
de se restringir a publicidade.
- Interesse social;
- intimidade o exigir;
52
Princípio da inexigência de autoincriminação
Ninguém pode ser obrigado a produzir prova CONTRA SI MESMO, como diz o
clássico brocardo latino: “nemo tenetur se detegere”.
Este princípio é um desdobramento de três garantias constitucionais:
 o princípio da ampla defesa
 o princípio do estado de inocência
 e o direito ao silêncio
O direito ao silêncio – positivado no inciso LXIII, do art. 5º da CF, que diz:
“o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e
de advogado”.
53
Dessa forma, há de se declarar a nulidade da
prova formada de maneira forçosa, pois
obrigar qualquer pessoa a acusar a si próprio
atenta contra a própria dignidade da pessoa
humana (OLIVEIRA, 2015).
54
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas
do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas
em violação a normas constitucionais ou legais.
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das
ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das
primeiras.
55
Princípio da jurisdicionalidade
A jurisdição, poder-dever de dizer o direito no caso
concreto, aplicando a norma jurídica para resolução do
conflito social, substituindo a vontade das partes – é
atividade exclusiva do juiz e estritamente necessária para
aplicação da pena ao praticante de crime.
56
Então, o julgador irá se substituir aos titulares dos
interesses em conflito para aplicar o Direito em cada caso
concreto.
Esse direito só pode ser exercido perante o órgão
jurisdicional competente através de um processo que
assegure ao acusado todas as garantias constitucionais, é
disso que e trata esse princípio da juriscicionalidade.
57
Princípio da vedação das provas ilícitas
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, LVI (BRASIL,
1988), afirma expressamente que “são inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.
O Código de Processo Penal reitera, afirmando, em seu art.
157 do CPP, que as prova ilícitas são aquelas que violam
normas constitucionais ou legais, devendo ser
desentranhadas dos autos, após ter sua nulidade declarada
pelo juiz.
58
Capez (2011) esclarece que a ilicitude da prova
decorre da violação à norma de direito material,
mediante a prática de crime ou contravenção ou,
então, por afrontar qualquer princípio constitucional
que garanta a licitude e admissibilidade para prova
no processo.
59
Portanto, o processo penal brasileiro admite o uso de
todos os meios de prova desde que lícitos.
Ou seja, ainda que a prova não esteja prevista no
ordenamento penal (inominada), ou que não tenha
discriminada sua forma de colheita e produção (prova
atípica), ainda assim será admitida no processo penal,
desde que não seja ilícita.
60
Questões
No que se refere aos direitos individuais e à aplicação dos
princípios do contraditório e da ampla defesa, julgue o item
a seguir.
É nula a sentença condenatória fundamentada
exclusivamente em elementos colhidos em inquérito
policial.
Certo ou errado?
61
GABARITO: CERTO
Art. 155, CPP: O juiz formará sua convicção pela livre
apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não
repetíveis e antecipadas.
Complementando: Se fosse a absolvição, poderia!
62
Acerca do princípio da identidade físicado juiz, é correto afirmar que:
a) a doutrina relaciona esse princípio com os subprincípios da oralidade, da
concentração dos atos e da imediatidade.
b) o Código de Processo Penal dispõe expressamente hipóteses de limitação de
aplicação desse princípio.
c) o STF restringiu a eficácia desse princípio ao estabelecer o encerramento da
instrução processual penal como marco para a prorrogação da competência
quanto aos limites do foro por prerrogativa de função.
d) oposição de embargos declaratórios contra sentença condenatória proferida
por juiz substituto é hipótese na qual se prorroga a competência desse
magistrado, em obediência ao referido princípio.
63
GABARITO: A
A doutrina relaciona esse princípio com os subprincípios da 
oralidade, da concentração dos atos e da imediatidade. 
Princípio da Identidade Física do Juiz: o juiz que presidiu a 
instrução DEVERÁ proferir a sentença, cuja regra está ligada à 
garantia do juiz natural. 
A doutrina relaciona esse princípio com os subprincípios
da oralidade, da concentração dos atos e da imediatidade.
Entendimento jurisprudencial no sentido de que as provas
colhidas à distância por carta precatória ou carta rogatória
constituem uma exceção a esse princípio.
64
“Um homem acusado de assalto foi morto por linchamento pela
população em São Luís do Maranhão. Segundo a Polícia Militar (PM),
J.F.B agiu com um comparsa na abordagem de um eletricista em uma
parada de ônibus, na Avenida Marechal Castelo Branco" (Portal G1 MA,
10/04/2018). A notícia acima demonstra a NÃO observância do seguinte
princípio do processo penal democrático:
a) contraditório
b) jurisdicionalidade ou necessidade
c) imparcialidade
d) juiz natural
e) paridade de armas
65
GABARITO: B
Esta situação configura inobservância e violação do princípio da
jurisdicionalidade/reserva de jurisdição, que nas palavras do ministro Celso de
Mello é definido como:
"o postulado de reserva constitucional de jurisdição importa em submeter, à
esfera única de decisão dos magistrados, a prática de determinados atos cuja
realização, por efeito de explícita determinação constante do próprio texto
da , somente pode emanar do juiz, e não de terceiros, inclusive daqueles a
quem haja eventualmente atribuído o exercício de poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais"
Ao promover o linchamento a população privou o indivíduo do direito de ser
julgado e sentenciado por um órgão investido de jurisdição, bem como privou-o
do direito ao devido processo legal e do julgamento proporcional e justo.
66
O princípio do Direito Processual Penal que impede a
criação de tribunais de exceção refere-se ao princípio:
a) do contraditório
b) da verdade real
c) da oficiosidade
d) juiz natural
e) da indisponibilidade
67
GABARITO: D
Princípio do juiz natural: é dado ao cidadão o direito de
saber antecipadamente qual a autoridade jurisdicional que
irá julgá-lo caso venha a cometer algum delito. Está ligado à
imparcialidade do juiz.
Com base nesse princípio, veda-se o juízo ou tribunal de
exceção – órgão criado após o fato delituoso
especificamente para seu julgamento.
68
Em relação aos princípios que regem o processo penal, afirma-se corretamente:
A) a Constituição Federal garante expressamente os princípios da independência e
da imparcialidade do juiz.
B) o recurso extraordinário e o recurso especial têm por função assegurar o duplo
grau de jurisdição.
C) o direito ao julgamento em prazo razoável está previsto na Constituição Federal
e pode ter como termo inicial ato realizado na fase de inquérito policial.
D) sobre o princípio da motivação das decisões judiciais, há previsão no CPP quanto
à denominada motivação per relationem.
E) o art. 20, do CPP, que garante o sigilo das investigações no inquérito policial, não
foi recepcionado pela Constituição Federal, que previu expressamente o
princípio da publicidade.
69
GABARITO: C
Art. 5° (...) LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que
garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Basta lembrar que a razoável duração do processo engloba o
âmbito judicial e o âmbito administrativo (inquérito policial,
portanto).
70
A lei não poderá restringir a divulgação de nenhum ato
processual penal, sob pena de ferir o princípio da
publicidade.
CERTO OU ERRADO?
71
GABARITO: ERRADO
A disposição presente no inciso LX do art. 5º (c/c art. 93, IX 
da CF) : “A lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem”
72
A despeito do princípio constitucional da vedação às provas
ilícitas, o juiz poderá considerar uma prova ilícita em
qualquer situação, desde que se convença de sua
importância para a condenação do réu.
CERTO OU ERRADO?
73
GABARITO: ERRADO
Por força do princípio da proporcionalidade a prova ilícita 
poderá ser admitida em favor do réu. Pois, se de um lado 
há a proibição da prova ilícita, do outro há a presunção de 
inocência, e entre os dois deve preponderar a presunção de 
inocência. Assim, a prova ilícita não serve para condenar 
ninguém, mas para absolver o inocente. 
74
A garantia, aos acusados em geral, de contraditar atos e
documentos com os meios e recursos previstos atende aos
princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
CERTO OU ERRADO?
75
GABARITO: CERTO
CF, 5º, LV: “aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes”.
76
(FCC – 2015 – DPE-MA – DEFENSOR PÚBLICO) A necessidade
de assegurar que as partes gozem das mesmas oportunidades e
faculdades processuais consiste o conteúdo do princípio
processual:
a) da paridade de armas.
b) b) do contraditório.
c) c) da ampla defesa.
d) d) da identidade física do juiz.
e) e) do estado de inocência.
77
RESPOSTA: LETRA A – PARIDADE DE ARMAS.
78
(FCC – 2014 – DPE-RS – DEFENSOR PÚBLICO) No Brasil, segundo a maioria
dos doutrinadores, vige o sistema processual penal do tipo acusatório. São
características deste sistema processual penal:
a) a imparcialidade do julgador, a flexibilização do contraditório na medida
da necessidade para reconstrução da verdade real e a relativização do duplo
grau de jurisdição.
b) o sigilo das audiências, a imparcialidade do julgador e a vedação ao duplo
grau de jurisdição.
c) a igualdade das partes, o contraditório e a publicidade dos atos
processuais.
d) a absoluta separação das funções de acusar e julgar, a publicidade dos
atos processuais e a inexistência da coisa julgada.
e) o sigilo absoluto do inquérito policial, a publicidade dos atos processuais
e o duplo grau de jurisdição.
79
São características do sistema acusatório, dentre outras, a
igualdade das partes (não há privilégios para a acusação),
o contraditório (o acusado é sujeito de direitos no
processo) e a publicidade dos atos processuais (o processo
deve estar sujeito à fiscalização das partes e da sociedade).
ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
80
(FCC – 2009 – TJ-AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
JUDICIÁRIA) A Constituição Federal NÃO prevê
expressamente o princípio da publicidade.
CERTO OU ERRADO?
81
GABARITO: ERRADO
Prevê sim.
Fundamentação:
Artigo 5º, XXXIII, XXXIV, LXXII, da Constituição Federal
Artigos 2º, parágrafo único, V, e 3º, II, da Lei nº 9.784/99
82
 (FCC – 2007 – MPU – ANALISTA PROCESSUAL) Dispõe o art. 
5º, inciso XXXVII da Constituição da República Federativa do 
Brasil que "Não haverá juízo ou Tribunal de exceção; inciso 
LIII: “Ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente". Tais disposições consagram o 
princípio: 
 A) da presunção de inocência.
 B) da ampla defesa. 
 C) do devido processo legal. 
 D) do juiz natural.
83
GABARITO: LETRA D
84
Pelo princípio do estado de inocência, adotado no Brasil:
a) a pessoa só pode ser considerada culpada apósa 
sentença condenatória.
b) não se admite a prisão provisória.
c) a restrição à liberdade do acusado antes da sentença 
definitiva só deve ser admitida a título de medida cautelar, 
de necessidade ou conveniência, segundo estabelece a lei 
processual.
d) cabe ao réu o dever de provar a sua inocência.
85
 A resposta certa é a letra c.
"Pelo princípio do estado de inocência, o acusado é inocente
até que seja declarado culpado por uma sentença transitada
em julgado (art. 5º, LVII, da CF);
A prisão provisória é admitida pela CF quando prevê os
institutos processuais da prisão em flagrante e por mandado
judicial (art. 5º, LXI, da CF), da liberdade provisória com ou sem
fiança (art. 5º, LXVI);
O réu não tem o dever de provar sua inocência, cabe ao
acusador comprovar a sua culpa" (Julio Fabbrini Mirabete,
Processo Penal, página 23, 18ª edição, Editora Atlas S.A. -
2007).
86
No processo penal:
a) vigora o princípio da verdade formal.
b) vigora o princípio da verdade real.
c) vigora o princípio da verdade real, de forma absoluta.
d) vigora o princípio da verdade formal, de forma absoluta.
87
A resposta certa é a letra b.
"Com o princípio da verdade real se procura estabelecer que o
"jus puniendi" somente seja exercido contra aquele que
praticou a infração penal e nos exatos limites de sua culpa
numa investigação que não encontra limites na forma ou na
iniciativa das partes.
No processo penal brasileiro, o princípio da verdade real não
vige em toda sua inteireza.
Não se permite que, após uma absolvição transitada em
julgado seja ela rescindida, mesmo quando surjam provas
concludentes contra o agente.
88
Do princípio do contraditório decorrem:
a) a igualdade processual e a liberdade processual.
b) a desigualdade processual e a liberdade processual.
c) a igualdade processual e a rigorosidade processual.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
89
A resposta certa é a letra a.
"Do princípio do contraditório decorre a igualdade
processual entre o acusador e o acusado, que se encontram
num mesmo plano, e a liberdade processual, que consiste
na faculdade que tem o acusado de nomear o advogado
que bem entender, de apresentar as provas que lhe
convenham etc" (Julio Fabbrini Mirabete, Processo Penal,
página 24, 18ª edição, Editora Atlas S.A. - 2007).

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