Buscar

HEMODINÂMICA E DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO - FISIOLOGIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HEMODINÂMICA E DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO
Cássia Mendes Ataide - UFMS
MODELO FUNCIONAL DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sangue oxigenado sai do coração esquerdo e volta para o direito 
Arteríolas possuem grande capacidade de alterar seus diâmetros local de maior resistência do sistema circulatório
OS VASOS SANGUÍNEOS
*Saber a constituição histológica de cada vaso
Fluxo sanguíneo vai do sistema arterial para o venoso
As veias são consideradas os grandes reservatórios de sangue do organismo quase não contribuem para a pressão arterial, visto que não oferecem resistência vascular
As válvulas das veias são fundamentais para manter o fluxo unidirecional do sangue (periferia coração)
A resistência vascular é o impedimento que o vaso consegue gerar ao fluxo sanguíneo 
Possuem apenas inervação simpática os reflexos mediados pelo simpático são capazes de alterar a resistência vascular e, assim, alterar a distribuição do fluxo sanguíneo
ARTÉRIAS
Conduzem sangue sob alta pressão
Calibre decrescente 
Tipos
· Grandes artérias elásticas (condutoras)
· Artérias musculares médias (artérias distribuidoras)
· Pequenas artérias (arteríolas)
São diferenciadas por: tamanho geral, quantidade de tecido elástico ou muscular, espessura da parede e função 
1. Grandes artérias elásticas
Recebem o débito cardíaco
Atuam como reservatório de pressão
Muitas camadas elásticas (contribuem pouco para a resistência vascular)
2. Artérias musculares médias
Paredes contém mais fibras musculares lisas (longitudinais)
Ajustam o fluxo sanguíneo
Suas paredes causam constrição temporária e rítmica, propelindo e distribuindo o sangue
3. Arteríolas e metarteríolas
Lúmen relativamente pequenos e estreitos 
Paredes musculares (orientação circular) com pouca fibra elástica
Controlam o enchimento dos leitos capilares e o nível de pressão arterial no sistema vascular (RVP)
-As arteríolas possuem um componente muscular mais evidente, contribuindo para a resistência vascular
Obs – metarteríolas: capacidade de atuar como canais de desvio do sangue 
 Artérias e arteríolas carregam o sangue a partir do coração 
O fluxo sanguíneo é diferente entre as “fases” da artéria
Arteríolas + capilares + vênulas formam a microcirculação
 Esfíncteres e metarteríolas
No leito capilar, há esfíncteres pré-capilares (quando eles se contraem, o fluxo sanguíneo se desvia pelas metarteríolas)
CAPILARES
Tubos endoteliais simples, que unem as arteríolas e vênulas
Tipos:
· Contínuo: músculo liso e estriado; pulmão e tecido conjuntivo
· Fenestrado: rins, SNC, intestino delgado e glândulas endócrinas
· Sinusoidal: medula óssea, fígado, baço, adenoipófise e paratireoides
As trocas ocorrem nos capilares:
São constituídos basicamente de endotélios
Muitos são associados a células intersticiais, por estruturas chamadas pericitos (permitem aos capilares a permeabilidade seletiva)
Os pericitos são contrateis e altamente ramificados, envolvendo os capilares e fazendo uma rede entre o endotélio capilar e o líquido intersticial, contribuindo para diminuir a permeabilidade capilar
-Quanto mais pericito, menos permeável é o endotélio capilar (ex: barreira hematoencefálica) 
O FLUXO SANGUÍNEO CONVERGE NAS VEIAS E NAS VÊNULAS
Profundas: solitárias (não acompanham artérias) ou satélites
Comunicantes (perfurantes): ligam as veias superficiais às profundas
As veias da cabeça e tronco podem ser classificadas em viscerais, quando drenam vísceras ou órgãos e em parietais, quando drenam as paredes daqueles segmentos
A pressão no sistema venoso é baixa
As veias são mais numerosas que as artérias e possuem um diâmetro maior
PRESSÃO ARTERIAL
Contração ventricular:
1. O ventrículo contrai
2. A valva semilunar se abre
3. A aorta e as artérias se expandem e armazenam pressão nas paredes elásticas
Relaxamento ventricular:
1. Ocorre relaxamento ventricular isovolumétrico
2. A valva semilunar se fecha, impedindo o fluxo de volta para o ventrículo
3. A retração elástica das artérias envia sangue para o resto do sistema circulatório
 A PA é estimada por esfigmomanometria
Quando o manguito é inflado até interromper o fluxo sanguíneo arterial, nenhum som pode ser escutado pelo estetoscópio colocado sobre a artéria braquial
Os sons de Korotkoff são gerados pelo fluxo sanguíneo pulsátil na artéria comprimida
O fluxo sanguíneo é silencioso quando a artéria não está mais comprimida
 FLUXO SANGUÍNEO
1. O sangue flui se um gradiente de pressão estiver presente
2. O sangue flui de áreas de maior pressão para áreas de menor pressão
3. O fluxo sanguíneo é contraposto pela resistência do sistema
4. Os 3 fatores que afetam a resistência são o raio dos vasos sanguíneos, a viscosidade do sangue e o comprimento do sistema
5. O fluxo é geralmente expresso em litros ou mililitros por minuto 
6. A velocidade do fluxo é, em geral, expressa em centímetros por minuto ou milímetros por segundo
7. O determinante principal da velocidade do fluxo (quando a taxa de fluxo é constante) é a área de secção transversal total do(s) vaso(s)
Há o fluxo lamelar (linear) e o turbilhonar a mudança para o turbilhonar está muito presente em patologias
O fluxo turbilhonar gera um estresse de cisalhamento no endotélio vascular, que libera fatores endoteliais, como no caso de liberação de NO pelo endotélio 
 CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR
A pressão varia ao longo do sistema circulatório quanto mais distante do coração, menor a pressão
Além disso, a pressão da circulação sistêmica é maior que a pulmonar
Circulação sistêmica:
A pressão de pulso = pressão sistólica - pressão diastólica amplitude
Até arteríolas há um fluxo pulsátil em ciclos, já nos capilares para frente, o fluxo é mais estático
 A pressão arterial reflete a pressão de propulsão do fluxo sanguíneo
PAM = PAD + 1/3 (PAS-PAD)
· PAM: pressão arterial média
· PAD: pressão arterial diastólica
· PAS: pressão arterial sistólica
Assume-se que a pressão sanguínea arterial reflete a pressão do ventrículo
PA média está concentrada na artéria elástica
A pressão média é mais próxima da pressão diastólica, visto que a diástole dura mais tempo que a sístole
 O débito cardíaco e a resistência periférica determinam a pressão arterial média (PAM)
A pressão média depende de um equilíbrio entre o fluxo sanguíneo que entra e que sai da artéria se aumenta o fluxo de entrada nas artérias, o volume sanguíneo nas artérias aumenta e a pressão arterial também / se o fluxo de saída das artérias aumenta, o volume diminui e a pressão arterial média cai
O fluxo para entrar na artéria é proveniente do bombeamento do coração. Já o para sair, vem da resistência vascular
O fluxo sanguíneo que vai para a aorta é igual ao débito cardíaco
-Débito cardíaco = volume sistólico x f. cardíaca
 Fatores que influenciam a pressão arterial média
1. Volume sanguíneo: determinado por ingestão ou perda de líquidos (passiva ou regulada pelos rins)
-Situações extremas
-O aumento de pressão depende da força que o líquido exerce na parede do vaso
2. Eficiência do coração como uma bomba (débito cardíaco): determinada pela frequência cardíaca e pelo volume sistólico
3. Resistência do sistema ao fluxo sanguíneo: determinada pelo diâmetro das arteríolas
4. Distribuição relativa do sangue entre os vasos sanguíneos arteriais e venoso: determinada pelo diâmetro das veias 
-Se a pressão arterial cair, há um aumento da atividade simpática, que comprime as veias, diminuindo a capacidade de as mesmas reterem volume sanguíneo. Assim, aumenta o fluxo sanguíneo e mais sangue é enviado ao coração o aumento do retorno venoso é capaz de redistribuir mais sangue para a circulação arterial e, assim, elevar a pressão arterial média
COMPENSAÇÃO AO AUMENTO DO VOLUME SANGUÍNEO
O aumento do volume sanguíneo leva ao aumento da pressão sanguínea, que desencadeia:
1. Resposta rápida:
Compensação pelo sistema circulatório, que leva à vasodilatação e diminuição do débito cardíaco
2. Resposta lenta:
Compensação pelos rins, que leva a uma excreção de líquido na urina (na tentativa de diminuir o volume sanguíneo)
-Os rins percebem através do aumento na pressãode perfusão 
Ambas as respostas levam à diminuição da pressão sanguínea até que tudo se normatize 
A AUTORREGULAÇÃO MIOGÊNICA AJUDA O FLUXO SANGUÍNEO
 PA - distensão vascular - reação vasoconstritora - fluxo
Mais pronunciada em arteríolas, mas também em artérias, veias e vasos linfáticos
Ocorre na ausência de influências hormonais e neurológicas (é intrínseco do vaso sanguíneo)
SINAIS PARÁCRINOS INFLUENCIAM O MÚSCULO LISO VASCULAR
É um controle local dos tecidos para regularem seus fluxos sanguíneos
Ex: a oxigenação local pode ser regulada pela contração dos esfíncteres pré-capilares (restringindo)
Um dos principais determinantes para o controle local do fluxo sanguíneo é o metabolismo
-Parácrinas são as moléculas que são liberadas por uma célula e atua na vizinha (age de célula a célula, sem passar pela circulação)
-Adenosina é um sinal parácrino vasodilatador
O aumento do metabolismo no tecido leva ao aumento da liberação de vasodilatadores metabólicos no LEC. Assim, as arteríolas dilatam, diminuindo a resistência e aumentando o fluxo sanguíneo, o que leva ao aumento do suprimento de 02 e nutrientes para o tecido enquanto o metabolismo estiver aumentado hiperemia ativa
A diminuição do fluxo sanguíneo no tecido devido à oclusão, faz com que vasodilatadores se acumulem no LEC e, assim, as arteríolas dilatam, mas a oclusão ainda impede o fluxo sanguíneo. Caso haja remoção da oclusão, diminui a resistência e aumenta o fluxo sanguíneo. Quando os vasodilatadores são removidos, as arteríolas sofrem constrição e o fluxo sanguíneo volta ao normal hiperemia reativa
O SIMPÁTICO CONTROLA A MAIORIA DOS MÚSCULOS LISOS VASCULARES
Os hormônios com propriedades vasoativas importantes são o peptídeo natriurético atrial e a angiotensina II (ANGII). Esses hormônios têm efeito sobre a excreção de íons e agua pelos rins. A descarga tônica de noradrenalina (NA) dos neurônios simpáticos ajuda a manter o tônus miogênico, quando NA se liga aos receptores alfa causa vasoconstrição, se essa liberação diminui as arteríolas dilatam. Já a adrenalina não causa uma vasoconstrição tão significativa, logo é um reforço. Porém, quando se liga aos Beta (não possuem inervação simpática) causa vasodilatação, aumentando o fluxo para o coração, musculo, fígado (produção de glicose) ou tecidos da resposta de luta ou fuga. 
CIRCULAÇÕES REGIONAIS 
Circulação coronariana: os principais mecanismos de regulação são miogênicos e de autorregulação. Também existem os efeitos do musculo cardíaco (compressão extrínseca). Há também controle neural, metabólico e endotelial. 
Circulação esplâncnica: o fígado recebe mais sangue venoso por conta do sistema porta-hepático, sendo o principal mecanismo regulador é o mecanismo neural pelo simpático. 
Circulação cerebral: o principal mecanismo é o metabólico com a alteração de demanda de oxigênio (autorregulação metabólica). Sendo o neural pelo simpático, o secundário.
TROCAS NOS CAPILARES 
As trocas entre o plasma e o liquido intersticial ocorrem pelo movimento entre as células endoteliais (via paracelular) ou através das células (transporte transendotelial). 
1. Difusão: pequenos solutos dissolvidos e gases movem-se entre ou através das células, dependendo da solubilidade lipídica. A taxa de difusão é determinada pelo gradiente de concentração entre o plasma e o interstício. Ex.: O2 e CO2 difundem-se livremente pelo endotélio. 
2. Transporte vesicular (transcitose): solutos maiores e proteínas. A superfície da célula endotelial é pontilhada com cavéolas e depressões não revestidas que se tornam vesículas. 
3. Fluxo de massa: movimento de massa do liquido como resultado dos gradientes de pressão hidrostática (empurra o liquido para fora) ou osmótica forças de Starling. A pressão osmótica é determinada pela concentração de solutos (proteínas) do plasma e do liquido intersticial, chamada de pressão coloidosmótica ou pressão oncótica. Essa favorece o movimento da agua por osmose do liquido intersticial para o plasma. 
· Absorção: se para dentro. 
· Filtração: se para fora. É causada pela pressão hidrostática que força o liquido a sair dos capilares por junções celulares permeáveis. 
· A maioria dos capilares apresenta uma transição da filtração resultante na extremidade arterial para a absorção resultante na extremidade venosa, existem algumas exceções. Os capilares dos rins filtram liquido em todo seu comprimento e alguns capilares do intestino são apenas absortivos, capturando nutrientes.

Outros materiais