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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU APS – Ética Geral e Profissional Professor Hebert Santos de Souza R.A.: 8366958 São Paulo, 25 de abril de 2021 APS – Ética Geral e Profissional Texto Crítico - “MORAL E ÉTICA –DIMENSÕES INTELECTUAIS E AFETIVAS”, DE YVES DE LA TAILLE. É importante pontuar, de início, que o autor do texto nos traz uma análise acerca da relação entre razão e afetividade, o que serve de base para um melhor entendimento dos conceitos de moral e ética. Com isso, é abordado quatro importantes ideias da psicologia moral, sendo elas defendidas por Émile Durkheim, Sigmund Freud, Jean Piaget e Lawrence Kohlberg, respectivamente. Nesse sentido, para o autor, Émile Durkheim, acredita que as condutas das pessoas são resultadas de um processo psicológico baseado na moral. Ou seja, as condutas morais são pautadas sob influência da sociedade, bem como do sagrado, e por isso agem acreditando estarem obedecendo aos mandamentos de um ser sagrado e, consequentemente, temido. Dessa maneira, as condutas dessas pessoas são frutos da obediência aos mandamentos, à um conhecimento de um modelo moralmente desenvolvido, e não de uma conduta moralmente desenvolvida pelo indivíduo. Desse modo, o autor traz um entendimento de Sigmund Freud, defende que parte da sociedade, em especial os adultos, acompanha as determinações legais em deterimento das sanções e consequências que sofrerão. Para o autor, apesar de algumas pessoas terem comportamentos morais de maneira natural, a maioria das pessoas agem moralmente com medo de tudo que lhes causem sofrimento e por isso, seus comportamentos são inconscientemente baseados no medo. Por outro lado, o autor traz posições de Jean Piaget e Lawrence Kohlberg que são contrárias aos autores citados anteriormente. Sendo que, para Jean Piaget a moral pode ser desenvolvida, no entanto, para isso é necessário que sejam identificados o que é comum a todos os indivíduos. Nesse sentido, o autor desenvolveu a teoria construtiva, da qual, a moral é construída por meio de um processo de equilíbrio, que concerne na capacidade do indivíduo se auto organizar, ou seja, através dessa capacidade de auto- organização o indivíduo é capaz de construir a inteligência e o conhecimento. Enquanto que, para o autor, Lawrence Kohlberg através do aprofundamento do entendimento de Jean Piaget, chegou à conclusão que a capacidade de auto-organização dos indivíduos não era suficiente para caracterizar sua própria moral. Para o autor, além dessa autonomia, era necessário que a razão fosse desenvolvida, ou seja, as condutas das pessoas seriam construídas através do certo e errado, ocorrendo, consequentemente, com isso, uma evolução da moral do indivíduo. É importante pontuar, ainda, que as concepções apresentadas anteriormente em relação ao conceito de moral e ética, são contrárias ao entendimento do autor a respeito da moral. Pare ele, quando a moral é discutida, também se é discutido os deveres, enquanto que quando a ética é trabalha, quer dizer que há uma busca de uma vida melhor. Ao comparar as ideias dos supracitados, filósofos, o autor nos leva a análise da ideia de Stuart Mills, cuja crença era de que a felicidade consistia na presença do prazer e ausência da dor. Não obstante, é importante ponderar que o pensamento de Aristóteles a respeito da felicidade é problemático, enquanto que Kant nos informa que para ser feliz, é necessário merecer, agir de moralmente para ser feliz, e não ensinar as pessoas o ser. A partir dá, o autor conclui que as condutas morais, pensadas ou não, são ações do próprio comportamento humano, portanto ele decide estudar a moral e ética de maneira distinta, fazendo duas importantes divisões: plano ético e plano moral. Segundo o entendimento do autor, o plano ético se dá através da análise de aspectos capazes de defini-lo. Para isso, num primeiro momento, é necessário analisar se para ter uma vida boa, decorre das objetivas que podem ser alcançadas ou se reflete de um caminho subjetivo que podem ser alcançados por todos, ou não. Num segundo momento, precisamos avaliar a questão do sentir-se feliz correlação ao eixo do tempo, sendo a felicidade é uma consequência das ações realizadas no agora, desse modo as pessoas têm condições de mudar os rumos de suas vidas. Posteriormente, o autor busca uma resposta da real qualidade necessária em relação à experiência subjetiva de bem-estar, que para ele a busca do prazer, do bem- estar, está intrinsecamente ligada ao processo psicológico dos indivíduos. Por fim, para o autor, é interessante que questionemos de como viver, em que a resposta seria permitir a cada pessoa, a expansão de suas ideias, levando em consideração a idade de cada um. Em contrapartida, para o autor o plano moral é caracterizado pelo dever, em que a moral deveria ser uma obrigação de cada pessoa em seguir. Além disso, ele analisa a moral perante a confusão entre os saberes axiológicos e psicológicos, sendo que o primeiro concerne nos deveres que devem ser seguidos acima de tudo, enquanto que o segundo são os sentimentos de obrigatoriedade, sentimentos esses considerados pressupostos da moral. Infere-se, portanto, que para o autor os planos moral e ético, está atrelado ao respeito. No entanto, para ligar a moral à ética é preciso que estejam presentes os sentimentos de justiça, honra e generosidade, sendo que esses sentimentos justificam a análise do seu próprio eu e da trajetória de cada pessoa. Dessa maneira, a justiça e a generosidade tem o objetivo de igualar as relações com as demais pessoas, enquanto que a honra permite que as pessoas agem perante as causas em que podem representar os demais. Vale ressaltar, que o autor fundamenta sua pesquisa, por meio de descobertas de grandes importantes filósofos mencionados ao longo do texto.
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