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Personalidades da Enfermagem e suas contribuições
1. Florence Nightingale (1820-1910)
	É considerada a fundadora da enfermagem moderna. Florence não conhecia o conceito de contato por microorganismos, uma vez que este ainda não tinha sido descoberto, porém já acreditava em um meticuloso cuidado quanto à limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco e boa iluminação, calor adequado, boa nutrição e repouso, com manutenção do vigor do paciente para a cura.
	 Ao longo de toda a Guerra da Crimeia, no sul da Rússia (1853-1856), Florence conseguiu reduzir as taxas de mortalidade entre os soldados britânicos, através de seus esforços como enfermeira e, provando a eficiência das enfermeiras treinadas para recuperação da saúde. Até o momento só homens e mulheres religiosos podiam cuidar dos soldados no exército.
 Para esclarecer a opinião pública, e mobilizá-la em seu favor, em 1858, Florence escreveu dois livros: “Administração Hospitalar do Exército” e “Comentários sobre Questões Relativas à Saúde”. Com as contribuições necessárias, as reformas foram realizadas e um hospital foi construído. Em 1860, Florence viu nascer a Escola de Enfermagem do Hospital Saint Thomas, em Londres. 
 Com o trabalho reconhecido, em 1883, Florence recebeu da rainha Vitória, a Cruz Vermelha Real, e em 1901, se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito. O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado no dia de seu aniversário - 12 de maio.
 Florence deu origem às prescrições médicas por escrito e também, exigia que suas enfermeiras acompanhassem os médicos em suas visitas aos pacientes “para prevenirem erros, diretivas mal compreendidas e instruções esquecidas ou ignoradas”.
 Assim a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica. 
 O que Florence nos traz atualmente é a importância do cuidado com o paciente, a importância da assepsia, nutrição, recreação e higiene. Todos começaram a construir hospitais de acordo com suas especificações. Os hospitais de hoje, floridos, limpos e agradáveis nos países desenvolvidos, são um resultado de seu trabalho.
 No juramento criado por Florence fica claro o empenho por ela colocado em cada uma dessas lutas e o desejo de que cada vez mais mulheres se enveredassem por esse caminho da enfermagem de forma digna e eficaz.
Juramento:
“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas tradições.”
2. Wanda de Aguiar Horta (1926-1981)
 Graduou-se pela Escola de Enfermagem de São Paulo em 1948, foi licenciada em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Paraná em 1953. Pós graduou-se em Pedagogia e Didática aplicada à Enfermagem na EEUSP, em 1962. E tornou-se Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem Ana Néri da UFRJ. Trabalhou em diversas instituições no período de 1948 a 1958. Em 1960, Horta, primeira enfermeira brasileira a preconizar a teoria de enfermagem no campo profissional, embasou-se na Teoria de Motivação Humana de Abraham Maslow. 
 A importância dos dados e da análise evidencia-se, sobretudo, na compreensão da pessoa, da estudante e da profissional, e na percepção da trajetória que contribuiu para a formação dessa enfermeira, que foi pioneira como teórica brasileira reconhecida, principalmente, pela contribuição que, por meio de sua Teoria das Necessidades Humanas Básicas, fez à profissão. Atualmente, no processo de enfermagem, essa teoria é referência de muitas instituições hospitalares para as enfermeiras na área de ensino e assistencial, que utilizam seus conceitos, na busca da elevação do nível de consciência e de ação da equipe de enfermagem e dos outros profissionais da saúde. Teve como lema: Enfermagem: gente que cuida de gente.
 Segundo Horta, a enfermagem para ser eficiente e eficaz necessita atuar dentro de um método científico de trabalho, a que chamou de processo de enfermagem. 
 O processo de enfermagem é um processo de ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando assistir o ser humano, constituído por seis fases ou passos:
1. Histórico de enfermagem: consistindo no roteiro sistematizado para o levantamento de dados que tornam possível a identificação dos problemas;
2. Diagnóstico de enfermagem: consistindo na identificação das necessidades do ser humano e a determinação do grau de dependência desse atendimento em natureza e extensão;
3. Plano assistencial, que consiste na determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido;
4.Plano de cuidados/prescrição de enfermagem, que consiste na implementação do plano assistencial pelo roteiro diário (ou período aprazado), que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano;
5. Evolução de enfermagem, que consiste no relato diário (ou aprazado) das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano sob assistência profissional, avaliando-se a resposta do ser humano à assistência implementada;
6. Prognóstico de enfermagem, que consiste na estimativa da capacidade do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e à luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem.
 Horta faz, ainda, considerações importantes sobre diferenças quanto aos significados do que segue:
- Assistência de enfermagem: aplicação, pelo enfermeiro, do processo de enfermagem para prestar o conjunto de cuidados e medidas que visem atender às necessidades básicas do ser humano;
- Cuidado de enfermagem: ação planejada, deliberada ou automática do enfermeiro, resultante de sua percepção, observação e análise do comportamento, situação ou condição do ser humano.
 Os instrumentos básicos, segundo Horta, para a aplicação do Processo de Enfermagem são: Habilidades; Conhecimentos; Atitudes; Observação; Comunicação; Destreza manual; Planejamento; Avaliação; Criatividade; Trabalho em equipe; Utilização de recursos da comunidade.
 Para ela, uma das fases mais importantes do trabalho do enfermeiro consiste na coleta de dados que leva à identificação dos problemas de enfermagem, que é toda situação e/ou condição apresentada pelo indivíduo, família ou comunidade que exija assistência profissional. Para a identificação dos problemas de enfermagem, o enfermeiro utiliza-se do exame físico e histórico, que deve ser o mais completo possível, necessitando que o enfermeiro identifique e diagnostique os problemas de saúde, quais sejam:
- O que o paciente acha de sua doença: qual a causa, por que adoeceu, o que pensa que está acontecendo, o que significa para ele a doença, tratamento, internação, hospital, alta, cirurgia, exames, enfermagem e outros aspectos importantes;
- Que doenças já teve e suas experiências a respeito;
- Medos ou preocupações a respeito;
- Fase da doença: grave, aguda, crônica, subaguda, etc.;
- Resultados de exames de interesse.
 Cumprida esta fase, chega-se ao diagnóstico e problemas de enfermagem, ao plano assistencial, ao plano de cuidados de enfermagem, à evolução e ao prognóstico de enfermagem.
3. Olga Verderese (1917-2004)
 Nasceu em Piracicaba. Sua formação profissional foi muito influenciada pela época, porque na época todas as mulheres ou erampreparadas para o casamento, ou eram preparadas para uma profissão que era ser professora. Atuou no ensino primário, no interior de São Paulo. Retomando a análise dos dados biográficos da personagem que ora nos propomos a retratar cumpre assinalar que essa enfermeira e pesquisadora tem em comum com outras enfermeiras reconhecidas como pioneiras na formação do campo científico da enfermagem o fato de serem oriundas de um meio social que valoriza os investimentos no desenvolvimento intelectual.
 Fez curso de graduação de 1944 a 1947, aluna da segunda turma da escola de Enfermagem da USP. Foi para os Estados Unidos em 1954, onde fez o curso de Bachelor of Science, na Columbia University, em New York. Realizou o Master of Arts (Major Research), no Teacher’s College, da Columbia University, em New York, em 1965. Consultora em Educação de Enfermagem da Organização Pan-Americana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde. 
 Assumiu a responsabilidade juntamente com outras líderes pela implantação e direção de escolas de enfermagem no Sul e no Nordeste. Destacou-se nas Escolas de Enfermagem de Porto Alegre em 1950, e Federal da Bahia, em 1947. Organizou a Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas- ABED, seção Bahia, oficializada em 12 de maio de 1948 e foi sua primeira presidente. Fundadora e primeira presidente da ABED- seção Rio Grande do Sul. 
 Supervisora de campo do Centro de Levantamento de Recursos e Necessidades de Enfermagem, entre 1957 e 1958. Essa pesquisa se constituiu no primeiro grande trabalho envolvendo coleta de dados em todo o país, seus resultados conferiram a ABEn a autoridade de enunciar um discurso sobre a Enfermagem brasileira que teve repercussão internacional. Foi Consultora regional em Educação de Enfermagem da Organização Pan-Americana de saúde de 1958 a 1980. Neste período atuou no México, Cuba, república Dominicana e Haiti até 1966 e, posteriormente, em Washington, Estados Unidos, América Latina e Canadá. De 1982-1986 coordenou no Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) o projeto Estudo do Exercício da Enfermagem nas Instituições de Saúde do Brasil, que resultou na publicação de dois volumes, um contemplava o contexto institucional e outro a força de trabalho em enfermagem.
	Atualmente usamos a pesquisa envolvendo coleta de dados em diversos artigos, trabalhos. A coleta de dados é o ato de pesquisar, juntar documentos e provas, procurar informações sobre um determinado tema ou conjunto de temas correlacionados e agrupá-las de forma a facilitar uma posterior análise.
A coleta de dados ajuda a analisar ponto a ponto os fatos ou fenômenos que estão ocorrendo em uma organização, sendo o ponto de partida para a elaboração e execução de um trabalho.
4. Ana Néri (1814-1880)
Foi a pioneira da enfermagem no Brasil, prestou serviços voluntários, nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá, durante a Guerra do Paraguai.
Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do Paraguaçu. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão-de-fragata da Marinha, que estava sempre no mar. Ana Néri acostumou-se a ter a casa sob sua responsabilidade. Ficou viúva com 29 anos, quando em 1843, seu marido morreu a bordo do veleiro Três de Maio, no Maranhão. Ana Néri teve três filhos, que criou sozinha, após a morte do marido. Em 1865, o Brasil integrou a Tríplice Aliança, que lutou na Guerra do Paraguai e os filhos de Ana Néri foram convocados para lutar no campo de batalha.
Sensibilizada com a dor da separação dos filhos, no dia 8 de agosto, Ana Néri escreveu uma carta ao presidente da província oferecendo seus serviços de enfermeira para cuidar dos feridos de Guerra do Paraguai, enquanto o conflito durasse. Seu pedido foi aceito.
Em 1865, Ana Néri partiu de Salvador em direção ao Rio Grande do Sul, onde aprendeu noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo. Com 51 anos, foi incorporada ao Décimo Batalhão de Voluntários.
Ana Néri começou seu trabalho nos hospitais de Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas realizando os trabalhos de enfermagem. Mais tarde, ajudou os feridos em hospitais de Salto, Humaitá e Assunção.
Apesar da falta de condições, pouca higiene, falta de materiais e excesso de doentes, Ana Néri chamou a atenção, por sua dedicação ao trabalho como enfermeira, por todos os hospitais onde passou. Ana Néri, com seus próprios recursos, montou uma enfermaria-modelo em Assunção, capital paraguaia, sitiada pelo exército brasileiro. Ali, Ana Néri perdeu seu filho Justiniano.
No final da guerra, em 1870, Ana voltou ao Brasil com três órfãos de guerra para criar. Foi condecorada com as medalhas de prata Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. Recebeu do imperador D. Pedro II, por decreto, uma pensão vitalícia com a qual educou sua família.
Ana Neri faleceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de maio de 1880. A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil foi fundada por Carlos Chagas em 1923 e em 1926 recebeu o nome de Ana Néri, em homenagem à primeira enfermeira brasileira. O dia do enfermeiro é comemorado em 20 de maio.
É relevante a contribuição de Ana Néri à nossa profissão, considerando sua bondade, caridade, altruísmo, desprendimento, dedicação, humanidade, amor ao próximo,
Por fim, deverá considerar-se a necessidade de elevar o status social e moral da enfermeira do século XX, tão degradados nos séculos anteriores. Haveria de se encontrar, dentre tantas enfermeiras, aquela que pudesse identificar profissionalmente a enfermeira, que se destacasse socialmente, que possuísse boas condições socioeconômicas, que detivesse uma formação moral e mantivesse um comportamento disciplinado. Ana Néri atenderia a todos as exigências e tomou-se símbolo da enfermagem brasileira.
“A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo. ”
5. Roseni Rosângela de Sena (1951-2016)
Roseni Sena era graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais (1977), especialista em Saúde Pública pela ESP-MG (1982), mestre em Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1989) e doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (1996).
Em sua trajetória profissional, além da ampla produção científica, teve importante participação nos movimentos pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, pela Reforma Sanitária e na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua dedicação e compromisso no cuidado na prática da Enfermagem eram iguais quando se tratava de inovação e articulação nas diversas tarefas que desenvolvia sempre pautada pelos ideais democráticos e de justiça social. Atuou, sobretudo nas áreas de Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva, Ensino de Enfermagem, Atenção Domiciliar e Investigação em Enfermagem. 
	Roseni ingressou na universidade como professora no ano de 1976 e permaneceu até o ano de seu falecimento (2016), lecionando, entre outras, a disciplina “Metodologia de Assistência de Enfermagem” no curso de Mestrado. Desenvolveu pesquisas sobre o cuidado de Enfermagem no domicílio, prática de Enfermagem em Saúde Coletiva, ensino de Enfermagem e comunicação em Enfermagem e dedicou-se intensamente à produção acadêmica; era comprometida na produção e organização dos títulos que guardava, estando sempre presente em eventos, congressos e reuniões relacionadas a sua área.
Acumulou mais de 615 produções como: Produções do Conhecimento em Enfermagem no Brasil: As temáticas de Investigação; Abordagem ao adolescente e ao jovem nas políticas públicas de saúde no Brasil: um estudo de revisão; Oferta e demanda na atenção domiciliar em saúde. Mais do que apenas satisfazer a curiosidade, a humanidade sempre quis entender o mundo que nos cerca, com produções fundamentais para o desenvolvimentodo meio científico. Esse tipo de publicação eterniza o conhecimento que foi adquirido, possibilita uma construção entre os pesquisadores, participantes e futuros pesquisadores, que podem utilizar os artigos como referência bibliográfica em seus trabalhos.
Fatos marcantes da Enfermagem:
1. 1860: Instituição da primeira Escola de Enfermagem: “Escola de Treinamento Nigthtingale no Hospital Saint Thomas”: 
- Disciplina rigorosa – tipo militar;
- Exigência de qualidade morais;
- Curso de um ano;
- Aula ministrada por médicos.
2. 1890: Primeira Escola de Enfermagem no Brasil ( Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras com conhecimento técnico-científico (Decreto Federal 791 de 27/09/1890), hoje Escola Alfredo Pinto (UNIRIO).
3. 1904: A Revolta da Vacina foi um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Seu pretexto imediato foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, mas também é associada a causas mais profundas, como as reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos e as campanhas de saneamento lideradas pelo médico Oswaldo Cruz. No entanto, a medida sanitária mais polêmica foi tornar obrigatória a vacinação contra varíola, o que descontentou grande parte da população. A obrigatoriedade da vacina era garantida por uma rede de compulsão social. A apresentação dos comprovantes de vacinação passaria a ser condição para matrículas em escolas, admissões em empresas e oficinas, casamentos e outras tantas atividades, de maneira que a vida social daquele que se recusasse a ser vacinado tornar-se-ia impossível.
4. 1910: Morte de Florence:
- Floresce o ensino da enfermagem;
- Torna-se ocupação assalariada;
- Constitui-se prática social específica e institucionalizada.
5. 1923: Escola Ana Néri, 1ª Escola de Enfermagem baseada na adaptação americana do modelo nightingaleano. Fundação da Enfermagem Moderna no Brasil com a organização dos serviços de enfermeiras do departamento nacional de saúde pública dirigido por Carlos Chagas com a intenção de formar profissionais que garantissem o saneamento urbano, visto que as epidemias comprometiam o comércio internacional.
6. Em 1953, foi criado o Ministério da Saúde. Foi a primeira vez em que houve um ministério dedicado exclusivamente à criação de políticas de saúde, com foco principalmente no atendimento em zonas rurais, já que nas cidades a saúde era privilégio de quem tinha carteira assinada.
7. 1988: Instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196: o Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.

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