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AGORA EU PASSO! 
1 
 
SUMÁRIO 
Aplicação da Lei Processual Penal ..................................................................................................................... 2 
Lei Processual Penal no Espaço ..................................................................................................................... 2 
Exercícios comentados .............................................................................................................................. 3 
Lei Processual Penal no Tempo ..................................................................................................................... 4 
Exercícios COMENTADOs ........................................................................................................................... 5 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
2 
 
APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
O art. 1º do CPP, estabelece o princípio da Territorialidade da Lei Processual Penal 
(Princípio Locus Regit Actum). 
Princípio Locus Regit Actum: aplicam-se em território brasileiro as normas de cunho 
processual penal a todas as infrações penais relacionadas com o Estado brasileiro. 
 Dessa forma, tanto as infrações penais cometidas em território nacional, bem como 
aquelas infrações cometidas de acordas com as regras de extraterritorialidade, terão os seus 
processos regidos em território brasileiro sob a égide das normas processuais penais 
brasileiras. 
Exemplos 1: imagine que um crime de homicídio seja praticado em território 
nacional, seja por um brasileiro ou por um estrangeiro. O crime deverá ser 
processado e julgado no território brasileiro, bem como, sob o crivo das leis 
processuais penais brasileiras. 
 
Exemplo 2: imagine agora que um crime de atentado contra vida do Presidente 
da República tenha sido cometido nos Estados Unidos, quando este estava de 
passagem para uma reunião internacional. Nesse caso, mesmo que o crime tenha 
ocorrido em território estrangeiro, aplica-se a lei penal brasileira, haja vista a 
hipótese de extraterritorialidade. Entretanto, o processo de tal crime será julgado em 
território nacional, sob o crivo das leis processuais penais BRASILEIRAS, em 
consonância com o princípio da Territorialidade (Locus Regit Actum). 
 Entretanto, é possível aplicar outras normas diversas do Código de Processo Penal? E a 
resposta é SIM, sendo que o próprio código traz 05 exceções, todas preceituadas em seu art. 1º. 
“Art.1º – O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, 
por este Código, ressalvados: 
 
I -os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos 
ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da 
República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes 
de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, 2, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, 
art. 122, no17); 
V - os processos por crimes de imprensa.” 
 Como visto, o CPP traz exceções em que se deixa de aplicar as normas de código 
processual para aplicar prioritariamente normas contidas em outros dispositivos. Tais 
exceções são: 
➢ Tratados, Convenções e Regras de direito internacional; (desde que o Brasil faça 
parte – seja signatário) 
➢ Prerrogativas CONSTITUCIONAIS do Presidente da República; 
➢ Prerrogativas CONSTITUCIONAIS dos ministros de Estado, desde que estes 
cometam crimes conexos com os do Presidente; 
➢ Prerrogativas CONSTITUCIONAIS dos ministros do STF, nos crimes de 
responsabilidade; e os processos de competência da Justiça Militar. 
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AGORA EU PASSO! 
3 
 
➢ os processos de competência do tribunal especial. (essa exceção está tacitamente 
revogada, pois a Constituição Federal veda a criação de tribunal penal especial – 
tribunal de exceção). 
➢ os processos por crimes de imprensa. (essa exceção está tacitamente revogada, 
haja vista a tipificação (incriminação) dos crimes de imprensa viola a liberdade de 
expressão, tornando-se, portanto, inconstitucional). 
OBS 1: Além de tais exceções, tem-se que, ao longo do tempo, muitas regras 
do CPP tornaram-se obsoletas, de forma que o legislador optou por aprovar algumas 
leis especiais que excepcionam a aplicação do referido código em relação à apuração 
de determinados crimes, como, por exemplo, a lei antidrogas (Lei 11.343/06), a lei 
de abuso de autoridade (Lei 4.898/65), etc. 
OBS 2: Tais exceções acerca da aplicação do CPP NÃO INFRIGEM o princípio da 
TERRITORIALIDADE. 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
1. Em relação à aplicação da lei processual penal, é correto afirmar que a lei processual 
penal não se sujeitará a tratados, convenções ou regras de direito internacional. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Errado. 
Solução rápida 
O processo penal se sujeitará tratados, convenções ou regras de direito 
internacional. 
Solução completa 
Como visto, o Processo Penal será regulado pelas normas do Código de 
Processo Penal, sendo julgado em território nacional, tendo assim, a aplicação do 
princípio da Territorialidade Processual. A saber, tal princípio tem caráter ABSOLUTO, 
entretanto, o CPP traz algumas exceções, em que deixará de aplicar as normas do 
Código Processual Penal Brasileiro para aplicar as normas previstas em outros 
dispositivos, sendo que tais exceções não infringem este princípio, também 
denominado de Locus Regit Actum. Uma dessas exceções é justamente a aplicação 
de normas contidas em tratados, convenções ou regras de direito internacional, da 
qual o Brasil faça parte. 
Ademais, não há que se falar em princípio da extraterritorialidade do direito 
processual penal. O CPP adotou o princípio da TERRITORIALIDADE (Locus Regit 
Actum), não havendo hipóteses de EXTRATERRITORIALIDADE. Mesmo nos casos em 
que o próprio CPP traz exceções a sua aplicação, estas não ofendem tal princípio. 
 
 
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AGORA EU PASSO! 
4 
 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
 O art. 2º do CPP adotou o princípio da IMEDIATA aplicação da Lei Processual Penal ou 
princípio da IMEDIATIDADE (Tempus Regit Actum) 
“Art. 2º – A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo 
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.” 
 De acordo com o princípio da imediatidade, os novos dispositivos processuais incidem 
IMEDIATAMENTE no processo. O que se leva em conta, portanto, é a data da realização do ato 
processual – Tempus Regit Actum – e não a da infração penal. Na aplicação do princípio da 
imediatidade, não importa se a nova lei é favorável ou prejudicial ao acusado. 
OBS: o princípio da irretroatividade de lei penal mais gravosa, NÃO se 
estende/aplica à lei processual penal. Sendo assim, nova lei processual penal pode 
tanto beneficiar quanto agravar a situação do réu, pois esta possui a sua aplicação 
imediata. 
 Entretanto, esta aplicação imediata deve respeitar os atos já praticados sob a vigência 
de lei anterior. (regra) 
Exemplo: um recurso com prazo para sua impetração é de 10 dias, porém, 
surge uma nova lei alterando esse prazo para 05 dias. 
 Se caso na data da vigência da nova lei, já tenha iniciado o prazo para o recurso, ou seja, 
10 dias, dever-se-á ser respeitado o prazo regido pela lei anterior. Agora, caso a nova lei entre 
em vigor, com um prazo menor e o prazo da lei anterior ainda não tenha se iniciado, aplica-se a 
nova lei, ainda que mais gravosa. Entretanto, poderá ser aplicado o prazo da nova lei se a lei 
anterior preveja um prazo menor que a lei nova. 
“Art. 3º, Lei de Introdução ao Código de Processo Penal - O prazo já 
iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será 
regulado pela lei anterior, se estanão prescrever prazo menor do que 
o fixado no Código de Processo Penal.” 
Exemplo: um recurso com prazo para sua impetração é de 05 dias, porém, 
surge uma nova lei alterando esse prazo para 10 dias. 
Aqui, excepcionalmente, caso o prazo da lei anterior já tenha se iniciado, aplicar-se-á o 
prazo da nova lei, por ser maior, sem que isso implique em desrespeito aos atos já praticados e 
iniciados sob as regras da lei anterior. 
OBS: por força do princípio Tempus Regit Actum, o fato de nova lei suprimir 
determinado recurso, existente em legislação anterior, NÃO AFASTA do direito 
RECORRIBILIDADE de lei anterior, quando o julgamento tiver ocorrido antes da 
entrada da nova lei. 
Exemplo: imagine que em determinado processo, o réu tenha o direito de 
oferecer certo recurso. Assim, o juiz decreta a sentença, iniciando o prazo para 
interpor este recurso. Entretanto, durante o prazo, surge uma nova lei processual 
suprimido/excluindo a possibilidade de recorrer, ou seja, excluiu o recurso. 
 Nessa situação, o réu perde o direito de recorribilidade?? A resposta é NÃO!! Como a 
nova lei entrou em vigor após à sentença condenatória, já iniciando o prazo do recurso, a 
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5 
 
posterior supressão deste, não afasta o direito de recorribilidade, haja vista a nova lei 
processual deve, ante o princípio da imediatidade, respeitar os atos já realizados e em curso. 
 Porém, caso a supressão do recurso ocorra antes da sentença judicial, ou seja, antes de 
haver iniciado o prazo recursal, o réu perde o direito recorribilidade. 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
2. Em relação à aplicação da lei processual penal, é correto afirmar que a lei nova será 
aplicada sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Certo. 
Solução rápida 
A lei processual pena será aplicada de imediato. Respeitará, porém, os atos já 
praticados e os em curso, sem alterá-los. 
Solução completa 
Com relação ao momento (tempo) da aplicação da Lei Processual Penal, o CPP 
adota o princípio da IMEDIATIDADE (Tempus Regit Actum), ou seja, aplica-se a nova 
lei processual de forma imediata, independente dela prejudicar ou beneficiar o réu. 
Entretanto, esta aplicação imediata deve respeitar (não prejudicar) os atos 
processuais praticados sob a vigência de lei anterior, logo, a nova lei processual não 
se aplica a fatos pretéritos. Grosso modo: os atos praticados de acordo com a lei 
anterior perdem a sua validade?? A resposta é NÃO, pois mesmo que nova lei entre 
em vigor, esta respeitará os atos já produzidos. 
Podemos afirmar, então, que a lei processual penal nova, mesmo que mais 
gravosa, terá aplicação imediata tanto aos processos que tiverem iniciado antes 
3. Nova lei processual que modifique determinado prazo do recurso em processo penal terá 
aplicação imediata, a contar da data de sua vigência, aplicando-se inclusive a processo 
que esteja com prazo recursal em curso quando de sua edição. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: Errado. 
Solução rápida 
A nova lei processual não será aplicada aos atos em curso, e sim respeitará os 
atos praticados sob a vigência da lei anterior. 
Solução completa 
Em regra, quando uma nova lei processual penal alterar um prazo recursal, 
esta será aplicada para os recursos que serão interpostos a partir da data de sua 
entrada em vigor. Logo, aos prazos recursais já em curso, não se aplicarão a nova 
lei. A única exceção acerca da aplicação é quando a lei anterior preveja um prazo 
recursal menor. 
4. Considere que, diante de uma sentença condenatória e no curso do prazo recursal, uma 
nova lei processual penal tenha entrado em vigor, com previsão de prazo para a 
interposição do recurso diferente do anterior. Nessa situação, deverá ser obedecido o 
prazo estabelecido pela lei anterior, porque o ato processual já estava em curso. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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6 
 
Gabarito: Certo. 
Solução rápida 
Como já visto, a nova lei processual penal não será aplicada aos atos em 
andamento. respeitando, portanto, os atos praticados pela lei anterior. 
Solução completa 
A questão trata da regra adotada. Caso um prazo recursal, já iniciado, 
sobrevindo uma nova lei que o altere, qual prazo deverá ser aplicado? O prazo já em 
curso ou o prazo da nova lei? Aplica-se o prazo já em curso (lei anterior), em regra, 
pois de acordo com o princípio do Tempus Regit Actum, a aplicação imediata da nova 
lei deve respeitar os atos já praticados, bem como aqueles que já foram iniciados 
(prazos recursais em curso). 
É importante lembrar que, caso uma nova lei entre em vigor 
suprimindo/excluindo um recurso processual cujo prazo já esteja em curso, esta 
nova lei possui aplicação imediata, entretanto, não atinge os atos já produzidos, 
bem como aqueles cujos prazos recursais estão em curso (iniciados), razão esta que 
não afasta o direito recorribilidade. 
Assim, o fato de lei nova suprimir determinado recurso, existente em legislação 
anterior, não afasta o direito à recorribilidade subsistente pela lei anterior, 
quando o julgamento tiver ocorrido antes da entrada em vigor da lei nova. 
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