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Paciente refratário: não obedece à terapêutica, nenhum medicamento parece remitir os sintomas, não faz efeito. Uma proposta terapêutica não pode se limitar a psicoterapia e a medicação. A Psiquiatria só foi reconhecida como ciência no século XIX, tomando lugar de justificativas como demonologia e feitiçaria, enquanto que o surgimento da psicofarmacologia em 1950 marca uma nova etapa no tratamento de doenças mentais. Os primeiros psicofármacos tinham efeitos colaterais devastadores. PDS: projeto terapêutico singular - no intervalo das sessões e consultas, fazer algum tipo de terapia ocupacional, fazendo com que o paciente não viva apenas em função da doença (como bordado, academia, etc). Um único sintoma aparece em diversos quadros, ele por si só não diz nada. É importante colher a história, pois uma única informação não basta para estabelecer a hipótese diagnóstica (HD). Alucinação: percepção sem objeto (só ele sente, percebe) - vendo um livro que não existe; Delírio: crença que só a pessoa tem - eu sou um livro; Ilusão: atribuir ao objeto uma característica fantástica - vendo um livro (que de fato está lá) mas o livro está falando. Esquizofrenia F-20 Psicose: afecção psíquica grave. A esquizofrenia é o mais comum dos transtornos psicóticos. Sintomas positivos: sintomas em que o paciente apresenta alguma produção, como alucinações (pois ele vê, escuta, etc), delírios (tem uma crença falsa em algo), pensamento desorganizado (modo de pensar incomum), distúrbios do movimento (agitação psicomotora, tiques); Sintomas negativos: são mais difíceis de tratar, como a redução do afeto - embotamento afetivo (tom de voz baixo, ausência de expressão facial), redução de prazer da vida cotidiana, dificuldade de iniciar ou manter atividades (desiste, não conclui), isolado, negligente com seu autocuidado. Sintomas comuns Introdução de conceitos Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi 01 - Delírios (persecutório do tipo paranóide - a comida está envenenada, querem me matar, todos têm inveja de mim, querem tomar o meu lugar); delírio de grandeza (eu sou dono da cidade, eu sou jogador do Barcelona); delírio religioso/místico (eu sou Deus, eu converso com os anjos); delírio de referência (é tudo eu, estão falando de mim, estão rindo porque estou com uma meia furada, eu sou mais importante), delírio de ciúmes (acha que está send traído). O subtipo mais comum, caracterizado por: - Sintomas positivos; - Delírios paranóides (principal), acompanhado por alucinações auditivas; - Sintomas paranóides mais comuns: delírios de perseguição, referência, ascendência importante, missão especial, ciúmes, vozes alucinatórias que ameaçam, alucinações auditivas sem conteúdo verbal (assovios, risos). Esquizofrenia paranóide F-20.0 - Vozes alucinatórias que comentam o comportamento do paciente ou discutem entre elas sobre o paciente (a voz pode ser de comando ou apenas falarem, em que o paciente é um ouvinte sem poder interagir com elas); - Delírios persistentes (há sintomas que se manifestam apenas em alguns episódios e depois remitem, mas há outros que não); - Alucinações persistentes; - Discurso incoerente, irrelevante ou neologismos (palavras inventadas); - Comportamento catatônico (negativismo, excitação, estupor); - Sintomas negativos (retraimento social, perda de interesse, falta de objetivos). Esquizofrenia hebefrênica F-20.1 Pode ser conhecida também por esquizofrenia desorganizada, caracterizada por: - Afeto superficial e inadequado acompanhado por risos imotivados (igual a Hebe), caretas, brincadeiras, queixas hipocondríacas; - Pensamento desorganizado e discurso incoerente; - Comportamento pueril (infantilizado); - Tendência a permanecer solitário; - Tendência a ter um prognóstico pouco favorável devido ao rápido desenvolvimento de sintomas negativos, especialmente embotamento afetivo e perda da volição (vontade). Esquizofrenia catatônica F-20.2 - Estupor ou mutismo (imóvel ou sem falar), por vezes uma excitação motora sem motivo; - Perturbações psicomotoras proeminentes; - O paciente pode permanecer por horas na mesma posição, como estátua; Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação. Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi 02 - Negativismo (resistência aparentemente imotivada a todas as instruções ou tentativas de ser movido, ou movimento em direção oposta). - Postura inadequada (bizarra); Esquizofrenia indiferenciada F-20.3 Apresenta condições que contemplam a esquizofrenia de modo geral, mas não se encaixa em nenhum subtipo, ou em mais de um, mas sem predominância de um conjunto de características diagnósticas específico. Não tem os critérios para ser caracterizada como paranóide, catatônica, hebefrênica, residual ou depressão pós-esquizofrênica. É um episódio depressivo que surge após uma doença esquizofrênica (F20, nos últimos 12 meses) e que pode ser prolongado. Alguns sintomas dela podem aparecer ainda, mas não dominam o quadro, e podem ser positivos ou negativos (mais comum). O risco de suicídio é maior. Os sintomas depressivos são proeminentes e devem preencher pelo menos os critérios para um episódio depressivo (F32) e ter sido presentes por no mínomo duas semanas. Se não apresentar sintomas esquizofrênicos, um episódio depressivo deve ser diagnosticado (F32). Depressão pós- esquizofrênica F-20.4 os critérios diagnósticos para esquizofrenia. É preciso constatar um período de pelo menos um ano com a intensidade e a frequência dos sintomas floridos (delírios e alucinações), mínimas ou reduzidas. Ausência de demência, problemas cerebrais orgânicos e depressão crônica. É o estágio mais tardio da doença, caracterizado por sintomas negativos (retardo psicomotor, hipoatividade, afeto embotado,) de longa duração, mas não necessariamente irreversíveis. Significa que houve uma progressão na doença, portanto se torna um estágio crônico no desenvolvimento do transtorno. Evidência anterior de pelo menos um episódio psicótico bem definido satisfazendo Esquizofrenia residual F20.5 Esquizofrenia simples F20.6 É um subtipo incomum e menos obviamente psicótico do que o paranóide, hebefrênico e catatônico, em que delírios e alucinações não são evidentes. Os sintomas negativos característicos do subtipo residual se desenvolvem sem que sejam precedidos por sintomas marcadamente psicóticos. Um diagnóstico confiável é muito difícil, e depende do desenvolvimento lentamente progressivo dos sintomas negativos característicos da esquizofrenia residual. Não há nenhuma história de alucinações, delírios ou outras manifestações de um episódio psicótico anterior. Há uma perda de interesse marcante, inatividade e retraimento social. Outra esquizofrenia F20.8 literatura. Quadros esquizofrênicos que não têm aceitação uniforme na Esquizofrenia, não especificada F20.9 Sem descrição no CID-10. O conceito de normalidade em Psicopatologia Normalidade ideal É utópica, em que o indivíduo seria sadio e mais evoluído, se adaptando às normas morais e políticas de determinada sociedade. É a ausência de sinais e sintomas de doenças. Normalidade como ausência de doença Normalidade estatística O normal passa a ser aquilo o que aparece com mais frequência (mas nem tudo o que é frequente é saudável, e nem tudo o que é raro é patológico). Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a saúde é entendida como completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença. Mas se fosse simples assim, poucas pessoas seriam consideradas saudáveis. Normalidade como bem-estar Leva em consideração as estruturações ao longo do tempo (mudanças, crises), inseridos aqui os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial. Normalidade como processo Normalidade subjetiva Refere-se à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde.
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