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Conceitos de Grupo e Comportamento Grupal

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EDUARDA SILVANO 
 
 
 
Conceituação de grupo 
 
 Grupo = conjunto de pessoas; 
 Comunidade = conjunto de grupos e suas relações com os respectivos subgrupos 
 Sociedade = conjunto interativo das comunidades 
 Establishment = “cultura” individual do grupo 
 
Características 
 
 
 
 
 
 
Grupo
Vinculo
Afeto
Normas
Comunica
ção
+2 
pessoas
Objetivo 
em 
comum
Setting
Campo 
grupal
Agrupamento
Conjunto de pessoas que 
convivem partilhando de 
um mesmo espaço e que 
guardam entre si certa 
valencia de inter-
relacionamento
Compartilham de um 
mesmo interesse
Não existe vinculo 
emocional entre as 
pessoas
Interesses 
comuns
Agrupa
mento
Interesses 
em comum
Grupo
EDUARDA SILVANO 
Network = rede de comunicações; o ser humano é grupal, social, ligado como um nó à realidade 
exterior. 
 
Valência = aptidão de cada indivíduo combinar com as demais, em função dos fatores inconscientes 
de cada um. 
 
Enquadre/Setting = normas e regras do grupo. 
 
Interação humana 
➢ NÍVEL DE TAREFA: atividades visíveis, observáveis, acordadas, tanto nos grupos formais quanto 
nos grupos informais 
➢ NÍVEL SOCIOEMOCIONAL: sensações e sentimentos variados, já existentes ou gerados pela 
própria convivência e atividades no grupo. É o responsável pela manutenção do grupo, por seu 
crescimento e amadurecimento e pela produtividade e satisfação de cada participante 
 
Galeria de espelhos = um entende/reflete o outro 
➢ Simbiose: atesta que a galeria de espelhos está funcionando 
 
Ressonância = a mensagem de cada indivíduo vai ressoando no inconsciente dos outros e 
produzindo uma ansiedade básica comum 
 
Função Continente 
 Acolhida/segurança 
 Delimita 
 Define 
 Estabelece fronteiras 
 A força de sua função depende e pode oscilar a partir da relação estabelecida no/com o grupo 
 Requer que os integrantes reconheçam e aceitem 
 Problema: quando há troca de papeis e, ao invés de ser continente, há troca de papeis. 
 Avaliar continuamente a função continente do grupo para os integrantes e do coordenador 
para o grupo. 
 A função continente poderá ter especificidades: para este tema sim.... Para outro tema não. 
ZIMERMAN: 
➢ Acolhe necessidades, angústias 
➢ Descodifica: compreende, significa, atribui sentido 
➢ Denomina 
 
EDUARDA SILVANO 
WILFRED BION: 
➢ Função alfa: atitude de acolhimento do conteúdo. Propicia o desenvolvimento das 
capacidades de resolução. Ensina a perceber, pensar, conhecer sua própria capacidade de ser 
continência. 
➢ Processo ativo – fazer o outro vir a desenvolver continência. 
➢ Aspectos importantes: 
o Paciência: suportar o outro com suas dúvidas, dores, sofrimento, ritmos e demais 
características 
o Capacidade negativa: analista/coordenador do grupo conter as suas próprias angústias 
do NÃO saber. Perigo “odiamos estar ignorantes”. Risco de abortar, interromper, 
cercear, limitar a aprendizagem e o desenvolvimento do grupo. 
o Continente falho: impossibilidade de acolher, verbalizar, denominar. 
o Continente e conteúdo: - parasitária: o integrante nada aprende/sabe sem o 
grupo/coordenador - simbiótica: quando ambos crescem - estabelecimento / 
establishment: quando o conteúdo um ou mais integrantes, quando um grupo explode 
com alguma inovação que põe em risco o próprio grupo/coordenador/outro grupo. 
 
Campo grupal 
 Forma de funcionar 
Bion afirma que todo grupo opera sempre em 2 níveis que são simultâneos, opostos e interativos, 
embora bem definidos entre si. São eles: 
 
 
 
 
 
Grupo de 
trabalho (GT)
Voltado para os aspectos 
conciente de uma 
determinada tarefa 
combinada por todos os 
membros do grupo
Grupo de base ou 
de pressupostos 
básicos (SB)
Processos primários do 
pensamento e noção de 
temporalidade, de relação 
causa-efeito, ou se opõem a 
todo processo de 
desenvolvimento 
Concervam as mesmas 
características que as 
reações defensivas 
mobilizadas pelo Ego 
primitivo contra as 
ansiedades psicóticas 
Pressupostos 
Básicos (SB)
Dependência
Luta ou fuga
Acasalamento
EDUARDA SILVANO 
 
 
 O comportamento mostra que o grupo está se desfazendo 
o Falta; 
o Pede para sair cedo; 
o Chega tarde. 
 
 Observe, deixe o grupo funcionar 
 
 
Modalidades Grupais 
 
Tipos de vinculo 
 
 
 
 
 
 
 
•Mobilização do corpo
•Aguda
•Passageira 
Emoção 
•Decorrente de uma emoção
•Crônica - dura + Sentimento
EDUARDA SILVANO 
Classificação 
 
 
 
Grupos operativos 
 
 Continente de todos os demais grupos; 
 
 Teoria do vínculo: todo vinculo bicorporal é sempre tripessoal, tendo em vista os personagens 
parentais que estão introjetados por em cada indivíduo; 
 
 Formação de papeis; 
 
 Esquema corporal (estágio do espelho) 
 
 Modelo do cone invertido 
 
o Afiliação 
o Pertencência 
o Pertinência 
o Comunicação 
o Aprendizagem 
o Cooperação 
o Tele – clima emocional do grupo 
 
 Verticalidade – a história do individuo 
 
 Horizontalidade – aqui e agora da totalidade grupal 
 
Grupos
Operativos
Ensino-aprendizagem 
(técnica "Grupos de 
reflexão")
Institucionais 
(empresas, escolas, 
igrejas, exército...)
Comunitários 
(programas de saúde 
mental)
Terapêuticos
De auto-ajuda
Área médica em geral 
(diabéticos, idosos)
Área psiquiátrica 
(alcoolicos anônimos, 
borderline)
Psicoterápicos 
propriamente ditos
Base psicanalítica, 
psicodrama, sistêmica, 
TCC, abordagem 
multipla
EDUARDA SILVANO 
 Pré-tarefa – movimentos grupais que impedem a realização de uma ação real transformadora 
 
 Três D – o depositante, o depositado e o depositário das ansiedades básicas que surgem no 
campo grupal 
 
GRUPO OPERATIVO E ECRO: 
• ECRO – Esquema conceitual referencial operativo. É um modelo de atuação com e no grupo. 
 
Grupos operativos de ensino-aprendizagem 
 Aprender a aprender – psicoeducação 
 
Grupos institucionais 
 Obter uma aprendizagem e atuação acerca de um tema que importa à Instituição. 
 Exemplos: Pais e Mestres, Associação de Ex-alunos, Associação Aposentados. 
 Pensamento, conhecimento e comunicação. 
 Organizacional – centrados na tarefa de obtenção de um clima de harmonia entre os seus 
diversos subgrupos 
 
Grupos comunitários 
 Cuidados primários de saúde (prevenção), secundários (tratamento) e terciários (reabilitação) 
 Exemplos: Gestantes, Comissão Coronavírus, Campanha Agasalho. 
 
Grupos de reflexão 
 Também chamados de grupos de discussão, grupos de integração, dentre outros 
 Objetivo: que cada um e todos façam uma renovada e continuada flexão sobre si. 
 Altamente indicado para fins educacionais 
 Trabalha com: percepção, pensamento, conhecimento e comunicação 
 Comporta-se como uma galeria de espelhos 
 Finalidade de servir como um instrumento de primeira grandeza para área do ensino-
aprendizagem 
 O coordenador do grupo deve ter um preparo adequado 
 
 
EC
•Esquema. 
•Conjunto articulado de 
conhecimentos/conceitos.
•Proposições que estabelecem 
as condições. 
•Agir por e para um esquema 
conceitual. 
•Retificar ou ratificar o conjunto 
conceitual.
R
•Referencial. 
•Refere-se ao segmento da 
realidade sobre o qual se pensa 
e se opera, assim como aos 
conhecimentos relacionados 
com esse campo ou fato 
concreto a que vamos nos 
referir na operação.
•Implica em planejar a 
estratégia, a tática, a técnica e a 
logística.
O
•Operatividade. 
•Adequar o planejamento e a 
execução ao objeto. 
•Agir direcionado à mudança. 
•Implica em que ao intervir e 
promover a ressignificação, a 
propria teoria é realimentada. 
EDUARDA SILVANO 
Grupos terapêuticos 
 
Grupos de autoajuda 
 Compostos por portadores de uma mesma categoria de necessidades 
 Objetivos: 
 
o Adictos – obesos, fumantes, toxicômanos, alcoolistas 
o Cuidados primários de saúde – programas preventivos, diabéticos, hipertensos 
o Reabilitação – infartados, espancados, colostomizados 
o Sobrevivência social – estigmatizados, homossexuais,defeituosos físicos 
o Suporte – cronicidade física ou psíquica, pacientes terminais 
o Problemas sexuais e conjugais

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