Citologia Veterinária

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CITOLOGIA VETERINÁRIA 
Análise celular em amostras biológicas 
Efusões, nódulo, região com tumor, liquido 
cavitário... 
Identificar e qualificar as células 
Importante que veja se as células condizem 
com um processo patológico que podem 
estar relacionado com uma inflamação 
proveniente de uma neoplasia, uma doença 
infecciosa. 
FATORES IMPORTANTES 
1) Amostra representativa da lesão 
Coletar quantidade suficiente para fazer 
um diagnóstico. 
2) Lâmina bem feita 
3) Coloração apropriada 
Dependendo da suspeita a coloração 
muda. 
4) Examinador experiente 
Não é qualquer pessoa que tem um 
panótico rápido e um microscópio que 
sabe fazer uma citologia. Muitas vezes 
um lipoma que aparenta ser benigno e 
pode haver uma celularidade que 
demonstre um comportamento que está 
caminhando pra malignidade. 
CATEGORIAS OBSERVADAS NO EXAME 
CITOLÓGICO 
a) Tecido normal ou hiperplásico 
b) Massa Cística 
c) Inflamação 
d) Resposta à lesão tecidual 
e) Neoplasia 
f) Amostra não diagnóstica 
INDICAÇÕES 
OBS: A citologia dá um laudo sugestivo e 
não totalmente diagnóstico. Porque a 
citologia não é totalmente confirmatória. 
Porém muitas vezes é a melhor escolha por 
não ser uma boa escolha anestesiar o animal 
e tirar um fragmento para histopatológico que 
vai dar o diagnóstico definitivo. 
A) Líquidos cavitários: 
Efusão torácica 
Efusão abdominal 
Efusão pleural 
Efusão articular 
B) Massas sólidas – nódulos e tumores 
C) Raspados superficiais (pele e mucosas) 
 
 PUNÇÃO ASPIRATIVA 
Líquidos cavitários ou Massas sólidas 
(nódulos e tumores) 
Material necessário: 
Seringa, agulha, tubo da tampa roxa e 
vermelha. 
O EDTA vai servir para conservar a 
celularidade presente no líquido para que 
possa ser avaliada. O material é centrifugado 
e o precipitado de células é avaliado para ser 
corado tanto com o panótico quanto com o 
gram. 
O tubo da tampa vermelha vai servir para 
avaliar a parte bioquímica da amostra, como 
as proteínas. Muitos líquidos podem ter uma 
baixa celularidade e uma baixa quantidade 
de proteína. Através dessa avaliação pode-
se classificar o líquido em exsudato, 
transudato ou transudato modificado. 
 
 RASPADOS SUPERFICIAIS 
Imprint em lâmina. 
Suavemente encostar a lâmina em lesões 
ulcerativas e dérmicas. Às vezes é preciso 
escarificar a lesão, molhar o swab com água 
destilada ou soro. É feito bastante em lesão 
de ponta de orelha ou em sangue marginal 
(presente nas extremidades) para pesquisa 
de hemoparasitas (p. ex.: Leishmania), ou 
em felinos no diagnóstico de carcinoma de 
células escamosas. Não precisa colocar 
lamínula, deixar a lâmina secar ao ar e fazer 
coloração. 
Material necessário: 
Swab com transportador e porta-lâmina. 
 
 
CÉLULAS ENCONTRADAS NA 
CITOLOGIA 
 Neutrófilos 
 Macrófagos 
 Eosinófilos 
 Linfócitos 
 Plasmócitos 
 Eritrócitos 
 Células mesoteliais 
 Células epiteliais 
 Células mesenquimatosas 
Devido à diversidade de células, é preciso 
um bom conhecimento e experiência de 
celularidade. 
CITOLOGIA DE LÍQUIDOS CAVITÁRIOS 
 Localização 
Informar para o laboratório de onde a 
amostra está sendo retirada porque no laudo 
o citologista vai precisar. 
 Quantidade de líquido presente 
 Tecido conjuntivo e muscular 
 Parâmetros avaliados 
a) Cor e transparência 
b) Densidade e proteína 
c) Contagem de células 
d) Exame citológico 
 Transudatos 
Nos capilares há um equilíbrio entre a 
pressão hidrostática e oncótica. Quando há 
uma diminuição de proteínas, há um 
aumento da permeabilidade vascular e isso 
aumenta a quantidade de líquido dentro da 
cavidade. 
É límpido 
Não possui células 
Hipoalbuminemia 
Quando o processo é crônico pode haver um 
pequeno aumento da celularidade e de 
proteínas, ocorre em: 
- Doenças cardíacas 
- Inflamações ou neoplasias hepáticas e 
esplênicas 
- Hemorragias internas 
- PIF 
- Ruptura de vesícula 
Exemplos: 
- Hidrotórax 
- Hidroperitônio 
Causas: 
- Hipoalbuminemia 
- Obstrução linfática (pode indicar inclusive 
um linfoma, pois há uma neoplasia 
crescendo e obstruindo a circulação linfática) 
- Rompimento de bexiga 
- Insuficiência cardíaca 
 Exsudatos 
Ocorre sempre a devido a processos 
inflamatórios 
Onde há riqueza de celularidade, com células 
inflamatórias, epiteliais, conjuntivas e 
neoplásicas e há também principalmente 
aumento de proteína na amostra. 
Onde há exsudatos: 
- Processos supurativos (pleurite, perintonite, 
PIF) 
- Hemorrágico (coagulopatias, trauma, 
neoplasias) 
- Neoplásico 
- Quilotórax ou Quiloperitônio (líquido 
brancacento, rico em triglicerídeos) 
CITOLOGIA DE TUMORES SÓLIDOS 
 Coleta: Aspirativa ou Imprint 
Na aspirativa deve-se puxar o embolo da 
seringa e fazer uma movimentação em 
leque para abranger o máximo de 
material no nódulo. 
 Coloração 
Fazer no mínimo 4 lâminas. 
 Interpretação 
 Nódulos podem ter origem 
inflamatória/infecciosa ou neoplásica 
 
 
CITOLOGIA DO LÍQUOR 
 Inflamações supurativas 
 Inflamações não supurativas 
 Inflamações piogranulomatosas 
 Inflamações neoplásicas 
 Inflamações hemorrágicas 
CITOLOGIA DE PELE 
Importante informar a suspeita clínica pois o 
patologista pode colocar colorações 
diferentes de acordo com a suspeita. 
 Cistos epidérmicos 
 Hiperplasia sebácea 
 Granuloma por lambedura 
 Paniculite 
 Granuloma eosinofílico 
 Esporotricose 
 Criptococose 
 Pênfigo foliáceo 
CASO CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pela coloração = Transudato. 
 
Células nucleadas = leucócitos 
Como a bacterioscopia foi negativa, 
descarta-se a possibilidade infecciosa. 
Caso se repita, o ideal seria encaminhar pra 
análise microbiológica, tanto de bactéria 
quanto de fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Provavelmente o animal teve várias 
erliquioses persistentes e isso afetou a 
produção de plaquetas e eritrócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: Processo inflamatório localizado 
fazendo com que o organismo tivesse uma 
reação linfocítica aumentada. 
 
 
 
 
 
 
 
Citologia sugeriu malignidade 
RX de tórax mostrou nódulos no mediastino 
Paciente faleceu antes de fazer o 
histopatológico.