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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA

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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA 
Significado de Patologia: estudo (logos) das doenças e sofrimentos (pathos), no caso, nos seres 
humanos. 
Conceito de Doença: estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, 
no qual o indivíduo se sente mal. É a falta de adaptação às alterações, tanto intrínsecas, quanto 
extrínsecas. Apresenta sintomas (como a dor), e/ou apresenta manifestações clínicas 
(alterações orgânicas) evidenciáveis objetivamente, ou seja, os sinais clínicos (detectados a 
partir de exames físicos ou laboratoriais, exigindo observação e cognição). 
Conceito de Saúde: é o estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou 
social em que vive. É a capacidade do organismo de se adaptar às alterações ou estímulos, tanto 
intrínsecos (internos ao organismo), quanto extrínsecos (externos, do meio). Desse modo, o 
indivíduo saudável se sente bem (saúde subjetiva) e não apresenta sinais clínicos ou 
alterações orgânicas (saúde objetiva). Para não confundir com normalidade, é importante 
lembrar que saúde está mais voltada ao indivíduo. 
Conceito de Normalidade: o normal ou a normalidade são estabelecidos a partir da média 
(usando cálculo por métodos estatísticos) de várias observações para um determinado 
parâmetro (por exemplo, peso de órgãos, número de batimentos cardíacos, pressão arterial 
sistólica e diastólica) em populações homogêneas (mesma etnia). 
 
HISTÓRICO DAS DOENÇAS 
Na Pré História, o homem agia quase que instintivamente, como os animais, com relação 
ao tratamento de suas enfermidades. Essa sentença é justificada pela descoberta de pinturas 
rupestres de homens das cavernas lambendo suas feridas, ingerindo muita água ou ficando nas 
proximidades de fogueiras em aparente presença de febre. 
Durante a Antiguidade Ocidental, o Pai da Medicina, Hipócrates, foi o primeiro a adotar 
uma visão racionalista, ou seja, baseada na lógica, para explicar o processo saúde-doença, 
não seguindo o modelo sobrenatural que predominava até então. A princípio, predominava, 
entre os filósofos da época, a teoria da composição por quatro elementos: água, terra, fogo e 
ar. Partindo desse paradigma até então, Hipócrates afirmou serem quatro humores os líquidos 
constituintes do corpo: fleuma, sangue, bile negra e bile amarela. A saúde seria resultado do 
equilíbrio, ou crase, entre esses quatro humores, enquanto a doença teria origem no 
desequilíbrio, ou discrase, entre os mesmos. Daí, surge a Terapia Racional, em que a doença 
passa a ser vista como fenômeno natural, não mais sobrenatural. Essa é a chamada Teoria 
Humoral. 
De Roma, Cornelius Celsus afirmou serem os sinais cardinais da inflamação o calor, a 
dor, rubor (vermelhidão) e o tumor (inchaço ou edema). Recentemente, foi incorporado um 
novo sinal de inflamação, a perda de função (exemplo de amputação de membro inferior 
esquerdo). 
A Fase Orgânica predominou entre os séculos XV e XVI, sendo marcada pelo predomínio 
da observação dos órgãos do corpo, feita principalmente através de atividades de necrópsia 
(estudos dos cadáveres). Nota-se, assim, que o estudo voltado às definições e causas das 
doenças passavam de um olhar macroscópico para um mais microscópico. 
Já a Fase Tecidual vigorou entre os séculos XVI e XVIII, em que enfatiza a estrutura e a 
organização dos tecidos. É nesse período que se iniciam os primeiros estudos sobre as 
alterações morfológicas teciduais e suas relações com os desequilíbrios funcionais. Ou seja, 
uma vez que são conhecidos os componentes e as proporções de organização dos tecidos em 
aspectos fisiológicos, a detecção de uma doença pode ser facilitada quando houver alteração. 
A Fase Celular, por sua vez, esteve presente no século XIX, sendo considerada um período 
inicial à Patologia Moderna, caracterizada pelo predomínio da visão morfológica, somada à 
aplicação do microscópio óptico. Para buscar a origem do processo mórbido, é fundamental 
haver preocupação com o estudo da célula, principalmente de suas alterações morfológicas e 
funcionais. Exemplo: Teste de Papanicolau, que permite observar, por lâminas histológicas, as 
células, podendo avaliar possíveis desenvolvimentos de quadros patológicos pela proporção de 
núcleo e citoplasma, formato celular, entre outros. 
 
A Fase Ultracelular, presente no século XX, é o atual estágio do pensamento conceitual 
sobre Patologia, envolvendo conceitos sobre biologia molecular e sobre organelas celulares. 
Os avanços bioquímicos e a microscopia eletrônica facilitam o desenvolvimento dessa linha 
de estudo. Por exemplo, podem-se analisar moléculas de DNA, RNA, observar desacoplamento 
de proteínas e ribossomos dos retículos endoplasmáticos, entre outros aspectos. 
 
CONCEITOS INICIAIS 
 A Medicina consiste na arte e na ciência de PROMOVER a saúde, bem como 
PREVENIR, MINORAR, TRATAR, REABILITAR e CURAR os sofrimentos produzidos 
pelas doenças. 
A Patologia, portanto, é a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que 
as produzem e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam, ou seja, é devotada 
ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que 
estão ou podem estar sujeitos a doenças. 
*ELEMENTOS DE UMA DOENÇA. Logo, abordados na Patologia. 
- Causas (intrínsecas, como a predisposição genética, e extrínsecas, estudadas em 
Etiologia); Mecanismos (abordado em Patogênese ou Patogenia); Lesões (microscópicas ou 
macroscópicas, reversíveis ou irreversíveis, conhecidas em Anatomia Patológica); Alterações 
Funcionais (estudados em Fisiopatologia; é importante observar em quantos e quais locais ou 
órgãos ocorrem, visto que podem influir na intensidade do prognóstico, bem como no manejo); 
Sinais e Sintomas (vistos em Semiologia, a partir daqui, estes termos relacionados com doença 
não são muito abordados em Patologia). Desta Semiologia, pela Propedêutica, podem ser 
obtidos o Diagnóstico, Prognóstico (relacionado com a evolução, boa ou ruim), Terapêutica 
(tratamento) e Prevenção (conjunto de medidas adotadas para evitar a contração da doença, 
seja pela primeira ou mais vezes). 
*Etiologia: estuda a origem das doenças, incluindo as causas fundamentais e os fatores 
modificadores. Exemplos: suscetibilidade genética herdada e fatores ambientais. 
*Patogenia: aborda as etapas de desenvolvimento da doença. A Patogenia descreve como 
os fatores etiológicos iniciam as alterações moleculares e celulares que originam anormalidades 
estruturais e funcionais que caracterizam a doença. 
MACETE: enquanto a Etiologia explica o porquê da doença; a Patogenia explica o como. 
*O QUE FAZ O MÉDICO PATOLOGISTA: é um profissional que procura reconhecer, 
interpretar e entender as lesões e as doenças (a partir de amostras solicitadas e examinadas em 
lâminas, por exemplo), de modo a estabelecer, racionalmente, o diagnóstico morfológico (às 
vezes, também, o diagnóstico etiológico provável) e o prognóstico. 
*COMO TRABALHA O MÉDICO PATOLOGISTA: pelo uso de microscópio óptico, 
com lâminas de tecidos lesados (ele mesmo pode fazer as lâminas ou as receber) e olhos 
treinados e atentos. O patologista atua mais pela terceira coluna, enquanto o clínico pela 
quinta. Lembrando, o médico patologista não é totalmente responsável pelo diagnóstico da 
doença, ou seja, necessita de fatores externos a ele como: qualidade das lâminas, amostra de 
local correto, quantidade suficiente do material biológico coletado, lesões subcelulares 
(alterações sutis), etc. 
 
DIVISÕES DA PATOLOGIA: Geral (esta responsável por todos os mecanismos que 
englobam as doenças sem, necessariamente, especificar um tecido, órgão, ou sistema, isto é, 
não se restringem a um determinado órgão ou tecido, por exemplo), tendo como exemplares as 
lesões celulares, as adaptações celulares, as mortes celulares e os processos inflamatórios. Ou 
seja, independente do órgão, tecido, célula, ou sistema, todos esses exemplospodem ocorrer. 
Já a Patologia Especial engloba os conceitos da Patologia Geral dentro de um sistema. Por 
exemplo, a adaptação celular em sistema cardiovascular. 
Na prática, todas as formas de doenças começam com alterações moleculares ou estruturais 
nas células, partindo para alterações tissulares, teciduais, orgânicas, até sistêmicas. 
*Homeostase (manutenção do meio interno, ou seja, das condições biológicas, físicas e 
químicas do meio que envolve as células). Ou seja, em ocasiões de alterações, o indivíduo 
consegue se adaptar para manter esse meio interno e, consequentemente, estabelecer a 
Homeostase. Na ausência dessa capacidade, estabelece-se a doença. 
ADAPTAÇÃO CELULAR 
A partir de estímulos nocivos, as células buscam se adaptar para continuarem a homeostase. 
No cessar desse estímulo, as células voltam ao estado inicial. Na permanência, as células 
precisam continuar se adaptando. Vale destacar que costuma haver um limite a uma 
determinada adaptação (os fatores se devem à disponibilidade substrato-metabólica, 
nutrientes, oxigênio e demanda energética, além do fato de células atuarem em conjunto, de 
modo que o tamanho irregular de uma pode prejudicar o funcionamento das demais). 
CONCEITO: consistem de respostas estruturais e funcionais reversíveis, de modo que 
permita que a célula sobreviva (adaptar-se, dentro de um certo limite, às mudanças induzidas 
pelo estímulo e continuar a funcionar). É a capacidade da célula de se adaptar às alterações do 
seu meio ambiente e sobreviver em condições adversas. 
TIPOS DE ADAPTAÇÕES CELULARES: Hipertrofia (basicamente, por um estímulo 
que demanda muito da célula, aumentando-a de tamanho, mas não em número), Atrofia 
(pouca demanda, redução de tamanho e número celular para economia de energia), 
Hiperplasia (mantém a mesma função e o mesmo tamanho, porém, se divide mais para 
crescer o órgão, aumentando a atividade funcional) e Metaplasia (por um estímulo 
suficientemente capaz de ocasionar a morte da célula, que não ocorre por conta da mudança de 
fenótipo por parte da célula, obtendo uma forma mais resistente, sendo um exemplo a mudança 
de uma célula colunar para um pavimentoso). Na metaplasia, não apenas ocorre a mudança de 
forma, mas também há um aumento do número de células, a fim de que estas, com o perfil 
alterado, possam responder aos estímulos nocivos. 
As lesões, lembrando, vão de moleculares até sistêmicas. Destaca-se a importância das 
análises microscópicas para detecção de doenças (esteatose hepática, com acúmulo de lipídeos, 
e cirrose, com fibroses e consistências rígidas). 
Dependendo da natureza do estímulo nocivo (que ocasiona a adaptação celular), a adaptação 
celular pode ser quase previsível. Exemplos: hipertrofia e/ou hiperplasia (depende, 
principalmente da capacidade de divisão por parte do tipo celular) por conta de aumento de 
demanda ou aumento de estímulo (fatores de crescimento, hormônios). Atrofia por redução de 
nutrientes ou estímulo. A metaplasia costuma ocorrer em situações de irritação crônica (seja 
física ou química). 
Quando as células são incapazes de se adaptarem, elas entram em um quadro de lesão 
celular (que pode ser reversível ou irreversível). 
Homeostase Adaptação Celular Lesão Celular Reversível Lesão Celular 
Irreversível Morte Celular. Esta é a dinâmica evolutiva de lesões celulares e, 
consequentemente, de geração de doenças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito de estresse: resposta adaptativa geral, inespecífica e sistêmica que o organismo 
monta frente a diferentes agressões de ordem física, química, biológica ou até emocional. 
Uma adaptação ao estresse pode progredir para lesão celular funcionalmente significativa, 
caso o estresse não seja atenuado. 
HIPERTROFIA (FISIOLÓGICA e PATOLÓGICA) 
Lembrando, a Hipertrofia (células com reduzida capacidade de divisão) pode ocorrer junto 
com a Hiperplasia (células capazes de replicação). A Hipertrofia consiste no aumento de 
tamanho da célula (aumento de proteínas estruturais e organelas) e, consequentemente, do 
órgão. Mas, não há aumento do número de células, ou seja, o órgão não recebe novas 
células. 
A Hipertrofia pode ser Fisiológica ou Patológica. A primeira pode ser ocasionada por 
aumento da demanda funcional (estiramento mecânico, carga de trabalho aumentada), bem 
como por fatores de crescimento e ação hormonal específica (α-adrenérgicos); já a segunda, 
geralmente, é ocasionada pelos dois últimos. Exemplo de Hipertrofia Fisiológica: células da 
musculatura estriada cardíaca e esquelética em adultos (capacidade limitada de divisão), útero 
normal para gravídico. Exemplo de Hipertrofia Patológica: aumento cardíaco ocorrido por 
doença de valva aórtica ou hipertensão. 
A Hipertrofia Patológica (SAC) pode ser: Seletiva, Adaptativa e Compensatória. A 
Hipertrofia Patológica Compensatória ocorre, geralmente, com um órgão ou tecido 
remanescente, como os rins, que, na ausência de um, aumentam de tamanho celular para 
compensar a falta. 
Já a Hipertrofia Patológica Adaptativa acontece, por exemplo, em situações de sobrecarga 
hemodinâmica (causadas por doenças valvares e HAS), o que provoca hipertrofia do 
miocárdio, reduzindo a cavidade ventricular (insuficiência cardíaca). Outro exemplo para 
hipertrofia patológica adaptativa é o espessamento da parede da bexiga em situações de 
obstrução da passagem de urina, visando evitar o estouro da bexiga. 
 
 
Por fim, a Hipertrofia Patológica Seletiva pode ocorrer em organelas específicas, como o 
REL, que tem, como uma de suas funções, a detoxificação celular. A adaptação, nesse caso, 
resulta no aumento da capacidade em metabolizar outras drogas, gerando produtos mais lesivos 
ao organismo. 
HIPERPLASIA (PATOLÓGICA E FISIOLÓGICA) 
A Hiperplasia consiste no aumento do número de células. Pode ser Fisiológica (Hormonal 
ou Compensatória) ou Patológica. A Hiperplasia Fisiológica Hormonal depende da liberação 
de hormônios, que atuarão em órgãos sensíveis a esses hormônios, como as glândulas 
mamárias, que passam a ter um aumento da capacidade funcional. Ocorre divisão celular para 
aumento do órgão. Um exemplo de Hiperplasia Fisiológica Hormonal também ocorre no útero 
gravídico, juntamente com a Hipertrofia Fisiológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já a Hiperplasia Fisiológica Compensatória ocorre em situações de perda de parte dos 
órgãos ou tecidos, onde as partes remanescentes sofrem proliferações celulares (por fatores de 
crescimento), repondo as perdas. Exemplo: Hepatectomia parcial. 
Por fim, a Hiperplasia Patológica acontece em situações de desequilíbrio hormonal, como 
a Hiperplasia Patológica Endometrial (alteração da concentração de hormônio estrogênio), 
Hiperplasia Prostática Benigna (com alteração na produção do hormônio androgênio) e aquela 
Hiperplasia Patológica provocada por infecções virais, como as verrugas epiteliais, que surgem 
devido ao vírus HPV estimular fatores de crescimento. 
 
 
 
 
 
ATROFIA (FISIOLÓGICA e PATOLÓGICA) 
A Atrofia consiste na redução do tamanho celular e, por vezes, do número de células. 
Importante para a ocorrência de apoptose celular é a autofagia. Assim como a Hipertrofia e 
a Hiperplasia, a Atrofia pode ser Fisiológica e Patológica. Um exemplo da primeira pode ser a 
volta do útero ao tamanho normal após o parto, com redução de tamanho e número de suas 
células, visto que, se mantivesse o tamanho habitual da gravidez, seria um gasto de energia e 
nutrientes desnecessário. Ou seja, não ocorre por conta de uma doença, mas sim por 
economia. 
Já a Atrofia Patológica pode ser Local ou Generalizada. É marcada por: redução da carga 
de trabalho (situação de desuso); perda de inervação ou denervação (sem comando); 
diminuição do suprimento sanguíneo (como a isquemia); nutrição inadequada (consequência é 
a utilização de células e proteínas para geração de energia, causando atrofia); perda de 
estimulação endócrinae, por fim, a pressão (quadro de isquemia ocasionada por tumores, que 
podem pressionar os tecidos saudáveis adjacentes, provocando atrofia). 
METAPLASIA 
É a mudança do fenótipo celular, observável. Meta = mudança. Plasia = formação. Ocorre 
quando uma célula adulta e diferenciada converte seu fenótipo em outra célula adulta e 
diferenciada, isto é, passa a adquirir características de outro tipo celular. Conversão de um 
tipo celular a outro tipo celular. 
ATENÇÃO! A mudança de tipo celular ocorre dentro de um limite do tecido primário. Por 
exemplo, se o tecido primário é epitelial, a célula vai de um tipo epitelial a outro tipo epitelial. 
Pode se desenvolver em tecidos expostos a prolongados traumatismos ou a irritações crônicas. 
Exemplo: mudança de célula epitelial colunar para epitélio estratificado pavimentoso, 
buscando resistência às irritações químicas crônicas provocadas pelo fumo. É, de fato, um 
mecanismo de defesa e de adaptação, porém, perde a capacidade ciliar e a produção de muco. 
Com isso, a metaplasia, apesar de ser protetora e adaptativa, pode criar um terreno que 
permita e seja suscetível modificações genéticas que levem a transformações malignas. 
MAS A METAPLASIA NÃO É PRÉ-CANCEROSA. Como é uma adaptação, cessado o 
estímulo, a célula volta ao seu tipo normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*DISPLASIA* 
Controversa, é considerada por uns como um processo neoplásico, por outros como um 
processo adaptativo. Anormal e não adaptativo. É potencialmente reversível, o que o faz 
parecer adaptável, porém, não reverte o quadro original existente antes do estímulo. Cessado o 
estímulo, nem todas as células voltam ao estado original. 
Pode ocorrer um crescimento celular desordenado que gera células com tamanhos, forma e 
organização distintas. Ou seja, ocorre proliferação de células, DIS = desordenada. É muito 
comum em regiões de Epitélio de Transição, como o epitélio uterino. Dependendo do seu grau, 
pode retornar ao estado original, mas, em alto grau, pode evoluir para um câncer, muito mais 
fácil que a metaplasia.

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