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Lesões medulares

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Aspectos anatômicos 
✓ A medula é uma grande via de comunicação 
do cérebro para as outras partes do corpo e 
vice-versa 
✓ É um tubo cilíndrico, que se estende desde o 
forame magno até a vertebra L2, ocupando o 
“miolo” da vértebra 
✓ A parte óssea (coluna) cresce mais do que a 
medula, por isso a medula termina em L2 
✓ É dividida em 5 segmentos: cervical, torácica, 
lombar, sacral e coccígea 
✓ Possui 2 intumescências: cervical (plexo 
braquial que inerva MS) e a lombar (plexo 
lombossacral que inerva MI) 
✓ H medular: corresponde a substância cinzenta 
(pouco mielinizado, corpos celulares) 
✓ O que está em volta: substância branca 
(formada por axônios mielinizados) 
✓ Na parte anterior: fissura mediana anterior 
✓ Posterior: sulco mediano posterior e sulcos 
medianos intermédios 
✓ Os que se conectam a parte da substância 
cinzenta: sulcos laterais posteriores 
Substância cinzenta 
✓ É dividida em 3 cornos: posterior, lateral e 
anterior 
POSTERIOR: é sensitivo 
ANTERIOR: dá origem aos neurônios motores que 
inervam os músculos 
LATERAL: não existe em todas as partes da medula, 
vai dar origem aos neurônios do SNA (neurônios pré-
ganglionares) - estímulos viscerais 
 
Substância branca 
✓ É dividida em 3 grandes funículos e dentro 
desses existirão: tratos, fascículos e lemniscos 
Funículo posterior 
Funículo lateral 
Funículo anterior 
✓ Núcleos: corpos celulares no SNC 
✓ Gânglio: acúmulo de corpos celulares no SNP 
Vias aferentes/ ascendentes 
✓ Começam com espino 
✓ São vias sensitivas, ou seja, estímulos 
conduzidos do SNP para o SNC 
 
✓ É constituída por: Tratos espino-cerebelares 
anterior e posterior que localizam 
lateralmente, pelos Tratos espino-talamicos 
lateral e anterior e pelos fascículos grácil e 
cuneiforme 
✓ Todos os estímulos sensitivos entram pela 
coluna posterior e a maioria vai cruzar para o 
outro lado 
✓ Apenas o fascículo grácil e cuneiforme não 
são cruzados 
Espino-talâmico anterior: estímulos de tato 
protopático e pressão 
Espino-talâmico Lateral: estímulos de dor e 
temperatura (calor e frio). Vão para o tálamo onde se 
tornam conscientes 
Trato espino-cerebelar: Proprioceptivos inconscientes 
e serão conduzidos ao cerebelo 
Fascículos grácil e cuneiforme: esterognosia, 
propriocepção consciente, tato epicrítico, vibração 
Lesões medulares Larissa Cedraz 
Vias eferentes/descendentes 
✓ Nomenclatura: Cortico 
✓ São vias motoras pois chegam nos músculos e 
podem ser chamadas de piramidais também 
✓ Origem: ou no córtex ou no tronco encefálico 
✓ Vão do SNC para o SNP 
✓ Correspondem ao Trato córtico-espinhal 
lateral e Trato córtico-espinhal anterior 
✓ A ELA: é uma doença desmielinizante do trato 
córtico-espinhal lateral 
✓ Eles representam as vias piramidais, pois a 
origem se dá sempre no córtex motor (giro 
pré-central) e trafega na medula 
✓ Quando chega na altura do bulbo, a maior 
parte desses feixes cruza para o lado oposto 
✓ Esse cruzamento é 
chamado de decussação 
(cruzamento no sentido 
oblíquo) 
✓ Já a comissura, é um 
cruzamento de fibras no 
sentido paralelo (como por 
exemplo o corpo caloso que 
faz comunicação dos 2 
hemisférios) 
✓ É por esse motivo que o lado esquerdo 
comanda as fibras direitas e vice-versa, essas 
fibras que cruzaram são as que vão formar o 
trato cortico-espinhal lateral 
✓ Uma parte das fibras não cruza, ou seja, passa 
direto e vai formar o trato cortico-espinhal 
anterior 
TCE-L: para o movimento, vai precisar de dois 
neurônios, um que trafega pelo trato cotico-espinhal 
lateral e outro motor inferior que vai até o músculo 
TCE-A: apesar de não fazer decussação, vão fazer 
sinapses com neurônio motor da coluna anterior do 
outro lado 
A diferença é que o cruzamento do TCE-l é no bulbo e 
o TCE-A é na medula 
✓ As vias extrapiramidais: têm origem no tronco 
encefálico e não passam pelas pirâmides 
bulbares, são elas 
Vestíbulo-espinhal 
Tecto-espinhal 
Rubro-espinhal 
Retículo- espinhal 
Lesões medulares 
CASO CLÍNICO 
▪ Paresia no MI direito e o edema é a direita 
também 
▪ Funículo lateral que foi comprometido: trato 
corticoespinhal que cruza nas pirâmides 
bulbares e desce homolateral para inervar a 
musculatura 
▪ Se ele possui paresia a direita e edema a 
direita, a coluna lateral e o trato cortico-
espinhal foram lesados 
▪ Perda da sensibilidade tátil epicrítica e 
proprioceptiva: posterior pelo fascículo grácil 
e cuneiforme, via lemnisco medial- sobe no 
mesmo lado que ingressou na raiz dorsal, só 
vai cruzar linha média no bulbo. Assim, se 
paciente possui edema à direita, no mesmo 
lado vai ocorrer perda da sensibilidade tátil 
▪ Perda da sensibilidade térmica e álgica 
contralateral à região medular edemaciada 
▪ DECURSSAÇÃO: 90% migram para o lado 
oposto e descem pelo trato cortiço-espinhal 
lateral 
▪ COMISSURA: algumas fibras descem 
anteriormente, as fibras do trato cortiço-
espinhal anterior que vão acometer o mesmo 
lado e próximo a inervação muscular, pode 
emitir para o lado oposto. Por isso, pode 
ocorrer uma aplegia parcial, tendo 
movimentos residuais 
PATOLOGIAS DA MEDULA ESPINHAL 
▪ Podem ser reversíveis se tratadas 
precocemente, por exemplo, quando se tem 
uma compressão desse tecido nervoso e se 
consegue retirar antes que ocorra apoptose e 
danificação, pode ocorrer restauração parcial 
ou total 
▪ Podem ser devastadoras causando 
tetraplegia/ paraplegia: quando ocorre 
transecção parcial ou total 
▪ Eficiência no diagnostico e prognóstico 
dependem do conhecimento anatômica, 
funcional e clínico 
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS-HISTÓRIA CLÍNICA 
▪ Alteração da força muscular, que 
normalmente é grau 5, deve ser testada 
membro a membro, cervical e facial 
▪ Pode apresentar rigidez, quando a lesão é no 
SNC: segundo neurônio ou acima (S. do 
neurônio motor superior) 
▪ Esse neurônio fica desorientado, pois perde 
controle da via descendente/ trato cortico-
espinhal, ficando hiperexcitados. Gera dor, 
deformidade articular, atrofia muscular 
▪ Lesão do moto neurônio vai gerar 
PARESIA/HIPOTONIA (gera flacidez, 
geralmente denota lesão periférica) 
▪ Alteração da sensibilidade 
(analgesia/hiperalgesia/hipoalgesia) 
▪ Alteração de reflexos (hiperreflexia/arreflexia/ 
sinal de babinski) 
▪ Sinal de babinski: SNC, resposta extensora 
plantar 
▪ Alterações autonômicas: problemas no 
esfíncter, como disfunções fecais ou urinárias, 
até mesmo sexuais 
 
▪ Intumescência cervical: maior número de 
fibras e corpos celulares, pois originam o 
plexo braquial e inervar os músculos 
superiores 
▪ Lombossacra: inervação dos membros 
inferiores 
▪ Lesão em C2: geralmente é fatal 
▪ Cauda equina/ cone medular: geralmente vai 
existir lesão de esfíncter e/ou sexual--- 
localização dos arcos reflexos na medula 
sacral 
CHOQUE MEDULAR 
▪ Existem 2 tipos de ereção 
Ereção Reflexa :É a medula sacral que vai promover o 
arco-reflexo para que haja reflexo bulbo-cavernoso e 
contração do esfíncter anal e ereção 
Psicogênica: quando há um estímulo cortical, essa 
área toraco-lombar vai ser responsável pela ativação 
para ereção 
▪ Já o controle urinário vonluntário existe até 
certo ponto. Ao dormir: existe um centro de 
controle de micção na ponte, que faz uma 
intermediação do que vem da periferia (via 
medula-estiramento dos receptores da 
medula). Quando chega um estímulo que 
supera o que a ponte pode controlar, o 
indivíduo acorda 
▪ Lesão de transecção total da medula vai gerar: 
Hipotensão, anidrose, bradicardia- paciente 
pode ir a óbito no local do acidente, devido a 
essa resposta reflexa (açã de preservação, o 
SN parassimpático vai atuar) 
TIPOS DE LESÃO 
 
 
 
 
 
 
 
A nível do umbigo: paraplegia, associada a alterações 
sensitivas 
Cervical: tetraplegia 
 
Monoplegia: um membro 
Hemiplegia: um lado 
Diplegia: dois membros 
Quadriplegia: 4 membros 
 RELAÇÃO VÉRTEBRO-MEDULAR▪ De C2 até T10: soma 2 De t11 até t12: soma 
 
LESÕES CORDONAIS ÂNTERO-LATERIAS 
▪ Vai lesar o cortico-espinal e o espino-talamico 
▪ Vai cursar com paraparesia ou aplegia com 
espasticidade pois está lesando o SNC, no 
mesmo lado da lesão 
▪ Déficit sensorial dissociado abaixo do nível da 
lesão: contralateral (lado oposto ao da lesão) 
▪ Disfunção urinária 
▪ Principal motivo: TROMBOSE OU LESÃO DA 
ARTÉRIA ESPINHAL ANTERIOR 
▪ A artéria espinhal anterior se aloja na fissura 
mediana anterior da medula e vai criar rede 
de anastomose que supre a coluna anterior e 
a lateral 
▪ Artéria espinhal Posterior: no sulco 
longitudinal medial posterior 
LESÃO CORDONAIS POSTERIORES 
▪ Perda da propriocepção consciente; 
▪ Perda do tato epicrítico 
▪ Perda da sensibilidade vibratória 
 
COMPRESSÃO MEDULAR 
 
 
Traumática (ruptura de uma vértebra ou de outro 
osso da coluna ou por ruptura de um ou mais dos 
discos cartilaginosos intervertebrais) 
 Infecciosa (abscesso medular): Tb vertebral : mal de 
pott- causa de lesão vertebro-medular espontânea 
 Neoplasia vertebral (na medula espinhal ou na 
coluna) 
 Compressão medular súbita: traumatismo, 
hemorragia, infecção, tumor, vaso sanguíneo anormal 
(malformação arteriovenosa) 
HEMISSECÇÃO MEDULAR: (SÍNDROME DE BROWN-
SÉQUARD) 
▪ Manifestações no mesmo lado da lesão 
(ipsilaterais) 
▪ Manifestações no lado opo sto da lesão 
(contralateral) 
▪ Lesão do cortico-espinhal 
▪ Comprometimento motor no mesmo lado da 
lesão 
▪ Lesão do funículo posterior: no mesmo lado 
da lesão vai ter perda da propriocepção 
consciente, tato epicrítico 
▪ Trato espinotamico lateral: Manifestações 
contralaterais: álgica e térmica 
SÍNDROME MEDULAR CENTRAL: (SIRINGOMIELIA) 
▪ Siringomielia significa siringe: "flauta" ou 
"tubo“ 
▪ Cavidade medula estende-se por vários 
segmentos e ocupa a substância cinzenta e 
em grande parte independente do canal do 
epêndima. 
▪ Dissociação Sensitiva: perda da sensibilidade 
térmica e dolorosa com preservação do tato 
leve, da propriocepção, vibração e 
esterognosia 
 
▪ Lesão 
no centro da 
medula 
▪ Pega a 
intermédio 
central 
cinzenta 
▪ Lesão 
extensa 
▪ Espinotalamico cruza, assim vai existir perda 
de sensibilidade térmica e álgica dos 2 lados 
▪ Perda motora: porque existe 
comprometimento da subst. cinzenta 
▪ Somatotopia medular 
▪ Perda da sensibilidade térmica e álgica 
▪ Preserva sensibilidades do funículo posterior 
▪ Destruição de fibras da substância cinzenta 
intermediária central e da comissura branca 
▪ Intumescência cervical é a região mais 
acometida (sintomas nas extremidades 
superiores) 
MIELITE TRANSVERSA 
▪ Geralmente não é por trauma, é autoimune 
ou pós-vacinal 
▪ Vai ter gliose e perde função neurológica 
▪ Perda imediata da sensibilidade e motricidade 
(choque medular) 
▪ Disfunção vesical / obstipação 
▪ Disfunção sexual

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