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TCC PROJETO INTEGRADOR FINAL

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6
MOTIVAÇÃO DE TRABALHO PARA PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE DIANTE DO ESTRESSE OCUPACIONAL
Lucinéia Aparecida Cosmos Borghi[footnoteRef:1] [1: Aluna do Curso Superior Tecnólogo em Gestão de Processo da Faculdade Global.
] 
 Luciana F. Barbosa[footnoteRef:2] [2: Orientadora do Curso Superior Tecnólogo em Gestão de Processos da Faculdade Global] 
 
RESUMO
Este estudo teve por objetivo analisar motivação de trabalho para profissionais da área da saúde diante do estresse ocupacional. Para isso uma pesquisa descritiva, quantitativa e survey foi desenvolvida. Um questionário foi enviado para um grupo de funcionárias de um laboratório por acessibilidade, as respostas apresentaram alguns insights importantes. Os resultados indicam que o estresse ocupacional é uma variável que influencia na profissão de saúde, e que, quando estressadas as profissionais se sentem irritadas e sentem prejuízo no seu desempenho do trabalho. Foi possível identificar que a motivação das profissionais para prosperar diante dessa dificuldade que é decorrente da própria profissão, é a realização profissional.
Palavras-chave: Motivação Organizacional; Estresse Ocupacional; Saúde.
ABSTRACT
This study aimed to analyze the work motivation for health professionals in the face of occupational stress. For this, a descriptive, quantitative and survey research was developed. A questionnaire sent to a group of lab workers for accessibility, answers some important insights. The results indicate that occupational stress is a variable that influences the health profession, and that when stressed as professionals they feel irritated and feel impaired in their work performance. It was possible to identify that a motivation of the professionals to prosper in the face of this difficulty that arises from the profession itself, is professional fulfillment.
Keywords: Organizational Motivation; Occupational Stress; Health.
1 INTRODUÇÃO
O processo de trabalho em saúde é um fenômeno complexo e dinâmico, constantemente influenciado pelas mudanças socioeconômicas, políticas e tecnológicas. Todas estas mudanças afetam diretamente os trabalhadores, e podem ser percebidas como uma ameaça aos mesmos, considerando a exposição ao estresse ocupacional e a possibilidade de adoecimento (RIBEIRO, MARZIALE, MARTINS, GALDINO, RIBEIRO; 2018). O estresse ocupacional se torna protagonista no adoecimento dos profissionais de saúde, especialmente pela responsabilidade atribuída quanto a vida de outras pessoas, a demanda de trabalho e as condições relacionadas.
O estresse ocupacional é entendido como aquele que provém do ambiente laboral e envolve aspectos da organização, da gestão, das condições e da qualidade das relações interpessoais no trabalho. E, pode ser definido como um processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua habilidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas (PASCHOAL; TAMAYO, 2004). Logo, o estresse ocupacional, é resultado da interação entre indivíduo e meio ambiente (YAO et al., 2014). 
Nos últimos dois anos o tema de estresse ocupacional dos profissionais da saúde tem ganhado relevante atenção devido ao cenário da covid-19 que tem assolado todo o mundo. As condições de trabalho têm exigido atenção redobrada dos profissionais da saúde e os colocou de linha de frente no enfrentamento a pandemia. Muitos profissionais não resistem. Há claramente um conflito que inclui a quantidade de horas excedentes de trabalho, atenção redobrada consigo e como o próximo e, ainda o confronto direto com a perda de muitas vidas, as vezes relacionadas a decisões tomadas durante o colapso enfrentado dentro de hospitais, departamentos administrativos e afins.
Devido a essa constatação, tem-se buscado verificar quais os potenciais efeitos negativos na saúde e bem-estar desses profissionais, descrevendo-se consequências em vários níveis como, por exemplo, satisfação, queixas de natureza física e psicológica e maior absentismo. Além das preocupações em relação ao indivíduo, tem-se ainda preocupações quanto ao resultado destas, visto a natureza dos serviços prestados por estes profissionais (GOMES; CRUZ; CABANELAS, 2009).
Com base neste cenário, mais do que nunca é possível compreender que os profissionais que persistem e perseveram diante deste ambiente, muitas vezes deixando a própria família para trabalhar, são motivados para isso. Diante disso, ainda há uma lacuna de pesquisa quanto a quais são as motivações que fazem os profissionais da saúde persistirem na profissão mesmo diante de todas as adversidades.
Dessa maneira, este estudo tem por objetivo analisar motivação de trabalho para profissionais da área da saúde diante do estresse ocupacional. Assim a questão de pesquisa da presente pesquisa é quais as motivações de trabalho para profissionais da área da saúde diante das condições de estresse ocupacional? Essa pesquisa contribui com a literatura acadêmica do tema por estudar a motivação que faz os profissionais de saúde a persistir na profissão mesmo diante de confronto de alto nível de estresse ocupacional.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Esta seção de fundamentação teórica apresenta a base teórica para fundamentar a presente pesquisa. Diante disso são apresentadas, as subseções que fundamentam as relações de estudo, sendo estas a motivação e o estresse ocupacional. A apresentação da metodologia empregada e o processo de análise da pesquisa são apresentadas nas próximas seções.
2.1 Motivação
A motivação se refere ao comportamento que é dirigido por carências internas, é um ato interno que dá energia às pessoas dirigindo o desempenho ao objetivo, ninguém recebe uma motivação em troca de trabalho, mas sim o incentivo. Para Maslow, “o ser humano é eternamente insatisfeito e possuidor de uma série de necessidades, que se relacionam através de uma escala hierárquica, na qual uma deve estar razoavelmente satisfeita, antes que outra se manifeste como prioritária”. Nessa hierarquia, o indivíduo procura satisfazê-las, tanto as fisiológicas, fundamentais à existência, quanto as de segurança, antes de procurar satisfazer as necessidades sociais, as de estima e auto realização (ROBBINS, 2002, p.151).
Robbins (2002, p. 152) define cada um dos níveis de necessidade da seguinte forma: 
· Fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais; 
· Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais;
· Sociais: Incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo;
· Estima: Inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção; 
· Auto realização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser; inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial.
Figura 1 - Pirâmide de Maslow: hierarquia no atendimento das necessidades humana
Fonte: Adaptado de Robbins (2002)
De acordo com Robbins (2002, p.155), Herzberg concluiu que “[...] os fatores responsáveis pela satisfação profissional são totalmente desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional”.
Quadro 1 – Comparativo dos fatores higiênicos e motivacionais
Fonte: Robbins (2004 apud CAMARGO, 2014, p.64).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Coaching (2018, n.p), “a pirâmide de Maslow foi adaptada para o ambiente profissional, a fim de exemplificar melhor como as necessidades humanas podem ser entendidas dentro de um ambiente corporativo”: 
Base: descanso físico e mental, salário suficiente, disponibilidade de horários para alimentação e pausas durante o expediente. 
2º nível: garantia de estabilidade, bom salário, ambiente de trabalho seguro e livre de acidentes. 
3º nível: boas relações com lideranças e pares, construir amizades no ambiente de trabalho, sentir-se acolhidopelas pessoas da empresa. 
4º nível: ser reconhecido pelos seus resultados, ganhar aumentos ou prêmios, ter sua opinião como profissional respeitada. 
Topo: possuir autonomia em suas decisões, participar de determinações importantes para a empresa, exercer uma função que gosta e para a qual está. 
A pirâmide de Maslow aplicada ao ambiente corporativo pode ajudar empresas a garantir que suas equipes estejam sempre motivadas. Pessoas que têm suas necessidades básicas atendidas geram um ambiente mais saudável, criativo e produtivo. A manutenção da motivação é capaz de reduzir custos, potencializar resultados, diminuir a rotatividade e melhorar a otimização dos processos. 
2.2. estresse ocupacional 
O estresse ocupacional gera um impacto negativo nas organizações, pois os trabalhadores diminuem seu desempenho e aumentam os custos das organizações. O estresse ocupacional pode ser definido como um processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua habilidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas (PASCHOAL; TAMAYO, 2004). Logo, o estresse ocupacional, é resultado da interação entre indivíduo e meio ambiente. 
Quando existem eventos ou fatores contextuais que podem levar ao estresse, as pessoas se sentem ansiosas. Então, se esse tipo de estresse não é tratado corretamente, pode ser desencadeada sérias consequências. As consequências que o estresse pode sublinhar são, especialmente, as respostas comportamentais que incluem a redução do esforço de trabalho, desatenção, atrasos frequentes, falta de compromisso e falta de qualidade. O estresse no trabalho muitas vezes é resposta de sobrecarga de trabalho, ambiguidade e conflito de papel dentro da organização (HASIN; OMAR, 2007).
No decorrer dos anos a literatura tem sido ampliada e provada que quando o estresse ocupacional é experimentado de forma prolongada pelos indivíduos, tipicamente em resposta são acometidos por síndrome de burnout, caracterizado por baixa produtividade e retirada física e emocional do ambiente de trabalho, além de causar doenças, fadiga e tornar o indivíduo altamente irritado (RYSKA, 2002). Há uma premissa de que o estresse ocupacional é gerado principalmente por um desalinhamento entre os atributos de um indivíduo e as características do ambiente de trabalho (COOPER, 1998).
Um critério de observação estudado relacionado ao estresse é quanto à diminuição da produtividade dos funcionários, que geralmente é resultado do absentismo e do volume de negócios relacionados ao estresse. Outro critério importante observado trata quanto aos custos decorrentes do estresse, como o aumento dos gastos com treinamento de substituição, litígio e serviços médicos (HASKINS; BAGLIONI; COOPER, 1990). Quando somado a um montante os resultados indicam que os custos dos estressores para empresa devem ser estudados e geridos de modo a não causar impactos financeiros e econômicos nas instituições de uma economia.
Para a maioria das pessoas o trabalho desempenha o papel central da vida, tendo por subsequente à saúde, bem-estar e felicidade, mas também é uma fonte potencial de estresse. Isso faz com que o estresse no trabalho seja muitas vezes interpretado como uma forma de lidar com pressão neste ambiente (SPURGEON; MAZELAN; BARWELL, 2012). No entanto, como comentado, o estresse relacionado ao trabalho tem sido associado a importantes resultados organizacionais. 
Em relação ao ambiente de trabalho, o estresse pode ser visto como “a reação de um indivíduo às características do ambiente de trabalho que aparecem ameaçando o indivíduo” . As maiores vítimas de estresse no trabalho têm sido frequentemente associadas com a profissão contábil (SMITH et. al, 2014). As condições ambientais, tais como carga de trabalho, pressão de tempo e deveres conflitantes no campo da contabilidade são consistentes com este conceito de estresse (HASIN; OMAR, 2007).
3 METODOLOGIA
Com o objetivo de analisar a motivação de trabalho para profissionais da área da saúde diante do estresse ocupacional, esta seção apresenta a metodologia empregada que consideram o delineamento da pesquisa, população e amostra, o constructo, ou seja, as varáveis que são estudadas e como são mensuradas. Por fim, são apresentados os procedimentos de análise.
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Esta pesquisa foi delineada quanto aos objetivos, a abordagem e os procedimentos. Quanto aos objetivos é considerada uma pesquisa descritiva que segundo Gil (2010) tem por objetivo descrever as características de certa população. Quanto aos procedimentos, esta pesquisa é caracterizada como survey, na pesquisa survey os dados da pesquisa são coletados por meio de questionário com base em uma amostra retirada de determinada população ou universo que se deseja conhecer. Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa quantitativa, porque visa fazer a interpretação dos dados com variáveis mensuradas e apresentadas com dados numéricos.
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA da pesquisa
A população desta pesquisa corresponde a profissionais que trabalham na área da saúde. Não há uma delimitação exata visto que se trata de uma população contatada por acessibilidade, diante disso amostra corresponde aos profissionais respondentes do questionário, no período de coleta que corresponde ao mês de fevereiro de 2021. A quantidade de respondentes alcançados foram de 20, todas mulheres que trabalham em um laboratório de anatomia patológica.
3.3 constructo e coleta de dados 
Para a realização da pesquisa então, um questionário foi desenvolvido composto de 3 etapas, a primeira para coleta de variáveis demográficas, a segunda para coleta de questões relacionadas à motivação do trabalho dos respondentes e a terceira em relação ao estresse ocupacional. Uma amostra estratificada o questionário é apresentado no Quadro 1 e corresponde ao constructo da pesquisa.
Quadro 1 - Constructo da pesquisa
	Demográficas 
	Variável 
	Mensuração
	Gênero
	Feminino 
	
	Masculino 
	
	Prefiro não dizer
	Idade
	de 18 a 23
	
	de 24 a 29
	
	de 30 a 35
	
	acima de 35
	Trabalha na área da saúde?
	Sim 
Não 
	Em que área está atuando?
	Questão aberta
	Motivação
	Variável
	Mensuração
	Para atender necessidades fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais;
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não influencia e 5 influencia muito
	Para atender necessidades de Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais;
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não influencia e 5 influencia muito
	Para atender necessidades sociais: Incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo;
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não influencia e 5 influencia muito
	Para atender necessidades de estima: Inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção;
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não influencia e 5 influencia muito
	Para atender necessidades de autorealização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser; inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial.
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não influencia e 5 influencia muito
	Estresse ocupacional
	Variável
	Mensuração
	Redução do esforço de trabalho
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Vontade de desistir
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Atrasos frequentes
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Baixa produtividade
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Irritabilidade
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Sensação de esgotamento
	Likert de 1 a 5 sendo
1 não acontece e 5 acontece muito
	Você acha que o estresse afeta a sua motivação no trabalho?
	Sim; Não
	Quais critérios te fazem persistir na profissão mesmo com adversidades?
	Questão aberta
Fonte: Dados da pesquisa.
A coleta foi desenvolvida por acessibilidade, e foi feita por meio de um formulário do Google Docs e enviado para acesso por meio do link <https://forms.gle/L9aHeP5hQXNrpM2F9>.Os resultados da pesquisa e a discussão dos resultados são apresentados na próxima seção.
4 análise dos resultados 
Esta seção de análise de resultados tem por objetivo descrever os resultados encontrados quanto ao questionário aplicado nas profissionais de saúde contatadas para esta pesquisa. Os resultados são apresentados por meio de tabelas, sendo que são divididas as seções de acordo com a subdivisão do instrumento. 
Sendo assim, inicialmente é apresentada a Tabela 1 de estatística descritiva das variáveis de gênero, idade e atuação. 
Tabela 1 - Tabela de estatísticas descritivas
	Variável
	Quantidade
	Frequência
	Gênero
	Feminino 
	20
	100,00%
	
	Masculino 
	0
	00,0%
	
	Prefiro não dizer
	0
	00,0%
	Idade
	de 18 a 23
	0
	0,00%
	
	de 24 a 29
	0
	0,00%
	
	de 30 a 35
	5
	25,00%
	
	acima de 35
	15
	75,00%
	Trabalha na área da saúde?
	Sim 
	20
	100,00%
	
	Não 
	0
	0,00%
	Em que área está atuando?
	Auxiliar de laboratório
	15
	75,00%
	
	Administrativo e afins
	5
	25,00%
	TOTAL
	20
	100%
Fonte: Dados da pesquisa.
Os resultados indicam que dos respondentes alcançados todas são mulheres, esses resultados podem ser explicados considerando o que a população e amostra foram determinadas por acessibilidade. Diante disso, como apresentado na Tabela 1, 100% dos respondentes são do gênero feminino. Além disso, o perfil das respondentes é particularmente interessante pois, em relação as faixas de idade permitidas, que variavam de 18 até acima de 35 anos, 75% dos respondentes estão na faixa de acima de 35 anos, enquanto 25% está na faixa de entre 30 e 35 anos correspondendo a população total da pesquisa.
Quando questionadas sobre a sua atuação profissional, 100% delas confirma atuar na área da saúde, no laboratório em que todas trabalham 75% são auxiliares de laboratório e 25% correspondem a ao setor administrativo e de limpeza. Conhecendo o perfil profissional das respondentes estas foram levadas a responder sobre questões que influenciam a sua motivação em relação ao trabalho, essas questões são construídas em cima do conceito das necessidades da pirâmide de Maslow. Os resultados estão apresentados na Tabela 2. 
Tabela 2 - Influência da motivação
	Indique em que grau esses itens influenciam na sua motivação em relação ao trabalho
	
	Média
	Moda
	Mínimo
	Máximo
	Para atender necessidades fisiológicas: incluem fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais; 
	3,700
	5,0
	1,0
	5,0
	Para atender necessidades de Segurança: inclui segurança e proteção contra danos físicos e emocionais;	
	4,200
	5,0
	2,0
	5,0
	Para atender necessidades sociais: Incluem afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo;	
	4,100
	4,0
	2,0
	5,0
	Para atender necessidades de estima: Inclui fatores internos de estima, como respeito próprio, realização e autonomia; e fatores externos de estima, como status, reconhecimento e atenção; 	
	3,850
	4,0
	1,0
	5,0
	Para atender necessidades de autorealização: a intenção de tornar-se tudo aquilo que a pessoa é capaz de ser; inclui crescimento, autodesenvolvimento e alcance do próprio potencial.	
	4,500
	5,0
	3,0
	5,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Na Tabela 2 são apresentados os resultados quanto a influência da motivação em relação ao trabalho construída sobre a discussão da pirâmide Maslow. A estatística descritiva foi desenvolvida considerando média, moda, mínimo e máximo de cada questão, sendo que estas devem ser interpretadas especialmente pela média que indica, os resultados conjuntos.
Pode ser identificado na Tabela 2, que das questões da pirâmide de Maslow que trata sobre necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto realização, para as respondentes da pesquisa, a principal variável é a de autorrealização, seguida de segurança. Esses resultados indicam que as profissionais enxergam estas variáveis como principais motivadores para a sua atuação trabalho.
O mínimo indicador de mínimo, corresponde ao menor indicador pontuado pelas respondentes, assim é possível perceber que apenas a questão de autorrealização teve um mínimo alto, sendo este 3 em uma escala de 1 a 5. Isso indica que nenhuma respondente indicou que não influencia (número 1) ou que influencia pouco (número 2). Demais interpretações podem ser analisadas com base nos resultados apresentados na Tabela 2.
Continuamente, a Tabela 3 apresenta os resultados quanto aspectos do estresse ocupacional que as respondentes deveriam indicar se estão presentes na sua vida quando estressadas em relação ao ambiente de trabalho. 
Tabela 3 - Aspectos do estresse ocupacional
	Indique em que grau esses itens são presentes na sua vida quando fica estressado considerando o seu ambiente de trabalho.
	
	Média
	Moda
	Mínimo
	Máximo
	Redução do esforço de trabalho
	2,700
	3,0
	1,0
	5,0
	Vontade de desistir
	2,550
	1,0
	1,0
	5,0
	Atrasos frequentes
	1,500
	1,0
	1,0
	3,0
	Baixa produtividade
	1,750
	1,0
	1,0
	5,0
	Irritabilidade
	2,700
	3,0
	1,0
	5,0
	Sensação de esgotamento
	3,300
	3,0
	1,0
	5,0
Fonte: Dados da pesquisa.
Da mesma forma que é analisado na Tabela 2, os resultados da Tabela 3 indicam o que a principal sensação percebida pelos profissionais da saúde quando estressadas em relação ao trabalho é a sensação de esgotamento com o resultado de média de 3,3, em seguida a redução do esforço de trabalho (2,7) e a irritabilidade (2,7). esses resultados indicam que essas são as sensações experiência das pelos profissionais de saúde quando estressadas em seu ambiente de trabalho.
As profissionais foram ainda questionadas quanto a sua percepção sobre se o estresse afeta a sua motivação no trabalho, e o resultado foi de que 2 pessoas disseram não e 18 pessoas disseram sim. Esses resultados não são surpreendentes, uma vez que é conhecida as condições de trabalho dos profissionais da saúde e compreendido que estes sempre são linha de frente em relação há várias doenças em diferentemente da área, sendo assim os profissionais têm grande responsabilidade quanto às suas decisões pois estas podem inclusive prejudicar ou tirar a vida de alguma pessoa, e só isso já é um gerador de estresse. 
Por mais que o estresse seja uma variável presente a vida desses profissionais, as respondentes desta pesquisa foram questionadas sobre assim persistir diante das adversidades da profissão e os resultados são apresentados no Quadro 2.
Quadro 2 - Persistência na profissão
	Respondente
	Quais critérios te fazem persistir na profissão mesmo com adversidades?
	1
	Gostar do que faço 
	2
	Amor ao meu serviço
	3
	Amor pelo trabalho.
	4
	Necessidade
	5
	Financeiro 
	6
	Ajuda ao próximo e realizações pessoais
	7
	Necessidade, amor pelo que eu faço 
	8
	Ter amor ao que eu faço e necessidade!
	9
	Realização profissional e financeira 
	10
	Quando você é motivado e reconhecido.
	11
	Gostar do que eu faço.
	12
	Gosto do que faço 
	13
	Eu gosto do que faço
	14
	O amor a minha profissão 
	15
	Por gostar muito do que faço 
	16
	Adversidades são constantes e passageiras. Com persistência, trabalho e amor ao que faz sempre encontrará o melhor caminho para ultrapassá-las.
	17
	Sobrevivência 
	18
	família orçamento da casa e auto realização 
	19
	Necessidade
	20
	Respeito aos colegas e à instituição; gostar muito do trabalho que realizo
Fonte: Dados da pesquisa. 
Como ilustrado pelo Quadro 2, a maioria das profissionais indica gostar muito do que faz, este pode ser um critério importante de justificativa na persistência da profissão, mesmo com tantas adversidades e dificuldades, inclusive muitas relatam também a questão de realização o que corrobora com a discussão da pirâmide de Maslow apresentado anteriormente em que a maior pontuação se teve a auto realização.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve por objetivo analisar motivação de trabalho para profissionais da área da saúde diante do estresse ocupacional. Para isso uma pesquisa descritiva, quantitativa e survey foi desenvolvida. Um questionário foi enviado para um grupo de funcionárias de um laboratório por acessibilidade, as respostasapresentaram alguns insights importantes.
Pode-se identificar pelos resultados da pesquisa, que ainda o estresse ocupacional é uma variável percebida na profissão de saúde, e que esse resultado não é nenhuma novidade, quando estressadas as profissionais se sentem irritadas e sentem prejuízo no seu desempenho do trabalho. Foi possível identificar que a motivação das profissionais para prosperar diante dessa dificuldade que é decorrente da própria profissão, é a realização profissional.
Com base nisso, é possível concluir que os respondentes da pesquisa conseguem prosperar e persistir na profissão mesmo diante das dificuldades porque, além das necessidades naturais do dia a dia, como de manutenção de família e questão financeira, elas são realizadas com a profissão que escolheram. Essa realização também pode estar atrelada a vocação profissional, como não foi explorada aqui, essa hipótese pode ser explorada eventualmente por outra pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
GOMES, A. Rui; CRUZ, José Fernando; CABANELAS, Susana. Estresse ocupacional em profissionais de saúde: um estudo com enfermeiros portugueses. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 25, n. 3, p. 307-318, 2009.
HASIN, H. H.; OMAR, N. H. An Empirical Study on Job Satisfaction, Job-Related Stress and Intention to Leave Among Audit Staff in Public Accounting Firms in Melaka. Journal of Financial Reporting and Accounting, v. 5, n. 1, p. 21–39, 2007. 
PASCHOAL, Tatiane; TAMAYO, Álvaro. Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de psicologia, v. 9, n. 1, p. 45-52, 2004.
RIBEIRO, Renata Perfeito et al. Estresse ocupacional entre trabalhadores de saúde de um hospital universitário. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 39, 2018.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. Tradução: Reynaldo Marcodes. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. 
RYSKA, T. A. Leadership Styles and Occupational Stress Among College Athletic Directors: The Moderating Effect of Program Goals. The Journal of Psychology, v. 136, n. 2, p. 195–213, 2002. 
SBCoaching. Pirâmide de Maslow: O que é, Conceito e Definição. Sociedade Brasileira de Coaching, 2018. 
SMITH, Kenneth J. Occupational stress in accountancy: A review. Journal of Business and Psychology, v. 4, n. 4, p. 511-524, 1990.
SPURGEON P; MAZELAN P; BARWELL F. The organizational stress measure: an integrated methodology for assessing. Health Services Management Research, v. 25, n. 1, p. 7–15, 2012.

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