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Origem tissular: Aminas vasoativas; Fator de ativação de plaquetas (PAF); Citocinas; Eicosanóides; Neuropeptídeos; Óxido Nítrico; Radicais livres. Mediadores químicos envolvidos na inflamação: São fármacos usados no tratamento de dores crônicas e agudas advindas de processo inflamatório. 2 Origem plasmática: Sistema de coagulação; Sistema Complemento; Sistema de cininas. 3 As dores oriundas de processos inflamatórios são mais facilmente controladas com o uso dos AINEs; Já as que não advém de processos inflamatórios, o uso de AINEs não será eficaz; As terminações nervosas daquele paciente já houve modificação. A dor é um processo complexo, podendo de originar de um processo inflamatório ou nao: Dor Aguda: Dor Crônica: De poucas horas, momentânea; Facilmente resolvida; Ainda não desenvolveu neuroplastia; A ativação simpática não é tão intensa. Mais complexa; Há modificação das terminações nervosas; Reflexo de musculoespasmo da área afetada; Ativação simpática; Taquicardia, vasoconstrição, hipertensão). Estresse e fatores psicológicos. DOR: mecanismo importante de aviso e/ou proteção para o organismo. Sinais cardeais da inflamação: Edema; Rubor; Calor; Dor; Perda da função. Na indução do processo inflamatório, primeiramente há vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular - fase vascular do processo inflamatório, essa fase leva a outros sinais da inflamação. O aumento da permeabilidade, faz com que o líquido saia para o espaço extravascular proteínas; mediadores inflamatórios. Presentes no líquido celular tem: Causarão rubor (vermelhidão). Logo depois, tem-se a sensação de calor e dor. A perda da função seria uma etapa mais posterior, dependendo da causa e intensidade do processo inflamatório. 4 Consequências de um processo inflamatório: 3. Presença de patógenos: Houve contaminação, depois desencadeou-se um processo inflamatório e o animal não consegue vencer o patógeno. Além dos sinais inflamatórios, tem-se secreção purulenta. Nesses casos, o uso de anti- inflamatório sozinho não resolve, muitas vezes atrapalha; porque reduz os componentes de defesa do organismo. Agudo: 1. Logo após o início, essa inflamação foi tratada, houve reparação da área afetada. 5 2. Crônico: Doenças degenerativas. 6 Quando o tecido é lesionado, há liberação de fosfolipídeos, que sofrem ação da enzima fosfolipase A2, formando o ácido arquidônico. FOSFOLIPÍDEOS ÁC. ARAQUIDÔNICO LIPOXIGENASE CICLOXIGENASE LEUCOTRIENOS TROMBOXANO PROSTAGLANDINAS PROSTAGLANDINA FISIOLÓGICA COX1 CONSTITUTIVA PROSTAGLANDINA PATOLÓGICA COX2 INDUTIVA FOSFOLIPASE A2 LOX: leucotrienos; COX: tromboxano e prostaglandinas. Na circulação estão presentes a Lipoxigenase e a Cicloxigenase, que degradam o ácido araquidônico formando produtos secundários, ambos são eicosanóides: Fisiológica ou constitutiva - COX1; Patológica ou indutiva - COX-2. As prostaglandinas levam a formação de dois tipos: 1. 2. A COX-2 nem sempre será patológica. Também é indutiva: forma PGs responsáveis pelo processo inflamatório. 7 São os dois sinais mais importantes de um processo inflamatório. A dor pode ser localizada ou oriunda de uma inflamação mais severa - leva o paciente a desenvolver febre. aminas vasoativas, que ficam armazenadas dentro das células e quando são estimuladas, liberam essas aminas na circulação. A dor é iniciada pela bradicinina e histamina: Fármacos que inibem PGE2 e PGI2: Reduzem a intensidade dolorosa. Dor: O processo doloroso é intensificado pela presença das prostaglandinas (PGE2 e PGI2). PGE2: hiperalgesia longa (6h); PGI2: hiperalgesia imediata - dor aguda. 8 Febre: Sudorese; Vasodilatação; Respiração ofegante. Há um controle fisiológico no organismo, que identificam elevações na temperatura. O centro hipotalâmico libera mecanismos protetores, que vão favorecer o equilíbrio dessa temperatura: Exógenos: endotoxinas bacterianas; Endógenos: citocinas de leucócitos fagocíticos. Indivíduo com febre: Houve a liberação de pirogênios na corrente sanguínea, que podem ser: Células da micróglia; Tecido nervoso; Hipotálamo. Persiste enquanto existir a PGE2. Após serem liberados, ligam-se a: A COX-2 aparece, libera PGE2 que vai atuar no centro hipotalâmico, desregulando-o. O hipotálamo não identifica a elevação de temperatura corporal. Ele interpreta que a temperatura exterior está baixa, aumentando a temperatura interna Estimulando a produção de ácido araquidônico. Com isso, aumentam os tremores musculares, piloereção, vasoconstrição periférica - na tentativa de elevar a temperatura interna. 9 Mecanismo de ação dos pirogênios: 10 Anti-inflamatória; Analgésico; Antitrombótica; Inibição da formação de coágulos. Antiendotóxica. Atuação periférica e no SNC. Antipirética; Analgésica; Antineoplásica; Uso em alguns tipos de tumores (bexiga); Associações. AINEs tem ação inibitória sobre COX e LOX, como não há essas enzimas presentes na corrente sanguínea, não haverá eicosanóides (que são produzidos com a presença dessas enzimas). PGE2: vasodilatação, hiperalgesia, febre; PGI2: vasodilatação, hiperalgesia, inibição da agregação plaquetária; Formado no endotélio liso vascular. PGF2: contração da musculatura lisa uterina; TXA2: agregação plaquetária e vasoconstrição; Produzido pelas plaquetas; Plaquetas: tem função importante em processos infamatórios. O ecoisanóide varia de acordo com o tipo celular de onde é produzido. LOX: produz leucotrienos: intensificam a broncoconstrição e atrai neutrófilos; COX: produz prostaglandinas: Saiba selecionar a COX correta! A maioria dos fármacos tem ação na COX. 11 Bloqueiam a formação de prostaglandinas, por inibição da COX e LOX; Diminuem a migração de polimorfonucleares e monócitos; Principalmente na analgesia somática, dependendo da espécie, também é eficaz na dor visceral. Tem ação direta em analgesia; Maior efeito em tecidos moles! 12 A maioria dos AINEs não são seletivos Lembrar que inibindo a COX1, efeitos adversos aparecerão em órgãos, como: estômago, rins e intestino; Já fármacos específicos para COX2, vão agir só nas prostaglandinas patológicas, que induzem o processo inflamatório. COX-1: Produz prostaglandinas que mantêm as funções fisiológicas; rins, intestino, estômago, coração. Responsável pela vasodilatação renal, artérias e veias gástricas; Favorece a liberação de bicarbonato dentro do estômago; É encontrada na maioria das células e tecidos. 13 COX-2: Produzem prostaglandinas que medeiam a inflamação, dor, febre; Induz a formação de interleucinas e fator de necrose tumoral. Analgesia preventiva; Uso em dor leve a moderada; Dores moderadas: associados a opioides. Em técnicas anestésicas preventivamente; Bloqueio de receptores nociceptivos. Procedimentos ortopédicos; Processos inflamatórios dolorosos. Analgesia preventiva; Uso em dor leve a moderada; Dores moderadas: associados a opioides. Em técnicas anestésicas preventivamente; Bloqueio de receptores nociceptivos. Procedimentos ortopédicos; Processos inflamatórios dolorosos. Com o uso prolongado, os fármacos que são indicados como seletivos para COX2, também podem ter ação em COX1. 14 Ulcerações do TGI; Vasoconstrição da arteríola renal; Inibe a chegada de sangue oxigenado para os rins, desencadeando uma Lesão Renal Aguda. Hemorragias por inibição da agregação plaquetária; Reações de hipersensibilidade; Inibição da motilidade uterina. Não seletivo; Alta potência anti-inflamatória e analgésica, de baixo custo; Uso indicado na clínica de grandes animais; Geralmente vem associado com antibióticos (penicilinas); CUIDADO, pode causar úlceras. Na clínica de pequenos animais, o uso tópico, não é problema; Contanto que o animal não chegue a lamber. 16 GASTRITE GRAVE; INSUFICIÊNCIA RENAL GRAVE. PROIBIDO EM CÃES E GATOS! Não seletivo; Recomendadopara uso na clínica de grandes animais; Inflamação aguda; Pós-cirúrgico; Em bovinos: trata choque endotóxico e mastites. Ibuprofeno: 17 NÃO INDICADO PARA PEQUENOS ANIMAIS Cetoprofeno: Inibidor dual; COX e LOX; Dor leve a moderada - associar com opioide; Menos ulcerogênico que o Flunixim; Mais utilizado na analgesia profilática; Grandes e pequenos animais. Uso em equinos com cólica e afecções musculoesqueléticas; Não ultrapassar 5 dias de tratamento, a partir disso, efeitos colaterais podem começar a aparecer. Um dois AINEs mais seguros, pode ser usado em gatos com DOSE ÚNICA. Carprofeno: Seletivo para COX2; Uso seguro em cães; Sem efeitos no TGI. Cães: 8 a 12h; Gatos: 20h; Equinos: 22h; Bovinos: 30h. Meia vida: 18 Em cães e equinos: indicação profilática e para tratamentos de osteoartrite. 19 Não seletivo; Alta potência anti-inflamatória e analgésica em cavalos; Muito usado em cólicas, associados com outros fármacos (Dipirona, Buscopan) e distúrbios musculoesqueléticos. Uso em choques endotóxicos, 1/4 da dose usual; Reduz prostaglandinas, prostaciclinas e TXAs - desencadeiam endotoxemia. Cães: 4h; Gatos: 3h; Equinos: 2h. Meia vida: Uso em inflamações oculares, pneumonia (associado com antibióticos), mastites, artropatias, gastroenterites; Pode induzir a Lesão Renal Aguda e Gastrite severa em cães; Em inflamações agudas em cães, secundários a um trauma ou miosite aguda, pode ser feita a aplicação. Possui margem se segurança terapêutica de 3 dias de uso. VO (não adm junto com alimentação). IV. Administração: 20 Usada em cavalos desde 1950; Atualmente não tem mais uso em pequenos animais; Pode ser usada em inflamações ósseas, artrite, cólicas, miosites; Responde melhor que o Flunixim. Em cães: possui as mesmas indicações, mas existe a possibilidade de um efeito condrodegenerativo. Meia vida: Cães e equinos: 3 a 8h; Bovinos: 37h. VO; IV. Evitar uso IM; Extensa ligações com PP. Administração: Aplicação perivascular: flebite e necrose. Uso contínuo: pode causar problemas gastrointestinais, é hepatotóxico, causa nefropatias em cães. Uso contínuo via oral em equinos: ulcerações. EVITAR USO EM GATOS! 21 Absorvido por VO, sistemicamente e topicamente; Longa ação - uso SID; Inibe a formação de superóxidos, ativação e agregação de neutrófilos; Tem ação antitumoral em cães; Protocolo em tratamento tumorais (bexiga); Muitas vezes, faz-se primeiro o seu uso, para posteriormente iniciar a terapia antineoplásica. Seletivo para COX2; Tem excelentes propriedades antipiréticas e analgésicas; Potente inibidor de TXs e PGs. Cães: 12 a 36h; Equinos: 3h; Bovinos: 13h. Meia vida: Cuidado em utilizar em gatos: podem desenvolver Insuficiência Renal em gatos mais idosos. Pode ser utilizado em cirurgias ortopédicas, mas sem uso prolongado. NÃO USAR EM GATOS 22 Seletivo para COX2; Uso seguro em cães e em gatos; Tratamento de afecções musculoesqueléticas; Traumatismos, pós-op. VO; IV. É necessário adequar a dose; Pacientes com menos de 30 dias ou idosinhos, podem apresentar dificuldade em metabolizar e excretar o fármaco. Administração: O uso em animais neonatos ou idosos: 23 Seletivos para COX2; Ação analgésica e antitérmica; Muitos efeitos farmacológicos ainda estão em estudo, em termos de segurança terapêutica, mas já tem aprovação para ser utilizado em diversos animais; Não se deve associá-los com outros AINEs ou com esteroides, pois potencializa o efeito, e leva a efeitos colaterais. ALTO CUSTO! Firocoxibe: Dor e inflamação de osteoartrite em cães e equinos; Uso por até 14 dias; Efeitos colaterais: vômitos, diarreia e inapetência. Robenacoxibe: Indicado para cães e gatos; Inflamação e dor aguda em problemas musculoesqueléticos e em cirurgias e até de castração. Mavacoxibe: Afecções articulares degenerativas em cães; Ação em dores crônicas; 1 dose a cada 14 dias até 7 doses. 24 Paracetamol: Acetaminofeno Ácido enólico Excelente efeito analgésico e antipirético; O uso incorreto em animais leva a uma hepatotoxicidade até uma necrose hepática aguda em cães. Não deve ser usado em gatos. Dipirona: Usado para dores leves a moderadas; Dores viscerais; Curta duração; Usado como antiespasmódico em equinos; Pode causar choque anafilático pela IV em pacientes sensíveis. Cães: 5 a 6h; Meia vida:
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