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FILOSOFIA E MODERNIDADE
ATIVIDADE ABERTA 7 
1. COMO OS FILÓSOFOS, DESDE PARMÊNIDES ATÉ KANT, COMPREENDERAM O TEMPO?
Nas CULTURAS ANTIGAS, como a grega e a budista, a inca e a maia, prevalece o conceito de roda do tempo, isto é, de eras repetidas que se sucedem para todo ser do universo entre o nascimento e a morte. Na cultura grega existem dois vocábulos diferentes para se referir ao tempo: chronos que se refere ao tempo numérico, ao tempo cronológico e kairos, conceito qualitativo de tempo, oposto ao conceito numérico. O conceito JUDAICO-CRISTÃO define o tempo segundo a Bíblia. O tempo é linear, iniciado por um ato divino e com um fim estabelecido por Deus. De acordo com esta concepção, há um tempo para cada evento ocorrer, um tempo para cada coisa. A noção de presente, passado e futuro, inerentes ao conceito de tempo é análoga ao conceito da santíssima Trindade, se estende a ideia de 5 altura, largura e profundidade do espaço e aos estados sólido, líquido e gasoso da matéria. Assim como o presente, o passado e o futuro são diferentes representações da natureza do tempo, os integrantes da santíssima Trindade, do espaço e da matéria são dimensões distintas de uma mesma realidade. Moderna e cientificamente, tempo é a grandeza física relacionada ao sequenciamento, segundo a ordem de ocorrência, dos eventos naturais, estabelecido conforme coincidência simultaneamente espaciais e temporais entre estes eventos e as indicações de um ou mais relógios posicionados,sincronizados e atrelados de forma adequada à origem e aos eixos coordenados do referencial para o qual define-se o tempo. 
E AFINAL, O QUE É O TEMPO? O tempo sempre foi tratado como um conceito adquirido por vivência, indefinível em palavras. A concepção de tempo tem sido muito discutida desde o início da cultura ocidental.
Dentre as várias noções do tempo começaremos com PARMÊNIDES DE ELÉIA Grécia Antiga – cosmológico- As transformações observadas no mundo físico resultam de um processo mental. De fato, segundo Parmênides, elas não ocorreriam. Para ele, a realidade seria, ao mesmo tempo, indivisível e destituída de tempo. ZENON DE ELÉIA Grécia Antiga – cosmológico -Apresentou alguns paradoxos sobre o tempo, dos quais o mais famoso é aquele do corredor Aquiles e da tartaruga. No caso de Aquiles e a tartaruga, Zenon procura provar que o movimento é impossível se o tempo puder ser subdividido indefinidamente em intervalos cada vez menores. PLATÃO Grécia Antiga – sistêmico- O tempo nasceu quando um demiurgo (ser divino) colocou ordem e estruturou o caos. O tempo tem uma origem cosmológica. ARISTÓTELES Grécia Antiga – sistêmico- O tempo está ligado ao universo. O mundo existe, conforme o modelo cosmológico geocêntrico aristotélico, desde sempre. Aristóteles não acreditava na ideia de um momento inicial da criação do universo e do tempo. OS CRISTÃOS Idade Média- Os cristãos introduziram a crença em acontecimentos únicos, por exemplo a crucificação e ressurreição de Cristo. Estes fenômenos não se repetem. 6 KANT Moderno – criticismo- Para Kant, o tempo, apesar de essencial, é destituído de realidade: tempo não é algo objetivo. Não é uma substância, mas uma condição subjetiva própria da mente humana
2. O QUE HÁ DE REVOLUCIONÁRIO NA PROPOSIÇÃO COPERNICANA DE UM MODELO DE CONFIGURAÇÃO DOS ASTROS ANTAGÔNICO AO MODELO PTOLOMAICO?
Por volta de 350 a.C., na Grécia antiga, Aristóteles desenvolveu uma teoria que defendia a ideia de que a Terra era o centro do universo e nove esferas ficavam girando em torno dela. Posteriormente, no século II d.C., o matemático e astrônomo Claudio Ptolomeu reforçou esse pensamento e elaborou a teoria Geocêntrica, também chamada de sistema ptolomaico. Segundo essa teoria, a Terra está no centro do Sistema Solar, e os demais astros orbitam ao redor dela ao longo de um círculo (epiciclo). 
Conforme o geocentrismo, cada astro se movimenta com velocidade distinta, cuja ordem de proximidade da Terra é a seguinte: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Esse modelo de Sistema Solar foi defendido pela Igreja Católica durante mais de 1.400 anos, visto que apresentava aspectos de passagens bíblicas. 
A teoria heliocêntrica já vinha sendo desenvolvida durante o século III a.C., através de observações do astrônomo grego Aristarco de Samos. No entanto, somente no século XVI d.C. foi que NICOLAU COPÉRNICO sistematizou uma teoria que contrapunha o modelo geocêntrico, sendo denominado heliocentrismo. Nicolau Copérnico (1473 – 1543), considerado o fundador da astronomia moderna, nasceu na Polônia e desenvolveu conhecimentos nos campos da matemática, geografia e astronomia. Sua teoria heliocêntrica afirmava que a Terra e os demais planetas se moviam ao redor de um ponto vizinho ao Sol, sendo, este, o verdadeiro centro do Sistema Solar. A alternância entre dias e noites é uma consequência do movimento que a Terra realiza sobre seu próprio eixo, denominado movimento de rotação. 
3. QUEM É O SUJEITO MODERNO?  QUAL É O MOTIVO DO SEU OTIMISMO NO PODER DA RAZÃO?
O homem agora com os ideais iluministas rompem com a incapacidade do entendimento e dos movimentos, sem a intervenção de uma superior a lhe guiar a vontade e a razão, e proclamam o nascimento de uma nova civilização. Os intelectuais que ajudaram a construir, a partir dos séculos XVI e XVII, o pensamento e a cultura da modernidade foram responsáveis por transmitir um grande otimismo quanto ao uso da razão. Na Era Moderna, a verdade não depende mais da revelação ou da tradição, mas da leitura autônoma do mundo feita pelo homem através da observação, da análise experimental e da síntese dos elementos adquiridos num sistema O TURBILHÃO DA VIDA MODERNA Ritmo acelerado, grandes descobertas nas ciências físicas, com a mudança de nossa imagem do universo e do lugar que ocupamos nele. A industrialização da produção que transforma nosso conhecimento em tecnologia, cria novos ambientes e destrói antigos, acelera o ritmo da vida, gera novas formas de poder corporativo e de luta de classes, descomunal explosão demográfica que penaliza milhões de pessoas arrancadas de seu habitat ancestral, empurrando-as pelos caminhos do mundo em direção a novas vidas; rápido e, muitas vezes catastrófico crescimento urbano, sistemas de comunicação de massa, dinâmicos em seu desenvolvimento, que embrulham e amarram, no mesmo pacote, os mais variados indivíduos e sociedades. BERMAN, 1986: p. 86 10 racional. O triunfo da razão sobre a religião fez com que aquilo que havia sido realizado em nome de Deus passasse a ser feito em nome do homem e seus modos de organização. Ao propor uma nova imagem do cosmo, Copérnico sugeria uma nova imagem do homem e de suas relações com o mundo. O deslocamento da Terra de seu centro, por Galileu Galilei, torna incertas as convicções medievais. O otimismo da razão representa o ponto culminante do pensamento da modernidade e é consequente ao lento processo de secularização que transformou o princípio de verdade e a noção de sujeito. O otimismo da razão e os ingredientes do projeto civilizatório moderno: Segundo ROUANET (2008), o projeto civilizatório moderno, alicerçado em um otimismo no uso da razão, tem como elementos fundamentais que o desenham. O racionalismo, ou seja, crítica aos valores herdados e à religião, valorização da razão com o intuito de tornar o homem produtor e consumidor de cultura, agente econômico e cidadão. O individualismo, quer dizer, ruptura com uma estrutura comunitária e consolidação de uma nova ética descentrada, liberta do coletivo e onde o homem vale por si mesmo. O universalismo que postula a igualdade entre os homens em toda e qualquer parte do mundo e em todos os tempos. 3.5. O triunfo da razão... Durante a Modernidade tem início o período de desenvolvimento e crescimento da sociedade burguesa. O capitalismo se fortalece e começa um era onde a ciência e a razão ocupam um espaço antes exclusivo à religião e suas teorias do direito divino. Após a série de revoluções que definiram a Era Moderna, surge, evidentemente, uma nova sociabilidade. A política,a ideologia e a cultura se fixam nas bases do progresso tecnológico e científico.
4. O QUE PODEMOS COMPREENDER COMO RAZÃO INSTRUMENTAL? QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE ELA E A RAZÃO ILUMINISTA?
A RACIONALIDADE INSTRUMENTAL define-se por ser estritamente formal. Não importam os conteúdos das ideias e dos princípios que possam ser considerados racionais, mas a forma como essas ideias e princípios podem ser utilizados para a obtenção de um fim qualquer. Ou seja, a racionalidade instrumental, formal caracteriza-se, antes de tudo, pela relação entre meios e fins. Ela só diz respeito aos meios, aos critérios de eficácia na escolha dos meios para atingir os fins, sejam eles quais forem. REPA, 2008: p. 19
A RAZÃO INSTRUMENTAL, ou seja, a razão que está na base da civilização industrial se relaciona com a necessidade humana de dominar a natureza Para REALE e ANTISERI, essa “...vontade de dominar a natureza, de compreender suas “leis” para submetê-la, exigiu a instauração de uma organização burocrática e impessoal, que, em nome do triunfo da razão sobre a natureza, chegou a reduzir o homem a simples instrumento”. Para eles, as consequências desta organização burocrática e impessoal fizeram com que: O progresso dos recursos técnicos se visse acompanhados de um processo de desumanização que ameaça destruir o que pretenderam desenvolver, a ideia de homem. O poder de crítica e criatividade foram sobrepostos – e sofrem a ameaça – de uma razão que se instrumentalizou para atingir fins, mas não se preocupa com os meios utilizados para atingi-los. As verdades objetivas e universais que deveriam ser estabelecidas racionalmente, fundamentando o bem e o mal que orientam a vida social e individual são definidas pelo sistema, ou seja, decididas pelo poder. As consequências do progresso dos recursos técnicos operados pela razão 12 instrumental podem ser resumidas nos seguintes efeitos à vida social e individual nas sociedades industrializadas e pós-industrializadas: Apesar da evolução que se operou nos diversos setores da vida, implicou em retrocessos consideráveis no tocante à valorização da vida e à dignidade no trabalho e na sociedade, de um modo geral. Os desníveis entre o progresso científico e tecnológico e o valor da vida humana se agigantaram. Coisificado, o homem não conhece nem mesmo a si mesmo. A evolução da técnica e da ciência tornou o homem um ser vazio, um ser em função do sistema, uma engrenagem da máquina que lhe corrói a carne e o espírito, um anônimo em meio ao barulho de uma massa que insiste em desprezar seu papel no processo de construção histórica. Ávido pelo consumo de bens, destituído de significados do que motiva o consumo, o homem identifica-se e identifica os outros homens pelo que consomem. Encasula-se, não se importando senão consigo. Fechado em sua “caverna high tech”, o homem moderno não conhece sua realidade senão em sua forma pasteurizada pelos veículos de comunicação de massa. Incapaz de sobre os fatos regionais, nacionais ou mundiais, abre mão do diálogo em favor da informação estéril.
	Já na RAZÃO ILUMINISTA estamos diante da saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, se a sua causa não residir na carência de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo, sem a guia de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo.

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