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AVE 1 AVE Acidente Vascular Encefálico Fatores de Risco Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Tabagismo Sedentarismo Obesidade central Alimentação rica em carboidrados e gorduras Hipercoguabilidade Deslipidemia (triglicérides e colesterol) Diabetes Mellitus (DM) Alcoolismo Estresse e depressão Doenças cardíacas Aneurismas intracranianos Tipos: isquêmico e hemorrágico AVEi Causado por uma isquemia (falta de sangue e conseguente hipoxêmia) da massa encefálica, podendo levar a morte (necrose) cerebral. Tipos: trombótico, embólico e por hiperperfusão sistêmica. Trombose: há uma obstrução de um vaso por um trombo (coágulo formado localmente), geralmente decorre de uma aterosclerose de vasos encefálicos. Essa trombose pode ocluir os vasos parcialmente ou totalmente, impedindo a passagem de sangue fazendo uma isquemia do tecido cerebral, que pode evoluir para a morte (necrose) de tecido cerebral. Pequenos vasos: geralmente causado por lipo-hialinólise, uma degeneração vascular causada por HAS crônica não tratada, que provoca depósito um depósito lipídico hialino na parede do vaso, isso expões a camada subendotélial, causando um estado pró-coagulativo. Pode ser causado também por ateromatose. Grandes vasos: podem ser causadas por aterosclerose, vasoconstricção, dissecção, vasculites e displasia fibromuscular (degeneração idiopática do vaso, expondo o subendotélio, causa um estado de pró-coagulativo). AVE 2 Embolia: há uma obstrução de vasos encefálicos por um êmbolo (coágulo formado distante do local), geralmente vindo do coração esquerdo (pode ocorrer por causa de uma fibrilação atrial por exemplo). Pode haver a oclusão total ou parcial, que impede a passagem de sangue e isquemia tecidual. Pode ocorrer também por flutter atrial, IAM prévio, endocardite, valvolupatia, insuficiência cardíaca congestiva ICC, cardiomiopatia dilatada, tumores, aneurisma, forame oval (FO) patente, ateromatose de aorta. Hipoperfusão sistêmica: pode ser causada por hipovolemia ou uma parada cardiorrespiratória (PCR). Apenas casos graves causam AVE. Tem manifestação diferente dos outros, sintomas de hipoperfusão se sobrepõem como hipotensão e choque. Manifestações Clínicas: um déficit neurológico focal (como hemiparesia de membros, afasia, amaurose, cefaleia, coma, convulsão, etc.) de início súbito e persistente. Após o infarto neuronal instala-se o edeme citotóxico (aumento do volume dos neurônios) seguido de edema vasogênico (acúmulo de líquido por aumento da permeabilidade da barreira hematoencefálica), pico desse edema é entre 3-4 dias. Esse edema pode levar a uma hipertensão intracraniana (HIC). Diagnóstico: o paciente que chega na emergência com sintoma neurológico focal deve fazer uma TC de crânio, apesar da isquemia raramente aparecer inicialmente (12-24 horas), ele é feito para eliminar a possibilidade de uma hemorragia e outras patologias. Se TC normal ou com evidências de isquemia —> AVEi. O infarto só aparecerá após 24-72 horas como uma área hipodensa acompanhada de edema. Nas primeiras 24 horas uma RM com estudo de difusão-perfusão pode delinear áreas de lesão irreversíveis e áreas isquêmicas recuperáveis (áreas de penumbra), essa área depende muito da circulação colateral do paciente. Tratamento: pode ser feito um trombólise venosa ou uma trombectomia mecânica, regular a pressão arterial (PA) e a glicemia. PA: deve ser mantida elevada, abaixar demais a PA pode diminuir a perfusão cerebral do paciente convertendo a área de penunbra a infarto, se estiver muito elevada deve-se diminui-la progressivamente. Não se deve baixar a PA no primeiro dia, a não ser que esteja acima de 220x120 mmHg, ou se houver dissecção aórtica, IAM, edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva. Se houver necessidade de correção da PA visa reduzir 15% nas primeiras 24 horas. A hipotensão deve ser tratada agressivamente com soro, para evitar extensão do infarto. AVE 3 Glicemia: se hipoglicêmico (principalmente < 60 mg/dL) corrigir, já que causa lesão neuronal, uma pouca hiperglicemia pode ser tolerda e benéfica, se > 180 mg/dL deve ser tratada com insulina, sendo mantida entre 140-180 mg/dL. Oxigênio: se houver hipóxia < 94%, suplementar com O2. Febre: deve ser tratada, hipertermia lesa neurônios. Aspirina: 160-300 mg nas primeiras 48 horas, reduz mortalidade. Heparina: dose profilática para previnir TVP e TEP, não deve ser feita dose plena pois aumenta o risco de transformação hemorrágica. Estatinas: devem ser usadas as potentes em fase aguda mantendo medicação indefinidamente. Trombólise venosa: deve ser feito em uma janela < 4,5 horas do início dos sintomas (se não sabe referfir deve ser considerado o último momento em que ele foi visto sem sintomas, se eles estiver dormindo a regra também vale), é utilizada alteplase EV que irá "dissolver " o trombo, liberando o fluxo sanguíneo, após a janela terapêutica não é recomendada a trombólise poque não há evidências de benefícios, então não se faz, afinal o uso dessas drogas possuem vários riscos sendo o principal hemorragias. Para administração do tromboembolítico a PA dever ser < 185x110. Trombectomia mecânica: deve ser feita em uma janela de 8 horas do início dos sintomas. Consiste em uma intervenção local de vasos grandes, é passado um catéter intra-arterial (geralmente pela veia femoral), juntamente com contraste e há produção de imagens concomitantemente, o catéter é levado até o local do bloqueio e é colocada um balão que abre a parede do vaso permitindo a passagem de fluxo. OBS.: os tratamentos são feitos numa tentiva de salvar a zona de penumbra (região adjacente à isquemia, que também está em sofrimento) que ainda pode ser salva, a zona da isquemia propriamente dita não consegue ser salva. É por esse motivo que os sintomas neurológicos as vezes regridem, porque era causado pela zona de penumbra que conseguiu ser salva. As sequelas que o paciente fica ocorrem por causa da área de isquêmia que necrosou e perdeu sua função. AVEh Causado por hemorragia. Pode ter diversas causas e ocorrem por dois mecanismos principais. Tipos: intraparênquimatoso e subaracnoíedeo (HSA) AVE 4 Intraparênquimatoso A hemorragia ocorre por HAS, trauma, diátese hemorrágica, drogas, angiopatia amiloide, ruptura de aneurismas e má formação arteriovenosa (MAV). Esse sangramento impede a perfusão sanguínea adequada e causa isquemia dos tedicos adjacentes, além de causar um aumento da pressão intracraniana (PIC), o sangramento pode aumentar nas 12-36 horas seguintes havendo piora evolutiva do quadro. Manifestações Clínicas: cefaleia intensa, sintomas focais como no AVEi e rebaixamento do nível de consciência, porém esses sintomas podem ter a característica de piorar ao passar do tempo, já que a hemorragia pode continuar se expandindo. Porém pode se apresentar com cefaléia e vômitos, por causa da HIC. Tratamento: de suporte. Cabeceira a 30º, terapia com hiperventilação, manitol, como barbitúrico. PA sistólica deve ser tratada se entre 150-220 mmHg (labetalol, esmolol ou nicardipina), manter abaixo de 140mmHg rapidamente. Hiper e hipoglicemia devem ser tratadas. Uso de anticoagulantes e antiplaquetários devem ser suspensos e revertidos com antídotos. HSA A hemorragia ocorre entre a aracnóide e pia-máter, o que causa aumento rápido da PIC e meningite química. Ocorre por um rompimento de aneurisma sacular ou rotura de MAV. Manifestações Clínicas: paciente de apresenta com cefaleia holocraniana de início súbito e forte intensidade, que pode evoluir para síncope. Pode haver rigidez de nuca que aparece após o primeiro dia. Tratamento: endovascular ou clipagem cirúrgica. PA deve ser mantida entre 140- 150 mmHg até tratamento. Diagnóstico: um TC de crânio deve ser feito para confirmar hemorragia (área hiperdensa). Usualmente há devio da linha média por causa do edema e HIC. AIT Ataque Isquêmico Transitório Ocorre geralmente por uma obstrução, que rapidamente de resolve. Há um períodede isquemia mas não é duradoura e não provoca necrose tecidual. Paciente cursa com sintomas de AVE (sintomas neurológicos focais), porém eles passa completamente em menos de 24 horas. Geralmente esses episódios se resolvem em 1 hora e não deixam sequelas no paciente. Porém esses pacientes geralmente são AVE 5 deixados em observação porque possuem um risco elevado de desenvolverem um AVE.
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