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Anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais Funçoes: Anti-inflamatória, Analgésica, Antipirética, Antitrombótica e Anti-endotóxica. Farmacocinética: Ácidos fracos (afinidade por tecidos inflamados), Absorção: pKa = 4,5 (baixo) -> sais sódicos (boa absorção oral), Distribuição: Ligação à proteínas plasmáticas: 96-99% (50-70% para ácido acetilsalicílico); Biotransformação: ácido glicurônico, glicina; Eliminação: renal e hepática (ciclo êntero-hepático importante nos cães) Lesões em mucosa inferior do TGI!!!! Intoxicação -> alcalinizar a urina (bicarbonato). Variam para cada espécie, o gato, por exemplo, não metaboliza bem, e em cães tendem a serem absorvidas várias vezes, sendo necessário alcalinizar a urina para uma eliminação mais rápida. Corrigir a dosagem em casos de Lesão hepática, Deficiência de albumina, Uso concomitante com fármacos (ácidos fracos) que tenham elevada afinidade às proteínas plasmáticas, animais jovens e idosos, e gatos (AINEs não seletivos e preferencias: ½ da dose do cão - AINEs seletivos para COX-2: ¼ da dose do cão ou de preferencia não usar), e doenças renais (não conseguem eliminar o fármaco, não usar seletivos para COX2). Ex: Cão com DRC 2, com creatinina 2,0 mg/dl, tomar carpofreno 4mg/kg a cada 24horas – corrigir a dosagem e o tempo de acordo com o valor da creatinina (valor da função renal). 4mg dividido por 2mg = 2mg/kg 24 horas X 2 = 72 horas Farmacodinâmica: O principal mecanismo de ação dos AINEs ocorre através da inibição específica da COX e consequente redução da conversão do ácido aracdônico ou araquidônico (AA) em prostaglandinas. Reações mediadas pelas COXs, a partir do AA produzem PGG2, que sob ação da peroxidase forma PGH2, sendo então convertidas às prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos. Efeitos colaterais: O principal é ulceração gástrica/intestinal vai ocorrer mais com fármacos não seletivos, ou seletivos para COX 1, Aumento do tempo de coagulação (hemorragias), Tromboembolismo (seletivos para COX-2 – não relatado em animais), Injúria renal aguda (impede dilatação da a. aferente renal) – pior para os seletivos para COX-2, Hepatite, Acidose metabólica (ácido acetilsalicílico), Ação condrodegenerativa (ácido acetilsalicílico). Contra indicações: Gestantes e lactantes uso de outros agentes nefrotóxicos (ex.: IECA, furosemida). Cuidado: • – Ácidos carboxílicos e paracetamol em felinos. • – Meloxicam, dipirona em felinos. • – Doença renal, hepática e cardíaca pré-existente. • – Hipoproteinemia OBS: Paciente deve estar hidratado, normotenso e normovolêmico. Anti-inflamatórios esteroidais Qualquer situação de estresse injuria celular, ativação do SNS em situações de dor, o organismo vai produzir fisiologicamente cortisol, a fim de aliviar esse processo inflamatório. Isso justifica o fato de que muitas vezes iremos utilizar os anti- inflamatórios não esferoidais, porque o animal no processo inflamatório, muitas vezes já vai produzir uma quantidade de cortisol. -> Vai autuar nos receptores nucleares impedindo a síntese de fosfolipase A2. O cortisol é produzido pela glândula adrenal, além de produzir adrenalina, com a produção de adrenalina aumenta a produção de cortisol -> a Adrenal é dividida em zona glomerulosa que vai produzir a Aldosterona -> zona fasciculada que produz o Cortisol -> zona reticulata que produz hormônios sexuais (estrógeno e testosterona). A principal indicação para o uso de corticoides são as doenças autoimunes, pois os glicocorticoides levam a imunossupressão a fim de controlar uma resposta inflamatória, com consequente diminuição do sistema imunológico, ex: anemia hemolítica imunomediada, pênfigo, lúpus eritromatoso. Os corticoides vão agir como droga de ataque, mas não como drogas de manutenção no tratamento, sendo substituído por outros imunossupressores, como a acetilcolina (gatos não toleram bem). OBS: Corticoides agem muito melhor em doenças respiratórias e pulmonares, como asma, pneumonia, neoplasias pulmonares e etc. OBS2: Em quadros de síndrome choque (deficiência de distribuição do oxigênio nos tecidos) o corticoide não ajuda, dando uma breve reanimada/melhora no animal (pela estabilização das membranas plasmáticas), mas induzindo em seguida ao óbito mais rapidamente. A hidrocortisona (cortisol) vai atuar em cães, gatos, primatas, peixes, hamsters; já o corticosterona vai atuar em aves, repteis ratos e camundongos; essas substancias é produzida diariamente pela luz, com o pico pela manha e ao passar do dia vai diminuindo, diferente dos felinos que tem a pico de cortisol a noite quando a pouca luminosidade, mas são propícios a adaptação de rotinas já que dormem em torno de 18horas por dia. Classificação dos corticoides: de ação curta, intermediara e prolongada. Farmacocinética: São derivados do colesterol, sendo moléculas muito lipossolúveis e muito bem absorvidos pela via oral, com exceção da prednisona em gatos; biotransformação é hepática, sendo medicamentos mais hepatotoxicos do que os não esteroidais, pois causa alteração no metabolismo dos hepatócitos, aumentando o acumulo de glicogênio e lipídeos, aumentando de tamanho comprimindo as vias biliares levando a extravasamento da bile (que é toxica) destruindo os hepatócitos, causando uma perda de função; a eliminação é renal e hepática. Farmacodinâmica: Vão atuar em receptores nucleares, já que são lipossolúveis, atuando na mudança da transcrição genica; esses receptores estão presentes em todos os tecidos, porem os felinos tem 50% menos receptores sendo mais resistentes aos efeitos colaterais dos corticoides. O corticoide vai reagir aos receptores nucleares, expondo o sitio de ligação do DNA, e vai estimular ou inibir a transcrição genica -> os corticoides ligados a proteína plasmáticas, atravessam a membrana nuclear e acha o seu receptor, vai expor o sitio de ligação do DNA e modificar a transcrição genica. Efeitos colaterais: Além de agir como anti-inflamatório (doenças pulmonares/respiratórias) e como imunossupressor (doenças autoimunes), os corticoides vão alterar em todos os demais metabolismos como a produção de proteínas, carboidratos, lipídeos, agua e eletrólitos, altera pressão arterial, altera sistema imune (no hemograma se observa neutrófilos hipersegmentados – neutrofilia), destroem linfócitos (linfopenia), eosinopenia -> hemograma de estresse crônico por corticoides, pode levar a uma gliconeurotoxicidade, degeneração muscular (proteólise e atrofia muscular), aumenta os ricos de gastrites, inibe os hormônios sexuais, aumenta fluxo sanguíneo renal levando a um quadro de glomeruloesclerose, inibe os hormônios produzidos pela hipófise, e estado de polifagia, poliúria, polidisfagia. • Ação curta: Cortisona -> Hidrocortisona; • Ação intermediaria: Prednisona -> prednisolona, Deflazacorte, Metilprednisona -> prednisolona, Triancinolona (otite e lesão peleanal); • Ação rápida: Dexametasona (doenças imunomediadas em animais que não respondem prednisolona – porem em doses baixas pois é 30x mais forte), Budesonida e fluticason (corticoides mais modernos, atua localmente). Efeitos adversos: Gastrite/ulcerações (doses elevadas ou em associação a AINEs), Hepatite, Glomerulopatia (reduz PGE2 na a. aferente renal, entretanto aumenta taxa de filtração), Pancreatite (cães), Diabetes mellitus em gatos (precipitação ou agravamento), Colite ulcerativa (dexametasona), Hiperadrenocorticismo iatrogênico (pode ocorrer mesmo com uso tópico, ou IV repetidas vezes), sinais de HI: > 50% não tem sinais clássicos. Contra indicações: Doença renal, Cardiopatias (sobrecarga vascular), Úlceras gastrointestinais, Doença hepática, Pancreatite (lipemia, hiperplasia pancreática e aumento de secreções), Hiperadrenocorticismo, Diabetes melito (resistência à insulina), Lesõesneurológicas, Hemorragias. Conclusão: Substâncias análogas aos glicocorticoides endógenos, Alteração da transcrição gênica, excelente nas doenças imunomediadas e alérgicas, Efeitos colaterais podem ser graves - Frequentes com uso a longo prazo, Casamento perfeito: gatos + corticoide.
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