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Vitória Barbosa Turma XIII – 2020.1 SEMIOLOGIA DA TIREOIDE ➢ A tireoide se localiza na face anterior do pescoço na altura da quinta à sétima vértebra cervical • A cartilagem cricoide é considerada arco de localização para identificar a tireoide ➢ A sua função é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-tireoide e por outros fatores como o nível de iodo ➢ Os hormônios secretados pela tireoide são: T4, 33, MIT e DIT; as células C são responsáveis por produzir a calcitonina ➢ No seu interior, a tireoide possui enzimas como a TPO (peroxidase tireoidiana) e a tireoglobulina que irão auxiliar no diagnóstico de algumas doenças autoimunes • Essas enzimas são consideradas precursoras da tireoide • A presença de doenças autoimunes estará associada com a presença de anticorpos tireoidianos como os anti-TPO’s, anti-tireoglobulinas e o anti-Trab (anticorpo contra o receptor do TCH) • A atuação da anti-trab irá aumentar a produção de T3 e T4, isso se dá por conta da retroalimentação de feedback negativo ➢ As principais afecções da tireoide são os bócios, as tireoidites, as disfunções tireoidianas que podem levar ao hipertireoidismo ou hipotireoidismo, e o câncer de tireoide ANAMNESE ➢ As doenças tireoidianas são mais frequentes nas mulheres e surgem em faixas etárias distinas ➢ A naturalidade e a procedência do paciente precisam ser conhecidas pois ele pode ser proveniente de áres pobres em iodo (regiões de bócio endêmico) ➢ A profissão do paciente tem importância principalmente quando há manipulação de material que contém iodo, antissépticos iodados ou hormônios tireoidianos (hipertireoidismo factício ou com captação baixa de iodo) ➢ Necessário pesquisar a presença de fatores desencadeantes ou concomitantes além de investigar o uso de medica- mentos ➢ Principais queixas: • Problemas na tireoide • Cansaço • Nervosismo • Dispneia • Palpitações • “Caroço no pescoço” • “Aparecimento de papo” SINAIS E SINTOMAS ➢ São divididos em dois grandes grupos: sintomas e sinais de hiperfunção e os de hipofunção da glândula. No entanto, algumas alterações locais da tireoide são importantes em ambos os grupos entre as quais destacam-se: • Dor: piora com a deglutição ou com a palpação, irradiação para os arcos mandibulares ou ouvidos, acompanhada de aumento do volume da glândula, sintomas de hipertireoidismo, febre baixa e mal-estar geral • Disfagia: decorre da compressão ou invasão neoplásica do esôfago • Disfonia ou roquidão: provocada pela compressão do nervo laríngeo recorrente • Dispneia: considerada manifestação incomum, é ocasionada pela compressão da traqueia principalmente quando o paciente flete a cabeça ➢ O aparecimento súbito desses sintomas em um paciente com bócio pode indicar a presença de câncer da tireoide. Dessa forma, é de suma importância a caracterização do tempo e evolução a fim de evitar diagnósticos diferenciais EXAME FÍSICO ➢ O exame físico da tireoide tem como base a inspeção, a palpação e a ausculta ➢ Por meio da inspeção e da palpação podem-se definir a forma e o tamanho da glândula. Se houver aumento, deve- se esclarecer se é global ou localizado • Ao inspecionar e palpar tireoide, solicite que o paciente realize deglutições “em seco”, o que permite caracterizar melhor o contorno e os limites da tireoide ➢ Por meio da palpação determina-se o volume ou as dimensões da glândula, seus limites, a consistência e as caracteres- ticas da sua superfície, sendo importante dar atenção especial a hipersensibilidade, a consistência e a presença de nódulos HIPERTIREOIDISMO ➢ Definição: síndrome clínica decorrente da síntese/secreção aumentada dos hormônios tireoidianos que resulta na aceleração generalizada do organismo ➢ Causas de hipertireoidismo: • Bócio difuso tóxico (doença de Basedow-Graves) • Bócio multinodular tóxico • Bócio nodular tóxico (Doença de Plummer) • Trieotoxicose transitória das tireoidites (subaguda ou de Hashimoto) • Tireotoxicose iatrogênica (hormônio tireoidiano) • Hipertireoidismo induzido por iodo (Jod-Bsedow) • Hipertireoidismo factício ➢ Causas menos comuns: • Neoplasia produtora de TSH • Secreção inadequada de TSH • Secreção ectópica de TSH (mola hidatiforme) • Metástases de câncer de tireoide funcionante ➢ Principais sinais e sintomas: • Alopecia • Nervosismo • Agitação • Insônia • Exoftalmia • Ressecamento ocular • Bócio • Intolerância ao calor • Aumento da sudorese • Hipertensão • Taquicardia • Palpitação • Mixedema • Perda de peso • Tremores de extremidades • Pele fina, quente e úmida • Cabelos são finos e lisos • Diarreia (aumento dos movimentos pe- ristálticos) • Hiper-reflexiva • Alterações menstruais • Impotência e infertilidade • Ginecomastia • Miopatia • Astenia ➢ O paciente mostra-se irrequieto, hipercinético, fala rapidamente, demonstra apreensão e costuma segurar firme- mente as mãos entre os joelhos, além de apresentar tremores finos nas mãos ➢ Achados clínicos: aumento da FC, bulhas hiperfonéticas, pulso rápido, sopro sistólico na área pulmonar ➢ TOME NOTA: poliúria e polidipsia podem estar presentes uma vez que o aumento do metabolismo dos carboidratos e dos lipídeos pode provocar um quadro de DM ➢ O hipertireoidismo pode comumente confundido com distúrbios de afetividade. Além disso, quando o hipertireoidis- mo é longo e intenso, o trabalho cardíaco exagerado junto ao aumento do consumo de oxigênio e as lesões das miofibrilas ocasionam a chamada miocardiopatia tireotóxica ➢ A fibrilação atrial é a principal arritmia no hipertireoidismo ➢ Quando suspeitar de hipertireoidismo: Anti-TRAb + USG da tireoide • Níveis normais de TSH e T3 e T4 normais: quadro clínico normal • Níveis baixos de TSH e T3 e t4 normais: hipertireoidismo subclínico ou doença não tireoidiana • Níveis normais ou altos de TSH e T3 e T4 elevados: hipersecreção inapropriada do TSH (provável adenoma hipofi- sário) • Na USG - tireoide aumentada difusamente sem presença de nódulo: doença de Graves • Na USG - bócio nodular com TRAb negativo: bócio multinodular tóxico ➢ Evolução do quadro: tireotoxicose PATOGENESE DO HIPERTIREOIDISMO NA DOENÇA DE GRAVES ➢ Ocorre a produção pelos linfócitos B de anticorpos (TRAb) que se ligam e ativam o receptor do TSH, ocorre o aumento do volume da tireoide. Devido a ausência do feedback negativo sobre os TRAb e a supressão da secreção de TSH, ocorre secreção excessiva dos hormônios tireoidianos com consequente hipertireoidismo com bócio difuso, além de apresentar elevados níveis de T3 e T4 e baixos níveis de TSH HIPOTIREOIDISMO ➢ Definição: síndrome clínica decorrente da síntese/secreção insuficiente ou ação inadequada dos hormônios tireoidi- anos que resulta na lentificação generalizada do organismo ➢ Hipotireoidismo primário: problema na glândula (alto TSH e TRH, baixo T3 e T4) ➢ Hipotireoidismo secundário: problema na hipófise ➢ Hipotireoidismo terciário: problema no hipotálamo ➢ Fatores de risco para hipotireoidismo: • Idade > 60 anos • Sexo feminino • Bócio • Doença nodular tireoidiana • História prévia de radioterapia para cabeça e pescoço • Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana • Utilização de alguns fármacos • Baixa ingestão de iodo • Síndrome de Down e Síndrome de Turner ➢ O hipotireoidismo pode ser um hipotireoidismo subclínico (estágios iniciais onde o paciente não tem ou tem sintomas muito discretos) ou evoluir para um coma mixedematoso (hipetireoidismo severo) ➢ Principais sinais e sintomas • Alopecia (queda de cabelo) • Bradipsiquia • Edema palpebral • Macroglosia • Intolerância ao frio • Cansaço e apatia • Bradicardia • Tendência a engordar • Cardiomegalia, derrame pericárdico • Obstipação • Síndrome do túnel do carpo • Metrorragia • Pele áspera, seca, amarela • Aumento do peso • Debilidade,espasticidade • Galactorreia • Amenorreia • Infertilidade e diminuição da libido • Ginecomastia • Parestesia • Diminuição do reflexo aquileo • Redução da sudorese • Osteoporose e hipercalcemia • Fácies mixedematosa • Edema nos membros inferiores ➢ Esses pacientes apresentam-se calmos e desinteressados, participam pouco da consulta e demonstram dificuldade para se lembrar de fatos e datas, a voz é rouca e arrastada, seus movimentos são lentos, preguiçosos, levando-os a demorar na execução das manobras do exame físico ➢ Quando suspeitar do hipotireoidismo: verificar o TSH e o T4 livre • Níveis de TSH e T4 livre normais: quadro clínico normal • Elevado TSH e baixo T4 livre: característico de hipotireoidismo primário • Altos níveis de TSH e T4 livre em níveis normais: característica de um hipotireoidismo livre ou subclínico • TSH normal ou em níveis baixos e T4 livre baixo: característica de hipotireoidismo central, doença não tireoidiana ou efeito de drogas (o diagnóstico concreto é dado a partir dos níveis de TRH: TRH alto indica problema na hipófise enquanto que o TRH baixo indica problema no hipotálamo; pode ser solicitado ainda o Anti-TPO e o Anti- tireoglobulinas) ➢ Evolução do quadro: coma mixedamatoso BÓCIOS ➢ Corresponde ao aumento do volume da tireoide ➢ Podem ser difusos, nodulares ou difusos com nódulos, ou ainda tóxicos (acompanhados de hipertireoidismo) ou atóxi- co ➢ Bócio difuso atóxico: caracteriza-se por um aumento global da tireoide, sem sintomatologia de disfunção. Ao exame físico encontra-se uma tireoide indolor, sem limite precisos, com superfície lisa. As principais causas são: deficiência de iodo, gravidez, puberdade, ingestão de substâncias bociogênicas e traços hereditários • Na tireoidite de Hashimoto, quando o comprometimento tireoidiano ainda não fi capaz de determinar hipotireoidismo, as características são as de bócio difuso atóxico ➢ Bócio difuso tóxico: caracteriza-se por aumento global da tireoide, acompanhado de sintomatologia de hipertireoidis- mo. Ao exame físico, a tireoide apresenta consistência firme, elástica, com a superfície lisa. Exemplo clássico: doença de Basedow-Graves ➢ Bócio uninodular atóxico: caracteriza-se pela presença de nódulo único, sem sinais e sintomas de disfunção. É impor- tante caracterizar o tamanho do nódulo comparando-se a coisas conhecidos, no sentido de se ter um padrão para o acompanhamento evolutivo de bócio ➢ Bócio uninodular tóxico: conhecido como doença de Plumeer, corresponde a um nódulo único, acompanhado de sintomas e sinais de hipertireoidismo. Em geral, o restante da glândula é impalpável ➢ Bócio multinodular tóxico ou atóxico: encontra-se na tireoide dois ou mais nódulos, São, em geral, bócios de longa evolução, com consistência variável, os seus limites podem ser imprecisos • O bócio multinodular tóxico será caracterizado pela presença de sinais e sintomas de hipertireoidismo TIREOIDITES ➢ Conceito: corresponde a qualquer inflamação clínica da tireoide podendo apresentar um quadro de tireotoxicose ou não (geralmente ocorre tireotoxicose sem hipertireoidismo) ➢ Fisiopatologia: a tireoide pode inflamar a partir de um processo autoimune, infeccioso, drogas ou traumas (a tireoide irá reduz a sua função, mas, mesmo assim expõe T4/T3) ➢ Classificação: agudas, subagudas e crônicas TIREOIDITE AGUDA ➢ Também conhecida como tireoidite supurativa aguda ou infecciosa, está comumente associada a pacientes imuno- deprimidos, com malformações cervicais ou doença tireoidiana ➢ Possui origem infecciosa: bacteriana (70% dos casos) e viral (15% dos casos) ➢ É mais frequente e, indivíduos com doenças tireoidianas prévias (câncer, tireoide de Hashimoto e bócio multinodular) ou com anomalia congênita ➢ É mais prevalente em crianças ➢ Manifestações clínicas: a tireoidite aguda apresenta início súbito e assimétrico, mas pode desenvolver-se gradual- mente. Os sintomas mais usuais são: dor cervical (geralmente unilobular), febre, sudorese, astenia, linfonodomegalia, disfonia e disfagia podendo ainda apresentar em uma massa indolor na face anterior do pescoço, simulando um carcinoma (adultos) • Sintomas de hipertireoidismo geralmente estão ausentes • O quadro pode ocasionalmente se agravar, com desenvolvimento de sepse ➢ Exame físico: sinais flogísticos (calor, rubor, edema, dor e limitação funcional) no lado acometido da tireoide, com pele eritematosa, intensa dor à palpação, linfonodomegalia cervical • O lobo esquerdo tireoidiano é comumente mais atingido TIREOIDITE GRANULOMATOSA SUBAGUDA ➢ Sinônimos: tireoidite de De Quervain, tireoidite subaguda dolorosa e tireoidite de células gigantes ➢ Corresponde a um processo inflamatório, causado direta ou indiretamente por infecção viral da glândula tireoidiana podendo estar associada ou não à tireotoxicose transitória (possui quatro fases: hipertireoidismo - eutireoidismo - hipotireoidismo - recuperação da função tireoidiana) • O quadro se instala cerca de 1-3 semanas após quadro gripal ➢ Acomete principalmente indivíduos entre a terceira e a quinta década de vida ➢ Possui maior incidência no sexo feminino (5x maior) ➢ Manifestações clínicas: tende a começar com uma fase prodrômica, caracterizada por astenia, mal-estar, mialgia, faringite e febre baixa. Posteriormente, intensifica-se a febre e surge dor na região da tireoide (porção anterior da cervical, geralmente dói a tireoide toda) a qual se agrava com a tosse, a deglutição e a movimentação do pescoço. Pode irradias para a região occipital, parte superior do pescoço, mandíbula, garganta ou ouvidos • Podem apresentar sinais de hipertireoidismo (resultado do processo de destruição dos folículos, com consequente liberação de tireoglobulina, hormônios tireoidianos e outras aminas iodadas) • Aspectos dominantes: hipersensibilidade local e dor ➢ Exame físico: bócio nodular, dor e hipersensibilidade local, em processos inflamatórios pode apresentar eritema e calor na pele sobrejacente TIREOIDITE LINFOCÍTICA INDOLOR ➢ Também conhecida como tireoidite esporádica silenciosa ➢ Corresponde à forma espontânea da TLSA podendo cursar com quatro fases: hipertireoidismo, eutireoidismo, hipotireoidismo e recuperação funcional (ela irá se manifestar apenas com um período transitório de tireotoxicose, seguido de hipotireoidismo autolimitado) • Pode ser autoimune, pós-parto, por medicação (amiodarona, lítio), radiação e idiopática ➢ É mais frequente nas mulheres e pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum entre os 30 e 60 anos de idade ➢ Manifestações clínicas: a TLI é geralmente diagnosticada na fase de hipertireoidismo onde os pacientes queixam-se de intolerância ao calor, nervosismo, palpitações, emagrecimentos. Na fase de hipotireoidismo o paciente irá apresen- tar bócio indolor, difuso, com consistência firme e dimensão pequena TIREOIDITE PÓS-PARTO ➢ Corresponde a um subtipo da tireoidite linfocítica indolor ➢ É mais comum em mulheres com altos títulos de anti-TPO no primeiro trimestre ou imediatamente após o parto ➢ Pode se apresentar de três maneiras: (1) apenas hipertireoidismo transitório, (2) apenas hipotireoidismo transitório, (3) hipertireoidismo transitório seguido de hipotireoidismo transitório e, depois, recuperação com eutireoidismo ➢ Manifestações clínicas: os sintomas de hipertireoidismo são leves, cursando geralmente com ansiedade, fraqueza, irritabilidade, palpitações, taquicardia e tremor. Já os sintomas de hipotireoidismo costumam ser discretos cursando com astenia, falta de energia e pele seca. A maioria das pacientes apresentam bócio difuso, pequeno e indolor • O hipotireoidismo pode associar-se à depressão pós-parto TIREOIDITE DE HASHIMOTO ➢ Também conhecida como tireoidite autoimune, era resulta do ataque do sistema imune as células tireoides, causando uma inflamação dessa glândula o que geralmente resulta em umhipertireoidismo passageiro que depois é seguido por um hipotireoidismo ➢ É a forma mais comum de tireoidite, e a causa mais comum de hipotireoidismo ➢ Maior frequência nas mulheres (3m maior) e pode se manifestar após infecções, gravidez e radiação ➢ Manifestações clínicas: a maioria dos pacientes são assintomáticos sendo os sintomas de hipotireoidismo a queixa inicial do paciente (cansaço e sonolência, pele seca, queda de cabelo, unhas fracas, alterações menstruais, constipação, intolerância ao frio, ganho de peso e mixedema). O paciente pode apresentar bócio difuso, indolor, de consistência firme, superfície irregular ou lobulado e de tamanho variável (2 a 4 vezes o normal) podendo haver queixa de dor de intensidade leve, ou apenas desconforto local • Em casos de crescimento rápido do bócio, pode haver sintomas de disfagia, dispneia e rouquidão por pressão sobre estruturas cervicais TIREOIDITE DE RINDEL ➢ Considerada uma tireoidite fibrosa invasiva ocasionada pela flebite oliberativa, assemelha-se a linfoma ou carcinoma anaplásico tireoidiano ➢ Corresponde à tireoidite mais rara, e possui etiopatogênese desconhecida (estudos relacionam ao IgG4, fatores autoimunes e distúrbios fibróticos primários) a qual pode levar a um hipotireoidismo • Quando não tratada pode ocorrer destruição da glândula ➢ Acomete em geral indivíduos entre a quarta e sexta década de vida sendo mais comum no sexo feminino ➢ Manifestações clínicas: os pacientes apresentam bócio de consistência endurecida com história de crescimento indo- lor, com progressão e evolução variáveis. Os sintomas mais frequentes são os compressivos: disfagia, sensação de peso ou pressão em região cervical, rouquidão e estridor, além de sintomas respiratórios (dispneia, tosse, sensação de sufocamento e até asfixia) sendo a queixa de dor algo incomum. Pode ocorrer hipotireoidismo CÂNCER DA TIREOIDE ➢ O carcinoma tireoidiano, em geral, tem uma evolução lenta, com exceção dos tumores indiferenciados ➢ Na anamnese devem chamar a atenção a referência à irradiação prévia sobre o pescoço, a presença de um nódulo que cresce rapidamente, a rouquidão, e o achado ao exame físico de nódulo duro, aderido ou não aos planos profundos e superficiais ➢ Diferenciados: carcinoma papilífero, carcinoma folicular e carcinoma medular ➢ Indiferenciados: carcinoma anaplásico, linfomas EXAMES COMPLEMENTARES DOSAGENS HORMONAIS ➢ Realiza-se a doagem do T3, T4, T4l e TSH ➢ No hipertireoidismo o T3, o T4 e o T4L estão elevados e o TSH está normal ou baixo ➢ No hipotireoidismo os níveis de T3, T4 e Tal estão baixos e o TSH está elevado ➢ TSH elevados com níveis normais de T3 e T4 tem-se o estado de pré-falência da tireoide DOSAGEM DE ANTICORPOS ANTITIREOIDIANOS ➢ Normalmente, a pesquisa desses anticorpos é negativa ➢ Nas afecções tireoidiana de mecanismo imunológico, como a tireoidite de Hashimoto e a doença de Basedow-Graves, estão muito elevados CINTIGRAFIA E CAPTAÇÃO TIREOIDIANA ➢ A cintigrafia é a imagem da tireoide obtida por uma gama-câmara, após o uso dos radiotraçadores que possibilitam avaliar visualmente o funcionamento da glândula como um todo e dos nódulos ULTRASSONOGRAFIA ➢ A ultrassonografia é indicada para determinar as características morfológicas da glândula tireoide, tais como: suas dimensões, a ecotextura do seu parênquima, a presença de nódulos e suas características, seu padrão de vascularização ao estudo Doppler, as agenesias, hipoplasias e ectopias, além das suas relações com estruturas vizinhas PAAF ➢ A punção aspirativa por agulha fina da tireoide é uma das ferramentas mais relevantes na investigação de nódulos tireoidiandos uma vez que possibilita a obtenção de material para avaliação citológica dos nódulos tiroidianos ➢ A realização da PAAF guiada por US é recomendada por aumentar a acurácia do método devido à diminuição de falsos- negativos e do número de espécimes inadequados ➢ É um método simples que não requer anestesia local, feito em nível ambulatorial ou de consultório, que possibilita o diagnóstico de várias afecções tireoidianas
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