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Araneísmo - Acidentes com aranhas/ características das aranhas/ ações do veneno/ tratamento - Acidentes ofidicos

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Acidentes por aranhas
Araneísmo
São registrados cerca de 5.000 casos no Brasil/ano;
As notificações predominam no Sul e Sudeste;
Photoneutria, Latrodectus e Loxosceles: as três espécies que causam acidentes graves para humanos;
Lycosidae e Caranguejeira: não são consideradas problema de saúde pública pois não causam acidentes considerados graves;
Phoneutria aumentam significativamente no inicio da estação fria (abril/maio);
Os casos de loxoscelismo aumentam nos meses quentes do ano (de outubro a março). 
Situação Epidemiológica
Situação Epidemiológica
Fonte: Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos
Situação Epidemiológica
Fonte: Governo do Distrito Federal
Principais aranhas que causam acidentes no Brasil:
Aranha armadeira
Phoneutria
Aranha marrom
Loxosceles
Aranha viúva-negra
Latrodectus
Aranha-de-jardim
Lycosidae
Caranguejeira
Popularmente conhecidas como armadeiras;
Representa cerca de 42,2% dos casos de araneísmo no Brasil;
Raramente leva a um quadro grave;
Mais frequente no Sul e Sudeste;
A maioria dos acidentes ocorre intra ou peridomicílio;
Aranha de habito noturno, costumando esconder-se em locais escuros durante o dia;
Acidentes acometem principalmente mãos e pés;
HE
Phoneutria
Atua sobre os canais de sódio induzindo a despolarização de fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do Sistema nervoso autônomo;
Ocorre a liberação de neurotransmissores, principalmente catecolaminas e acetilcolina;
Ações do veneno
Predominam manifestações locais;
Apenas 1% dos casos são assintomáticos;
Dor é a principal manifestação, podendo varias sua intensidade;
Dentre outras manifestações pode-se citar: edema, eritema, parestesia, e sudorese no local da picada, onde é possível observar dois pontos de inoculação
Apresenta três graus de quadro clínico:
	
LEVE: o mais frequente, os pacientes apresentam sintomas locais e podem apresentar taquicardia e agitação decorrente da dor.
MODERADO: junto com os sintomas locais, estão as alterações sistêmicas, como taquicardia, hipertensão, sudorese discreta, agitação psicomotora, visão turva e vômitos ocasionais.
GRAVE: quase restrito a crianças, apresenta juntamente as alterações já citadas, a presença de uma ou de mais das seguintes manifestações: sudorese profusa, sialorreia, vômitos frequentes, diarreias, priapismo, hipertonia muscular, hipotensão, choque e edema pulmonar agudo.
Quadro clínico
Em acidentes graves envolvendo crianças, geralmente ocorrem quadros de leucocitose, neutrofilia, hiperglicemia e taquicardia sinusal;
É importante manter a monitorização respiratória em casos graves.
Exames complementares
Tratar a dor com infiltração anestésica local troncular a base de lidocaína 25% sem vasoconstritor ( adultos 3 a 4 ml e a crianças 1 a 2 ml);
Havendo recorrência da dor pode ser realizada nova infiltração com intervalo de 60 a 90 minutos;
Caso necessário mais de duas infiltrações e não haja depressão do sistema nervoso central, utilizar meperidina intramuscular (adultos 50 a 100 mg e crianças 1 mg/kg);
Medida não farmacêutica: imersão do local picado em água morna ou compressas quentes
Específicos:
Soroterapia para casos moderados em crianças e para todos em casos graves;
Em casos leves o paciente deve ser observado por 6 horas;
Em casos de administração de soro o paciente deve permanecer internado para monitorização de sinais vitais
Tratamento
Tratamento
Conhecidas como aranhas marrons;
Causam a forma mais grave de araneísmo no Brasil;
A maioria dos casos se concentram no Sul, particularmente Paraná e Santa Catarina;
Geralmente os acidentes ocorrem quando ela é esmagada contra a pele, ao vestir-se ou deitar-se
Ocorrem principalmente em adultos, com discreta predominância em mulheres com picadas em coxas, tronco ou braços;
HERE IS THE SLIDE TITLE!
Loxosceles
O componente mais importante do veneno é a enzima enfingomielinase-D
O veneno atua direta ou indiretamente no constituinte da membrana das células, principalmente endotélio vascular e hemácias.
Atua atingindo a cascata de coagulação e das plaquetas, desencadeando intenso processo inflamatório no local da picada, acompanhado de obstrução de pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose;
Atua também participando de hemólise patogênica.
Ações do veneno
Forma cutânea:
Varia de 87 a 98% dos casos;
De instalação lenta e progressiva
Caracterizada por dor, edema endurado e eritema no local da picada;
Além dos sintomas locais: astenia, febre nas primeiras 24h, cefaleia, exantema, prurido, petéquias, mialgia, náuseas, vômitos e visão turva;
Os sintomas acentuam-se de 24 a 72 horas após o acidente, podendo variar na apresentação das seguintes formas:
 A) Lesão incaracterística: bolha de conteúdo seroso, edema, calor e rubor, com ou sem dor e queimação
B) Lesão sugestiva: enduração, bolhas e equimoses e dor e queimação;
C) Lesão característica: dor e queimação, lesões hemorrágicas focais, mescladas com áreas pálidas de isquemia e necrose.
Obs.: a lesão cutânea pode evoluir para necrose seca em cerca de 7 a 12 dias, que ao se destacar em 3 a 4 semanas, deixa uma ulcera de difícil cicatrização
Quadro clínico
Forma cutânea-visceral (hemolítica):
Além das alterações cutâneas, observa-se manifestações clínicas em virtude da hemólise como: anemia, icterícia, hemoglobinúria, podendo ser acompanhado de petéquias e equimoses relacionados a coagulação intravascular disseminada;
Os quadros graves podem evoluir para insuficiência renal de etiologia multifatorial;
Quadro clínico
Os acidentes podem então, ser classificados como:
LEVE: observa-se lesão incaracterística sem alterações clínicas ou laboratoriais e com identificação da aranha causadora do acidente. O paciente deve ser acompanhado por no mínimo 72 horas, pois do acidente pode ser reclassificado.
MODERADO: presença de lesão sugestiva ou característica, mesmo sem identificação do agente causal, podendo ou não haver alterações sistêmicas do tipo rash cutâneo, cefaleia e mal-estar.
GRAVE: presença de lesão característica, e alterações clinico-laboratoriais de hemólise intravascular.
Complicações: infecção secundárias, perda tecidual, cicatrizes desconfiguradas e insuficiência renal aguda.
Quadro clínico
Na forma cutânea ocorre: hemograma com leucocitose e neutrofilia;
Na forma cutânea-visceral: anemia aguda, plaquetopenia, reticulocitose, hiperbilirrubinemia indireta, elevação sérica de potássio, creatinina e ureia e coagulograma alterado;
No exame anatomopatológico observa-se intensa vasculite no local da picada, seguida de obstrução de pequenos vasos.
Exames complementares
Específicos:
Soroterapia
Tratamento
Suporte:
Para manifestações locais:
Analgésico como a dipirona;
Aplicação de compressas frias para alivio da dor;
Antisséptico local e limpeza periódica da ferida (lavar com água e sabão 5 a 6 vezes por dia
Compressas com permanganato de potássio (1 comprimido para 4 litros de água) ou água boricada a 10%, deixando de 5 a 10 minutos, 2 vezes ao dia;
Remoção da escara, após delimitação de necrose
Para manifestações sistêmicas:
Transfusão sanguínea ou de concentrado de hemácias no caso de anemia intensa
Manejo da insuficiência renal aguda
Tratamento
Popularmente conhecida como viúva-negra;
Somente as fêmeas causam acidentes, e essas possuem coloração vermelho com negro e mancha ventral em forma de ampulheta;
O habitat natural dessas aranhas são casas em zonas ruais, plantações...
Os acidentes predominam no sexo masculino com faixa etária de 10 a 30 anos;
Os maiores números de notificação se concentram no Nordeste.
HERE IS THE SLIDE TITLE!
Latrodectus
O veneno atua sobre as terminações nervosas sensitivas, provocando quadro doloroso no local da picada;
Tem ação sobre o sistema nervoso autônomo e leva a liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos, alterando a permeabilidade do sódio e potássio.
Ações do veneno
Manifestações locais:
O quadrose inicia com dor em 60% dos casos, de inicio leve e evoluindo para sensação de queimação de 15 a 60 minutos após a picada;
Além da dor é possível apresentar: pápulas eritematosas, sudorese, lesões puntiformes, hiperestesia no local da picada e em alguns casos placa urticariforme acompanhada de infarto ganglionar.
Manifestações sistêmicas:
Gerais: aparecem nas primeiras horas após o acidente e podem ser: tremores, ansiedade excitabilidade, insônia, cefaleia, pruído, eritema de face e pescoço e choques em casos graves
Motoras: dor irradiada para membros inferiores, movimentações incessantes, atitude de flexão no leito, hiperreflexia ósteo-músculo-tendinosa, aparecimento de tremores e contrações espasmódicas dos membros e dor abdominal intensa acompanhada de rigidez.
 
Quadro clínico
Cardiovasculares: opressão precordial, com sensação de morte iminente, taquicardia inicial e hipertensão seguidas de bradicardia
Digestivas: náuseas e vômitos, sialorreia, anorexia e obstipação; 
 Geniturinárias: retenção urinária, dor testicular, priapismo e ejaculação; 
Oculares: ptose e edema bipalpebral, hiperemia conjuntival, midríase
Complicações:
Podem incluir edema pulmonar agudo e choque
 
Quadro clínico
As alterações laboratoriais são inespecíficas, sendo descritas alterações hematológicas (leucocitose, linfopenia, eosinopenia), bioquímicas (hiperglicemia, hiperfosfatemia), do sedimento urinário (albuminúria, hematúria, leucocitúria e cilindrúria) e eletrocardiográficas. 
Essas alterações podem persistir por até 10 dias.
Exames complementares
Específicos:
Soro antilatrodectus (SALatr) é indicado nos casos graves, na dose de uma a duas ampolas por via intramuscular. A melhora do paciente ocorre de 30 minutos a três horas após a soroterapia. O Soro antilatrodectus atualmente disponível no Brasil é importado.
Sintomático:
Analgésicos, Benzodiazepínicos do tipo Diazepam, Gluconato de Cálcio 10% e Clorpromazina
Tratamento
Tratamento
Popularmente conhecidas como aranha-de-grama ou aranha-de-jardim;
Apesar de frequentes não são problema de saúde pública;
Aranhas errantes;
Frequentemente são achadas em gramados/jardins. 
HE
Lycosidae
Variam de tamanho;
Possuem um desenho similar a uma seta em seu dorso;
Podem atingir até 3cm de corpo e 5cm de envergadura;
Existem diversas espécies no Brasil: mais comum é a Lycosa erythrognatha;
Não causam acidentes graves para humanos.
HE
Lycosidae
Podem atingir 10 cm de corpo e 20cm de envergadura;
Mygalomorphae;
Existem diversas espécies no Brasil;
Frequentemente encontradas em residências;
Algumas são muito pilosas;
Não apresentam importância médica, pois não geram consequências graves;
Possuem variações em cores e tamanhos;
Caranguejeira
Ambas não possuem relevância médica;
Não causam quadros graves;
É caracterizado por:
Irritação na pele e mucosas; 
Causado por pelos urticantes que são liberados como forma de defesa (caranguejeira);
Dor discreta e transitória no local;
Quadros dermatológicos irritativos;
Quadro Clínico: Lycosidae e Caranguejeira
Utilizar analgésicos para alívio da dor;
Não há tratamento com soro específico 
Tratamento: Lycosidae e Caranguejeira
Prevenção
Utilizar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
Examinar calçados e roupas antes de usar;
Afastar cama das paredes;
Evitar acúmulo de lixo e entulhos;
Limpar regularmente atrás de móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
Manter limpos os locais próximos das residências;
 Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas;
Utilizar telas em janelas e vedar ralos;
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001.
Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos (Artrópodes e Peixes)/ Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Coordenação de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos - Brasília: Fundação Nacional de Saúde. CENEPI - Centro Nacional de Epidemiologia, 1992.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Secretaria de Vigilância em Saúde. 2010. Disponível em: https://www.cremerj.org.br/publicacoesonline/145/4/. Acesso em: 09 abril de 2021.
BRASIL. Ministério da saúde. Picadas de insetos e animais peçonhentos- parte 1. Ministério da Saúde. 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2101-picadas-de-insetos-e-animais-peconhentos-parte-1. Acesso em: 11 abril de 2021. 
Referências Bibliograficas
Obrigada!
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