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RESUMO - DNA

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RESUMO PROVA – 17/12/18 
• DNA: Formado por nucleotídeos (BASE INORGÂNICA, AÇÚCAR E FOSFATO) 
A e G: purinas / T e C: pirimidinas. A-T (2 lig de hidrog) / C-G (3 lig de hidrog) = 1 
• Eucromatina e heterocromatina são estados da cromatina. A heterocromatina é 
quando a cromatina (DNA + proteínas histônicas e não histônicas) está condensada, ou 
seja, os genes estão inativados, pois o próprio grau de condensação constitui uma 
barreia à transcrição. Já a eucromatina é a região elétron lúcida correspondente à 
cromatina descondensada, ou seja, os genes estão ativados, podendo ser transcritos. 
• Desnaturação ou ‘melting’: O DNA pode se desnaturar através do aumento da 
temperatura, diminuição da concentração de íons e sob pH extremos. 
• A metilação consiste na adição de um radical metil (CH3) no carbono 5 da base 
nitrogenada citosina. Após a adição do radical metil, a base nitrogenada metilada 
passa a se chamar 5-metil-citosina. Essa adição é feita por enzimas DNA-metil-
transferases (DNMTs). A metilação do DNA leva ao recrutamento de proteínas que 
causam a compactação da cromatina, impedindo que a enzima RNA-polimerase se 
ligue à molécula. Dessa forma não ocorre a expressão gênica, uma vez que a RNA-
polimerase é a enzima responsável pela transcrição, ou seja, pela síntese de RNA a 
partir da informação contida na fita do DNA. Normalmente, regiões da molécula de 
DNA nas quais não existem genes ativos (regiões chamadas de heterocromatina) são 
notadamente compactadas e metiladas. 
• A acetilação de histonas, consiste na adição de um radical acetil (COCH3) nos resíduos 
de lisina das histonas e ocorre por meio de enzimas chamadas Histona Acetil-
Transferases (HATs). A acetilação das histonas resulta na descompactação da 
cromatina, o que permite a expressão gênica. As enzimas Histonas Desacetilases 
(HDACs) retiram o radical acetil, promovendo a compactação da cromatina e inibindo a 
transcrição. 
• DNA + PROTEÍNAS (histonas* -> proteínas pequenas ricas em arginina e lisina) = 
CROMATINA. 
*As histonas se agregam e foram estruturas (nucleossomos) elipsoides em torno dos 
quais o DNA se enrola. 
• REPLICAÇÃO: Semiconservativa (as duas fitas se desenrolam e servem de molde para a 
nova fita); Assincrônica (a replicação não se dá ao mesmo tempo em todas as 
moléculas de DNA de um núcleo); Múltiplas origens; Bidirecional (envolve duas 
forquilhas de replicação que se movem em direções opostas); Fita líder (mesma 
direção da forquilha) e Fita descontínua (fragmentos de Okazaki). 
Enzimas participantes: DnaA (proteína que causa separação das fitas nas origens de 
replicação); Helicase; Proteína SSP (mantém a estabilização e evita que as pontes de 
hidrogênio se refaçam e sofram torções; além de proteger contra nucleases); RNA 
primase (primer - são segmentos de RNA, com 1 a 60 ribonucleotídeos necessários à 
iniciação da replicação do DNA. Os iniciadores são necessários para o início 
da replicação do DNA, uma vez que a DNA polimerase III necessita de uma 
extremidade 3' (grupo hidroxilo) livre para iniciar a síntese de DNA.); DNA polimerase 
(síntese de DNA – polimerase delta {catalisa a síntese da fita contínua} e polimerase 
alfa {síntese de fita descontínua}); DNA ligase (une as duas fitas); Topoisomerases 
(enzimas que permitem as alterações no grau de superenrolamento do DNA, 
promovendo a quebra transitória de ligações fosfodiéster, gerando uma forma 
intermediária, na qual a proteína continua ligada ao DNA, covalentemente, permitindo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Replica%C3%A7%C3%A3o_do_DNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_polimerase_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidroxila
assim, que as fitas do DNA passem umas sobre as outras, alterando o 
superenrolamento da molécula. EX: DNA girase). 
Como os DNA polimerases só agem no sentido 5’->3’, elas são incapazes de replicar a 
extremidade 5’ até o fim. Dessa forma, em ciclos sucessivos de replicação, o 
cromossomo iria se encurtando progressivamente. Para evitar isso, a Telomerase (uma 
transcriptase reversa) catalisa a síntese de telômeros. 
Uma proteína móvel age como uma cinta reguladora que “prende” a DNApol na fita 
de DNA molde. 
MECANISMO DE REPARO: DNA polimerase; Nuclease reparadora (corta as ligações 
fosfodiester entre os nucleotídeos); Desaminação e apurinização (repara o 
aparecimento de uracilas no lugar de citosinas); Dímeros de timina (são produzidos 
pela luz UV e são retirados por enzimas especiais). 
• TRANSCRIÇÃO: Ocorre no núcleo!! A fita de DNA é transcrita na linguagem de quatro 
bases do RNA (A, U, C e G). Apenas a cadeia 3’->5’ de DNA é transcrita; portanto a fita 
de RNA é formada no sentido 5’->3’ (à jusante {sentido da fita} e à montante {sentido 
contrário}). 
TATA BOX: TATA binding protein (TBP) é um fator de transcrição que se liga 
especificamente a uma sequência de DNA denominada caixa TATA. Esta sequência de 
ADN é encontrada a 25-30 pares de bases anteriores ao sítio de iniciação da 
transcrição em alguns promotores de genes eucariontes. 
Éxons e Íntrons (genes não codificadores). Os transcritos primários são os RNAs 
precursores (pré-RNA) e precisam passar pelo processamento de RNA para originarem 
mRNA funcional. 
Conforme emerge da superfície da RNA polimerase, a extremidade 5’ da cadeia do 
novo RNA é atacada por enzimas que sintetizam a cap 5’ (é gerada pela ligação 5'-5' 
trifosfato entre a extremidade 5' de uma molécula de mRNA precursora e 
um nucleotídeo alterado (GMP metilado)), que protege da degradação enzimática e 
auxilia a exportação para o citoplasma. Existe também a poli A que agrega uma 
sequência de 250 adeninas na extremidade 3’, com a mesma finalidade que a cap 5’. 
Promotor (sítio específico); RNA polimerase (existem 3 tipos: RNA polimerase I, II e III. 
A II sintetiza RNAm e a III o RNAt); Fatores de transcrição (ESPECÍFICOS - chamados de 
facultativos {ativadores/repressores} BASAIS – são chamados de constitutivos {se 
unem ao TATA}). 
Splicing alternativo (retiram IN e juntar os EX). 
SEQUÊNCIA DOS FT: TFIID + TBP = alteração da estrutura da cromatina e atração dos 
FT basais junto com a RNA polimerase. 
• TRADUÇÃO: Ocorre no citoplasma (ribossomo)!! RNAm (sequências de RNA); RNAt 
(sequência de anticódons) e RNAr (produz a proteína). 
Códon de Iniciação: AUG / Códon de parada: UAA, UAG ou UGA. 
ETAPAS: Iniciação (fatores de iniciação IF) / Alongamento (fatores de elongação EF) / 
Terminação (fatores de terminação eRF). 
Para degradação de proteínas curtas usa-se uma sequência de aminoácidos chamadas 
PEST (prolina, ácido glutâmico, serina e treonina) que são reconhecidas pela ubiquitina 
e degradadas nos proteassomos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nucleot%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guanosina_monofosfato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metila%C3%A7%C3%A3o
 
• CICLO CELULAR: Interfase (crescimento e duplicação) e Mitose (divisão). 
• Interfase: G1 (as células se preparam para entrar na síntese de DNA; fatores de 
crescimento {fatores de competência – inicie o processo de divisão; fatores de 
progressão – progrida no ciclo}; crescimento e síntese de proteínas) / START ou PONTO 
DE RESTRIÇÃO (R) / S (duplicação) / G2 (condensação dos cromossomos) / G0 (estado 
não proliferativo). 
• Mitose: Cromossomos duplicados (cromátides – irmãs + centrossomos {par de 
centríolos + material amorfo}). 
FASES: Prófase (filamentos delgados; condensação dos cromossomos pelas 
condensinas; nucléolo se desfaz; formação dos cinetócoros) / Prometáfase (dissolução 
do envelope nuclear, desmontagem da lamina nuclear e os microtúbulos capturam os 
cinetócoros) / Metáfase (cromossomos visíveis no microscópio por conta de sua 
máxima condensação, ligação dos cromossomos ao fuso, cromossomos na placa 
equatorial) / Anáfase (destruição das coesinas que unem as cromátides – irmãs pela 
separase {a colchicina evita que oscromossomos migrem para os pólos}) / Telófase 
(cromossomos atingem os pólos, desaparecimento dos microtúbulos, reconstituição 
dos núcleos, divisão citoplasmática). 
 
• CONTROLE DO CICLO CELULAR: FATORES EXTRACELULARES (Fatores de crescimento 
{fatores de competência – fator de crescimento derivado de plaquetas PDGF; fatores 
de progressão – fator de crescimento epidérmico EGF, fator de crescimento 
semelhante à insulina tipo 1 IGF}); FATORES INTRACELULARES (Ciclinas e cinases 
dependentes de ciclina CdK regulam através da fosforilação em sítios regulatórios 
específicos. A concentração das CdKs permanece constante durante todo o ciclo, 
porém não apresentam atividade a não ser que estejam associadas com as ciclinas. 
Estas, por sua vez, só estão presentes na etapa específica do ciclo, restringindo a 
atividade da CdK {Ciclinas de G1 – ciclina D com CdK 4 e 6; Ciclinas de G1/S – ciclina E 
com CdK 2; Ciclinas de S – ciclina A com CdK 1 e 2; e Ciclinas de M – ciclina B com 
CdK1}). 
• Aminoácido -> Fosforilado pela Cak (cinase ativadora de CdK) -> Alteração 
conformacional da CdK (Alça T -> Ciclina + Alça T -> Fosforilação da treonina -> 
Exposição do sitio ativo -> Aminoácido ...) -> Ativação da CdK -> Fosforilação de outras 
proteínas. 
• FASE G1: CdK 4 e CdK6 + ciclina D -> fosforilação de Rb inativando-a -> liberação de E2F 
(fator de transcrição) -> transcrição de genes -> tradução dos genes CdK 2 + ciclina E -> 
fosforilação de Rb -> retroalimentação positiva -> aumento de E2F -> célula ultrapassa 
o INÍCIO. 
• FASE G1/S: CdK2 + ciclina E -> complexo SPF -> abertura das origens de replicação -> 
ativação da DNA polimerase, da helicase ... 
• FASE S: CdK 1 e CdK2 + ciclina A-> fosforilação do complexo ORC -> replicação do DNA. 
• FASE M: proteína Bora -> fosforilação Aurora A -> fosforilação aminoácido Thr210 -> 
ativação da quinase PLK -> ativação da fosfatase Cdc25 -> ativação do complexo CdK 1 
+ ciclina B -> fosforilação das laminas -> mitose. 
• Os níveis de ciclina são controlados: Controle transcricional; Degradação proteica (a 
ubiquitina {SCF e APC/C} poliubiquitiniza os substratos proteicos, marcando-os para 
degradação pelo proteossomo); Inibidores de Cdk (CKI) que se ligam diretamente ao 
complexo ciclina – CdK e inibem sua atividade. 
• MECANISMOS DE VIGILÂNCIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Meiose: Meiose 1 (Prófase 1 {leptóteno, zigóteno, paquíteno, diplóteno e diacinese} 
acontece condensação dos cromossomos, pareamento dos homólogos, ocorrência de 
Quebras de 
fita dupla 
Paradas da forquilha 
de replicação 
Malpareamento de 
DNA 
Lesões nos nucleotídeos 
ATM, ATR 
Chk 2, Chk1 
Reparo Cdc25 P53 
CDKs P21 Apoptose 
crossing-over, inicio da visualização do quiasma, terminalização da visualização do 
quiasma; Metáfase 1, os cromossomos atingem seu maior grau de condensação e se 
alinham na placa equatorial; Anáfase 1, separação dos cromossomos homólogos; 
Telófase 1, desaparecimento do fuso acromático, reorganização do núcleo, 
cromossomos ainda duplicados, formam-se dois núcleos em pólos opostos da célula). 
Meiose 2 – segue os mesmos passos da mitose (Prófase 2, Metáfase 2, Anáfase 2 e 
Telófase 2). 
• Radiação ionizante é aquela que consegue retirar um elétron do átomo. Temos o raio x 
e o raio gama. Quando um átomo perde elétrons, toda a sua estrutura molecular pode 
ficar comprometida. Mecanismo direto – atinge o DNA e indireto – quebra a molécula 
da água, resultando na formação de radicais livres. Efeitos biológicos: Reações 
teciduais (resultam de dose alta e somente surgem após uma dose limiar; um dos 
principais efeitos é a morte celular) e Efeitos estocásticos (pode ser induzido por 
qualquer dose, mas a gravidade do efeito não depende dela, porém a probabilidade de 
ocorrência aumenta com a dose; o principal é o câncer). Efeitos no DNA: Mutações 
gênicas (perda ou transformação de informações codificadas na forma de genes) e 
Quebras da molécula (perda da integridade física). 
• A célula cancerosa prolifera muito, perde a capacidade de aderência, secreta enzimas 
que atacam a matriz extracelular, invade tecidos vizinhos, penetra nos vasos 
sanguíneos e linfáticos, secreta moléculas que estimulam a angiogênese (1. 
Degradação da membrana basal que envolve o capilar; 2. Migração das células 
endoteliais que revestem o capilar para dentro do tumor; 3. Formação de nova 
membrana basal ao redor do capilar recém-formado. FATORES ESTIMULANTES: TGF 
ALFA, VEGF, FGF BETA) e se espalha pelo organismo. CARACTERÍSTICAS: Alta relação 
núcleo – citoplasma, nucléolos proeminentes, aumento de células mitóticas e formam 
um aglomerado tridimensional de células, dependem da glicólise e formam muito 
lactato, além de expressarem telomerase, evitando o encurtamento dos telômeros. 
• METÁSTASE: Capacidade de penetrar na membrana basal através de uma célula 
saliente, chamada “invadopódio” e depois migrar para outros locais. EMT – 
TRANSIÇÃO EPITELIAL MESENQUIMAL: É um processo normal na formação de alguns 
órgãos que requer alterações no padrão de expressão gênica e resultam em 
mudanças, como perde de adesão, da polaridade e obtenção de propriedades 
migratórias. Acredita-se que durante a metástase, as vias regulatórias da EMT sejam 
ativadas. 
• PROTO-ONCOGENES: Genes normais que promovem o crescimento celular pela 
codificação de proteínas. Exemplo: H-ras, src, L-myc. 
• ONCOGENES: Mutações nos proto-oncogenes, resultando na ativação excessiva do 
crescimento celular. São dominantes e basta uma única cópia para que a célula normal 
se desenvolva em cancerosa. Oncogene Ras (permanece ativada de forma 
permanente, enviando sinais constantes para a célula se dividir). MECANISMOS DE 
PRODUÇÃO DOS ONCO A PARTIR DOS PROTO: Mutação pontual, translocação 
cromossômica e amplificação. 
• GENES SUPRESSORES DE TUMOR: Genes recessivos (o câncer só aparece quando os 
genes estão ausentes ou defeituosos nos dois cromossomos do genoma). Alguns 
codificam proteínas que mantêm as células em G0. Gene Rb (codifica a proteína fator 
supressor de tumor pRb; Não fosforilada -> Rb se liga a fator de transcrição -> parada 
do ciclo celular. Regulada pela quinase p34), BRCA1 E BRCA2, APC. 
Gene p53: A forma mutada tende a se acumular no núcleo das células, podendo ser 
facilmente detectada por métodos imunológicos, já a forma normal tem uma vida 
média curta, sendo degradada rapidamente. Tem a função de monitorar a integridade 
da célula, impedindo a proliferação de células mutadas. Caso o processo de reparo não 
seja eficiente, a p53 dispara o mecanismo de apoptose. Gene p53 -> ativação da p21 -> 
inibição das CdK 2 e 4 (ciclinas D e E). 
Outras enzimas: O p53 é inativado pela Mdm2 por vários mecanismos: 1. A Mdm2 se 
liga ao domínio de transativação e bloqueia a atividade do p53; 2. Promove a 
exportação nuclear do p53 para o citoplasma e 3. Serve como ligase de ubiquitina, 
promovendo a degradação do p53. / O oncogene MCT – 1 também promove a 
degradação do p53. / A FoxO pertence a uma família de genes de fatores de 
transcrição e compartilha funções semelhantes com a p53. 
• Apoptose: Morte celular fisiológica ou programada que acontece ao final de uma série 
de alterações morfológicas. Na apoptose, os constituintes intracelulares não são 
liberados no meio extracelular, onde poderiam ter efeitos prejudiciais para as células 
vizinhas. MECANISMOS DE APOPTOSE: Fator trófico (fator trófico presente -> 
fosforilação de Bad -> Inativação de Bad -> ligação de Bad à proteína 14-3-3 -> Bcl-2 
ativa -> Inibição da apoptose. Portanto é importante que o fator trófico não esteja 
presente -> Ativação de Bad -> Ligação de Bad + Bcl-2 -> Bcl-2 inativada -> Abertura da 
PTPC -> liberação do citocromo c ->citocromo c + Apaf 1 -> pró – caspase 9 -> caspase 
9 -> pró – caspase 3 -> caspase 3 -> apoptose); Receptores específicos (TNF -> TNF – R 
+ TRADD + FADD + RIP + TRAF -> pró – caspase 8 -> caspase 8 -> pró – caspase 9 -> 
caspase 9 -> pró – caspase 3 -> caspase 3 -> apoptose). 
Necrose: Morte acidental produzidas por traumatismos, substâncias tóxicas, 
obstruções vasculares etc. As células aumentam de volume e se rompem, liberando 
seus componentes intracelulares. 
• IMUNOLOGIA: Respostas contra tumores apresentam especificidade e memória, e são 
a função mais importantes dos Linfócitos T. Antígenos específicos de tumores/ 
Antígenos associados a tumores. Células T auxiliares – CD4 reconhecem MHC 1 
(derivados de proteínas endógenas) e células T citotóxicas – CD8 reconhecem MHC 2 
(derivados de proteínas exógenas). Células NK agem principalmente nas células que 
possuem expressão de MHC 1 reduzida; Macrófagos podem inibir (macrófagos M1 por 
mecanismos que incluem a liberação de enzimas lisossômicas, ERO ou NO e TNF que 
causa trombose em vasos sanguíneos do tumor) ou promover (macrófagos M2 liberam 
VEGF, TGF BETA) as células cancerosas. 
• PADRÃO DE CRESCIMENTO CELULAR: Hipertrofia (aumento do tamanho da célula) 
Hiperplasia (aumento localizado e autolimitado do n de células) Metaplasia (processo 
proliferativo de reparo resultando em tecido diferente do normal) Displasia 
(alterações de forma, tamanho ou organização da célula, considerado pré-cancerosa). 
• CAQUEXIA NO CÂNCER: Perda de peso involuntária, superior a 5% do peso corporal 
habitual de forma rápida. É considerada uma síndrome multifatorial que determina a 
perda de proteínas e gordura corporal, prejuízo do sistema imunológico, disfunções 
metabólicas, alta incidência de anemia e alta mortalidade. Pode ser primária, que 
resulta da interação do tumor e do hospedeiro e a secundária, em que o paciente 
diminui a ingestão de alimentos. 
• LESÕES PROLIFERATIVAS BENIGNAS DE PELE E MUCOSAS: 
1. Verrugas: lesões benignas restritas à epiderme, porém contagiosas e provocados 
pelo PAPILOMA VÍRUS HUMANO – HPV. O vírus é espécie-específico, com um 
grupo infectando a pele e outro a genitália. 
Laceração na pele -> Células basais -> Aumento do número de células causado 
pelo vírus -> Espessamento da camada basal e espinhosa -> Formação de verrugas 
e condilomas -> Amadurecimento das células e do vírus -> Liberação dos vírus 
junto com as células mortas. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Verruga vulgar (lesão tipo 
pápula, normocrômica, ceratósica com pontos enegrecidos na superfície, 
assintomática, no dorso das mãos e pés) / Verruga plantar (lesões planas, 
hiperceratórico, dolorosa, crescimento endofítico) / Verruga plana (pápulas 
planas, cor levemente amarelada, ligeiramente salientes) / Verruga filiforme 
(predomina na face e no pescoço, semelhante a uma espícula) / Condiloma 
culminado (verrugas anogenitais, causado pelo HPV 6 e 11, lesões cor da pele, 
acinzentadas, vermelhas ou hiperpigmentadas). 
2. Neoplasia Cervical: HPV 16 e 18, geralmente assintomática ou com prurido, 
alterações no colo do útero. 
3. Molusco Contagioso: Pápulas com umbilicação central 0,5 cm, cobertura central 
esbranquiçada, localizada na epiderme, geralmente agrupadas e sem base 
eritematosa, indolores. Causada pelo vírus Poxviridae. Receptores -> Penetração 
por endocitose -> Entrada no citoplasma -> Produção de RNA viral. 
• CÂNCER DE PELE: A UVB é a responsável pelos efeitos nocivos dos raios ultravioletas 
por ser mais absorvida pelo DNA. A luz UV induz lesões nas bases do DNA 
(fotoprodutos de DNA – dímeros de timina {é a ligação covalente entre dois resíduos 
de timina adjacentes dentro de uma molécula de ADN}) que causam distorções na 
estrutura do DNA e promove um bloqueio físico na replicação e transcrição. A 
remoção desses fotoprodutos só ocorre pela via de reparo denominada reparo por 
excisão de moléculas (NER), com a participação das helicases que clivam a molécula e 
das ligases. 
MECANISMO DE REPARO APÓS LESÕES VIA RUV: 
Ativação quinase ATR -> Fosforilação e ativação da ChK1 -> Degradação da Cdc25A -> 
Inibição da Ciclina E CdK2. 
ATR -> Fosforilação da p53 -> Ativação da p21 -> Inibição da Ciclina E CdK2. 
TIPOS DE CÂNCER DE PELE: Não – Melanoma (Basocelular: tumor nevoide, nódulo 
ulcerativo, pápula rósea, bordas cilíndricas, translúcidas e finas telangiectasias, 
raramente evolui para metástase, perlácea -> nódulo -> úlcera -> crosta / 
Espinocelular: espessamento da pele, pápula eritemato – queratósica endurecida ou 
nódulo com base infiltrada, com crescimento progressivo e pode ficar aderido a planos 
profundos, pode ulcerar, ficar queratósica ou tornar-se vegetante, acomete mais 
orelhas, lábios e genitais) e Melanoma (pode surgir do novo ou estar associado a um 
nevo atípico de 0,5 cm de diâmetro, centro mais escuro, periferia mais clara, com 
impressão de “ovo frito”. Regra do ABCD: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variável, 
Diâmetro). 
• CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: Órgão fibromuscular revestido por uma membrana 
mucosa e dividido em ectocérvix (parte externa, arredondada e convexa, coberta por 
epitélio escamoso pavimentoso estratificado não queratinizado) e endocérvix (epitélio 
colunar glandular simples). A junção escamo – colunar (JEC) é o local onde o epitélio 
ecto encontra o endo. A zona de transformação (ZT) é a área da cérvix que 
compreende o epitélio que sofreu metaplasia escamosa, caracterizado por epitélio 
escamoso imaturo. 
Neoplasia Intraepitelial Cervical: Alterações pré-cancerosas no epitélio cervical da ZT. 
NIC I: displasia leve, certa preservação do epitélio, processo autolimitado, aumento 
discreto na relação núcleo/citoplasma, hipercromasia não intensa, contorno nuclear 
ligeiramente irregular. NIC II: maturação epitelial alterada, camadas desorganizadas, 
atipias nucleares mitoses típicas e atípicas. NIC III: perda de maturação e 
desorganização em todas as camadas do epitélio, células imaturas e mitoses atípicas 
em todas as camadas. 
O carcinoma epidermoide (células escamosas) compreende 90% das neoplasias, 
seguida pelo adenocarcinoma (epitélio glandular). Os adenoescamosos, sarcomas e 
linfomas são mais raros. 
Atividade sexual precoce, gestação precoce, multiparidade, coinfecção por agentes 
infeciosos como a Chlamydia. 
Exames: Calpacitologia – Papanicolau, retira-se, com auxílio de uma espátula ou 
escova, esfregaços vaginais/ Colposcopia, avalia o colo do útero por via de um 
instrumento que amplia e ilumina. 
• CÂNCER DE PULMÃO: O fumo é um fator de risco para câncer de pulmão, esôfago, 
boca, faringe, etc. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) e N – nitrosaminas 
(NNK E NNN) são os principais fatores carcinógenos. A atividade da NNK pode estar 
relacionada com o acúmulo da enzima DNA metiltransferase 1, catalisadora da 
metilação do DNA. A maior parte desses carcinógenos sofre metabolização pela via do 
citocromo P450, sendo convertidas a formas moleculares polares altamente 
hidrossolúveis. 
TIPOS: Não – Pequenas Células (Carcinoma epidermoide: tem localização central ou 
proximal da árvore traqueobrônquica em 60 a 80% dos casos, os outros casos se 
localizam em área periféricas do pulmão; geralmente se disseminam por linfonodos 
regionais). Adenocarcinoma: Geralmente com localização periférica, com origem nas 
porções mais distantes da arvore traqueobrônquica; tem um subtipo, o carcinoma 
bronquíolo-alveolar, que possui pior prognostico por sua característica infiltrativa e 
espalhamento pelos espaços alveolares. Grandes Células: Localização periférica, pior 
prognostico, células gigantes, células claras e células fusiformes, massa grande com 
necrose) e Pequenas Células (Maior agressividade, tumor central e hilar, tendendo a 
estenosar os brônquios, pequenas células parecidas com grãos de aveia, com pequena 
quantidade de citoplasma, sem diferenciação escamosa ou glandular,estão 
tipicamente dispostas em grupos). 
• CÂNCER DE ESTÔMAGO: Se localizam mais comumente na região antro pilórica, 
seguindo na curvatura menor, corpo, região da cárdia e fundo gástrico, e por fim, na 
curvatura maior. Adenocarcinoma (95% Tipo intestinal: bem diferenciado, esporádico, 
ligado a fatores ambientais, como álcool, tabaco e dieta, relacionado à H. Pylori e 
segue a ordem de alteração da mucosa. Tipo difuso: não tem sequência, perda da 
expressão de E-caderina ( E-caderina é uma glicoproteína membranar que 
desempenha um papel crucial na adesão célula-célula), pior prognostico, relação com 
hereditariedade), Linfoma, Leiomiossarcoma e Tumores Carcinoides. 
Gastrite crônica -> Atrofia -> Metaplasia intestinal ->Displasia -> Carcinoma precoce -> 
Invasão -> Metástase. 
• LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA: São doenças originarias da transformação neoplásica 
de células progenitoras da medula óssea. Anemia, plaquetopenia, neuropenia, história 
aguda, palidez, astenia, febre, manifestações hemorrágicas, dor em membros, dor 
óssea. Classificação morfológica: L1 (linfoblastos pequenos, com contorno regular, sem 
basofilia), L2 (blastos de diversos tamanhos, irregularidade de contorno, citoplasma de 
diversos tamanhos e basofilia) e L3 (células grandes com nucléolos e basofilia). Pode 
haver envolvimento do SNC, a partir de presença de blastos no líquor. 
A imunofenotipagem é importante para diferenciar a linhagem mieloide da linfoide, 
diferenciar a linfoide B ou T o estágio da diferenciação (pró B, pré B, pré B de 
transição, B madura e T) e a origem clonal da célula leucêmica. 
• CÂNCER DE PRÓSTATA: A próstata é um conjunto de 30 a 50 glândulas 
tubuloauveolares e possui três zonas distintas: a zona central, a de transição e a 
periférica (cerca de 70% da glândula); epitélio cuboide ou pseudoestratificado colunar, 
com estroma fibromuscular. É na maioria das vezes adenocarcinomas (acomete tecido 
epitelial glandular) e mais na zona periférica. 
Epitélio normal -> Atrofia inflamatória proliferativa -> neoplasia intraepitelial -> Câncer 
localizado -> câncer metastático. Leva à ruptura da arquitetura normal da próstata, o 
que libera uma proteína específica produzida na glândula, o antígeno prostático 
específico (PSA >2,5 ng/ml). Rápida disseminação antes dos sintomas locais 
aparecerem, e a metástase óssea é comum. Também se avalia pelo toque retal, onde 
se analisa o tamanho, a forma, a sensibilidade, o aspecto fibroelástico. 
Hiperplasia Prostática Benigna (HPB): está mais presente na zona de transição, 
interfere nas atividades diárias e no padrão do sono, podendo levar à retenção 
urinária, hidronefrose e insuficiência renal, e pelo envolvimento da uretra, pode causar 
sua obstrução e levar à polaciúria, jato fraco, tenesmo vesical, infecções e cálculos 
renais. Crescimento sob ação da testosterona. 
 
HISTOLOGIA 
• Regulação em Procariotos: Elemento essencial da regulação: rapidez com os genes se 
“ligam” e “desligam” em resposta a mudanças ambientais (temperatura, pH, 
nutrientes, oxigênio, stresse...). Classificação quanto a forma de expressão: 
Constitutivas - não variam com mudanças ambientais / Induzidas - variam de acordo 
com o ambiente. Organização das unidades transcricionais: Operons (Unidade de ação 
gênica: gene operador e genes estruturais; Genes que pertencem a uma mesma rota 
metabólica; Regulados em conjunto; Dispostos linearmente no DNA bacteriano; Os 
produtos proteicos dos genes reguladores interagem com elementos de controle. 
• Regulação em Eucariotos: Regulação da transcrição (Condensação da cromatina, 
Promotores cis e trans, Fatores de transcrição, Resposta hormonal e nutricional, 
Processamento e estabilidade do RNAm).

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