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– CANAIS IÔNICOS, EXCITABILIDADE E POTENCIAL DE AÇÃO → Entre você pensar em executar determinada ação, e executar essa ação, o espaço de tempo desses dois atos pode ser de até 10 ms (milissegundos) → Velocidade de condução do impulso elétrico = 430 km/h → A rapidez e a eficiência do sistema nervoso dependem da bioeletrogênese → Bioeletrogênese é a propriedade que células excitáveis (como neurônios e os músculos) tem em gerar e diferenciar seu potencial elétrico através da membrana A bioeletrogênese também ocorre, por exemplo, nas células beta pancreáticas, durante a secreção de insulina → Bioeletrogênese = geração de eletricidade em determinadas células ou tecidos. Eletricidade = fluxo de carga elétrica/elétrons → Bioeletrogênese = propagação de sinal elétrico → Experimento de Alessandro Volta (século XIX): estimulava a contração muscular nos membros inferiores de rãs através de sistemas de pilhas e soluções iônicas (condução de eletricidade) → Em 1792, Galvani descobriu que o circuito do sistema nervoso é fechado (sem a necessidade de interferências elétricas externas para que ocorra o correto funcionamento → Potencial elétrico é a capacidade de geração de energia e, consequente, realização de trabalho. No potencial elétrico, um corpo energizado pode atrair e repelir elétrons → Potencial elétrico ≠ Potencial de ação → Potencial de ação = propagação do sinal elétrico → O que depende da energia do potencial elétrico: Transporte de moléculas Potencial de ação Regulação do pH celular Secreção de hormônios e de neurotransmissores Secreção, absorção e reabsorção de substâncias (néfrons e trato gastrointestinal) CÉLULA E PILHA: QUAIS SEMELHANÇAS? → O potencial elétrico só vai ocorrer, em uma célula, se houver ddp entre os meios intra e extracelular → Ddp = diferença de potencial. É a diferença de polaridades – PRINCIPAIS ÍONS DENTRO DA CÉLULA → As diferenças de concentrações dos íons nos meios intracelular e extracelular vão interferir na polaridade da célula → O “normal” da nossa célula, é sempre possuir uma diferença de potencial de membrana (ou potencial de membrana). O meio extracelular será mais positivo, e o meio intracelular, mais negativo → Os íons transitam passivamente por: Gradiente químico: diferença entre concentrações de íons Gradiente elétrico: diferença entre a carga de um íon e o potencial elétrico da membrana → O gradiente químico pode alterar o gradiente elétrico → Feedback positivo e feedback negativo Exemplo: a hipófise produz FSH. O FSH vai amadurecer o folículo ovariano. O ovário vai, então, produzir estrogênio. O aumento de estrogênio vai ser sinalizado na corrente sanguínea que, por sua vez, vai enviar mensagens para a hipófise parar de produzir FSH. = Feedback negativo. O feedback positivo seria se uma mensagem induzisse o aumento de determinada substância/hormônio e afins – CONCEITOS BÁSICOS DE FLUXO DE ÍONS PELA MEMBRANA E CARGAS ELÉTRICAS → Em um estado normal, a membrana plasmática impede a passagem de íons, tanto para dentro quanto para fora da célula. → A passagem de íons, seja para o meio intracelular, seja para o meio extracelular, só ocorre através de proteínas canais, bombas ou transportadores primários e secundários e isso sempre vai requerer gasto de ATP (transporte ativo) AS 3 PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS CANAIS IÔNICOS → Reconhecimento por íons específicos → Sua abertura e seu fechamento dependem de sinais específicos (elétricos, químicos ou mecânicos) → A condução de íons é extremamente rápida, chegando a uma velocidade de 10^8 íons/minuto/canal. Essa propriedade proporciona o grande fluxo de cargas elétricas QUEM CRIA A DDP? → Os responsáveis pela criação de DDP na célula, são: Bomba de sódio e potássio Canal de sódio Canal de potássio CANAIS IÔNICOS DEPENDENTES DE VOLTAGEM → São canais que mudam sua conformação quando a voltagem é alterada → Os canais iônicos alteram sua conformação quando sensibilizados por íons – CÁLCULO DO POTENCIAL DE EQUILÍBRIO DE UM ÍON → O equilíbrio eletroquímico é definido quando os gradientes químico e elétrico são nulos. → O equilíbrio eletroquímico é calculado pela equação de Nernst: → A tendência é os íons buscarem seu potencial de equilíbrio → O principal fator de interferência na busca pelo potencial de equilíbrio é o nível de permeabilidade da membrana ao íon em questão POTENCIAL DE REPOUSO → Toda e qualquer célula possui um DDP (diferença de potencial) quando em repouso → Todas as membranas celulares são eletricamente negativas → Esse potencial varia: -90 mV < Vm < -20 mV → Esse potencial, descrito acima, vai variar de célula para célula, de tecido para tecido, de acordo com a concentração de íons → Os neurônios, por exemplo, irão possuir uma DDP de -70 mV (mili volts) – COMO SE AVALIA O POTENCIAL DE AÇÃO? → Utilização de um multímetro (mede DDP) → Na figura acima temos um neurônio (em repouso/sem estímulo nenhum) inserido em uma solução, e dois eletrodos ligados a essa solução. (eletrodo vermelho é positivo, eletrodo preto é negativo). A medição dessa DDP foi 0, pois da solução para a solução, não há diferença de potencial. → Nessa segunda figura, o eletrodo vermelho foi inserido dentro da membrana do neurônio(ainda em repouso), enquanto o eletrodo preto continuou em contato com a solução. O multímetro verificou, então, uma DDP de – 60 mV → Na terceira figura (acima), temos o eletrodo vermelho ligado a uma parte mais – próxima do corpo do neurônio, e o eletrodo preto próximo da parte terminal do axônio. Nessa etapa, o neurônio foi eletricamente estimulado. O resultado que o multímetro detectou foram alterações passageiras na diferença de potencial, registradas graficamente na forma de potencial de ação (pico) ou na forma de ondas de despolarização de baixa amplitude. Isso ocorre porque há um trânsito de elétrons dentro da célula. TRANSMISSÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO → Quando o neurônio recebe um estímulo (elétrico, químico ou mecânico), a permeabilidade da membrana é alterada, e os íons de sódio saem do meio extracelular para o meio intracelular através dos canais de sódio. Simultaneamente, ocorre uma pequena saída de íons de potássio por canais específicos, o que vai ocasionar numa inversão das cargas em torno da membrana (o normal é o meio extracelular mais positivo e o meio intracelular mais negativo). Essa inversão de cargas também é conhecida como despolarização, e configura o que chamamos de potencial de ação. Essa despolarização irá seguir pelos neurônios, em forma de impulso nervoso. Quando o impulso é, enfim, transmitido, a membrana é repolarizada (pela bomba de sódio e potássio), retornando ao estado de potencial de repouso. O POTENCIAL DE AÇÃO É UNIDIRECIONAL → O caminho do impulso nervoso, sempre, será: dendritos – corpo celular – axônio → Estímulo limiar: também chamado de “lei do tudo ou nada”, diz que o impulso nervoso só é gerado pelo neurônio se a intensidade do estímulo for igual (ou acima) de um limiar de despolarização, para que a membrana consiga ser despolarizada durante o potencial de ação, e repolarizada para o retorno ao potencial de repouso. – FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO → O gráfico se inicia no potencial de repouso (-70 mV) → O ponto 1 representa o momento que os íons de sódio começam a entrar na célula e atingir o limiar (-55 mV). Isso vai estimular a abertura de mais canais de sódio → A entrada de muitosódio na célula vai ser definida pelo momento da despolarização (ponto 3) → A despolarização vai chegar até +35 mV (ponto 4) onde haverá a ordem de fechamento dos canais de sódio e a interrupção da entrada desses íons na célula. A partir do ponto 4 também ocorre a entrada de íons de potássio na célula → O fechamento dos canais de sódio e a entrada de potássio na célula vão causar a repolarização da mmembrana (ponto 5) → A super entrada de íons de potássio na célula vai gerar uma hiperpolarização da membrana (ponto 6), chegando a -80 mV, o que é anormal para a célula. Nessa hora, a bomba de sódio e potássio entra em ação até atingir o potencial de repouso novamente (-70 mV) no ponto 7
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