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'Dany Sena TCC 1- Final'

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1
	Comment by Christiane Splicido: Não há logotipo
CENTRO UNIVERSITÁRIO E FACULDADES PROJEÇÃO PROJEÇÃO
ESCOLA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS
CURSO DE DIREITO
DANYELEN PRISCILLA FIALHO BRITO SENA
A RELAÇÃO DE CONSUMO FRENTE AO APLICATIVO UBER DIANTE AO DIREITO DE ARREPENDIMENTO À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NO BRASIL
BRASÍLIA/DF
2019
DANYELEN PRISCILLA FIALHO BRITO SENA
A RELAÇÃO DE CONSUMO
 FRENTE AO APLICATIVO UBER 
DIANTE AO DIREITO DE ARREPENDIMENTO 
A LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOS NO BRASIL
Projeto apresentado ao curso de Direito da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade Projeção como pré-requisito para aprovação na Disciplina TCC 1 e Metodologia de Pesquisa e para admissão na disciplina TCC 2.
Área de concentração: Direito do Consumidor.
Orientador: Prof. Alexandre Pereira da Rocha
BRASÍLIA/DF
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
1.1. Apresentação do Tema e Área de Concentração	6
1.1.1. Delimitação do tema	6
1.2. Formulação do Problema	7
1.2.1 Hipótese	7
2. JUSTIFICATIVA	7
3. OBJETIVOS	9
3.1. Objetivo geral	9
3.2. Objetivos específicos	9
4. METODOLOGIA 	10
4.1. Tipo de trabalho que pretende desenvolver	10
4.2. Métodos de Pesquisa	10
4.2.1. Métodos de abordagem	11
4.2.2. Métodos de procedimento	11
4.3. Técnicas de pesquisa	11
5. REFERENCIAL TEÓRICO	12
REFERÊNCIAS	18
1. INTRODUÇÃO verbos no impessoal e para o futuro = tratar-se-á, estudar-se-á....
Deixar claro o problema
	Os conceitos de consumidor e fornecedor estão previstos nos artigos 2° e 3° do Código de Defesa do Consumidor. Em síntese, consumidor é aquele que aufere produto ou serviço como destinatário final e, fornecedor é quem disponibiliza o produto ou serviço para o mercado. Ambos constituem uma relação de consumo.
De modo especial, a defesa do consumidor está presente no texto da Constituição tanto como direito fundamental quanto princípio da ordem econômica. O destinatário final dos produtos/serviços, antes desprotegido pelo ente estatal, passa a gozar de proteção máxima.
A relação de consumo está em constante evolução, ponto em que a Constituição Federal de 1988 consagrou o princípio de defesa do consumidor e logo após foi promulgado o Código de defesa do Consumidor (CDC) em 1990, o qual foi criado para assegurar ainda mais o consumidor, que é a parte mais vulnerável na relação de consumo. Por apresentar a vulnerabilidade como característica intrínseca, o consumidor aufere um maior amparo ao efetuar negócios jurídicos, buscando com isso, manter o equilíbrio da relação de consumo para com o fornecedor.
	Com o passar dos anos, uma das principais relações de consumo que mais cresce são as efetivadas por meio de comércio eletrônico (e-commerce), que são transações que ocorrem via internet, realizada com auxílio de recursos eletrônico, os quais utilizam como plataformas eletrônicas os computadores, tablets, smartphones etc., tudo isso por conta da comodidade e facilidade que é oferecida para os consumidores. 
	A consequência do crescimento exacerbado do comércio eletrônico está nas desigualdades da relação de consumo, onde o consumidor se encontra gradativamente mais vulnerável tendo seus direitos são diariamente violados.
	O CDC é a lei que visa assegurar os princípios constitucionais de proteção dos consumidores. Ele foi introduzido com o objetivo de restabelecer o equilíbrio na relação de consumo. O consumidor, por se tratar de um sujeito vulnerável (art. 4, inciso I do CDC), necessita de maior atenção quando realiza alguma transação comercial. Sendo assim, deve-se afastar as abusividades praticadas pelos fornecedores, independentemente da fase em que se encontra a relação de consumo. (SANTOS, 2019, p. 13)
	
	Falando de comércio realizado pelo ambiente virtual, é notório que um dos direitos mais violados pelas empresas do e-commerce, é o direito do arrependimento, o qual está disposto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990), que traz a seguinte redação: “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. ” (BRASIL, 1990).
	Há muitas empresas que estão crescendo no ramo do e-commerce e as que motivaram o interesse jurídico e pessoal dessa pesquisa foram as prestadoras de serviços de mobilidade urbana. A prestação de serviços fornecidas por essas empresas consiste em “caronas remuneradas”. Esse serviço funciona da seguinte forma: o usuário solicita uma viagem/corrida através de um aplicativo, e motoristas particulares cadastrados na empresa aceita a solicitação e presta o serviço. No entanto, caso o usuário desista da corrida após 5 minutos, a empresa cobra uma taxa de cancelamento. E ainda, se o consumidor requisitar reembolso pela taxa de cancelamento indevida, o mesmo ainda tem o ônus de justificar o motivo do cancelamento.
	Desta forma, surge a dúvida: o consumidor dispõe de 5 (cinco) minutos ou 7 (sete) dias para se arrepender da contratação do serviço solicitado pelo aplicativo, via internet?
Está claro que tal prática traduz em ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, pois como foi mencionado anteriormente, a Lei é clara quando se refere que o consumidor detém o direito de se arrepender em até 7 dias contados da contratação ou recebimento do serviço, e dentro desse período o consumidor não está obrigado a reportar o motivo da desistência. 
Diante dessa problemática atual, faz se importante a realização da presente pesquisa, com fim de demonstrar a importância do Código de Defesa do Consumidor, e ainda mostrar os pontos em que o mesmo está sendo violados por algumas empresas de mobilidade urbana, trazendo, dessa forma, prejuízos ao consumidor e deixando o CDC enfraquecido.
Por apresentar a vulnerabilidade como característica intrínseca, o consumidor precisa de uma maior proteção quando efetua negócios jurídicos, como meio de manter o equilíbrio diante do fornecedor
1.1. Apresentação do Tema e Área de Concentração 
O Tema consiste em demostrar a violação ao Direito do arrependimento tutelado pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990) previsto no artigo 49, caput o qual dispõe que “o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio”. (BRASIL, 1990)
O referido artigo não faz menção a internet, tendo em vista que quando o CDC fora criado, as compras on-line não eram tão comuns como são atualmente, no entanto quando o artigo 49 ao apontar o conceito “fora do estabelecimento comercial”, pressupõe-se as compras pelo ambiente virtual.
Com base nisso, cumpre analisar os regulamentos de algumas empresas referente ao prazo de reflexão que a mesma disponibiliza para o consumidor em contrapartida com o prazo estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor, sabendo que as empresas de mobilidade urbana fazem parte do e-commerce.
O presente trabalho contemplará o Direito do Consumidor e em alguns pontos, o Direito Constitucional, mais precisamente quando fala-se na consagração do princípio de defesa do consumidor.
1.1.1. Delimitação do tema 
	Analisar a legalidade das cobranças de taxa de cancelamento por desistência de viagem dos usuários de aplicativos de mobilidade urbana com finalidade de mostrar se há violação presente no Código de defesa com consumidor, em especial, ao artigo 49, o qual trata-se do Direito do Arrependimento que consiste em compras de produtos ou serviços realizados “fora do estabelecimento comercial”.
1.2. Formulação do Problema 
		
		A luz do CDC, os aplicativos de mobilidade urbana podem cobrar taxa de cancelamento da corrida solicitada pelo usuário que desistir da contratação do serviço, após cinco minutosem que o serviço fora contratado?
	
1.2.1 Hipóteses 
	
		Caso o consumidor desista do serviço contratado pelo aplicativo de mobilidade urbana após cinco minutos contados da contratação do serviço, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a empresa não poderá cobrar pela desistência do usuário, razão pela qual o consumidor possui prazo de até sete dias, contados, neste caso, da contratação do serviço, para desistir do serviço sem ser punido pela sua decisão. Trata-se do direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC, e esse prazo de 7 dias estipulado pelo CDC é o chamado prazo de reflexão. Sendo assim, se o consumidor pagar a taxa de cancelamento imposta pela empresa prestadora do serviço dentro do prazo de reflexão, essa taxa é considerada abusiva, devendo o fornecedor restituir o consumidor imediatamente os valores pagos pelo consumidor. E ainda, essa restituição deve ser paga em dobro e acrescida de correção monetária e juros mora.
	2. JUSTIFICATIVA
	
		Os aplicativos de mobilidade urbana prestam serviços de transporte urbano privado gerando muita comodidade e facilidade para a população. Tal serviço é conhecido como “carona remunerada”, pois o mesmo é contratado pelo aplicativo, via internet, e o pagamento pode ser realizado por dinheiro em espécie ou cartão de débito ou credito, os quais precisam estar cadastrados na plataforma do aplicativo. Com o sucesso desse novo serviço no mercado de consumo, o crescimento de usuários que utilizam o serviço, vem crescendo cada dia mais, e consequentemente, as empresas fornecedoras do serviço estão faturando cada vez mais, pois a cada viagem, as empresas lucram em torno de 20% (vinte por cento) do valor referente a viagem. Mas o que preocupa não é o lucro das empresas com a prestação do serviço, e sim ao que se refere as famosas taxas de cancelamento que alguns aplicativos cobram, indevidamente, do usuário, quando este cancela a viagem/corrida após 5 minutos (em alguns estados, 2 minutos) que já fora solicitada. 
	As diversas empresas de mobilidade urbana que prestam o serviço de transporte privado, são consideradas fornecedoras e o usuário se caracterizam como consumidor por ser destinatário final deste serviço, configurando assim, uma relação de consumo. Com isso, as empresas de mobilidade urbana devem se ater as normas do Código de Defesa do Consumidor, respeitando todos os direitos inerentes a este, pois é a parte fraca das relações de consumo. 
	No entanto, constantemente algumas empresas de mobilidade afrontam o Código de Defesa do Consumidor, quando cobram, do usuário, taxa de cancelamento pela desistência da viagem, após 5 (cinco) minutos da contratação do serviço, com o intuito de reparar o tempo que o motorista do aplicativo se disponibilizou para aquele passageiro. Contudo, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990) assim dispõe:
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. (BRASIL, 1990)
	 Além desta prática abusiva, o fornecedor também solicita justificativa caso o consumidor requeira o reembolso do valor cobrado indevidamente. Ora, o consumidor tem direito do ressarcimento da taxa abusiva, bem como esse valor ser corrigido monetariamente e em dobro.
	De acordo com o artigo 4º, inciso I, do CDC é o consumidor a parte vulnerável da relação de consumo, e não o fornecedor de serviços. O consumidor é a parte mais frágil da relação e por esse motivo o Código de Defesa do Consumidor foi criado com a finalidade principal de protege-lo.
	Todas as pessoas sempre serão consumidoras em algum momento na vida, e cerca de 52% (cinquenta e dois por cento) da população brasileira utilizam os aplicativos de mobilidade urbana, e esse percentual provavelmente subirá ainda mais. 
	Como já mencionado, as empresas de mobilidade urbana atuam no ramo de comércio eletrônico fornecendo serviços de transporte privado, no entanto, diante tantas violações aos direitos dos consumidores que algumas empresas de mobilidade urbana praticam diariamente, trazendo prejuízos ao consumidor e deixando o CDC enfraquecido, surgiu o interesse para a pesquisa dessa problemática, que além de relevante, trata-se de um assunto atual de interesse jurídico e pessoal.
O consumo é parte indissociável do cotidiano do ser humano. É verdadeira a afirmação de que todos nós somos consumidores. Independente da classe social e da faixa de renda, consumimos desde o nascimento e em todos os períodos de nossa existência. Por motivos variados, que vão desde a necessidade da sobrevivência até o consumo por simples desejo, o consumo pelo consumo. (ALMEIDA, 2015, p. 17) 
	As pessoas querem ter mais facilidade e comodidade em suas rotinas diárias, com isso, o comércio eletrônico de produtos e serviços estão crescendo de maneira significativa. No entanto, o consumidor é parte vulnerável na relação de consumo, principalmente dentro do mundo virtual, pois este está atrelado a insegurança jurídica. Com base nesses motivos, faz se necessário este estudo, pois o mesmo poderá incidir em mudanças radicais em relação as violações já mencionadas anteriormente.
3. OBJETIVOS 
3.1. Objetivo geral 
	Demonstrar o desrespeito ao direito previsto no art. 49 do Código de Defesa do Consumidor, o qual trata-se do direito do arrependimento que se aplica a compras ou contratações de serviços realizadas “fora do estabelecimento comercial”.
3.2. Objetivos Específicos 
I. Verificar a previsão do Código de Defesa do Consumidor na Constituição Federal;
II. Analisar o princípio da vulnerabilidade estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor em relação as relações de consumo no meio virtual;
III. Ressaltar os direitos básicos do consumidor;
IV. Estudar o direito do arrependimento;
V. Discorrer sobre a possível violação ao Código de Defesa do Consumidor que alguns aplicativos de mobilidade urbana estão incorrendo;
4. METODOLOGIA 
4.1. Tipo de trabalho que pretende desenvolver
Os trabalhos científicos (monografias, resenhas, dissertação, artigos, etc.) são parte importante na formação dos acadêmicos, sejam eles de graduação ou pós-graduação.
Diante dessas possibilidades, pretende-se elaborar um artigo com objetivo de analisar a flagrante violação ao direito do arrependimento previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor que algumas de empresas de mobilidade urbana estão praticando e, com isso apresentar a possível solução.
Para realizar essa análise, a princípio será necessário: confirmar a previsão do princípio de Defesa do Consumidor previsto na Constituição Federal de 1988; analisar o princípio da vulnerabilidade prevista no artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor; ressaltar os direitos básicos do consumidor; entender onde se aplica o direito do arrependimento e com isso discorrer sobre a possível violação ao Código de Defesa do Consumidor que alguns aplicativos de mobilidade urbana estão incorrendo
 A monografia apresentará os resultados de uma pesquisa exploratória, afim de conhecer melhor o tema por meio de uma revisão bibliográfica, como doutrinas, jurisprudências, normas, noticiários, artigos, etc. Por ser um texto prolongado e de interesse de grande parte da população, a leitura será de fácil compreensão e apresentará o instituto do direito do arrependimento e a aplicação desse direito no cancelamento de viagens solicitadas através de aplicativos de mobilidade urbana. 
4.2. Métodos de Pesquisa
O método é a escolha de procedimentos para a descrição e a explicação de fenômenos. Os métodos científicos buscam delimitar um problema, realizar observações e interpretá-las com base nas relaçõesencontradas, fundamentando-se nas teorias existentes.
Os dois grandes métodos de investigação são o quantitativo e o qualitativo. É necessário considerar a natureza do problema e seu nível de aprofundamento para escolher o melhor método para pesquisa.
Para essa pesquisa, será utilizada o método de investigação qualitativo, na qual será realizado uma revisão bibliográfica sobre o assunto, baseado em trabalhos publicados acerca do direito do arrependimento sob forma de livros, artigos, revistas, doutrinas, jurisprudência, publicações especializadas, dados oficiais publicados nas diversas mídias, etc.
A metodologia de pesquisa utilizada será a exploratória, visto que, buscará proporcionar maior familiaridade com o problema, tornando-o mais explícito e construir hipótese, por meio de levantamento bibliográfico sob a forma de doutrinas, livros, revistas, artigos, noticiários, jurisprudências, entre outros (GIL, 2010). Esse estudo visará ideias para tentar explicar o direito do arrependimento no cancelamento de serviço de viagens solicitadas por meio de aplicativo de mobilidade urbana.
4.2.1. Métodos de abordagem
A metodologia de abordagem para construção desse artigo será o método dedutivo, por ser racionalista e pressupõe a razão como a única forma de chegar ao conhecimento verdadeiro, além do mais, utiliza uma cadeia de raciocínio descendente, da análise geral para a particular, até a conclusão (GIL, 1994).
4.2.2. Métodos de procedimento
A escolha do método de procedimento para a presente pesquisa será o comparativo e se deu por ser empregado em pesquisas que em maior parte são qualitativas. O método comparativo permite analisar dados concretos, onde deduz do mesmo os elementos constantes, abstratos e gerais, para a explicação dos fenômenos (MARCONI & LAKATOS, 2010). Esse método será utilizado para identificar e analisar decisões, julgados e lei vigente com a necessidade atual da sociedade em relação ao direito do arrependimento.
4.3. Técnicas de pesquisa
A realização do projeto proposto utilizará pesquisa bibliográfica para compreender as diversas posições doutrinárias em relação ao direito do arrependimento e assim, analisar a aplicação desse instituto no cancelamento de viagem pelos aplicativos de mobilidade sem que tal desistência gere algum ônus para o consumidor. 
5. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico da presente pesquisa, será constituído em artigos científicos, doutrinas, pesquisas, notícias, jurisprudências, dispositivos legais, entre outros, que aborda o direito de arrependimento, a política de cancelamento de viagens/corridas adotada pela empresa de mobilidade UBER e por fim, analisar a aplicação do direito do arrependimento nesse caso específico.
O direito do arrependimento está previsto no artigo 49 do Código de defesa do consumidor e, nada mais é do que uma forma de extinção contratual da contratação de produtos ou serviços que forem realizadas fora do estabelecimento comercial no prazo de 07 dias a contar da assinatura ou do recebimento do produto ou serviço contratado. A expressão “fora do estabelecimento comercial” abrange qualquer meio diferente do estabelecimento físico. 
Todavia, o dispositivo de Lei (art. 49, do CDC) ao se referir a expressão “fora do estabelecimento comercial”, menciona apenas compras realizadas por telefone ou a domicílio e, com isso, dentre outros motivos, o Senador José Sarney propôs o projeto de Lei 281, o qual tramita no Congresso Nacional desde 2012 com intuito de aperfeiçoar a forma como devem ser interpretados e integrados as normas e negócios jurídicos de comércio eletrônico aos consumidores, utilizando sempre de maneira mais favorável ao consumidor. Ora, as expressões utilizadas pelo legislador no Código de Defesa do Consumidor são meramente exemplificativas, visto ainda que, quando a Lei foi elaborada, o comércio eletrônico não estava tão evoluído ainda.
A norma do art. 49 foi criada para dar maior proteção aos consumidores que adquirem produtos ou serviços fora do estabelecimento comercial, sobretudo:
a) Via web e/ou internet;
b) Em seu domicílio, recebendo a visita do vendedor;
c) Pelo telefone (vendas por telemarketing);
d) Mediante correspondência (mala-direta, carta-resposta);
e) Assistindo à TV (e comprando pelo telefone, correio, internet etc.). (NUNES, 2017, p. 934)
Com isso, o que pode se observar é que o comércio via internet está crescendo, e, as transações realizadas pelo comércio eletrônico possuem mais praticidade e comodidade tanto para o fornecedor quanto para o consumidor
	O e-commerce tornou-se um instrumento essencial para compra e venda de produtos no âmbito da internet, possibilitando aos consumidores buscarem outros mercados de consumo, mais precisamente mercados sem fronteiras, de onde os consumidores com suas demandas insurgem-se na aquisição de produtos que necessitam, surgindo assim, a necessidade de tutelar os direitos dos consumidores virtuais que são a parte vulnerável do contrato nessa nova dinâmica do mercado. 
As relações de consumo estão passando por grandes transformações, tendo em vista que o consumo virtual tem influenciado os consumidores a buscarem os produtos de que necessitam sem sair de casa, dado o dinamismo e a tamanho facilidade deste tipo de relação. (SILVA & SILVA, 2019, p. 3)
O consumidor é considerado a parte mais frágil na relação de consumo e com as transações realizadas fora do estabelecimento comercial, e em especial, partindo das evoluções de compras feitas pela internet, o consumidor fica ainda mais vulnerável, pois há de se convir que já não há total segurança das compras realizadas em comércio tradicional, menos ainda haverá segurança suficiente às compras realizadas a distância. Sendo assim, o legislador, ao pensar na proteção ao consumidor previsto no artigo 49, determinou o prazo de reflexão, e dentre esse prazo, qual seja de 07 dias, caso o consumidor repense na contratação feita e por fim desista da mesma, os valores pagos deverão ser devolvidos e corrigidos monetariamente, não importando qual foi a forma de pagamento.
	A ideia de um prazo de “reflexão” pressupõe o fato de que, como a aquisição não partiu de uma decisão ativa, plena, do consumidor, e também como este ainda não “tocou” concretamente o produto ou testou o serviço, pode querer desistir do negócio depois que o avaliou melhor. Ou, em outros termos, a lei dá oportunidade para que o consumidor, uma vez tendo recebido o produto ou testado o serviço, possa, no prazo de 7 dias, desistir da aquisição feita. 
	O aspecto relevante é a proteção do consumidor nesse tipo de aquisição. O CDC, exatamente para proteger o consumidor nas compras pelos meios citados, nas quais há menos garantias de que tais aquisições sejam bem-sucedidas, assim também para evitar, como dissemos, compras por impulso275 ou efetuadas sob forte influência da publicidade sem que o produto esteja sendo visto de perto, concretamente, ou sem que o serviço possa ser mais bem examinado, estabeleceu o direito de desistência a favor do consumidor.
	Ressalte-se que a norma não exige qualquer justificativa por parte do consumidor: basta a manifestação objetiva da desistência, pura e simplesmente. No íntimo, o consumidor terá suas razões para desistir, mas elas não contam e não precisam ser anunciadas. Ele pode não ter simplesmente gostado da cor do tapete adquirido pelo telefone na oferta feita pela TV, ou foi seu tamanho que ele verificou ser impróprio. O consumidor pode apenas não querer pagar o preço do bem. Ou se arrepender mesmo. O fato é que nada disso importa. Basta manifestar objetivamente a desistência. (NUNES, 2017, p. 938)
Com isso, o direito do arrependimento constitui um direito potestativo o qual não se admite contestações, sendo assim trata-se de um direito legítimo o qual “não há necessidade de qualquer justificativa, não surgindo da sua atuação regular qualquer direito de indenização por perdas e danos a favor da outra parte” (TARTUCE & NEVES, 2018)
DIREITO DO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO DE MULTA A FORNECEDOR EM RAZÃO DO REPASSE AOS CONSUMIDORES DOSVALORES DECORRENTES DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO. O Procon pode aplicar multa a fornecedor em razão do repasse aos consumidores, efetivado com base em cláusula contratual, do ônus de arcar com as despesas postais decorrentes do exercício do direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC. De acordo com o caput do referido dispositivo legal, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. O parágrafo único do art. 49 do CDC, por sua vez, especifica que o consumidor, ao exercer o referido direito de arrependimento, terá de volta, imediatamente e monetariamente atualizados, todos os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão - período de sete dias contido no caput do art. 49 do CDC -, entendendo-se incluídos nestes valores todas as despesas decorrentes da utilização do serviço postal para a devolução do produto, quantia esta que não pode ser repassada ao consumidor. Aceitar o contrário significaria criar limitação ao direito de arrependimento legalmente não prevista, de modo a desestimular o comércio fora do estabelecimento, tão comum nos dias atuais. Deve-se considerar, ademais, o fato de que eventuais prejuízos enfrentados pelo fornecedor nesse tipo de contratação são inerentes à modalidade de venda agressiva fora do estabelecimento comercial (pela internet, por telefone ou a domicílio). (REsp 1.340.604-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/08/2013). (STJ, 2013, p. 7)
Pois bem, com base nesse direito previsto no Código de Defesa do Consumidor, que se pretende analisar a prática de algumas empresas de mobilidade urbana, em especial a UBER, ao que se refere a política de cancelamento de viagem/corrida.
A empresa UBER é uma das empresas de mobilidade urbana a qual presta serviços de transporte privado, além de outros, os quais não são o foco dessa pesquisa. Para obter o serviço de transporte privado dessa empresa é necessário ter acesso a um aplicativo (programa de computador para acessar dados eletronicamente), o qual deve ter acesso a internet para fazer a possível contratação do serviço. A contratação do serviço é feita quando o usuário solicita uma corrida/viagem pela plataforma do aplicativo, e através do aplicativo a empresa, com base nas informações de localização enviadas do aparelho do usuário, envia um motorista cadastrado para realizar a prestação do serviço. 
Acontece que, após essa contratação, a empresa estipula o prazo de reflexão do consumidor, o qual não pode ser superior a 05 minutos, prazo esse que fere o direito de arrependimento previsto no artigo 49 do CDC. Com isso, assim que o usuário cancela o serviço solicitado após o prazo de 05 minutos, dele será cobrado uma taxa de cancelamento em virtude de sua desistência.
	O Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), por força do seu art. 1°, apresenta normas de ordem pública e de interesse social, e detêm eficácia cogente. Daí que, as normas contidas no CDC são obrigatórias e não podem ser afastadas em hipótese alguma, nem mesmo por vontade das partes, ou por cláusula contida em contrato de adesão, basta que exista a relação de consumo e as normas serão aplicadas de forma coercitiva.
	Como se sabe, o passageiro ao pedir uma corrida pelo aplicativo e que posteriormente proceda para o cancelamento desta corrida, após o prazo de 5 minutos, deverá pagar uma taxa chamada de “taxa de cancelamento”, que tem por finalidade compensar o motorista pelo seu tempo disponível. Caso o passageiro cancele antes dos 5 minutos ou por atraso do motorista superior aos 5 minutos, nenhuma taxa será cobrada.
	Destarte, ao analisar o art. 49 do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a cobrança dessa taxa não é possível – trata-se de uma cobrança abusiva que fere o direito do consumidor. (FONSECA, Matheus Carneiro Cardoso da, 2017)
A empresa impõe essa penalidade ao consumidor com objetivo de compensar o motorista pelo tempo em que ficou à disposição do usuário. Da mesma sorte não assiste o consumidor, razão pela qual, o consumidor não tem ressarcimento quando o motorista é quem desiste de prestar o serviço. 
O CDC consagrou no art. 4º, inciso I, o princípio da vulnerabilidade do consumidor, o qual reconhece que o consumidor é parte mais frágil nas relações de consumo, e quando se diz vulnerável, o código se refere que o fornecedor tem superioridade dentro das esferas econômico, técnico e jurídico. “No âmbito do comércio eletrônico, o supracitado princípio é concebido de maneira muito tênue, pois neste aspecto, o consumidor é notoriamente desprotegido pelo fato da comercialização eletrônica trazer uma relação amplamente desigual, (...)” (SOUZA & ALVES, 2018). Sendo assim, é o consumidor quem deve ser protegido no âmbito do comércio, e não o fornecedor dos produtos ou serviços, pois é preciso buscar um equilíbrio nas relações de consumo, principalmente no campo do comércio eletrônico.
	A CF/88, em seu artigo 170, estabelece que para constituir a ordem econômica do Estado brasileiro, será observado, além de outros, a defesa do consumidor. Ou seja, o princípio da vulnerabilidade está enquadrado, intrinsecamente, dentro dessa ceara da defesa do consumidor, considerando que este conduz as relações consumeristas no ambiente virtual, assim como as normas do Direito do Consumidor, que serão aplicadas ao caso concreto, a julgar, por esse princípio, uma presunção legal absoluta, como citado anteriormente. 
No que tange ao princípio da vulnerabilidade, este relaciona-se com a proteção do consumidor, no ambiente comercial e objetiva também o reconhecimento de outros princípios como o da isonomia, equidade e a busca pelo equilíbrio das relações contratuais, gerando, assim, uma garantia maior aos consumidores nas relações de consumo, do comércio eletrônico. (SOUZA & ALVES, 2018, p. 4)
A empresa UBER funciona passando por cima do Código de Defesa do Consumidor mesmo sabendo dos direitos do consumidor e deveres do fornecedor. No entanto, a empresa dá a oportunidade de o consumidor solicitar o ressarcimento da taxa cancelamento cobrada indevidamente, mas até nessa prática, a UBER viola o CDC, sendo que para o consumidor ser reembolsado, o mesmo precisa indicar o motivo que gerou o cancelamento, e após tal explicação, a empresa devolve o valor em forma de crédito, para ser usado em outra viagem. 
Tal prática é considerada abusiva, tendo em vista que, qualquer taxa de cancelamento paga pelo consumidor deverá ser imediatamente devolvida e monetariamente atualizada, e ainda, como a taxa é indevida, razão pela qual o consumidor detém de até 07 dia para cancelar, o consumidor deveria ser ressarcido com o valor corrigido e em dobro, pois trata-se de uma cobrança indevida. Dessa forma dispõe o artigo 42 do CDC (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990):
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
        Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. (BRASIL, 1990)
	O artigo supracitado trata-se de repetição do indébito, que significa uma cobrança indevida. Mas a lei não pune a simples cobrança, e sim quando o consumidor paga o valor indevido e por esse motivo a lei pune o pagamento em dobro, devendo ainda esse valor ser acrescido de correção monetária e juros de mora.
A norma tem incidência nas hipóteses em que o consumidor é cobrado de indébito, havendo o pagamento da dívida indevida, a justificar a ação de repetição de indébito (actio in rem verso). Uma leitura apressada da norma pode trazer a conclusão de que a mera cobrança indevida é motivo para o pagamento em dobro doque está sendo cobrado. Todavia, como se nota, o dispositivo está tratando de repetição, o que, obviamente, exige o pagamento indevido. Como bem expõe Rizzatto Nunes, é necessário o preenchimento de dois requisitos para a subsunção da norma: “a) cobrança indevida; b) pagamento pelo consumidor do valor indevidamente cobrado”.25 Entende o jurista que tal cobrança pode ser judicial ou extrajudicial, corrente à qual não se filia o presente autor, com se verá a seguir.26
A repetição em dobro representa uma punição contra o fornecedor ou prestador, independente da prova de prejuízo para a sua aplicação. Por essa sua natureza, a repetição em dobro não afasta o direito de o consumidor pleitear outros prejuízos do pagamento do indevido, caso de danos materiais e morais, premissa retirada do princípio da reparação integral dos danos (art. 6º, inc. VI, do CDC). Como se nota, a punição introduzida pelo CDC é maior do que a tratada pelo Código Civil, uma vez que a repetição da norma geral privada somente abrange o valor da dívida paga acrescida de correção monetária e juros legais (arts. 876 e 884 do CC/2002). (TARTUCE & NEVES, 2018, p. 532)
Diante do exposto, a pesquisa apresentará um estudo breve sobre os pontos mais importantes dos direitos dos consumidores fazendo uma análise ao princípio da vulnerabilidade principalmente diante das relações de consumo no comércio eletrônico, um estudo do direito de arrependimento, e por fim, uma análise na política de cancelamento de viagens solicitadas pelos usuários do aplicativo da empresa de mobilidade urbana UBER a luz do Código de Defesa do Consumidor. 
REFERÊNCIAS
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BRASIL. (11 de setembro de 1990). Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Acesso em 03 de outubro de 2019, disponível em Código de Defesa do Consumidor: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm
FONSECA, Matheus Carneiro Cardoso da. (15 de 01 de 2017). ABDECON. Acesso em 03 de outubro de 2019, disponível em Associação Baiana de Defesa do Consumidor: http://abdecon.com.br/index.php/parecer-o-uber-e-a-cobranca-abusiva-da-taxa-de-cancelamento/
GIL, A. C. (1994). Métodos e técnicas de pesquisa social (4º ed.). São Paulo: Atlas.
GIL, A. C. (2010). Como elaborar projetos de pesquisa (5º ed.). São Paulo: Atlas.
IDEC, I. d. (21 de 10 de 2019). Comprou pela internet e desistiu? Acesso em 24 de outubro de 2019, disponível em Istituto de Defesa do Consumidor: https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/comprou-pela-internet-e-desistiu-reembolso-deve-ser-total-inclusive-de-frete-e-outras-taxas
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. d. (2010). Fundamentos de medtodologia cientifíca (7º ed.). São Paulo: Atlas.
NSCIMENTO, Mariana Pinto do. (09 de 01 de 2017). Parecer-A aplicabilidde do Código de Proteção e Defesa do Consumidor ao UBER. Acesso em 03 de outubro de 2019, disponível em ABDECON- Associação Baiana de Defesa do Consumidor: http://abdecon.com.br/index.php/parecer-a-aplicabilidade-do-codigo-de-protecao-e-defesa-do-consumidor-ao-uber/
NUNES, L. A. (2017). Curso de direito do consumidor (11 ed.). São Paulo: Saraiva.
SANTOS, K. S. (2019). O Instituto da Mediação Como Meio Alternativo à Resolução de Conflitos de Consumo na Economia Compartilhada: Uma Análie do Caso da Uber. Dissertação, Dissertação (manografia em Direito) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, Rio Grande do Norte.
SENADO FEDERAL, A. l. (2019). Projeto de Lei do Senado nº281, de 2012- Agenda Brasil 2015. Acesso em 16 de novembro de 2019, disponível em SENADO FEDERAL: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/106768
SILVA, G., & SILVA, A. (2019). COMÉRCIO ELETRÔNICO A LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Revista de Direito & Realidade, 20-36.
SOUZA, T. A., & ALVES, S. E. (2018). A proteção ao consumidors no âmbito do comércio eletrônico: uma análise à luz do princípio da vulnerabilidade. Dissertação (manografia em Direito), Universidade Católica de Salvador.
STJ. (23 de 10 de 2013). Informativo de Jurisprudência. Acesso em 16 de novembro de 2019, disponível em Superior Tribunal de Justiça: https://scon.stj.jus.br/SCON/SearchBRS?b=INFJ&livre=@COD=%270528%27&tipo=informativo
TARTUCE, F., & NEVES, D. A. (2018). Manual de Direito do Consumidor- Direito Material e Processual (7ª ed., Vol. único). Rio de Janeiro: Rio de Janeiro Método.
USEMOBILE. (14 de 10 de 2019). O que é um aplicativo de mobilidade urbana? Acesso em 03 de outubro de 2019, disponível em USEMOBILE: https://usemobile.com.br/aplicativo-mobilidade-urbana/
SUGESTÃO
1 CAPITULO (DEFINIÇÕES E CONCEITOS CONSUMERISTAS)
Os conceitos de consumidor e fornecedor estão previstos nos artigos 2° e 3° do Código de Defesa do Consumidor. Em síntese, consumidor é aquele que aufere produto ou serviço como destinatário final e, fornecedor é quem disponibiliza o produto ou serviço para o mercado. Ambos constituem uma relação de consumo.
De modo especial, a defesa do consumidor está presente no texto da Constituição tanto como direito fundamental quanto princípio da ordem econômica. O destinatário final dos produtos/serviços, antes desprotegido pelo ente estatal, passa a gozar de proteção máxima.
A relação de consumo está em constante evolução, ponto em que a Constituição Federal de 1988 consagrou o princípio de defesa do consumidor e logo após foi promulgado o Código de defesa do Consumidor (CDC) em 1990, o qual foi criado para assegurar ainda mais o consumidor, que é a parte mais vulnerável na relação de consumo. Por apresentar a vulnerabilidade como característica intrínseca, o consumidor aufere um maior amparo ao efetuar negócios jurídicos, buscando com isso, manter o equilíbrio da relação de consumo para com o fornecedor.
	Com o passar dos anos, uma das principais relações de consumo que mais cresce são as efetivadas por meio de comércio eletrônico (e-commerce), que são transações que ocorrem via internet, realizada com auxílio de recursos eletrônico, os quais utilizam como plataformas eletrônicas os computadores, tablets, smartphones etc., tudo isso por conta da comodidade e facilidade que é oferecida para os consumidores. 
	A consequência do crescimento exacerbado do comércio eletrônico está nas desigualdades da relação de consumo, onde o consumidor se encontra gradativamente mais vulnerável tendo seus direitos são diariamente violados.
O CDC é a lei que visa assegurar os princípios constitucionais de proteção dos consumidores. Ele foi introduzido com o objetivo de restabelecer o equilíbrio na relação de consumo. O consumidor, por se tratar de um sujeito vulnerável (art. 4, inciso I do CDC), necessita de maior atenção quando realiza alguma transação comercial. Sendo assim, deve-se afastar as abusividades praticadas pelos fornecedores, independentemente da fase em que se encontra a relação de consumo. (SANTOS, 2019, p. 13)
	
	Falando de comércio realizado pelo ambiente virtual, é notório que um dos direitos mais violados pelas empresas do e-commerce, é o direito do arrependimento, o qual está disposto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990), que traz a seguinte redação: “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. ” (BRASIL, 1990).
	Há muitas empresas que estão crescendo no ramo do e-commerce e as que motivaram o interesse jurídico e pessoal dessa pesquisa foram as prestadoras de serviços de mobilidade urbana. A prestação de serviços fornecidas por essas empresas consiste em “caronas remuneradas”. Esse serviço funciona da seguinte forma: o usuário solicita uma viagem/corrida através de um aplicativo, e motoristas particulares cadastrados na empresa aceita a solicitação e presta o serviço. No entanto, caso o usuário desista da corrida após 5 minutos, a empresa cobra uma taxa de cancelamento. E ainda, se o consumidorrequisitar reembolso pela taxa de cancelamento indevida, o mesmo ainda tem o ônus de justificar o motivo do cancelamento.
	Desta forma, surge a dúvida: o consumidor dispõe de 5 (cinco) minutos ou 7 (sete) dias para se arrepender da contratação do serviço solicitado pelo aplicativo, via internet?
Está claro que tal prática traduz em ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, pois como foi mencionado anteriormente, a Lei é clara quando se refere que o consumidor detém o direito de se arrepender em até 7 dias contados da contratação ou recebimento do serviço, e dentro desse período o consumidor não está obrigado a reportar o motivo da desistência. 
Diante dessa problemática atual, faz se importante a realização da presente pesquisa, com fim de demonstrar a importância do Código de Defesa do Consumidor, e ainda mostrar os pontos em que o mesmo está sendo violados por algumas empresas de mobilidade urbana, trazendo, dessa forma, prejuízos ao consumidor e deixando o CDC enfraquecido.
Por apresentar a vulnerabilidade como característica intrínseca, o consumidor precisa de uma maior proteção quando efetua negócios jurídicos, como meio de manter o equilíbrio diante do fornecedor
1.1 Verificar a previsão do Código de Defesa do Consumidor na Constituição Federal
1.2 PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
1.2.1 Analisar o princípio da vulnerabilidade estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor em relação ao consumo no meio virtual;
2. Ressaltar os direitos básicos do consumidor;
2.1
2.2.
2.3 Direito de arrependimento de forma genérica
3. dos aplicativos de mobilidade urbana
3.1 Discorrer sobre a possível violação ao Código de Defesa do Consumidor que alguns aplicativos de mobilidade urbana estão incorrendo;
 3.2falar tanto do cancelamento por parte do cliente quanto por parte do motorista
3.2.1Projeto de lei quer que Uber pague multa ao usuário se motorista cancelar viagem https://tecnoblog.net/321676/projeto-lei-multa-motorista-uber-cancelamento-corrida/
3.3 DIREITO DE ARREPENDIMENTO quanto ao cancelamento da chamada - RESPOSTA
	
		Caso o consumidor desista do serviço contratado pelo aplicativo de mobilidade urbana após cinco minutos contados da contratação do serviço, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a empresa não poderá cobrar pela desistência do usuário, razão pela qual o consumidor possui prazo de até sete dias, contados, neste caso, da contratação do serviço, para desistir do serviço sem ser punido pela sua decisão. Trata-se do direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC, e esse prazo de 7 dias estipulado pelo CDC é o chamado prazo de reflexão. Sendo assim, se o consumidor pagar a taxa de cancelamento imposta pela empresa prestadora do serviço dentro do prazo de reflexão, essa taxa é considerada abusiva, devendo o fornecedor restituir o consumidor imediatamente os valores pagos pelo consumidor. E ainda, essa restituição deve ser paga em dobro e acrescida de correção monetária e juros mora.
3.2 como é tratado no atual cenário (decisão do brasil e de outros países)
Formulação do Problema RESPONDER
		
		A luz do CDC, os aplicativos de mobilidade urbana podem cobrar taxa de cancelamento da corrida solicitada pelo usuário que desistir da contratação do serviço, após cinco minutos em que o serviço fora contratado?

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