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Helicobacter pylori · Coloniza apenas o epitélio gástrico; · Bactéria Gram-negativa (cora-se de vermelho) · Forma: bacilo curvo, espiralado e liso; · Não forma esporos e é microaerófila; · Características: alta motilidade (multiflagelada), crescimento lento, aderente, produz algumas toxinas. Pode sofrer pleomorfismo (mudança de espiral para um coco em certas condições de stress ambiental) A forma cocoide do micro-organismo não pode ser cultivada, mas já foi encontrada no abastecimento de água nos EUA, suspeitando-se que esta possa ser um meio de transmissão da bactéria. Origem do nome Helicobacter pylori - Helicoidal” Abreviação de “bactéria” Latinização de “piloro”: parte final do estômago que se liga ao intestino. Presença como contaminante · H. pylori sobrevive até 15 dias em água de rio, e no caso de modificar sua forma natural espiralada pela de um coco ainda menor pode sobreviver até um mês e meio; · Supõe-se que o homem seja o principal reservatório e fonte de contágio; · Para haver infecção por alimentos, é necessária uma elevada quantidade de microrganismos viáveis presentes nestes. Transmissão · Fecal-oral: H. pylori tem sido encontrada na saliva, placa dentária e fezes, demonstrando que as cavidades oral e fecal estão possivelmente envolvidas na transmissão da bactéria. · Oral-oral: sua presença no suco gástrico indica a possibilidade de transmissão oral-oral. · Água Epidemiologia · Os sintomas surgem na vida adulta, mas, na maioria das vezes, a infecção por H. pylori ocorre na infância (por incapacidade do sistema imune). · Devido à incapacidade do sistema imunológico em eliminar esse micro-organismo, acredita-se que, na ausência de tratamento, a primeira infecção por H. pylori pode persistir por toda a vida. Fatores de virulência · Flagelos- ajuda na penetração no muco · Urease- que converte ureia em amônia e dióxido de carbono, neutralizando o ambiente ao redor da bactéria. · Lipopolissacarídeos- característicos da parede celular de um Gram negativo. Servem para se ligarem às células do hospedeiro (através de adesinas) · Endotoxina vacuolar · Outras enzimas- também para quebrar o muco · Também produzem algumas substâncias que dificultam a ação do sistema imunológico: IL-8 Mecanismo de ação · Coloniza quase sempre a mucosa gástrica. · Cria um “microambiente” que neutraliza o suco gástrico do estômago, podendo assim, sobreviver. Aumento do pH pela enzima urease: ●(NH2)2CO + H2O → CO2 + 2 NH4+ · A amônia, juntamente com proteínas da H. pylori como proteases, catalases e fosfolipases, causam danos nas células epiteliais. · A forma espiralada permite-lhes "atravessar" com mais facilidade a camada de muco que protege o epitélio gástrico. -O VacA- ajuda na produção do vacúolo, onde a bactéria se manterá dentro. Contribui para a ruptura do eptélio; -O CagA- causa alteração nas vias de sinalização, formam proteínas que vão dificultar a ação do sistema imunológico - O gene cagA de H. pylori codifica uma proteína considerada um fator de virulência. Estirpes bacterianas que têm o gene cagA estão associadas com uma maior capacidade de causar úlcera péptica geralmente mais violentas (com hemorragias). Sintomas · Vômitos, arrotos, inchaço, falta de apetite, gases, dor abdominal. Patologia Gastrite crônica; ● Úlcera péptica; ● Adenocarcinoma gástrico; ● Linfoma. Diagnóstico laboratorial A partir de amostras de biópsias gástricas ou duodenais obtidas por endoscopias: · Coloração de Gram · Pesquisa de Urease- Durante o exame, um pequeno pedaço da parede do estômago é retirado e colocado em um frasco contendo ureia e um indicador de pH. Se após alguns minutos o meio mudar de cor, é dito que o teste é urease positiva, confirmando a infecção pela H. pylori. · Cultura A cultura é um teste diagnóstico mais específico e importante para a determinação da sensibilidade aos antimicrobianos e também pode caracterizar o tipo de bactéria ● Os melhores resultados têm sido com inoculação do fragmento em meio não seletivo, como o ágar sangue · Este tipo de método necessita de atmosfera com 5-6% de oxigênio, 8 -10% de hidrogênio, 7-10% de dióxido de carbono, 80 % de nitrogênio, além de umidade. Sua limitação é o custo oneroso em relação ao teste da urease, tendo sido comumente usado para fins de pesquisa, e o teste de urease sendo mais utilizados nos laboratórios para diagnóstico. Obs: bactéria microaerófila · Testes sorológicos (pesquisa de anticorpos): · Fixação do complemento · Aglutinação · Hemaglutinação · Imunoblot · ELISA (tem sido o mais utilizado) Os métodos não invasivos são indicados para o diagnóstico após tratamento da infeção para verificar a erradicação da H. pylori. · PCR em antígeno fecal (pesquisar o material genético da bactéria na amostra do paciente) - H. pylori é raramente cultivado das fezes, mas a pesquisa de antígenos em material fecal é um método que diagnostica a infecção e pode monitorar a resposta pós-tratamento em adultos, sendo sua detecção eficiente e promissora também para crianças -É um teste qualitativo que precisa de equipamento adequado para a interpretação da reação e é efetivo tanto para fins de diagnóstico como para controle da erradicação. Tratamento -Compostos a base de bismuto; -Inibidores da bomba de prótons; -Antibióticos (Amoxicilina, Metronidazol ou Claritromicina).
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