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Anti-Helmínticos Helmintos: Nematelmintos (Filo): Nematódeos (Classe): Ascaris lumbricoides - Ascaridíase; Trichuris trichiura - Tricuríase; Enterobius vermicularis - Oxiuro; Strongyloides stercoralis - Estrongiloidíase; Ancylostoma duodenale; Ancylostoma braziliense. Platelmintos (Filo): Trematódeos (Classe): Schistosoma mansoni. Cestódeos (Classe): Taenia solium; Taenia saginata. Tratamento farmacológico apresenta 3 principais mecanismos: Paralisação do parasita; Danos ao verme dando chance do sistema imunitário do hospedeiro anular o agente infectante; Alterações no metabolismo do parasita. Ascaridíase, tricuríase, teníase, enterobiose (oxiurose): Atuam localmente no intestino contra larvas e vermes adultos. Impedem o movimento do verme, dificultando sua fixação na parede intestinal; Afetam o metabolismo e a reprodução. Benzimidazóis: Este grupo inclui mebendazol, tiabendazol e albendazol, os quais são anti-helmínticos de largo espectro. Mecanismo de ação: Atuam por meio da inibição da polimerização da beta-tubulina helmíntica, com isso, interfere nas funções dependentes dos microtúbulos. Inibem o transporte de glicose e a fumarato redutase, enzima mitocondrial envolvida na síntese de ATP, afetando o metabolismo do parasita, levando a sua morte. Bloqueiam o transporte de vesículas e da movimentação de organelas subcelulares. Nos protozoários também alteram a função dos flagelos e divisão celular. Efeitos colaterais: Distensão abdominal, diarréia, tontura e cefaléia. É contra-indicado para gestantes e crianças menores de 2 anos. Albendazol também é usado para neurocisticercose. Nitazoxanida (Annita): Helmintos: ocorre através da inibição da polimerização da tubulina no parasita. Protozoários: deve-se à interferência na enzima piruvato-ferrodoxina-oxidoredutase (PFOR). Ivermectina: Mecanismo de ação: Este fármaco ativa os canais de cloro regulados por glutamato, os quais estão presentes nos invertebrados, nas células da musculatura faríngea. A hiperpolarização gera paralisia muscular, comprometendo a fixação ao intestino e o comportamento alimentar dos parasitas. Pode se ligar aos receptores GABA, são agonista dos receptores, assim, potencializa o efeito de paralisia muscular e contribui para a morte do parasita. Não é ativo contra a Tenia spp., pois esses não apresentam canais de cloro regulados por glutamato ou GABA. Efeitos adversos: Tontura, náusea e vômito. Taquicardia, dor abdominal, diarréia, prurido, hipotensão ortostática, artralgia, alterações séricas de enzima hepáticas e convulsão podem ocorrer na dependência da dose e do tempo de tratamento. Pamoato de pirantel: É um bloqueador neuromuscular despolarizante e anticolinesterásico de amplo espectro, seguro e eficaz, paralisia no parasita. Efeitos colaterais: Gastrintestinais transitórios e leves, ocasionalmente cefaléia, tontura, erupções cutâneas e febre. Tenia spp.: Teníase: mebendazol, albendazol e niclosamida. Niclosamida: É amplamente utilizada no tratamento das infestações pela tênia, juntamente com o praziquantel. Mecanismo de ação: O fármaco inibe a fosforilação oxidativa mitocondrial, tornando o cestódeo suscetível às enzimas proteolíticas do hospedeiro, o que promove a digestão parcial do escólex e dos proglotes que são eliminados pelas fezes. O escólex, que é a cabeça do verme, e um seguimento proximal são danificados pelo fármaco, separando o verme da parede intestinal e é expelido. Efeitos colaterais: Podem ocorrer náuseas, vômitos, prurido e cefaléia de leve intensidade, mas no geral os efeitos são poucos, infrequentes e transitórios. Tenia ssp. e Schistosoma mansoni: Teníase, cisticercose e esquistossomose: Praziquantel: É um fármaco de amplo espectro, sendo a escolha para todas as formas de esquitossomíase e também usado para a erradicação do esquistossomo. Além de também ser útil na cisticercose e teníase. Mecanismo de ação: Em baixas concentrações o fármaco é captado pelo parasita adulto. Com isso, ele compromete a homeostase de Ca+ no verme, uma vez que ele se une aos locais de ligação reconhecidos da proteína quinase C, em uma subunidade beta dos canais de cálcio do esquistossomo. Assim, ocorre uma indução do influxo de cálcio levando a uma contração rápida e prolongada da sua musculatura, além da paralisia espástica, e também eventual morte do verme. Já em altas concentrações compromete o tegumento do parasita (influxo de cálcio e geração de ROS), disponibilizando novos antígenos, levado ele a ficar mais suscetível às respostas do sistema imune do hospedeiro. Efeitos adversos: Dor abdominal, náusea, diarréia, cefaléia e tontura. Mais raramente febre, prurido, urticária, rash cutâneo, artralgia e mialgia, provavelmente em função da morte do parasita e da liberação de antígenos. Oxamniquina: Utilizado na esquistossomose. Mecanismo de ação: Mata diferencialmente machos de Schistosoma e assim a fêmea sem os fatores produzidos pelo macho sofre uma regressão no sistema reprodutivo e interrompe a oviposição. Levamisol: É efetivo na infestações pelo nematelminto mais comum, a A.lumbricoides. Mecanismo de ação: Este fármaco penetra a cutícula dos nematóides e age sobre os receptores colinérgicos das junções neuromusculares, o verme é paralisado e posteriormente é eliminado pelo peristaltismo do intestino do hospedeiro, saindo das fezes. Os ovos não são destruídos. Mecanismos envolvidos com resistência a antiparasitários: 1- inativação do fármaco; 2- alteração da permeabilidade da membrana à droga, diminuindo o influxo e/ ou aumentando a secreção; 3- ativação de vias metabólicas alternativas; 4- alteração do alvo da droga, diminuindo sua afinidade; 5- aumento da concentração do alvo. Anti-helmíntico ideal: 1- capacidade de alcançar o parasito em qualquer tecido; 2- ação deletéria sobre o helminto; 3- boa tolerância do hospedeiro; 4- dose única ou esquema de curta duração; 5- amplo espectro de ação; 6- preço reduzido; 7- possibilidade de tratamento em massa; 8- possibilidade de uso profilático de forma cômoda. Ivermectina e SarCov2: Referência Bibliográfica: Rang e Dale Farmacologia 8Ed., RANG, Humphrey P. ; DALE, Maureen M. ; RITTER, J.M. ; FLOWER, R. J. ; HENDERSON, G. - 2016, Cap.:55 Fármacos Anti-helmínticos. https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=RANG,%20Humphrey%20P.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20DALE,%20Maureen%20M.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20RITTER,%20J.M.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20FLOWER,%20R.%20J.&type=advanced https://www.evolution.com.br/searchresults?keyword=&option=catalog&title=&author=%20%20HENDERSON,%20G.&type=advanced
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